Fanfic: Nunca Me Deixe | Tema: Herroni

pOvs Maite

-Filha eu sinto muito, quero que me prometa uma coisa – ele falou baixo, parecia ter dor.

-O que papai? -

-Sempre obedeça ao Alfonso, ele é seu noivo e sempre vai te proteger.

-Papai eu prometo – sussurrei chorando, ele sorriu e fechou os olhos, todas as máquinas dispararam – PAPAIIIII – senti braços fortes me envolvendo, sabia que era Alfonso

-Meu amor calma, pelo menos agora o seu sofrimento acabou, vai ficar tudo bem- ele falou.

-Não vai, meu pai me deixou, preciso dele, preciso de você, sei que você vai acabar me deixando também – falei o empurrando, nos olhamos e eu fui escorregando pela parede, ele sentou ao meu lado e me abraçou.

-Mai, não vou te deixar

-Nunca me deixe por favor – pedi olhando em seus olhos – promete que nunca vai me deixar

-Prometo – ele falou beijando minha testa.

Abri meus olhos, e vi o Alfonso ao meu lado, vi a mulher que se parecia comigo, mas não via meu pai, senti meu coração acelerar, onde ele estava?

-Onde está meu pai? – perguntei olhando para Alfonso – e quem é você? – perguntei olhando para a mulher a minha frente. Que estava pegando na ponta dos meus pés, - Meu pai Alfonso, onde ele está? – comecei a perguntar, meu pai, eu queria ele, o seu abraço – meu pai está morto? – perguntei baixinho, olhando para Alfonso que estava apenas me olhando, comecei a me levantar, meu corpo estava doendo, minha barriga também, mas eu tinha que saber do meu pai, foi quando lembrei – meu bebê. Como ele está? – perguntei, eles continuaram calados, eu estava ficando totalmente aflita, não tinha como – SERÁ QUE DÁ PARA ABRIREM A BOCA POR FAVOR, ONDE ESTÁ MEU PAI? AI – gritei quando senti uma pontada extremamente forte em minha barriga, parecia que algo estava se rasgando dentro de mim – PAAAPAIIIII, onde o senhor está, pai, por favor, não pode ser verdade – falei com lágrimas correndo dos meus olhos, meu mundo parecia de cabeça para baixo, nenhuma das pessoas que estavam no quarto me respondia sobre nada. Meu pai, meu bebê, pelo amor de Deus, meu peito estava doendo de tanta angustia. – ALFONSO DROGAA, ONDE ESTÁ MEU PAI, O QUE ACONTECEU COM MEU BEBÊ? – Gritei me levantando, mesmo minha barriga doendo bastante, eu sabia que estava toda marcada, minha cabeça estava zonza, mas eu precisava saber do meu pai, comecei a puxar a agulha em meu braço, eu iria sair dali e iria atrás de respostas, querendo eles ou não.

-Filha, fica calma – a mulher falou pela primeira vez indo até o meu lado tentando me segurar.

-CALMA NÃO, QUEM É VOCÊ? SOU FILHA DO MEU PAI, NÃO SUA, PRECISO SABER DELE – Gritei me levantando, estava totalmente transtornada, não me reconhecia – MEU PAI, EU QUERO MEU PAI, ALFONSO ME LEVA ATÉ ELE – Gritei batendo em Alfonso, que não olhava para mim no momento, e sim para o teto – OLHA PRA MIM, AGORA – continuei batendo nele, eu precisava saber do meu pai, ele não tinha como ter morrido, sabia que o Carvalho tinha disparado a maldita arma, mas meu pai não podia morrer, quem iria ficar comigo agora? Eu sabia que tinha perdido meu filho, o tanto que apanhei não teria como manter a gravidez de forma nenhuma. Comecei a sentir falta de ar, parecia que alguém estava sugando ele todo, quando o quarto girou, e só ouvi alguém mandando o Alfonso me segurar, e depois mais nada.

Povs Alfonso

Estava totalmente em êxtase, a Mai ainda estava grávida, e de trigêmeos, eu teria minha família, ainda não acreditava, eu não consegui entrar para falar com a Mai, pois ainda estava dormindo, então continuei com a Carla, esperando noticias do Javier, soubemos que ele estava numa cirurgia simples para retirar a bala do seu abdome, ela não tinha atingido órgão nenhum, mas a retirada só podia ser no centro cirúrgico, até onde sabíamos ele não estava em perigo, mas eu não tinha como olhar para a Mai desse jeito.

-Então, terei três netos de uma vez? – Carla perguntou e ao mesmo tempo afirmou, me abraçando, meu coração estava tão tranquilo com isso, quem diria.

-Parece que sim – falei sem conseguir expressar nenhuma reação. Acho que ela levou por outro lado, pois me olhou perguntando

-Não está feliz?

Olhei para ela, indignado, - feliz? Estou em êxtase, nunca tive uma família a não ser meu cachorro Thor, e depois de um emprego, arrumei a mulher da minha vida, e vou ter 3 filhos de uma vez, como posso não estar feliz – falei olhando para a Carla, que continuava sorrindo, agora podia se dizer que a Mai iria ficar feliz de verdade, teria a mãe do seu lado, os filhos estavam bem.

O médico acabava de nos informar que o Javier estava bem, ainda sedado, mas bem e fora de perigo, só que não poderia dizer a Mai ainda, o médico quem deveria dizer, ou a mãe dela, e assim, fomos ao quarto em que ela estava,  e ficamos lá até ela acordar, pensei que ela iria ficar feliz em nos ver, mas quando ela acordou perguntou

-Onde está meu pai? – perguntou a Mai olhando para mim, mas logo desviou olhando para a Carla – e quem é você? Meu pai Alfonso, onde ele está? – ela perguntou olhando para mim, não sei o que deu em mim, que não conseguia abri a boca para respondê-la– meu pai está morto? – ela perguntou novamente, eu pude ver que ela começava a se desesperar, minha voz parecia ter sumido.