Fanfic: Nunca Me Deixe | Tema: Herroni

Capítulo 13

Povs Alfonso

Olhei para ela depois que li aquilo, puxa vida, nunca tinha pensado dessa forma.

-Como escreveu isso em tão pouco tempo? - perguntei olhando-a nos olhos

-Não sei, simplesmente saiu – ela respondeu, virando as costas e indo sentar, fui até a professora e conversei com ela, a mesma simplesmente ficou encantada, estava imaginando as próximas o que aconteceria.

Ainda estava pensando no que havia acontecido na aula, querendo ou não mexeu comigo, enquanto estava perdido em pensamentos, só houvia de longe uma gritaria, estava sentado no saguão esperando a Maite que havia ido ao banheiro, o que já fazia alguns minutos, olhei para o caminho em que ela deveria vir, e só pude enxergar uma multidão, levantei correndo e ao chegar lá me surpreendi.

-Alguém me ajuda aqui, essa louca vai me matar – gritou a loira

-Vou mesmo, quem mandou falar aquilo pra mim – gritou Maite, que estava sentada em cima da barriga da loira batendo em seu rosto, abri espaço, pois aquilo podia acabar muito mal, segurei-a pela cintura e a ergui, ela contiuou se debatendo

-Calma Mai, olha a situação da garota – falei em seu ouvido, ela começou a se acalmar.

-SUA LOUCA, POR ISSO NINGUÉM TE AMA, ACHA QUE NÃO SEI O QUE SEU PAI SENTE, SUA MÃE MORREU, ELE TE VÊ COMO UM FARDO, POR ISSO COLOCOU UMA BABÁ, NINGUÉM TE SUPORTA, SUA MÃE DEVE TER UM ALIVIO POR NÃO TE VER, COMO PODE UM IDIOTA, MIMADA, FEIA, NERD. SUA MÃE TE ODEIA -

-NÃO FALA DA MINHA MÃE VITÓRIA, QUEM PENSA QUE É? UMA VAGABUNDA QUE TODA A CIDADE JÁ COM/EU – Sentia a Maite tremendo em meus braços, e como a erguia, virei e saí com ela da multidão, que vaiava a loira.

Continuei carregando a Maite até o carro, ela tremia e suava, a coloquei no não ao lado da porta, e quando ia para o outro lado, ela me puxou, abraçando e começou a chorar, olhei para os lados e os alunos iam saindo, abri a porta do carro, e ajudei-a a entrar, fechei a porta, e também entrei.

-Calma Mai, não é verdade – falei ligando o carro e saindo.

-Não, como ela pode …. minha mãe era tudo ….isso é verdade..... todos me odeiam..... Você só está cumprindo um contrato.... - ela chorava, soluçava e falava isso, meu coração apertava a cada soluço, enquanto ela chorava, eu ia tentando a acalmar, foi assim todo o caminho.

Quando parei o carro, a Maite abriu a porta e correu, sai o mais rapido e fui atrás dela, só dando de ouvir o pai dela perguntar.

-Como foi a aula filha? …. O que houve? - ele me olhava esperando uma resposta.

-Uma discussão com uma colega, estava esperando ela no pátio, que é próximo ao banheiro, e no caminho creio que essa colega deve tê-la provocado – falei.

-Mas qual o motivo dela chegar assim? - ele perguntava sem entender

-Essa colega, falou da mãe da Mai, e do senhor, e agora ela acha que me contratou porque não a suporta – falei – vou subir, vê se consigo coversar com ela.

Povs Maite

Entrei em meu quarto correndo, tranquei a porta e me deitei, chorava, querendo ou não, tudo que a vaca da Vitória falou era verdade, ninguém nunca me amou, todos me deixam em algum momento, eu sou um fardo completo.

-Mai abre a porta – ouvi o Poncho pedindo.

-ME DEIXA EM PAZ, NÃO PRECISO SER UM FARDO AQUI – gritei jogando um dos porta-retratos na porta.

-Mai por favor, deixa eu cuidar de você – ele pedia.

Decidi não responder, para quê? Ele ia ser apenas um cumpridor do serviço, mas não aqui, eu sei o que sou, e mais uma vez, minha vida é uma merda.

-Maite abre a porta vai, vamos conversar

Olhava para a porta, minha cabeça começava a doer, e ela dizia não abre, é só o trabalho dele, mas meu coração dizia outra coisa.