Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução (Adaptada) | Tema: Vondy (Ponny Chaverroni)

– Maconheiro maluco! – Foi a única coisa que consegui sussurrar.

– Temos mesmo que fazer isso? Poncho não fez mal nenhum a você. – Falou a Fofolete atrás de mim.

– Não interessa, ele é um Uckermann, não vou deixar passar! – Falei, já colocando pó de mico cuidadosamente nas roupas de Alfonso para que ele não percebesse a invasão.

(...)

Por último, adentramos no quarto de Christopher, agora, o Uckermann que eu mais odiava devido a provocação idiota no corredor, enquanto eu tentava carregar minha bagagem. Ah, ele pagaria.

O quarto mais parecia um misto da bagunça de Christian com a organização de Alfonso. A cama mal arrumada com um laptop jogado no meio, três livros no criado mudo ao lado de um porta-retratos com a foto dos Uckermann e um violão preto em um canto de parede. Mas, não era um simples violão, era um Takamine Folk semi-acústico, o tipo de instrumento que eu compraria pra mim.

– Anda logo Dulls, alguém pode chegar! – Disse Annie, já se direcionando para o closet. Eu a segui.

As roupas eram organizadas apenas por cores e foi fácil espalhar o pó de mico, já que não precisava ser tão cuidadosa quanto fui no quarto de Alfonso. Meu prazer naquele momento era imensurável.

Mal podia esperar pra ver Christopher Uckermann com coceiras incontroláveis e sem saber porquê. Claro que com ele, eu iria exagerar no pó de mico. Ele merecia.

Quando acabamos com o closet, voltamos ao quarto para espalhar muito pó de mico pela cama. Foi quando ouvimos uma voz no corredor.

– Eu não demoro Maite, vou só tomar banho para tirar o cloro. – Vi Anahí ao meu lado ficar branca que nem papel.

Droga, e agora?

Para minha sorte, eu havia trancado a porta quando invadimos, e o tempo que Christopher levou pra girar sua chave na fechadura, foi o tempo exato para empurrar Anahí debaixo da cama e me socar lá também.

Ouvimos Christopher entrar no quarto. Annie parecia que ia ter um troço a qualquer momento, e não era a única. Conseguimos ver parte das pernas do Uckermann, ele devia ter vindo direto da piscina.

Fiquei chocada quando vi a sunga preta cair para seus pés, em seguida, chutou-a para o lado. Anahí soltou uma risadinha irritante.

– Podemos dar uma espiadinha? – Sussurrou ela no meu ouvido.

Lancei-lhe um olhar assassino e quase gritei.

TÁ LOUCA?

Que sacanagem! Era a segunda vez que ficava em uma situação constrangedora com Christopher. Por que isso sempre acontece comigo?

Nota mental: ir a uma sessão de descarrego de uma igreja que vi na TV.

– Vamos dar só uma espiada. – Mais uma vez sussurrou Anahí, se arrastando para fora, quase saindo do nosso esconderijo. Eu a puxei com violência para perto de mim. Nesse momento, o celular de Christopher tocou e ele sentou-se na cama e começou a papear.

Nós ainda podíamos ver sua panturrilha.

– Oi Jake, valeu por retornar a minha ligação. Sim cara, eu estou em Verona.

Anahí, que me pareceu muito tarada, começou a cantarolar baixinho no meu ouvido...

– Vamos ver o pintinho do Christopher, vamos ver o pintinho do Christopher…

CARA, A ANAHÍ VAI MORRER, EU JURO!

– Jake, você ainda esta promovendo aqueles rachas? – Christopher fez uma pausa para ouvir a pessoa do outro lado da linha. Eu queria sair correndo daquele quarto, e ele conversava tranquilamente?

– Ah, deve ser brincadeira, agora você vive disso? Cara, eu tenho que ver isso com meus próprios olhos. Manda-me um e-mail com seu endereço que, em breve, passo aí. Vai ser bom recordarmos os velhos tempos.

Christopher se despediu do amigo e caminhou para o banheiro. Anahí e eu respiramos aliviadas. Era agora ou nunca!

