Fanfic: [EXCLUIDA]

Alguns dias se passaram e Dulce finalmente sentia-se em paz. Memo era maravilhoso e embora seus pensamentos teimassem em ser do Chris, ela passava momentos prazerosos ao lado do namorado. Achara divertidíssima a idéia que ele tivera de levá-la a um parque de diversões recém-inaugurado. Passeavam agora rindo e brincando por entre os brinquedos. Haviam acabado de descer da montanha russa e Memo caçoava do tanto que ela havia gritado. Dulce por sua vez, devorava uma maça no amor. E entre uma mordida e outra dava diversos selinhos nele. De repente, Dulce ouviu alguém chamar por ela. Virou-se. Era Maite.
Dulce: (sorrindo) Maite? O que está fazendo por aqui? Vai me dizer que seu namorado teve a mesma idéia que o meu?
Maite: Hum... Na verdade eu e o Guido já terminamos há algum tempo. Estou mesmo só aproveitando a tarde.
Chris: (chegando) Ei Mai... Olha aqui o algodão doce que pediu, eu... (parou de falar ao ver Dulce e Memo)
Dulce: O que vc está fazendo por aqui?
Chris: O parque é público. Posso vir aqui quando eu quiser. E na verdade, eu estava passeando por aqui com a Maite.
Dulce: (enciumada) A Maite? Nem me parecia que vcs eram tão íntimos assim.
Maite: Ah! Eu e o Chris nos damos super bem. De uns tempos pra cá a gente adora sair juntos. Na verdade a gente ia chamar o Poncho também, mas ele não está na cidade. E ia ser um desperdício não aproveitar uma tarde maravilhosa como essa.
Memo: Foi um prazer encontrá-la. Pena que não posso dizer o mesmo em relação a vc.
Chris: Pra mim também não foi nada agradável o encontro.
Maite: (tentando evitar confusão) Para com isso Chris. Vamos embora... Eu estou doida pra ir naquele brinquedo ali. Vamos.
Chris sorriu para ela e saíram dali. Dulce ficou olhando e quase se mordeu de ciúme quando viu Maite dando algodão doce na boca do Chris. Memo percebeu e não gostou nada. Tratou de carregá-la para o lado oposto do parque. Mas para Dulce o dia já estava estragado. Ela não conseguia mais parar de pensar em Chris e no quanto ele parecia bem sem ela.

Quando Chris estacionou diante do apartamento de Maite, ambos estavam sorridentes. Divertiam-se muito quando estavam em companhia um do outro. A amizade entre eles havia se tornado bem mais sólida desde que ela o encontrara aquele dia no bar. Ele nunca comentou sobre o que tinha acontecido e Maite nunca mais perguntou. Sabia que quando chegasse a hora ele lhe diria. E a tarde havia sido ótima.
Maite: Vamos subir Chris. A gente pode pedir uma pizza. Se é que vc vai agüentar depois de todos aqueles doces... e depois podemos assistir um filme.
Chris: Só se for agora.
Entraram rindo na recepção e o porteiro lançou-lhe um sinal de advertência. Eles se controlaram, mas quando estavam no elevador desataram a rir novamente.
Maite: (abrindo a porta) Ai Chris... Para de falar tanta bobeira. Minha barriga já tá doendo de tanto rir. Vamos ilustre senhor entre nos meus humildes aposentos.
Chris: (entrando) Já vi isso aqui bem mais arrumado.
Maite: Seu chato... Com certeza está muitíssimo mais arrumado que o seu, que estava uma zona já hoje (pega uma almofada no sofá e atira nele)
Chris: (rindo) Calma! Sem agressividade... Eu sou da paz...
Maite já se dirigia a cozinha. Chris foi atrás dela. Decidiram não pedir a pizza afinal. Resolveram confeccionar seus próprios brigadeiros. Eles mais riam do que cozinhavam. Fizeram uma bagunça fenomenal. Depois sentaram-se numa rede que tinha na varanda do apê dela e comeram o brigadeiro na panela mesmo. Chris olhou para Maite e desatou a rir. Ela o olhou sem entender nada.
Maite: O que foi? Me fala? Se não me disser vou te fazer cócegas.
Chris: (parando de rir) É que vc está com brigadeiro bem na ponta do nariz.

