Fanfics Brasil - Capítulo 12: A chama da esperança que nunca apaga. A infecção - 1° Temporada.

Fanfic: A infecção - 1° Temporada. | Tema: Apocalipse zumbi


Capítulo: Capítulo 12: A chama da esperança que nunca apaga.

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          - Bruno, o que houve? - Zoe se assustou com o estado em que a perna de Bruno se encontrava. 


        - Ele precisa tratar desse ferimento com urgência. A perna dele está infeccionada - Disse Silas - Vamos levá-lo para dentro de fazer um curativo antes que seja tarde.


        Zoe e Barnabé ajudaram o Professor, que entendia de primeiros socorros, a levar o garoto, quase desmaiado, para o interior da farmácia. 


        Alice ainda estava abraçada amim. Ela recostava sua cabeça sobre meu peito, ouvindo meu coração bater acelerado. Eu sentia seus braços me envolvendo com força. Parecia que ela não queria mais me largar. 


        - Vocês começaram a demorar. Fiquei com medo que não voltassem mais - Ela apertou seus braços com mais força sobre mim.   


        - Tá tudo bem, Ali. Eu to aqui e vou ficar do seu lado, ok? - Ela sorriu e me beijou.


        "Quem são os dois?", ela me perguntou se referindo a Anita e o Professor SIla. EU então expliquei, tudo que passamos dentro do mercado e que os dois nos ajudaram muito. Silas era um professor, não sei qual a matéria que ele ensinava, que entendia algumas coisas sobre primeiros socorros, graças a alguns cursos que ele fez durante a vida. Anita era uma repórter local, que almejava ser tornar âncora do Jornal Nacional, (é cada uma viu?!). Ela era também uma linda mulher, e lógico que foi isso o que a Alice reparou imediatamente. Com seu cabelo curto, mesmo que sujo e massagado, castanho e bem bonito, roupas chiques e aparentando ser da alta sociedae carioca, Alice se sentiu encomodada com a presênça dela. Eu não via motivo para isso, mas vai dizer isso pra ela! A gente ainda estava abraçados e de repente, Anita chegou até perto de nós:


         - Então Victor? Sabe se tem alguma forma de eu poder me lavar por aqui? - Ela se dirigiu a mim como se a Alice não estivesse ali.


         - Ah, Anita, essa é Alice. Alice, essa é Anita.


         As duas apertaram as mãos.


         - Olá, Alice, então você é...


         - A namorada do Victor. Tudo bem? - Alice nem mesmo fingia esboçar um sorriso. Olhava para Anita, com a cara fechada. Parecia até que as duas ia se enfrentar num ringue.  


         Eu que senti o clima ficando pesado, rapidinho dei o fora. Disse que iria ajudar o pessoal com o Bruno e dei no pé.


         Anita e Alice estavam à sós. O silêncio inconveniente deixou Anita sem jeito, e ela tentou puxar assunto:


         - O Silas e eu somos muito agradecidos por vocês nos acolherem aqui.


         - Eu já saquei qual é a sua - Alice foi direta.


         - Como assim? 


         - É melhor não chegar perto do Victor se estiver a fim de viver.


         Ela deu seu recado e saiu. ANita ficou sem saber o que falar e fazer. Ela apenas ficou por um tempo do lado de fora e depois entrou. Silas teve um pouco de dificuldade para fazer o curativo em Bruno. Não encontrávamos nenhum sedativo, nem uma vacina anestésica para o Bruno. Ele sentiu todas as dores de sua "cirurgia" improvisada. Quando o professor estava quase terminando, ele não aguentava mais de dor, mas graças a Deus, Barnabé encontrou uma anestesia e aplicou ás pressas no garoto. Quando o professor finalmente terminou, o garoto estava dormindo. Ele ficou bem, graças a ajuda de todas. Era engraçado pensar que na manhã daquele mesmo dia, estariamos condenando-o por roubar nossa comida.


        Por volta das seis e cinquenta, quase sete da noite, todos nós estavamos descançando, se recuperando daquele dia complicado que tivemos. Silas, estava sentado no chão, encostado em sua mochila enquanto elle escrevia algo numa caderneta. Pensei se tratar de algo como um diário, talvez ele estivesse registrando tudo que lhe ocorria durante essa epidemia. Anita olhava para a lua, encostada na janela, nem mesmo os gemidos intermináveis dos infectados tiravam sua concentração do astro da noite. Bruno agora dormia, sem o efeito da anestesia, apenas pelo efeito do cançaso. Alice e eu estavamos sentados na mesa da sala do gerente, nos beijando, se abraçando, esbanjando carinho de um para outro.


        Barnabé fumava um charuto que guardou em sua mochila desde que o incidente começou. Ele adorava ficar sozinhos, olhar para aquele mar de monstros famintos e aproveitar uma boa tragada, que só um charuto cubano pode oferecer. Mas como Zoe não sabia disso, subiu até o terraço e se sentou numa cadeira de praia, ao lado de Barnabé. O velho a olhou e voltou a fumar seu charuto, proferir uma palavra.


        Zoe percebeu que ele não queria papo, mas mesmo assim resolveu puxar assunto. Minha irmã, assim como eu, percebeu que o Barnabé era uma ótima pessoa e talvez o melhor amigo que ela, eu a Alice poderiamos fazer.


