Fanfics Brasil - [EXCLUIDA]

Fanfic: [EXCLUIDA]


Capítulo: 17? Capítulo

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O show havia sido um sucesso. Os integrantes do RBD descansavam nos camarins. Maite era a única que já havia ido embora. Anahí se encontrava esparramada sobre um divã. Seus pés doíam. Havia dançado tanto... Ouviu o ruído da porta se abrindo. Era Alfonso.
Poncho: (sorrindo) E aí? Como está?
Anahí: Estou podre. Dá sua uma olhada nos meus pés.
Poncho: (massageando os pés dela) Está muito cansada pra ir jantar comigo?
Anahí: Ai Ponchito... estou realmente muito cansada... mas estou com uma fome de leão!!! Adoraria jantar contigo.
Poncho: (dando-lhe as mãos para ajudá-la a se levantar) Vamos então... O que quer comer?
Anahí: Com a fome que estou comeria qualquer coisa... Pode escolher.
Poncho e Anahí saíram rindo do camarim. Ele a levou a um restaurante sossegado que costumava freqüentar. Era sofisticado e ao mesmo tempo aconchegante. Anahí adorou o lugar assim que o viu. Escolheram uma mesa discreta.
Anahí: Amei esse lugar!!! É tão... tão romântico.
Poncho: Ainda mais tão bem acompanhada como vc está.
Anahí: (rindo e jogando um guardanapo nele) Convencido...
O jantar estava transcorrendo em clima descontraído. E então começou a tocar uma música romântica. Sem saber porque, Anahí se sentiu instantaneamente nervosa. De repente tornou-se consciente demais da mão de Poncho que brincava com os dedos dela. Inconscientemente, aproximou-se mais de Poncho. Ele sorriu e chamou-a para dançar. Algo dentro dela disse que era melhor não aceitar... Ela, entretanto não deu atenção.
Enquanto dançavam, a atração que sentiam apareceu com força total. Anahí arrepiava-se até mesmo com a respiração dele em seu pescoço. Poncho sentia seu coração disparar.
Poncho: (sussurrando no ouvido dela) Anny... Parece tão irreal... Eu... vc... a música... Tem uma coisa que eu não estou mais conseguindo segurar. Eu estou perdidamente apaixonado por vc.

Anahí esperava sentir surpresa, mas não foi o que aconteceu. Olhou nos olhos de Poncho. Ele se aproximou mais. Parecia um sonho. Ela não tinha a mínima vontade de resistir. Fechou os olhos. Sentiu os lábios dele se aproximando. E então uma voz fez com que retornasse a realidade.
Jean: Posso saber o que está acontecendo aqui?
Anahí e Poncho separaram-se rapidamente. Ela se sentiu corar. Jean olhava furioso para ela. Sorriu, nervosa.

Poncho chegou irritado em casa. Que raiva daquele almofadinha. E que azar o dele. Justo quando estavam se acertando apareceu aquela mala! Mas pelo menos agora sabia que Anahí também sentia algo por ele. Essa perspectiva fez com que algo dentro dele se iluminasse. Tinha que impedir aquele casamento. Anny merecia algo melhor do que aquele engravatadinho azedo. Uma nova luz brilhou em seus olhos. Iria fazer de tudo para reconquistá-la. Anahí ainda seria muito feliz ao lado dele. Estava certo disso.

Anahí jogou-se na cama. Tinha vontade de sair gritando. Tivera que se esforçar muito para que o namorado acreditasse nas suas desculpas, que por sinal eram muito esfarrapadas. De uns tempos pra cá não conseguia mais reconhecer Jean. Ele estava enfadonho. Toda vez que pensava em sair com ele, se entristecia. Era um calvário. De repente, o anel pesava demais em seu dedo. Só de saber que se casaria com ele, sentia náuseas. E havia o Poncho... Ele havia sido tão perfeito durante o jantar. E a dança... Sentira-se no paraíso. Estava tão confusa. Talvez devesse romper o noivado... Mas e se depois se arrependesse? Parecia que quanto mais pensava menos sabia o que fazer. Acabou adormecendo sem encontrar as respostas que procurava.

