- Como vamos saber se podemos confiar em você?
- Eu não faço ideia de como posso provar isso a vocês mas, eu juro que eu só preciso de um lugar pra ficar. Por favor não me mandem lá pra fora de novo - Implorava o fransino garoto mantendo seus braços esguidos diante a mira da espingarda do velho Barnabé.
- Quer saber. Eu acho melhor jogar ele pros bichos de novo - Disse Barnabé.
- Não por favor. Eu imploro. Me deixem ficar.
- Não atire nele. Por favor! - Zoe entrou na mira de Barnabé que abaixou a arma no mesmo instante.
Eu olhei para ela e ela olhou de volta.
- Ele é só um garoto assustado. Olha pra ele Victor. Que mal ele pode fazer?
- E se ele foi infectado?- Perguntei.
- Bom, se ele estiver infectado, damos um tiro na cabeça dele -Zoe disse essa frase com bastante clareza.
O rapaz olhou para ela assustado e ela sorriu meio que atrapalhada. Então ele sorriu. Ao menos eles estava livre dos infctados ali dentro.
- Você pode ficar gatoto. Mas vai ficar algemado ali no balcão até termos certeza de que não está infectado.
- Sim senhor. Por mim tá tudo bem! - Disse ele concordando comigo.
Já havia se passado dois dias desde que nos comunicamos com aquele rádialista lá no monte Cristo Rei. Depois daquele dia seguimos pela estrada e no começo tudo parecia estar indo bem. Até que cometemos o grande erro de passar com o caminhão por uma estrada de terra. Pensamos que poderia ser uma boa ideia passar por fora do centro da cidade, mesmo que isso significasse levar mais tempo para chegar a rádio. Só que o que aconteu nos obrigou a mudar todos os nossos planos. Uma armadilha criada por outros sobreviventes. Roubaram nosso camimhão, mas felizmente conseguimos sair bem. Fugimos desesperados mata a dentro, temendo encontrar algum infectado, ou mesmo pessoas como aquela lá de trás. Corremos até encontrar um muro de uma farmácia. Pulamos ele afim de nos proteger. Parecia estar vazia e segura. Um bom lugar para se esconder.
Depois denentrarmos descobrimos que era realmente seguro, mas não estava tão vazia assim.
- É bom vocês me darem um bom motivo pra não mata-los agora - Disse um homem apontando sua espingarda para a cabeça da Zoe.
E foi assim que conhecemos Barnabé. Um sujeito brucuto, bem gordão, ele escura, fumando charuto e andando pra cima e pra baixo com aquela espingarda no ombro. Mas nã se engane, apesar de parecer um cara bem barra pesada, Barnabé se mostrou se um sujeito bem bacana, nos oferecendo abrigo junto a ele na farmácia. Depois de provar a ele que não estavamos infectados, é claro. Finalmente tinhamos um lugar limpo e aparentemente seguro para ficar.
Você deve se perguntar por que nenhum infectado invade aquele lugar. Isso nã acontece graças a inteligência de Barnabé. Ele trabalhava nessa farmácia antes do caos se iniciar. Farmácia essa que não pertencia a minha familia, do contrário eu o conheceria. Ele cercou todo o local com madeira para que nenhum infectado nos enxergasse, alé de as portas e janelas serem feitar de vidro blindado, ele espalhou sangue que uma pessoa infectada que morreu por toda a parede da farmácia do lado de fora, fazendo assim.com que os infectados sentissem o cheiro de outro deles, não o nosso.
- Então quer dizer que seu pai estava no hospital quando tudo aconteceu? Perguntou Baranabé diretamente. Alice.
- Sim. Ele foi um dos primeiros infectados. A minha mãe também morreu.
- Ela morreu salvando nossas vidas - Acrescentou Zoe sorrindo pra Alice que imediatamente sorriu de volta.
- Eu também perdi uma pessoa importante pra esses canibais desgraçados - Ele tirou uma fotografia do bolso e entregou a Alice - Esse é Lucas, meu filho. Ou era antes disso tudo.
- Sinto muito por você - Disse Alice - Ele aparentava ser um filho muito bom.