        - Você gosta de ficar sozinho, né?


        Barnabé olhou para ela, tirou o charuto da boca e respondeu rigida, e secamente:


        - É uma das coisas que mais gosto! - Voltou a fumar e olhar para frente.


        - Me desculpa, eu sei que to sendo chata. Mas... eu não tenho muito o que fazer ou com quem conversar aqu... até tem, mas a Ali e meu irmão estão namorando, eu não vou ficar lá segurando vela. E o Bruno... ele tá dormindo e achei melhor não interrempe-lo. 


        - Você gosta do garoto não é? - Perguntou Barnabé sem olhar para ela.


        - O que? Eu não... - Zoe não esperava que Barnabé perguntasse aquilo.


        - Precisava ter visto ele hoje. Foi incrivel. Mesmo depois de se machucar feio, o garoto ainda infrentou os sobreviventes que nos faziam de refém, só para avisar a gente que uma horda de infectados estava invadindo o lugar.


        Zoe escutava o que Barnabé dizia com brilho nos olhos. Não sei por que, mas ela tinha alguma coisa com aquele garoto. 


       - Acho que julgamos ele cedo demais - Ele assoprou a fumaça em forma de anéis pela boca - Se fosse você tentando sobreviver sozinha a um apocalipse, não faria o que ele fez também? Eu faria! Talvez, o magrelo não seja uma pessoa má como pensamos.


       - Então, você acha que ele é uma pessoa em quem podemos confiar? - Perguntou Zoe.


       - Isso é um pouco dificil de dizer. As pessoas estão sempre mentido para conseguir o que querem. Agem como víboras, apenas esperando o momento certo para atacar sua presa - Barnabé se virou para ela - Aprenda uma coisa, garota. Confie, sempre desconfiando - Zoe fez que sim com a cabeça, como se dissesse que havia entendido - Isso vale para o magrelo e para os dois novos que chegaram... e até para mim também!


        - Você não trairia a gente, não é, Barnabé? - Zoe parecia até como uma netinha conversando com seu avô.


       - Se um dia isso acontecer... - Ele se virou para ela novamente - Você tem a permissão para atirar em mim.


       Zoe sorriu, e os dois riram enquanto olhavam a noite. Aquele era o jeito do Barnabé dizer: Confie em mim e eu confio em você!     


       - Eu te contei da vez que eu estava caçando um jacaré no rio amazonas? - Perguntou Banrabé, ancioso para contuar uma de suas histórias para minha irmã.


       - Não. Como foi que fez isso? 


       Os dois pareciam estar muito bem agora. Nada como a inôcencia de uma jovem menina para quebrar o coração gelado do velho carrancudo. Barnabé via e mim como seu filho, e a Zoe lembrava muito sua neta. Ele faria de tudo para nos proteger. E eu confiava muito nesse cara.  


         Eu e Alice, estavamos deitados num colchão, enrolados por uma coberta, debaixo dela, somente nós, sem roupas e com muito amor pra gastar. Já haviamos terminado nossa transa e conversavamos enquanto recuperavamos o folêgo. Eu contei a Ali o que havia acontecido no mercado. Ela me uviu paciente, sem interrupções e quando enfim terminei, ela olhou para o chão e depois para mim. Ela pôs suas mãos macias, porém um pouco ásperas agora em meu rosto e disse sussurando: "Ainda bem que você está vivo. Eu não sei o que faria se você morresse". Ela me beijou e nós voltamos para debaixo da coberta. Antes de transarmos mais uma vez, eu olhei em seus olhos e prometi a ela que faria de tudo para protegê-la. Mas, por enquanto, eu só queria aproveitar o nosso tempo. Havia esperança, apesar da árdua situação. Era isso que nos movia rumo a sobrevivência.


      



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Autor(a): jony_miranda

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            Naquele dia, Barnabé nem dormiu. Ficou toda a noite de vigia. Eu acordei bem cedo, enquanto todos ainda dormiam e fui até o terraço. Silenciosamente, abri a porta. Ele estava sentado na sua cadeira, com a espingarda na mão e o olhar fixo, direto para o mar de infectados que gemiam absurdamente alto.  ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • mahsavinon Postado em 12/12/2015 - 22:50:36

    Volta a postar !

  • jony_miranda Postado em 09/11/2015 - 08:23:32

    Com certeza! Acompanhe, toda sexta depois das quatro da tarde, sempre tem capitulo novo!! :)

  • mahsavinon Postado em 07/11/2015 - 13:18:03

    Continuaaa :3

  • mdsvondy Postado em 28/07/2015 - 18:38:01

    continua

  • mdsvondy Postado em 28/07/2015 - 18:37:39

    to amando

  • jony_miranda Postado em 21/07/2015 - 16:17:20

    Capitulo novo! Esta é a primeira temporada da Série de fanfics: A infecção! Por favor, quem ama zumbis como eu! comenta ai e ajude essa fanfic que faço com carinho pra vocês! Vlw, Abraços!

  • jony_miranda Postado em 19/07/2015 - 15:29:15

    Continuarei com certeza. Vlw pelo apoio amanda. Sempre que puder postarei os capitulos. O mais rapido possivel.

  • amanda.costa Postado em 19/07/2015 - 13:11:42

    Caaaaramba,que fanfic É-P-I-C-A! Continua pfvrr


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