Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso
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Depois de passar anos naquele quartinho, com minhas roupas penduradas num corrimão no corredor, o quarto de Treena parecia um palácio. Na primeira noite que dormi lá, rodopiei com os braços abertos, apenas desfrutando o fato de que eu não conseguia encostar minhas mãos simultaneamente nas paredes. Fui a uma loja de bricolagem e comprei tintas e cortinas novas, além de um abajur e algumas prateleiras, que eu mesma instalei. Não que eu seja boa nesse tipo de coisa, acho que eu só queria ver se conseguia.
Passei a redecorar tudo e a pintar as paredes por uma hora, à noite, quando voltava do trabalho, e, ao final de uma semana, até papai teve que admitir que eu tinha feito mesmo um bom trabalho. Examinou um pouco a nova pintura, passou os dedos pelas cortinas que eu mesma instalei e pôs a mão no meu ombro.
— Você virou outra pessoa com esse trabalho, Any.
Comprei também um novo edredom, um tapete e algumas almofadas grandonas — para o caso de alguém aparecer e pensar em descansar. Não que alguém fosse fazê-lo. O calendário foi para trás da nova porta. Ninguém o via, só eu. Ninguém mais teria entendido o que ele significava, de todo jeito.
Fiquei meio mal com o fato de que, quando colocamos a cama de armar de Thomas ao lado da cama de Treena no quartinho, não ter sobrado qualquer espaço no chão, porém depois racionalizei: eles não moravam mais ali de verdade. E o quartinho era um lugar onde iriam apenas para dormir. Não havia razão para o quarto maior ficar desocupado durante semanas.
A cada dia que eu ia trabalhar, tentava pensar em outros lugares para onde pudesse levar Poncho. Não tinha nenhum plano geral, apenas me concentrava em cada dia sair com ele e tentar alegrá-lo. Havia alguns dias — dias em que seus membros queimavam ou quando a infecção o atingia deixando-o devastado e febril na cama — que eram mais difíceis que outros. Mas, nos bons dias, consegui várias vezes levá-lo para fora, para o sol da primavera. Eu já sabia então que uma das coisas que ele mais detestava era a pena que estranhos demonstravam, por isso levava-o de carro a lugares bonitos, onde, por uma hora mais ou menos, pudéssemos ser apenas nós dois. Eu fazia piqueniques e ficávamos no campo, aproveitando a brisa, longe do anexo.
- Meu namorado quer conhecer você — disse a ele numa tarde.
Eu tinha dirigido vários quilômetros para fora da cidade, rumo ao topo de uma colina, e podíamos ver o castelo do outro lado do vale oposto, separado de nós por campos cheios de ovelhas.
- Por quê?
- Quer saber com quem tenho ficado até tarde da noite. Estranhamente, ele achou a ideia um tanto animadora.
- O Corredor.
- Acho que meus pais também querem conhecer você.
- Fico nervoso quando uma garota quer que eu conheça os pais dela. Mas como está sua mãe?
- Igual.
- E o trabalho de seu pai? Alguma novidade?
- Não. Estão dizendo para ele agora que será na semana que vem. Em todo o caso, meus pais perguntaram se quero convidar você para meu jantar de aniversário na sexta-feira. Tudo bem informal. Só a família, na verdade. Mas, tudo bem... eu disse que você não ia querer.
- Quem disse que eu não ia querer?
- Você detesta estranhos. Não gosta de comer na frente das pessoas. E não gosta do meu namorado. Não me pareceu uma questão difícil de responder.
Eu tinha conseguido. A melhor maneira para convencer Poncho a fazer qualquer coisa era dizer a ele que você sabia que ele não iria querer fazê-la. A parte dele que era do contra, obstinada, não suportava isso.
Poncho ponderou por um instante.
- Não. Eu vou ao seu aniversário. Isso vai dar à sua mãe algo em que pensar, se não servir para mais nada.
- Mesmo? Oh, Deus, se eu contar, ela já vai começar a limpar e esfregar tudo hoje mesmo.
- Tem certeza que ela é sua mãe biológica? Não deveria ter alguma semelhança genética aí? Mais sanduíche, por favor, Portilla. E ponha mais picles no próximo pedaço.
A piada era apenas parcial. Mamãe entrou em parafuso só de pensar em receber um paraplégico. Suas mãos voaram para o rosto e ela começou a arrumar de novo as coisas no aparador, como se Poncho e eu fôssemos chegar minutos depois de eu ter contado a ela.
- Mas e se ele precisar ir ao banheiro? Não temos um no térreo. Eu não acho que o papai consiga carregá-lo pela escada. Eu posso ajudar... mas ia ficar meio preocupada com onde colocar as mãos. Será que Manuel pode fazer isso?
- Não precisa se preocupar com esse tipo de coisa. De verdade.
- E sobre a comida dele? Tem alguma coisa que não possa comer?
- Não, ele só tem um pouco de dificuldade para cortar as coisas.
- Quem vai fazer isso? Ou ele pode fazer sozinho?
- Em Geral ele faz sozinho. Não gosta que o ajudem. Calma, mãe. Ele é ótimo. Você vai gostar dele.
E assim ficou combinado. Christian buscaria Poncho de carro e voltaria duas horas depois para levá-lo de volta para casa e cumprir as rotinas da noite. Eu me ofereci para fazer isso, mas os dois insistiram para eu “desligar” no dia do meu aniversário. Eles obviamente não conheciam meus pais.
Autor(a): day
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Às sete e meia em ponto, abri a porta de casa para Poncho e Christian. Poncho estava usando sua camisa chique e jaqueta. Não sabia se ficava satisfeita com o esforço que ele fizera, ou preocupada porque minha mãe ia passar as duas primeiras horas se atormentando por não ter se vestido adequadamente. - Oi, pessoal. Meu pai surgiu no corred ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 121
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milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40
Não entendi o final :(
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franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42
Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36
;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54
;( quando vc vai postar mais??????
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franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36
VC NAO MUDOU O FINAL????????
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Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17
Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31
Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva
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Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58
AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????
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franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49
Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(