- Ele era o melhor garoto do mundo. Todos os domingos iamos a igreja juntosbe depois pescavamos no lago da fazenda. Depois que minha esposa morreu ele, ao contrário do que eu pebsei que aconteceria, se tornou um garoto responsavel e forte. Nunca me decepcionou. Eu sinta tant falta dele.
- Sinto muito por você, Barnabé - Disse a ele.
- Obrigado.
A farmácia era um ótimo lugar pra gente se abrigar. Tinhamos agua para pelo menos três dias. De comida, bom, tinhamos aquelas barras de ceriais diet. Mas também tinhamos alguns suprimentos do Barnabé. Pot mais que não queriamos acabar com os alimentos que ele conseguiu, o homem insistia em dizer que podiamos comer o que quizessemos. Ele era um sujeito legal.
Outra coisa que obviamente não faltava na farmácia era remédios, e aproveitando isso, nós faziamos alguns curativos em pequebos ferimentos que ganahamos nesse fjga alucinads até aqui. Coisas pequenas como arranhões e coisas do genêro.
O dia já começava começava a ficar claro e o sol já dava as caras iluminando fracamente o interior da farmácia. Eu terminava de fazer um curativo para o corte que a Alice tinha na testa. Barnabé fumava um charuto, observando a paisagem destruida lá fora. A correria e gritaria na rua continuavam. Tiros e explosões eram ouvidos com frequencia. Zoe foi até o balcão do caixa e procurava algo para comer, algo que prestasse no meio daquelas barras de ceriais diet nada deliciosas.
- Isso é horrivel. Só tem troço diet e light aqui. Vamos ter que comer como os diabéticos?
- Agradeço por ainda termo isso pra comer - Eu disse a ela.
- Tem chocolate de verdade na minha mochila. Pode pegarnum pouco pra você, Zoe.
- Não acostuma mal essa garota hein, Barnabé. Isso ai é mimo puro - Eu disse.
TAPUUM - Era um barulho vindo do teto.
Barnabé ordenou que ficassemos quieto usando um gesto com o dedo. Todos ficaram calados.
- Tem alguém lá em cima - Falou Barnabé passando a mão na espingarda - Eu vou lá da uma olhada.
Peguei o bastão de basebol que trazia com a gente e disse:
- Eu vou com você. Zoe fique com a Alice.
- Tenha cuidado, Vic - Disse Alice preocupada.
Barnabé e eu caminhamos alerta e silênciosos. Ele abria caminha com a impiedosa mira da espingarda, preparada para apontar no invasor que perambulava em cima da farmácia. Até então não faziamos ideia do encontrariamos lá em cima. Poderiam ser vários infectados esperando a hora em que abrissemos a porta para invadir o lugar.
Mas felizmente para nós, não era nada dissso. Assim que chegamos na porta que dava acesso ao terraço. Nos preparamos psicologicamente, Barnabé carregou a arma, eu segurei o bastão com força e em seguida chutei a porta. Ela se abriu e diante de nós um rapaz fransino caiu de joelhos implorando por sua vida.
- Por favor. Não me matem, eu não sou como eles. Eu preciso de ajuda. Meus amigos foram todos mortos.
Era só um garoto assustado. Respirei aliviado, olhei para Barnabé que aparentava estar mais tranquilo também.
- O que vamos fazer com esse muleque, Victor? Atirar nele e jogar para os infectados?
- O que? Não por favor. Eunperdi meus amigos foram mortos por eles, eu consegui escapar mas não tenho pra onde ir. Não me faça voltar pras ruas por favor. Aquilo é um inferno.
- Relaxa, não vamos te mandar pra lá de novo - Disse a ele.
- Obrigado. Muito obrigado meus amigos.
- Não nos toque por favor. Nã sabemos se você está infectado.
- E além do mais. Não somos amigos. Você vai lá pra dentro sob a mira da minha pequena lucy - Disse Barnabé apontando ansua espingarda para o garoto.
Depois que descemos aconteceu aquilo que contei no começo desse capitulo. O garoto estava algemado no balcão enquanto na sala do gerente faziamos uma reunião a respeito dele.
- Por quanto tempo ele vai ter que ficar algemado? - Perguntou Zoe.