Dulce entrou no camarim apressada. Tinha combinado um jantar com Memo. E ainda precisava ir para casa se arrumar. Queria estar linda. Se houvesse alguém que pudesse fazer Chris sair dos seus pensamentos, esse alguém seria Memo. Ele era tão romântico. Dizia exatamente tudo o que ela precisava ouvir. E nunca forçara a barra.
Chris: Dulce? Parece tão feliz hoje...
Dulce: (fechando a cara) Eu feliz? Estou normal...
Chris: Mas estava com um sorriso pregado no rosto.
Dulce: É que estou numa ótima fase da minha vida. Só isso.
Dulce subiu em uma cadeira para conseguir alcançar a sua bolsa em uma prateleira. Escorregou. Só não caiu no chão porque Chris a segurou. Acidentalmente, ficaram muito próximos. Tudo o que sentiam um pelo outro veio a tona. Dulce fechou os olhos inconscientemente. A cabeça de Chris girava. Dulce estava em seus braços. Eles não conseguiam pensar em nada. Apenas sentir. E o que sentiam era muito forte. Forte demais para ser controlado ou ignorado. Suas bocas se procuraram esfomeadas. Sentiam tanta saudade. Dulce sentia ondas de prazer a percorrê-la. Chris sentia-se em chamas. Parecia que havia passado uma eternidade quando finalmente suas bocas se separaram. Ficaram se olhando profundamente. Até que finalmente ela percebeu o que estava acontecendo.
Soltou-se bruscamente dele e o olhou friamente. Ele ainda estava atordoado, sem compreender muito bem o que se passara.
Dulce: Me larga!!! Quem te deu moral pra se aproveitar de mim?
Chris: Eu não me aproveitei. Simplesmente rolou. Vai dizer que não curtiu?
Dulce: (recompondo-se) Não gostei não. Não senti absolutamente nada. Vc já é passado pra mim.
Chris: A quem está tentando enganar?
Dulce: Não insista. Eu não amo mais vc. Já te esqueci faz tempo. Estou em outra agora. Por falar nisso. Deixa eu te apresentar o meu namorado. Memo... Que bom que chegou.
Chris virou-se devagar e teve um choque quando descobriu de quem se tratava.

Dulce olhou vitoriosa para Chris. Era uma boa atriz afinal. E aquele estava sendo seu papel mais difícil. Sentia-se desmoronando por dentro. Mas não podia fraquejar. Sorriu para Memo e deu-lhe a mão. A seguir, virou-se e o beijou. Chris não conseguia esconder a decepção e o espanto presentes em seu rosto. Não era possível. Ele devia estar tendo alucinações. Deviam ter colocado algo na sua bebida.
Chris: (virando-se para Memo) Você? O que faz aqui?
Dulce: Ah! Vejo que já se conhecem. Esse é o meu namorado.
Chris: Seu namorado? Mas não pode... ele é um...
Memo: Ela é minha namorada sim. E estamos muito apaixonados. (abraça Dulce)
Chris: Dulce... Onde vc está com a cabeça?
Dulce: Foi amor a primeira vista. Não é amor? Pois é Christopher... Eu sou uma mulher de sorte!
Memo olhou surpreso. Quer dizer então que aquele franguinho que era o tal Chris. Mais um motivo para detestá-lo. Aquele moleque cheio de marra. Mas como era bom ver o ar de decepção dele naquela hora. Tinha perdido a pose. Era tão divertido.
Dulce: Amooooooor!!! Planeta Terra chamando. Está me ouvindo? Vamos logo... Mal posso esperar pelo jantar.
Memo: (dando um selinho em Dulce) desculpa amor. Vamos sim. Te garanto que vai ser o melhor jantar da sua vida.
Chris estava estupefato. Muito tempo depois que eles haviam saído ele continuava parado no mesmo lugar. No fim das contas, O bebê que Nataly afirmava estar esperando não passara de um pretexto. Dulce o havia trocado por aquele cara irritante. E nem mesmo tivera a decência de lhe contar. Sentiu raiva. Jogou um perfume que estava por ali contra a parede. Mas nada aliviava o ódio que estava sentindo. Ela o esquecera? Pois bem... Ele ia mostrar para ela que também já tinha superado tudo. Ele também a esqueceria. Pegou as chaves do carro. Precisava muito de velocidade naquela hora. Quem sabe dirigindo se acalmasse.

