Fanfics Brasil - 36 Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny

Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 36

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* * *


Encontrei as lâminas de barbear e um pouco de creme no armário do banheiro, enfiados atrás de lenços de papel e do algodão como se não fossem usados há muito tempo. Convenci-o a entrar com a cadeira de rodas no banheiro, enchi a pia com água morna, fiz Poncho inclinar um pouco a cabeça e coloquei uma toalha quente em seu queixo.


- O que é isso? Você vai dar uma de barbeiro? Para que essa toalha?


- Não sei — confessei. — É assim que fazem nos filmes. Do mesmo jeito usam uma bacia de água quente e toalhas brancas quando uma mulher dá a luz.


Não consegui ver sua boca, mas seus olhos se apertaram, um pouco divertidos. Eu queria que continuassem assim. Queria que ele fosse feliz, que seu rosto perdesse aquele ar assustado e alerta. Comecei a tagarelar. Contei piadas. Cantarolei baixinho. Fiz de tudo para estender o momento antes que ele voltasse a ser sombrio.


Enrolei as mangas da minha blusa e comecei a passar o creme de barbear a partir do seu queixo, indo até as orelhas. Então hesitei ao segurar a lâmina próximo a seu rosto.


- Agora é o momento de avisar a você que até hoje só raspei pernas?
Ele fechou os olhos e recostou-se. Comecei a raspar com cuidado, tudo o que se ouvia era o barulho da lâmina quando eu a mergulhava na água da pia. Trabalhei em silêncio, estudando o rosto de Poncho Herrera, as rugas nos cantos da boca que pareciam prematuramente fundas para a idade dele. Raspei a costeleta e vi as cicatrizes que muito provavelmente eram do acidente. Reparei também nas olheiras escuras de noites e noites insones, na ruga entre as sobrancelhas, que indicava sua dor silenciosa. A pele emanava uma doçura cálida, o cheiro do creme de barbear e algo bem característico de Poncho, discreto e caro. Seu rosto começou a aparecer e percebi como devia ter sido fácil para ele seduzir alguém como Dulce.


Trabalhei devagar e com cuidado, incentivada pelo fato de ele estar calmo. Passou pela minha cabeça que o único momento em que alguém tocava nele era para algum procedimento médico ou terapêutico, então encostei os dedos de leve na sua pele, tentando me afastar ao máximo da rispidez desumana de Christian e do médico.


Fazer a barba de Poncho foi um momento curiosamente íntimo. À medida que prossegui, notei que havia pensado que a cadeira de rodas seria um obstáculo, que a deficiência física impediria qualquer aspecto sensual. Por mais estranho que fosse, não estava sendo assim. Era impossível estar tão perto de alguém, sentir sua pele sob os dedos, respirar o mesmo ar, ficar com o rosto a centímetros do dele, sem me atrapalhar um pouco. Quando cheguei à outra orelha, senti-me esquisita, como se tivesse ultrapassado uma linha invisível.


Talvez Poncho conseguisse perceber as mudanças sutis na pressão que eu exercia em sua pele; talvez prestasse mais atenção aos humores das pessoas ao seu redor. Mas abriu os olhos e encarou diretamente os meus.


Fez-se uma pequena pausa e ele pediu, direto:


- Por favor, não diga que raspou também as minhas sobrancelhas.


- Só uma. — Lavei a lâmina, esperando que o rubor sumisse do meu rosto quando me virasse de volta. — Pronto — disse, finalmente. — Acho que já está bom, não? Christian já deve estar chegando.


- E o cabelo? — perguntou ele.


- Quer mesmo que eu corte?


- Tem minha permissão para isso.


- Achei que não confiasse em mim.


Ele deu de ombros como pôde. Um movimento bem discreto.


- Se você ficar sem resmungar comigo por algumas semanas, acho que é um preço justo a pagar.


- Ai, meu Deus, sua mãe vai ficar tão satisfeita — exclamei, limpando a espuma de barbear da mão.


- Bom, não vamos deixar que isso nos atrapalhe.



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Autor(a): day

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* * * Cortei o cabelo dele na sala. Acendi a lareira, coloquei um filme — um suspense americano — e estiquei uma toalha em volta dos seus ombros. Avisei que havia perdido a prática com as tesouras, mas que o cabelo não podia ficar pior do que estava. - Obrigado pelo elogio — respondeu ele. Dei início aos trabalhos, passando os dedos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 121



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  • milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40

    Não entendi o final :(

  • franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42

    Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54

    ;( quando vc vai postar mais??????

  • franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36

    VC NAO MUDOU O FINAL????????

  • Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17

    Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31

    Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva

  • Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58

    AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????

  • franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49

    Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(


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