- O tempo que for necessário até sabermos que ele não está infectado - Respondi.
- Nós vimos. Ele não tem nenhuma mordida. Acho que isso é implicancia da sua parte.
Minha irmã tinha simpatizado com o rapaz desde o inicio.
- Talvez seja. Não acho que se pode confiar em uma pessoa tão rapido - Eu disse.
- O Barnabé confiou na gente.
Aquela pequena garota tinha todas as respostas na ponta da lingua. E conseguia fazer a gente ficar quito.
- Eu acho que em tempos como esse não se pode escolher a quem ser amigo. Eu apostei qur vocês seriam fieis companheiros e acertei. Mas não vamos ter essa sorte sempre. Assim como fiz com vocês, precisamos ter certeza de que ele não se infectou - Disse Barnabé com sua voz firme e grave.
- É. Mas você não algemou a gente ao balcão.
- A Zoe tá certa. Não sei se é "humano" fazer isso - Falou Alice.
- Tá. Pode até ser, mas por que tanta preocupação com esse muleque, Zoe? Você nem o conhece! - Indaguei.
- Não é nada demais e-eu... eu só nã acho certo fazer isso.
Zoe se embolou nas palavras e ficou sem jeito ao falar do rapaz. Eu conhecia minha irmã muito bem. E sabia exatamente qual era o motivo de ela estar assim.
- Zoe, escuta uma coisa se você...
- Ei. Alguém!
Aquele moleque fransino me interrempeu.
- O que você quer moleque? - Perguntei.
- Eu bati a cabeça antes de entrar aqui. Será que vocês poderiam me deixar fazer um curativo?
Alice foi pega no seu lado mais humano e se sensibilizou com tudo aquilo. Ela disse pra mim que o melhor a fazer era soltá-lo e deixar que ele tomasse uns remédios e fizesse um curativo.
- Eu não confio nele o bastante pra soltá-lo - Disse pra ela.
- Também não quero me arriscar, Alice! - Barnabé pensava como eu.
Zoe se levantou da cadeira e foi andando em direção ao balcão.
- Eu vou lá ajudar ele a fazer o curativo.
- Como é que é? Até parece.
- Relaxa, Victor. Na pior das hispoteses se ele me atacar, vai estar algemado.
Ela era uma garota irritante de tão cabeça dura. Quase sempre tinha uma resposta afiada na lingua e por diversas vezes não me escutava. Essa era a minha irmã.
- Ela é bem cabeça-dura - Comentou Barnabé.
E como, ela foi até o garoto procurou saber como ele estava e se ofereceu para fazer o curativo. Por mais que ela estivesse ajudando uma vida, eu não confiava naquele garoto. Alguma coisa nele não me passava confiança. Eu só não sabia direito o que era.
As horas passavam, já deviam ser por volta do meio dia, não me lembro. Nesse momento, Alice e Barnabé conversavam sobre a vida pré-apocaliptica, minha conversava com o rapaz algemado, ajudando o garoto a comer, e eu testava o rádio para tentar capitar alguma transmoção. Talvez poderiamos saber como estava a cidade lá fora.
- Sabe, Alice. Uma vez e eu e minha esposa viajamos para o México - Disse Barnabé.
- Jura? Eu e o Vic sempre tivemos vontade de viajar ao Mexico. Bem, antes de acontecer isso tudo.
- Pois é, Era um lindo país. Agora aquilo deve ser apenas um palco para esse show de horrores.
- Imagino. Barnabé, você acha sinceramente que vamos conseguir sobreviver a essa epidemia? - Perguntou Alice.
Barnabé se ajeitou em cima do balcão onde estava sentado e respondeu:
- Sinceramente, eu não posso dizer. Como vamos saber quando isso vai passar? Ou melhor será que vai passar? - Ele cortou uma maçã com seu canivete, comeu um pedaço e continuou a responder - Mas quer saber de uma coisa, garota? Eu vou lutar até onde puder para viver por muito tempo.
Alice sorriu e pegou um pedaço da maçã oferecida por Barnabé. Eles continuaram a conversar e em uma certa altura ele perguntou a ela o por que de estar preocupada comigo. Alice ficou sem saber do que ele falava e questionou a pergunta de Barnabé. O esperto homem disse que notava no jeito de olhar sobre mim, era um olhar de preocupação acompanhado de medo, segundo ele. Alice ficou quieta por um momento, sorriu e falou a ele:
- Você tem algum dom especial, Barnabé?