Dulce e Memo decidiram não ir a nenhum restaurante. Ela estava abalada demais. Foram então para o apartamento dela. Memo sorria compreensivo, mas por dentro exultava. Agora estavam ambos sentados no sofá. Haviam colocado um cd, bem baixinho. Dulce olhou para ele com carinho e passou a mão suavemente pelo rosto dele.
Dulce: Bobo!!! (ela o chamava assim) Tenho que te agradecer pelo que fez hoje.
Memo: Sou seu amigo... Sempre farei tudo o que quiser.
Dulce: Vc foi um amor confirmando aquela história. Não sei o que faria sem vc...
Memo: Vc sabe que fiz isso porque te amo. E sempre estarei aqui esperando por vc.
Dulce: (determinada) Talvez sua espera tenha chegado ao final.
Memo: (incrédulo) Como?
Dulce: Acho que já está na hora de enterrar o passado. Eu quero vida nova. E adoraria que vc estivesse nela.
Dulce sorriu meigamente. Não tinha certeza do que estava fazendo. Mas já era hora de recomeçar de novo. Então porque não dar uma chance a quem estava sempre ao seu lado a apoiando? Gostava um bocado dele. E quem sabe um dia não viesse a amá-lo? Fechou os olhos e esperou que ele a beijasse. Quando isso aconteceu, sentiu-se amortecida. Não que fosse ruim... mas nem de longe sentira as sensações que Chris lhe provocava. Seu corpo continuou ali, submetendo-se as beijos dele. Sua alma, entretanto, voou para longe.

Chris rodara a cidade toda. E nem toda a velocidade do mundo fizera com que Dulce deixasse os seus pensamentos. Nem por um segundo. Parou então em uma boate e começou a beber. Sentia-se em cacos. Fechava os olhos e via Dulce beijando aquele idiota. Debruçou-se sobre um balcão e entre um gole e outro de bebida, começou a chorar. Tudo o que queria era morrer. Nem se sentia vivo sem ela. Como sobreviveria vendo-a nos braços de outro? A bebida descia queimando na sua garganta, mas sentia-se como se bebesse apenas água. Seu raciocínio parecia ainda mais aguçado do que antes. E imagem de Dulce e Memo teimava em persegui-lo. Mas a cada nova garrafa que esvaziava, ela teimava em persegui-lo.

Maite dirigiu-se até o balcão para pedir uma bebida. Enquanto esperava, observou toda a boate. Estava se divertindo a larga ali. Ouviu então um soluço. Virou-se para ver o que era. Abriu a boca, estupefata. Parecia o Chris. Parecia não. Era ele. Aproximou-se e passou a mão sobre os cabelos dele. Ele ergueu a cabeça e olhou para ela. Só então ela percebeu que ele estava chorando.
Maite: Chris... O que aconteceu?
Chris: ...
Maite: (preocupada) Meu deus... vc está muito mal... Venha... vou te levar para casa...
Chris: (com a voz enrolada) Não precisa. Estou de carro.
Maite: Claro que não pode nem pensar em dirigir dessa maneira. Vamos eu vou te levar em casa e depois vou te preparar um café bem forte... Não devia ter bebido tanto.
Maite ajudou o a levantar-se e depois praticamente teve que arrastá-lo para fora. Sentiu-se péssima por ver o amigo naquele estado e perguntou-se o que o havia deixado assim. Chris estava tão bêbado que não ofereceu resistência. Maite falava suavemente com ele, para acalmá-lo. Colocou-o no carro com dificuldade, e pouco depois já estavam no apartamento dele.

