Fanfics Brasil - 84 Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny

Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 84

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* * *


 


A conversa com a Sra. Herrera continuou me atormentando nos dias que se seguiram. Eu continuava ouvindo suas palavras, a ideia de que eu estava esfregando a minha felicidade na cara dele. Não achei que Poncho pudesse ser afetado por nada do que eu fizesse. Quando ele pareceu ficar contrariado a respeito da minha decisão de me mudar para o apartamento de Manuel, pensei que era porque ele não gostava de Manuel, e não porque ele nutrisse qualquer sentimento por mim. E, o que era mais importante: não acho que eu tenha parecido estar especialmente feliz.


Em casa, eu não conseguia afastar essa sensação de ansiedade. Era como se uma corrente de baixa tensão passasse por mim e se alimentasse de tudo o que eu fazia. Perguntei a  Manuel:


- Será que moraríamos juntos se minha irmã não tivesse precisado do meu quarto?


Ele me olhou como se eu fosse maluca.  Inclinou-se  para  mim  e  me puxou para perto, dando um beijo no alto da minha  cabeça. Depois, olhou para  baixo:


- Precisa usar esse pijama? Detesto você de pijama.


- É confortável.


- Parece uma roupa que a minha mãe usaria.


- Não vou usar corpete e cinta-liga toda noite só para agradá-lo. E você não respondeu a minha pergunta.


- Não sei. Talvez. Sim.


- Mas não estávamos falando sobre isso, estávamos?


- Any, a maioria das pessoas vai morar junto porque é mais sensato. Você pode amar alguém e ainda assim ver as vantagens práticas e financeiras.


- Eu só... não quero que pense que  eu forcei isso. Não quero me sentir  como se tivesse forçado isso.


Ele suspirou e deitou-se de costas.


- Por que as mulheres têm sempre que  remoer as coisas até que  elas  virem um problema? Eu amo você, você me ama, estamos juntos há quase sete anos e não tinha mais lugar na casa dos seus pais. Na verdade, é bem   simples.


Mas eu não sentia que era assim.


Parecia que eu estava vivendo uma coisa que não tinha tido a chance de planejar.


 


Naquela sexta-feira, choveu o dia todo — uma chuva morna, pesada, como se estivéssemos nos trópicos, fazendo os canos gorgolejarem e inclinando os arbustos floridos, como se eles suplicassem. Poncho olhava pelas janelas como um cachorro impedido de passear. Christian chegou e saiu, com uma sacola plástica protegendo a cabeça. Poncho assistiu a um documentário sobre pinguins, e depois disso, enquanto ele ficava no computador, procurei me manter ocupada, para que não precisássemos conversar. Notei que o mal-estar entre nós era gritante e ficar no mesmo ambiente que ele o tempo todo só piorava a  situação.


Eu tinha, finalmente, entendido o conforto que uma boa faxina oferecia. Espanava, limpava janelas e trocava edredons. Estava sempre em um turbilhão de atividades. Nenhum cisco de poeira me escapava, nenhuma  marca de  xícara fugia do meu exame atento. Estava limpando as torneiras do banheiro, usando papel absorvente da cozinha encharcado com vinagre (dica da minha mãe) quando ouvi a cadeira de Poncho atrás de mim.


- O que está fazendo?


Eu estava debruçada na banheira. Não me virei.


- Estou tirando as manchas das suas torneiras. Eu podia sentir o olhar dele.


- Repita — disse ele, depois de um momento.


- O quê?


- Repita.


Eu me endireitei.


- Por quê, está ouvindo mal? Estou tirando as manchas das suas torneiras.


- Não, só queria que você ouvisse o que está dizendo. Não tem por que tirar as manchas das minhas torneiras, Portilla. Minha mãe não vai notar, eu não ligo e esse produto está fazendo o banheiro feder como um restaurante de fish and chips. Além do mais, eu gostaria de sair.


Afastei um cacho de cabelo do rosto. Era verdade. O ar cheirava exatamente como um hadoque gigante.


- Vamos. Finalmente parou de chover. Acabo de falar com meu pai. Ele disse que vai nos dar as chaves do castelo após as cinco horas, quando todos os turistas vão embora.


Não gostei muito  da  ideia  de  conversarmos  educadamente  durante um passeio pelos jardins do castelo. Mas a ideia de sair do anexo era  sedutora.


- Certo. Preciso de cinco minutos. Tenho que tirar o cheiro de vinagre das mãos.


 



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Autor(a): day

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* * *   A diferença entre a minha educação e a de Poncho era que ele desfrutava daquilo que tinha de maneira leviana. Quem foi educado como ele, com pais  ricos, numa casa bacana, frequentou boas escolas e ótimos restaurantes, como era o caso, é claro, provavelmente tem a impressão de que as coisas boas se encaixam e que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 121



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  • milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40

    Não entendi o final :(

  • franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42

    Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54

    ;( quando vc vai postar mais??????

  • franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36

    VC NAO MUDOU O FINAL????????

  • Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17

    Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31

    Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva

  • Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58

    AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????

  • franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49

    Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(


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