Fanfic: Nunca Me Deixe | Tema: Herroni

Pov Maite

Olhei para o delegado, ele estava sentado em minha frente.

-Então, eu estava esperando um taxi, quando ouvi as vozes, e eles vieram atrás de mim e me arrastaram para um beco, eu lutei e eles começaram a me espancar, a tentar tirar minha roupa e a – parei, estava ficando enjoada só de lembrar – eles tentaram me estuprar, eu escapei e corri para a rua, mas aquele ali, veio atrás e me derrubou até que um dos policiais parou o carro e me ajudou – sussurrei, quando levantei o rosto vi que Alfonso me olhava de um jeito diferente.

-Então delegado, o que vai fazer em relação a esses criminosos?

-Vamos colocá-los atrás das grades, tentativa de estupro e agressão, pelo menos uns 15 anos na prisão – Observei o delegado conversar com meu pai, o Alfonso estava próximo a eles e não viu quando o bandido veio até mim, me puxando e dando um murro em meu rosto.

-AAAHHH – gritei logo depois do soco, senti minha boca cortar e logo o gosto de sangue ficou aparente, fui empurrada para trás caindo de costas no chão, tentando respirar quando Alfonso empurrou o outro bandido e o derrubou com um soco.

-MÃOS PARA TRÁS – Gritou o delegado, indo ajudar Alfonso, logo algemaram o bandido tirando-o da sala.

-Mai, minha filha levanta – meu pai falou chegando perto, e me ajudando a levantar, minhas pernas não aguentaram o meu peso e cai ajoelhada.

-Posso ir para casa? - perguntei soluçando. Senti duas mãos me enlaçando por trás, erguendo-me do chão, as dores em meu corpo, parece que se multiplicaram.

-Tem mais alguma coisa para ser feito por aqui delegado? - meu pai perguntou.

-Não senhor Javier, vamos cuidar de tudo, podem ficar tranquilo.

-Vamos Alfonso, agora podemos ir para casa, a partir de hoje 24 horas com minha filha, então quer buscar alguma coisa?

Fiquei pasma, o Alfonso é lindo mas de babá 24 horas? Meu pai estava de brincadeira.

-Não senhor, tenho tudo que preciso no carro.

Pov Alfonso

Assim que ouvi o grito de Maite, vi o agressor em cima dela, senti todo o meu sangue ferver e fui pra cima daquele bastardo. Até que o algemaram, olhei para Maite e ela estava de joelhos no chão, me abaixei atrás dela, abraçando-a e ajudando a se levantar.

-Posso ir para casa? - ela perguntou soluçando.

-Tem mais alguma coisa para ser feito por aqui delegado? - perguntou o seu Javier

-Não senhor Javier, vamos cuidar de tudo, podem ficar tranquilo.

-Vamos Alfonso, agora podemos ir para casa, a partir de hoje 24 horas com minha filha, então quer buscar alguma coisa? - ele perguntou me olhando

-Não senhor, tenho tudo que preciso no carro – respondi, passando um braço pela cintura de Maite.

-Então vamos

Começamos a caminhar, a Maite estava gelada, parei e a olhei.

-Está se sentindo bem?

-Não, estou sentindo muita dor – ela gemeu de olhos fechados.

-Vamos comprar seus remédios, não se preocupe, logo vai passar – respondi tentando caminhar com ela.

-Não, está doendo muito, não estou conseguindo caminhar que a dor aumenta – ela falou de olhos fechados.

-Vou te levar no colo viu? - olhei em seus olhos, me abaixei e com cuidado peguei-a no colo, seu Javier ia a nossa frente, ela me olhou, passou seus braços por meu pescoço e escondeu seu rosto no meu peito, ela cheirava a rosas, sua pele macia parecia de plumas. Assim que ela estava mais apoiada recomecei a andar – fica calma, vou ter que andar mais depressa, aqui está cheio de repórteres.

Comecei a quase correr, foi automático, ela gemeu assim que dei um passo mais forte.

-Está doendo – ela gemeu, corri mais ainda, logo abri o carro, colocando-a sentada.

-Não tenho o que falar – ouvi o senhor Javier falar entrando no carro, e fechando a porta.

-Agora podemos ir para casa? - a Maite perguntou.

-Vamos só passar em uma farmácia e comprar seus medicamentos.

-O sinto Maite – pedi, ela me olhou e colocou o sinto, fechando os olhos logo em seguida. - Fica calma que logo estará em casa.