Maite empurrou Chris para o chuveiro com roupa e tudo. Ele precisava de um banho gelado. Quando percebeu que ele já conseguia parar em pé sozinho, deixou-o e foi preparar um café. Voltou logo depois, trazendo toalhas e roupas limpas. Sentia muita pena dele. Era muito triste vê-lo tão mal. Ajudou-o a se vestir e levou-o para a sala. Trouxe uma xícara cheia de café e forçou-o a bebê-lo.
Chris: (fazendo uma careta) Argh! Está amargo.
Maite: Está exatamente do jeito que precisa para vc melhorar. Beba tudinho. E sem reclamar.
Chris: (sorrindo divertido) Vc está parecendo com a minha mãe.
Maite: Aposto que sua mãe não ia gostar nem um pouquinho do seu estado.
Chris: Eu tive um dia ruim hoje. (deposita a xícara sobre a mesinha de centro)
Maite: Não quer me contar o que aconteceu?
Chris: Não foi nada... eu... Ah... Maite... Foi horrível.
Maite: Horrível? O que foi horrível?
Chris: Ela beijando ele... Foi horrível (recomeça a chorar)
Maite: Ela quem? (ele não conseguiu responder de tanto que chorava) Tudo bem... Fique calmo. (abraça-o) Já passou...
Maite tentou secar as lágrimas de Chris, mas elas insistiam em continuar caindo, cada vez mais fortes. Ela deitou a cabeça dele suavemente em seu colo. Não conseguia entender o que estava acontecendo. O que o fazia sofrer tanto assim? Perdeu as contas de quanto tempo ficou ali, sussurrando e passando as mãos pelo cabelo dele enquanto ele chorava. Finalmente percebeu que ele tinha adormecido. Ficou ali, parada, sem fazer qualquer movimento. Não queria acordá-lo de modo algum. Pelo menos dormindo ele não sofria....

Anahí estava na casa de Jean. Mas não o via em parte alguma. Onde ele se metera? Subiu as escadas chamando por ele. Não obteve resposta. O jeito era esperá-lo. Ouviu o barulho do chuveiro. Então ele estava no banho. Sentou-se na cama. Havia um envelope na cabeceira da cama que lhe chamou a atenção. Era tão curiosa! Abriu-o. Eram passagens de avião. Pra Suécia. Leu os nomes. Uma estava no nome dele e a outra no nome dela. Assustou-se. Jean não lhe falara sobre viagem nenhuma. Aquela história não estava cheirando bem. Será que era uma surpresa? Mas não podia ser. Ela dissera para ele que não podia se ausentar do México pelos próximos 3 meses. Olhou a data. Eram para uma semana depois do casamento. Seria a lua de mel? Mas não tinham combinado de passá-la em Paris? Já estava até com as reservas do hotel feitas. Anahí franziu a testa. Jean estava aprontando alguma. Viu o laptop dele sobre a cama... Olhou tentadoramente para ele. Quem sabe ali não houvesse alguma coisa?
Certificou-se de que o noivo continuava no banho. Abriu o aparelho e fuçou nos arquivos. Enfim achou um que a interessava. Ficou lívida quando o leu. Seus olhos ficaram brilhantes de raiva. Quer dizer então que aquele cachorro miserável estava pretendendo levá-la embora do país? Nem se importara com a carreira dela. Nem perguntara se ela queria ir. Sentiu que lhe faltava o fôlego. Jean entrava no quarto nesse momento. Parou assustado quando a viu com as passagens na mão.