Chris olhava encantado para ela. Nunca achara a amiga tão bonita. Ela era linda em sua simplicidade. Sorriu e esticou a mão para limpar o doce. Com isso aconteceu um desequilíbrio na rede que quase os levou ao chão. Quando finalmente a rede parou de balançar, Chris estava por cima de Maite e suas bocas estavam a menos de um palmo de distância. Beijaram-se. Depois de alguns minutos afastaram-se sem fôlego e ficaram se olhando. Maite fez com que ele saísse de cima dela e sentasse novamente na rede.
Maite: Não devíamos fazer isso.
Chris: E quem aqui está se importando com o dever? Eu não estou. Você está?
Maite apenas sorriu e passou os braços em torno do pescoço dele. Voltaram a se beijar.

Os dias passados no sítio estavam sendo maravilhosos. Anahí estava se recuperando maravilhosamente bem. Seu corpo já perdia as manchas roxas e adquiria um dourado saudável de quem se expõe ao sol. Ainda sentia o corpo dolorido e pensar no que acontecera também lhe fazia mal. Porém, Alfonso fazia de tudo para distraí-la e mesmo contra vontade ela acabava rindo das palhaçadas dele. Eram só os dois no pequeno sítio. Haviam liberado o caseiro para que visitasse uma tia doente. Poncho era sempre muito respeitoso com Anahí e ela apreciava isso, embora por inúmeras vezes acabasse por desejar que ele avançasse o sinal.
Estavam os dois sentados à beira de uma pequena cascata que havia por ali e observavam a água pura que caía dela e batia nas pedras enormes e brancas logo abaixo. O sol refletia-se nas gotículas de água e formava inúmeros e pequenos arco-íris. Era um cenário espetacular e eles o olhavam, embevecidos. Anahí desviou os olhos e ficou observando Poncho. Ele também era espetacular. O sol o havia bronzeado, tornando-o ainda mais atraente. Alfonso se sentiu observado e virou-se para ela. Sorriu. Ela, no entanto, continuou séria.
Poncho: O que é? Está me achando bonito?
Anahí: Estou pensando que a maioria das garotas daria tudo para estar aqui no meu lugar, olhando para vc.
Poncho: Eu diria que vc é uma garota de sorte então. (os dois riem) Falando sério. Todos os homens também dariam tudo para estar aqui com vc, Olhando para esse seu rosto lindo.
Anahí: (divertida) Tem certeza? Acho que eles não apreciariam muito essas marcas no meu rosto.
Poncho: Vc é linda de qualquer maneira. Além do mais, as marcas já sumiram.
Anahí: A minha maquiagem sim que é muito boa.
Riram. A seguir voltaram a observar a cachoeira. A atração entre eles era quase palpável. Anahí olhava para ele com o canto dos olhos. Como queria que ele fizesse alguma coisa. Decidiu-se por fim.
Anahí: Ponchito?
Poncho: (virando-se para ela) Quer alguma coisa?
Anahí: Quero. Quero isso.

E então ela o beijou. Ele correspondeu com intensidade. Ao toque de suas bocas, foi como se correntes de eletricidade os percorressem. Estavam em tal sintonia que era se como o corpo dele fosse uma extensão do corpo dela e vice-versa. O sol se punha no horizonte, dando ao local um aspecto paradisíaco. E quando Poncho a deitou suavemente, entre carícias e beijos, na relva úmida estavam certos de que haviam nascido um para o outro. Amaram-se até a exaustão. E depois ficaram abraçados observando as estrelas e ouvindo o ruído das águas que continuavam caindo, renovando o ciclo da vida.