Fanfics Brasil - 75 Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny

Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 75

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* * *


 


Duas horas depois, saímos da loja de tatuagens: eu, com menos oitenta libras na carteira e um curativo no quadril, onde a tinta ainda estava secando. O tatuador disse que, como o desenho era relativamente pequeno, podia ser feito e colorido na mesma sessão, então ali estava. Pronto. Tatuada. Ou, como Manuel certamente  diria  depois, marcada para  sempre. Embaixo do curativo de  gaze branca tinha uma gorda abelhinha, escolhida no arquivo de plástico separado com argolas de metal que trazia os modelos e que o tatuador nos entregou quando chegamos. Fiquei quase histérica de nervoso. Tentava alcançar com a vista, girando a cabeça para olhar o trabalho do tatuador até Poncho mandar eu parar, senão eu ia deslocar algum  osso.


Poncho ficou descansado e contente, o que era bastante  estranho.  Não deram tempo para ele pensar. Já tinham tatuado alguns paraplégicos, disseram, o que explicava porque lidaram com ele tão facilmente. Ficaram surpresos quando Poncho disse que sentia a agulha na pele. Seis semanas antes, eles tinham feito o desenho e m tromp l’œil de uma prótese biônica em toda a lateral da perna de um paraplégico.


O tatuador, de piercing na orelha, levou Poncho para a sala ao lado e, com a ajuda do meu tatuador, deitou-o numa mesa especial, de modo que, pela porta entreaberta, só dava para eu ver a parte de baixo das pernas dele. Eu podia escutar os dois falando baixo e rindo junto com o zunido da agulha, o cheiro de antisséptico penetrante no meu nariz.


Quando a agulha entrou na minha pele, mordi o lábio determinada a não deixar que Poncho ouvisse meu grunhido. Pensei em como ele estaria na sala ao lado, tentando ouvir o que os dois falavam, imaginando o que Poncho tatuaria. Quando ele finalmente apareceu, depois que a minha tatuagem já estava terminada, não deixou que eu visse o que era. Achei que era algo relacionado a Dulce.


- Você é uma péssima influência para mim, Poncho Herrera  —  disse  eu, abrindo a porta do carro e abaixando a rampa. Não conseguia parar de sorrir.


- Mostre-me a sua.


Olhei a rua, virei-me e levantei um pouquinho a blusa na cintura.


- Lindo. Gostei da sua abelhinha. De verdade.


- Terei de usar calças de cintura alta quando estiver perto de meus pais pelo resto da vida. — Ajudei-o a manobrar a cadeira na rampa e levantei-a.


- Cuidado, se a sua mãe souber que você também fez uma...


- Vou dizer que a garota do Centro de Trabalho me deixou louco.


- Certo, Herrera, me mostre a sua. Ele me olhou firme, meio sorridente.


- Terá de trocar o curativo quando chegarmos em casa.


- Sei. Como se eu nunca tivesse feito isso. Vamos. Não tiro o carro daqui se você não mostrar a tatuagem.


- Então levante a minha camisa. Do lado direito. A sua direita.


Debrucei-me nos bancos da frente, levantei a camisa dele e tirei a gaze. Ali, tinta escura sobre a pele clara, tinha um retângulo listrado de preto e branco tão pequeno que precisei olhar duas vezes antes de entender o que dizia.


 


Validade: 19 de março de 2007


 


Fiquei olhando. Meio que ri, e meus olhos se encheram de lágrimas.


- Essa é a data...


- Data do acidente. Sim. — Ele olhou para o céu. — Ah, pelo amor de Deus, Portilla, não se comova. Era para ser engraçado.


- É engraçado. De um jeito horrível.


- Christian vai gostar. Ah, não faça essa cara. Não é como se eu tivesse estragado meu corpo perfeito, certo?


Desci a camisa de Poncho, virei-me para a frente e liguei a ignição. Não sabia o que dizer. Não sabia o que aquilo significava. Ele estava aceitando seu estado? Ou era apenas outra  maneira  de mostrar desprezo pelo próprio  corpo?


- Ei, Portilla, faça-me um favor — disse ele, assim que eu saí com o carro. — Alcance minha mochila para mim. O bolso com zíper.


Olhei no retrovisor e puxei o freio de mão novamente. Debrucei-me nos bancos da frente e enfiei a mão na mochila, vasculhando lá dentro conforme ele pediu.


- Quer analgésicos? — Eu estava a poucos centímetros do rosto  dele. Seu rosto estava mais corado do que jamais estivera desde que saiu do hospital. — Tenho alguns na minha...


- Não, continue procurando.


Tirei um pedaço de papel e recostei-me no banco. Era uma nota  de  dez libras.


- Pronto. As dez libras de emergência.


- E então?


- São suas.


- Por quê?


- Por essa tatuagem. — Ele sorriu. — Até você  se sentar  naquela cadeira, não acreditei que fosse fazer.



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Autor(a): day

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 121



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  • milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40

    Não entendi o final :(

  • franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42

    Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54

    ;( quando vc vai postar mais??????

  • franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36

    VC NAO MUDOU O FINAL????????

  • Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17

    Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31

    Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva

  • Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58

    AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????

  • franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49

    Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(


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