Anahí: Pode me explicar o que significa isso?
Jean: (gaguejando) Eu... Eu ia te explicar tudo...
Anahí: Ah... vc ia? Quando? Depois do casamento?
Jean: É que a empresa vai abrir uma filial lá, e eu fui indicado para presidi-la.
Anahí: Mentira! Vc pediu para ser transferido. Eu vi nos seus arquivos. Por que fez isso?
Jean: Quer saber a verdade? Pq lá, vc não vai ter que cantar em nenhuma bandinha estúpida. Vai se comportar como uma mulher direita e não como uma qualquer.
Anahí: (colérica) Seu imbecil. Vc só deixou as coisas mais fáceis para mim.
Jean: Mais fáceis? Como assim?
Anahí: Eu já estava cheia de vc. E agora vai ser bem mais fácil dar um chute no seu traseiro.
Jean: Vc não pode estar falando sério. Ninguém me dá o fora. Ouviu bem?
Anahí: (pegando a bolsa) Sempre tem a primeira vez... Adeus.
Anahí se preparava para sair quando sentiu um puxão nos seus cabelos. Quando virou-se para olhar, foi atingida em cheio por um tapa na cara. Olhou assustada para Jean. Ele devia estar ficando louco. Tentou fugir, mas ele a segurou violentamente. Anny foi tomada pelo pânico e começou a gritar desesperadamente.

Jean estava fora de si. Seu rosto estava deformado pela raiva. Pareia um animal feroz. Anahí tentava a todo custo fugir-lhe, sem sucesso. Os tapas eram cada vez mais fortes. A boca dela havia se partido e sangrava, mas ela nem conseguia sentir dor. Sua cabeça girava a mil enquanto procurava um modo de se defender. Já estava ficando rouca, de tanto que gritava.
Por fim, no auge do desespero, Anahí encostou em alguma coisa. Era um jarro de prata. Pensou rápido. Tinha que dar um jeito de usar aquilo. Jean preparava-se para distribuir mais um tapa. Anahí não teve dúvidas. Bateu com o jarro na cabeça dele, usando toda a força que tinha.
Jean olhou surpreso para ela. Anahí fechou os olhos. Não tinha dado certo. Agora sim ele acabaria com ela. Então ouviu um estrondo. Abriu os olhos devagar e descobriu Jean desmaiado aos seus pés.
Ficou um instante a observá-lo em choque. No entanto, seu instinto de autopreservação falou mais alto. Precisava sair dali. Pegou a bolsa e as chaves e correu até o seu carro. Dirigiu feito louca até se descobrir longe da casa daquele maluco. Olhou em volta para ter certeza de que ele não a seguira. Suspirou aliviada. Debruçou-se então sobre o volante e começou a chorar.

Alfonso dirigia e assoviava alegremente a melodia da música que tocava em seu carro. Estava a horas na estrada, mas valera a pena. Tinha dirigido até Puebla e passado uma tarde maravilhosa com a família. Já anoitecia e tudo o que ele queria era um banho gelado. De repente notou que algo barrava o seu caminho. Freou e apertou a buzina. Não aconteceu nada. Mas quem era o maluco que estacionava daquela maneira? Desceu do carro e se dirigiu até o outro. Distinguiu um vulto pelo vidro. Era uma mulher. Só podia ser mesmo pra fazer uma barbeiragem daquelas. Estacou e observou melhor. Aquele veiculo não lhe era estranho. Era inclusive bem familiar. Parecia com o carro de Anahí. Bateu no vidro, mas ninguém abriu. O que estaria acontecendo? Tentou a porta, que abriu sem dificuldade e deu de cara com Anny debruçada sobre o volante. Chamou-a e ela se levantou assustada. Poncho percebeu que ela parecia aterrorizada. A claridade da lua bateu em cheio no rosto dela e ele ficou chocado. O que eram aquelas marcas? Aquele sangue? Era evidente que ela havia sido espancada. Mas quem teria feito aquilo? E por que?
Poncho: Anny... O que aconteceu? Quem fez isso com vc?
Ela levou as mãos ao rosto para secar as lágrimas e Poncho percebeu que também haviam marcas rochas nas mãos e braços dela. Sentiu-se revoltado. Ia encontrar o desgraçado que tivera a audácia de encostar nela e acabaria com a raça dele.
Poncho: Anny... Diga pra mim. Quem fez isso?
Anahí: Foi horrível... Eu... eu nunca poderia...
Poncho: Mas quem foi?
Anahí: Foi ele... ele queria me levar embora mas eu não queria ir... então decidi terminar tudo e ele fez isso...
Poncho: O Jean? (ela acena afirmativamente) Aquele desgraçado!!! Ele vai ver só o que vai acontecer com ele.
Anahí: Não. Não faça nada. Ele vai machucar vc...
Poncho: Eu vou acabar com ele! E ele me machucou no instante em que pôs um dedo em vc.