Os dois riram.
- Não, ha ha, eu só vejo o que está escrito em seus olhos. E eu devo te dizer para não se preocupar. Seu namorado é um cara forte. Eles vai ficar bem, e sem duvida vai cuidar muito bem de vocês duas.
Na sala do gerente eu sofria um bucado com o maldito rádio. Eu tentei e tentei, de toda forma que conhecia para fazer o maldito funcionar. mas nada adiantava. "Porra", xinguei em pensamento. Quando já não aguentava mais ficar na frente daquela merda de rádio eu o joguei no chão com toda raiva que tinha direito. Todos os outros ficaram bastante assustados e foram até lá para ver o que tinha acontecido. Zoe, barnabé e Alice foram até a sala e quando eles entraram na sala, o rádio começou a funcionar como que por puro encanto. Tudo que se ouvia era estáticas. Sentei-me ao chão e comecei a futucar o rádio de todas as maneiras pra ver se ele funcionava. Porém, nada de conclusivo aconteceu.
- Que bosta. Perdi meu tempo arrumando isso.
- Relaxa, Victor. Isos não era tão importante assim.
- O Barnabé tem razão Vic. Deixa isso pra lá, depois funciona! - Disse ALice.
Olhei para Zoe e por falta de assunto no momento perguntei como ia o garoto algemado. Ela me respondeu que eu deveria ver por meus própios olhos. E assim eu fiz.
Esperei até todo mundo estar ocupado para poder conversar com o rapaz sozinho. Caminhei como quem não quer nada, olhando a prateleira, até que me sentei ao lado dele no chão. E pela primeira vez conversava com aquele rapaz franzino que chegou do nada.
- E então... Como vai? - Perguntei.
- Por favor, não me diga que isso é uma piada.
- Olha, geralmente não algemo as pessoas que conheço. Mas nessas circunstâncias não da pra confiar em qualquer um que chega pedindo ajuda.
- Eu te entendo cara, no sue lugar faria a mesma coisa. Mas diz ai, acho que já deu pra ver que não estou infectado não é? Eu já estou aqui a algumas horas.
- Acho que você tem razão. Eu vou te soltar - Peguei a chave e o libertei - Vem, se senta com a gente. Vamos conversar.
- Obrigado, meu amigo.
- Meu nome Victor - Estendi a mão a ele.
- Bruno, prazer em conhecê-lo Vistor.
Todos nós nos reunimos em um dos corredores da farmácia conversamos por horas. Conhecemos um ao outro melhor. Por exemplo, Barnabé era um caminhoneiro que rodava o Brasil inteiro em suas entregas, teve sua esposa morta por traficantes de droga que envadiram sua casa e por incrivel que parecesse pora nós, ele tinha um olho de vidro, resultado de um briga de bar a muito tempo atrás.
- E você magrelo, canta um pouco de você! - Disse Barnabé, comendo outra maçã.
- É, Bruno. Fala mais de você - Infatizou, Zoe.
- Ah, não o que dizer galera, eu não sou um cara muito legal, não tenho muitas coisas para contar. Eu sou apenas um Nerd que trabalhava numa loja de quadrinhos. Eu tinha alguns amigos mas todos morreram numa invasão de infectados a nossa loja. Ah e eu não sei dirigir.
Nós rimos por horas, nos divertimos com as histórias contadas por nós. Aparentemente eu tinha me enganado com o Bruno, ele realmente falava a verdade quando chegou, não estava infectado. No entanto eu ainda não confiava totalmente nele. Mas, naquele momento não ligavamos para isso, encontramos um lugar seguro, onde podiamos rir e nos divertir de novo. Conhecemos pessoas que aparentemente podiamos chamar de amigos, estava tudo indo bem por hora. Naquele momento esquecemos de tudo que passamos. Poderiamos dizer que estavamos felizes outra vez.
Até quando poderia durar esse momento de tranquilidade? Eu diria que bem menos do que do que devia durar.