Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso
Hesitei por um instante, depois recostei-me nos travesseiros ao lado dele. Ficamos ali no lusco-fusco, olhando os flocos de neve mal-iluminados desaparecerem na escuridão da noite.
- Sabe… eu costumava pedir isso ao meu pai — disse, por fim. — Mas se eu lhe contar a resposta que ele me dava, você vai achar que sou louca.
- Mais louca do que já acho?
- Quando eu tinha um pesadelo, estava triste ou assustada por algum motivo, ele cantava para mim … — Comecei a rir. — Ah… não posso contar.
- Continue.
- Ele cantava para mim a Canção Molahonkey.
— Canção o quê?
- Canção Molahonkey. Eu achava que todo mundo conhecia.
- Garanto a você, Portilla, que sou virgem em matéria de Molahonkey. — murmurou Poncho.
Respirei fundo, fechei os olhos e comecei a cantar.
Gostaria de ir a Molahooooonkey A teeeeerra oooooonde naaaaaasci
Para então tocaaaaar meu veeeeeelho baaaanjo Meu velho banjo que estragoooou.
— Meu Deus.
Respirei fundo outra vez.
Eu fui à loooooooja de consertooooos Ver o que eles poderiiiiiiiam fazeeeeer
Eles disseeeeeeram que as cooooordas estragaaaram Não daaaaava mais para consertaaaar.
Fez-se um curto silêncio.
- Você é louca. A sua família inteira é.
- Mas a canção fazia efeito.
- E você canta mal à beça. Espero que seu pai fosse melhor.
- Acho que o que você quis dizer foi “obrigado, Srta. Portilla, por tentar me distrair.”
- Acho que isso funcionou tanto quanto quase todo o apoio psicológico que tive. Certo, Portilla. Faça outra coisa. Que não seja cantar.
Pensei um pouco.
- Hum… certo… Bom, outro dia, você reparou nos meus sapatos, não foi?
- Difícil não reparar.
- Pois minha mãe diz que gosto de sapatos diferentes desde os três anos. Ela comprou para mim galochas com purpurina azul-turquesa, o que na época era bem diferente, as crianças tinham apenas galochas verdes ou, no máximo, vermelhas. Ela diz que desde esse dia, não as tirei mais do pé. Usava para dormir, tomar banho e para ir à creche até no verão. Meu visual preferido eram essas galochas com purpurina e meia-calça de abelhinha.
- Meia-calça de abelhinha?
- Tinham listras pretas e amarelas.
- Que coisa linda.
- Eram meio cafonas.
- Bom, é verdade. Parece um pouco rebelde.
- Você pode achar que não mas, por incrível que pareça, Poncho Herrera, nem todas as garotas se vestem só para agradar os rapazes.
- Bobagem.
- Não, não é.
- As mulheres fazem tudo pensando nos homens. Todo mundo faz as coisas pensando em sexo. Não leu A Rainha Vermelha? — perguntou Poncho.
- Nunca ouvi falar. Mas garanto a você que não sentei na sua cama para cantar a Canção Molahonkey com segundas intenções. E aos três anos eu simplesmente adorava usar meias listradas.
Percebi que a preocupação que senti o dia todo aos poucos ia sumindo junto com os comentários de Poncho. Eu não era mais a única responsável por um pobre paraplégico.
Estava apenas sentada com um sujeito particularmente irônico, batendo um papo.
- Mas, e aí, o que aconteceu com as belas galochas de purpurina?
- Mamãe teve de jogar fora. Tive pé de atleta.
- Que ótimo.
- As meias também foram para o lixo.
- Por quê?
- Nunca soube. Mas fiquei arrasada. Nunca mais tive meias das quais gostasse tanto. Como aquelas não existem mais. Ou, se existem, não fazem para adultos.
- Que estranho.
- Ah, pode zombar. Você nunca gostou tanto assim de alguma coisa?
Eu mal o enxergava, o quarto estava praticamente no escuro. Podia ter acendido a luz, mas algo me impediu. E assim que percebi o que tinha dito, me arrependi.
- Sim — disse ele, baixinho. — Já gostei.
Conversamos mais um pouco até que Poncho acabou adormecendo. Fiquei ali observando sua respiração, e algumas vezes imaginava o que ele diria caso acordasse e me visse ali encarando-o, olhando para o seu cabelo comprido demais, os olhos fundos e a barba por fazer. Mas não conseguia me mexer. As horas tinham se tornado irreais, uma ilha fora do tempo. Eu era a única pessoa na casa e tinha medo de deixá-lo.
Pouco depois das onze horas, percebi que ele começou a transpirar de novo, sua respiração ficou mais curta. Acordei-o e dei um remédio para febre. Ele não falou nada, só murmurou um obrigado. Troquei o lençol que o cobria e as fronhas e quando ele finalmente adormeceu de novo, deitei perto dele e, bem depois, também peguei no sono.
COMENTEM *-*
Autor(a): day
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hallady_lais: hahahha pelo menos isso né kkkk a any tem que dar um pé na bunda logo do Manuel ¬¬` franmarmentini♥: Fran \0/ hahaha tadinho do poncho né ainda bem q ele tem a any *-* Mila Puente Herrera: né Mila muto fofo eles *-* carol.aya: aii scar o Poncho me parte o coração :/ bom mas ainda tem muita coisa pra ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 121
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milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40
Não entendi o final :(
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franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42
Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36
;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54
;( quando vc vai postar mais??????
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franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36
VC NAO MUDOU O FINAL????????
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Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17
Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31
Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva
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Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58
AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????
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franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49
Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(