– Corre, Anahí!

Eu saí pelo lado direito da cama e Anahí pelo esquerdo, a porta não estava trancada e isso facilitou nossa fuga.

Já fora do quarto, vi a fofolete levar a frase “Corre, Anahí” a sério demais, pois continuou correndo em direção ao andar inferior. Eu ia segui-la, mas notei o vazio em minhas mãos.

DROGA, CADÊ O PÓ DE MICO?

Retornei o mais rápido que pude para o quarto de Christopher, me joguei no chão e alcancei o pote embaixo da cama. Já estava saindo pela porta quando...

–Dul?

O susto me fez virar e encarar Christopher. Meus olhos arregalaram e o pote em minhas mãos deslizou para o chão no momento que o vi pelado. Era a primeira vez que eu via um homem nu, pelo menos ao vivo e a cores, e era bem diferente do que eu imaginava, muito diferente, devo frisar.

– O que está fazendo aqui? – Perguntou ele sem o menor vestígio de constrangimento.

Rapidamente, apanhei o pote do chão, me virei e fechei a porta violentamente, deixando o Uckermann sem resposta dentro do quarto.

Bufei e joguei todo o peso do meu corpo contra a porta atrás de mim. Nunca fiquei tão constrangida, meu rosto devia estar tão vermelho quanto uma pimenta malagueta. Queria sumir do mapa, queria que um buraco negro se abrisse na minha frente só pra eu nunca mais ter que encarar Christopher. Eu sabia, que nunca, nunca, nunca mais aquela imagem do Uckermann pelado ia sair da minha mente. Agora, a sessão do descarrego me pareceu ainda mais atraente.

– Aiiiiii! – Gritei quando senti que a porta atrás de mim havia sumido e meu corpo ia de encontro ao chão.

Doeu quando minha cabeça bateu no chão. Pisquei os olhos tentando me recuperar, Christopher, graças a Deus, já estava coberto com uma toalha. Para meu azar, o peito ainda estava descoberto. Ele ainda segurava a maçaneta da porta e prendia o riso com aquela cara de panaca.

– Agora vai responder o que estava fazendo no meu quarto?

– Eu... eu... tava... eu... – Merda! De onde veio essa gagueira?

Queria me chutar, mas tudo que consegui foi inventar a mentira mais deslavada que já contei.

– Eu vim perguntar se vocês vão sair essa noite... É isso! Entrei sem bater e vi que você não estava. Aí... aí... hum... – Gagueira de novo, não!

Ver o peito de Christopher desnudo só fixava ainda mais na minha mente a imagem dele pelado... vou ter pesadelos... ou não. Não importa!

– Aí... aí... hum...? – O idiota imitou a minha voz, se divertindo com aquela situação.

– Aí, você já sabe!

– O pessoal quer ir a um clube noturno ou algo do tipo. Está querendo se enturmar Saviñón? E o que é esse pote em suas mãos?

Disfarçadamente, encobri o rótulo com a mão e, com o sorriso mais amarelo que dei na minha vida, respondi.

– Ah... ah... creme de cabelo.

– Ah... ah... e pra que você quer isso? – Perguntou ele mais uma vez me imitando.

FALA SÉRIO, QUE ANORMAL!

– Me imite mais uma vez e eu vou... vou...

– Vai... vai...? – Ele soltou uma gargalhada.

Cara, porque eu ainda tô deitada e servindo de piada pra esse jumento?

– Idiota! – Gritei quando levantei. Saí o deixando gargalhando sozinho.

(...)

Anahí e eu éramos as únicas já sentadas à mesa de jantar, esperávamos impacientes pelos outros que ainda não haviam descido. Annie batia irritantemente as unhas contra a madeira da mesa, e eu já estava para explodir em uma crise de ansiedade.

– AAAAAAAAAAAHHHHHH!!!!!!!! – Fofolete e eu nos encaramos já sabendo o motivo do grito que vinha de um dos quartos.

– É agora, fudeu! – Sussurrou Annie pálida.

(Continua...)

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