Anahí começou a chorar mais forte. Poncho a abraçou. Ela se encolheu de dor e ele a soltou depressa. Pelo visto ela estava bem mais machucada do que ele supusera. Sentiu uma revolta extrema. Aquele almofadinha covarde ia ver com quantos paus se faz uma canoa. Ajudou Anahí a se acomodar no lado do passageiro, e depois de ter estacionado o seu carro convenientemente, tomou o lugar do motorista e dirigiu até a casa dela. Percorreram o trajeto todo em silêncio. Não havia o que dizer. Em uma hora daquelas as palavras tornavam-se inúteis.

Só Poncho poderia avaliar o sofrimento que sentia enquanto colocava compressas nos hematomas de Anahí. Vê-la se encolhendo de dor partia-lhe o coração. Ele queria levá-la a um médico, mas ela recusou terminantemente. Ela estava toda roxa e inchada. Mas o que mais o preocupava eram os tipos de trauma que ela poderia ter adquirido depois de uma experiência tão dolorosa. Ela não conseguia parar de chorar. Não conseguia dormir. E quando cochilava acordava assustada gritando que Jean estava atrás dela. Alfonso foi obrigado a sedá-la para que ela enfim descansasse. Ligou então para Dulce. Precisava de ajuda. Ela não se negou a ajudá-lo e em poucos minutos já tocava a campainha. Quando viu Anahí ficou assombrada. Levantou-os olhos para Poncho, perguntando-lhe silenciosamente o que havia acontecido. Poncho lhe explicou o que sabia e notou a raiva no olhar da amiga.
Dulce: Esse Jean é mesmo um imbecil, covarde... Bem que eu nunca topei esse sujeito.
Poncho: Psiu... Vai acordar ela. (aponta para a sala) Vamos conversar lá.
Dulce: (acompanhando-o) Estou indignada. Eu vou a polícia.
Poncho: Eu comentei sobre isso com a Anny, mas ela não quer. Disse que a imprensa não daria folga depois...
Dulce: E esse idiota vai ficar sem um castigo? Isso não é justo.
Poncho: E quem disse que ele não vai receber? Foi por isso mesmo que te chamei. Preciso dar uma saidinha... Vc fica com ela?
Dulce olhou para Poncho e entendeu tudo. Concordou com a cabeça e se dirigiu ao quarto para velar o sono da amiga. Poncho a seguiu. Deu um beijo na testa de Anahí e em seguida retirou-se. Pouco depois dirigia a toda velocidade rumo a casa de Jean.

Ao som do toque da campainha, Jean se encolheu assustado. E se fosse a polícia? Mas não. Anahí não ousaria fazer aquilo. E mesmo que fosse, não ficaria na prisão por muito tempo. Tinha dinheiro e isso dizia tudo. No caminho para abrir a porta, fez uma careta de dor. Aquela ordinária havia feito um estrago na sua cabeça. Ela é que não sabia o que estava perdendo. Ele poderia arranjar mulheres mil vezes melhor. Mulheres que tivessem compostura. Abriu a porta e antes que tivesse noção do que estava acontecendo, Alfonso agarrou-o pelo colarinho, erguendo-o do chão.
Poncho: Seu porco desgraçado. Miserável!
Jean: Calma cara... Vamos conversar civilizadamente. Me solta!
Poncho: (gritando) Civilizadamente? Mas com a Anahí parecia que o papo era outro não é?
Jean: Foi um mal entendido cara... Olha bem.
Poncho: Está com medo de me enfrentar? Claro né? Só bate em mulher... Covarde!
Enquanto falava, Poncho o ia esmurrando. Jean agora jazia deitado sobre o carpete, enquanto Alfonso o chutava. Jean implorava clemência, mas Poncho não deu a mínima. Queria ver aquele infeliz morto. Um filete de sangue escorria pela boca de Jean, mas Poncho continuou. Quando parou, Jean havia se transformado em uma massa disforme gemendo no chão. Poncho cuspiu em cima dele e deu uma risadinha sarcástica.
Poncho: Pois é meu camarada... Não está com uma aparência nada boa hoje...
Poncho saiu batendo a porta. Tinha certeza de que nunca mais entraria naquele antro. Ainda estava sofrendo por Anny, mas pelo menos havia descontado parte da sua raiva. Pegou o celular e ligou para Dulce. Precisava urgentemente de notícias de Anahí.

Quando acordou Anahí sentia dores por todo o corpo. Olhou ao seu redor e viu Poncho cochilando em uma poltrona. Aos poucos, tudo o que havia acontecido no dia anterior foi voltando a sua cabeça. Sua cabeça latejava. Gemeu de dor quando tentou se mexer. Alfonso abriu os olhos nesse exato momento e correu para ela.
Poncho: Não se mexa Anny. Está muito machucada.
Anahí: Mas Poncho. Temos que ir trabalhar.
Poncho: Não se preocupe com isso. A Dulce falou com o Pedro e explicou a situação. Ganhamos uma semana de folga.
Anahí: Uma semana? Nós?
Poncho: E eu tenho ordens expressas para te tirar da cidade e te levar para um lugar onde vc possa se recuperar tranqüilamente.
Anahí: E o Jean?
Poncho: Ele teve o que mereceu. Aposto que quando conseguir se mexer vai embora do país correndo. Mas não quero que fique falando nele. Quero que pense apenas em coisas agradáveis.
Anahí: Seja lá o que vc tenha feito. Muito obrigada... Acho que se não fosse por vc eu estava até agora parada naquela rua.
Já era tarde quando saíram rumo a um pequeno sítio nas redondezas da cidade. Tiveram uma surpresa quando chegaram lá. A casa era aconchegante e o clima agradabilíssimo. Olharam um para o outro e sorriram. Um sorriso cheio de amor e esperança. A tormenta finalmente havia passado. Sabiam que começavam uma etapa nova e o arco-íris despontava no horizonte de suas vidas. Os sonhos renasciam cheios de luz novamente. Havia sido um longo inverno, mas finalmente a primavera chegara.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 409



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  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:50:18

    aa então manda pra mim...vc pudia escrever o resto da segunda temporada ...acho q se vc escrever vais ser mara

    jessika18_29@hotmail.com
    ta ai...

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:50:18

    aa então manda pra mim...vc pudia escrever o resto da segunda temporada ...acho q se vc escrever vais ser mara

    jessika18_29@hotmail.com
    ta ai...

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:50:16

    aa então manda pra mim...vc pudia escrever o resto da segunda temporada ...acho q se vc escrever vais ser mara

    jessika18_29@hotmail.com
    ta ai...

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:39:53

    OMG...

    tem segunda temporada??
    fiquei curiosa em saber o q aconteceu com o memo e a Nataly...acho q tem 2ª temporada se tiver posta please!!!!!!!!!!!!!


    :)

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:39:51

    OMG...

    tem segunda temporada??
    fiquei curiosa em saber o q aconteceu com o memo e a Nataly...acho q tem 2ª temporada se tiver posta please!!!!!!!!!!!!!


    :)

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:26:31

    Continua please!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    ****POSTA****
    +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++


    :)

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:26:30

    Continua please!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:26:30

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    :)

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:24:31

    Posta mais please!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    wn incrivel...

    continua please!!!!!!!!!!!!!

    :)

  • jessikavon Postado em 12/12/2009 - 23:24:29

    Posta mais please!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    wn incrivel...

    continua please!!!!!!!!!!!!!

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