Fanfic: [EXCLUIDA]

Anahí torcia as mãos nervosa. Poncho a estava levando para conhecer sua família. Estava tão insegura... Já perguntara umas mil vezes se sua roupa estava adequada e se sua maquiagem não estava exagerada. Já havia conversado com os pais dele algumas vezes. Mas já fazia muito tempo... Quando ele namorava Dulce ainda. Agora era diferente. Ia ser apresentada a eles como namorada oficial e não mais como coleguinha de elenco.
Quando pararam em frente a bela e espaçosa casa de estilo vitoriano, Anahí sentiu um aperto no estômago. E se não gostassem dela? Poncho segurou forte a mão dela para acalmá-la. Ela se sentiu um pouco mais tranqüila e sorriu. Subiram os poucos degraus que os separavam da porta e apertaram a campainha. Ao entrar na casa, foram recebidos com muito entusiasmo por todos. Poncho era muito querido ali. Em pouco tempo, Anahí já se sentia enturmada. Ria e se divertia com todo mundo. A casa estava cheia. Toda a família estava reunida. Anahí se divertia tanto que começou a achar ridículas os receios que tivera na chegada. Era maravilhoso estar ali. Notou que a mãe de Poncho se aproximava deles.
Mãe: Alfonso meu querido... Pode me fazer um favor?
Alfonso: Claro que sim... O que é?
Mãe: Lembra daqueles meus primos Giovanna e Francesco? Aqueles italianos?
Poncho: (sem conseguir lembrar) Primos italianos?
Mãe: É... Lembra que vc adorava brincar com os filhos deles quando era pequeno... O Mateos e a Deborah? Lembra que vcs foram pra Disney todos juntos?

Poncho: (lembrando) Ah sim! Mas nossa... Eu tinha cinco anos... Faz uma cara que eu não vejo eles.
Mãe: Então... Eles estão vindo morar aqui no México e acabaram de ligar dizendo que estão no aeroporto. Daí eu pensei que como vc mora lá na capital, podia buscar eles pra mim né?
Poncho: Claro mãe. Eu e a Anny já estávamos indo embora mesmo. Vamos lá comigo, meu amor?
Anahí: A hora em que vc quiser.
Despediram-se dedos e rumaram a caminho da estrada. Havia sido uma tarde memorável. Anahí sentia-se nas nuvens. Havia sido aprovada pelos sogros. Sorriu para Poncho e foram cantando até chegarem no aeroporto. Estavam contentes... Afinal, não podiam saber da crise que os aguardava.

Dulce e Chris hospedaram-se no Claridges Hotel, e demoraram um bom tempo pra sair de lá. Antes de conhecer a cidade, queriam conhecer bem a suíte deles... e aproveitá-la bem. Estavam encantados com a cidade, e mais ainda com eles próprios. Lá pelo meio da tarde, resolveram sair e explorar a cidade. Chris levou-a até os bosques de Palermo. Dulce achou o lugar paradisíaco. Sentaram-se a beira de um dos lagos e ficaram curtindo a companhia um do outro.
Dulce: Ai Chris... Que lugar lindo!!! E que paz que me dá ficar aqui...
Chris: Posso te garantir que por maior que seja a beleza desses jardins, de modo algum, ela se compara com a sua. Vc é linda... por dentro e por fora...
Dulce: (rindo e jogando um beijo para ele) Como vc tá romântico hoje... Já te disse que te amo?
Chris: Hum... Hoje ainda não...
Dulce: Pois então... Eu te amo muito muito muito muito...
Chris: Não mais do que eu te amo! Sabe que te olhando assim, eu fico pensando que tenho vontade de envelhecer ao seu lado?
Dulce: E tem certeza de que não vai se importar de me ver toda velha e caquética, parecendo uma esfregadeira de tão enrugada?
Chris: (beijando-lhe a ponta do nariz) Vc sabe muito bem que o que eu realmente amo em vc não vai envelhecer nunca... Eu amo vc... Sua essência... Beleza passa... tudo passa... mas meu amor por vc... esse não vai passar nunca.
Dulce: (emocionada) Ai que lindo coelhinho. Eu também adoraria envelhecer contigo...
Chris: As vezes eu olho pra vc e fico imaginando como seria ter filhos. Se seriam parecidos contigo ou comigo.
Dulce: Quer filhos? Vc não me parece o tipo que deseja isso...
Chris: Mas eu quero... Quero logo uns cinco... Sou maluco por crianças... Quero muito ser pai.
Dulce: Cinco? Vc tá maluco? Dois... Dois é um número legal.
Chris: Três. A gente fecha em três e não se fala mais nisso.
Dulce: (sorrindo) Três então.

Beijaram-se ternamente. A seguir Chris a abraçou por trás. Ficaram assim por um bom tempo... Sentados... a cabeça dela encostada no peito dele... As mãos entrelaçadas. Fitavam a paisagem, mas estavam longe dali... Seus pensamentos voavam para o futuro... Para um futuro em que estivessem juntos e felizes... tais como nas novelas que faziam.

Memo estava exausto. Aquela garota o cansara... Não só fisicamente. Era extremamente burra. Doía-lhe o ouvido lembrar das asneiras que ela dissera o tempo todo. Mulher estúpida... E nem era tão boa assim na cama. As coxas dela eram finas demais para o gosto dele. E ela ria muito. Ai que lhe dera nos nervos. Dera graças quando ela fora embora.
Resolveu olhar a correspondência e algumas revistas que tinham chegado... Folheou algumas páginas e deu de cara com uma notícia que o deixou pálido de raiva. Fotos de Dulce e Christopher juntos, saindo de carro do prédio dela. Embaixo das fotos lia-se em letra garrafais: “FLECHADOS PELO CUPIDO?” A reportagem fazia alusão ao fato de que ele passara a noite no apartamento dela e especulava o que teria acontecido com Memo.
Não podia ser. Aquela vadia nem discreta era. Memo atirou longe a revista. Aqueles idiotas iam pagar por isso também. Se não fosse pelo prazer de se vingar, ia mandar aqueles dois imbecis para o inferno... Sorriu perversamente ao lembrar da vingança. Eles haviam pedido por aquilo. Precisava acelerar as coisas. Pegou o catálogo telefônico e procurou pelo número de um detetive. Falou com ele e pediu que descobrisse tudo, mas absolutamente tudo, sobre Christopher e Dulce.
Algumas horas depois, recebeu por e-mail um dossiê completo sobre os dois. Começou a ler atentamente. Com que então? Dulce odiava goiaba? Nunca soubera disso não. Continuou lendo até chegar na parte que lhe interessava... Uma coisa chamou sua atenção. Nataly. Algo lhe dizia que ali estava alguém que poderia ajudá-lo e muito.

Quando Poncho e Anny chegaram ao aeroporto, ficaram totalmente perdidos. Não tinham a mínima idéia de quem eram os tais primos que aguardavam Aproximaram-se de um guichê e pediram que anunciassem os nomes no microfone. Ficaram então aguardando. Enquanto esperavam, deram uma dúzia de autógrafos e tiraram mais um tanto de fotos. Estavam encantados com o carinho do público. De repente ouviram um sotaque carregado perto deles.
Giovanna: Alfonso? É vc mesmo? Como vc cresceu!!!
Poncho: Oi... Vc é a prima Giovanna não é mesmo?
Giovanna: Sou sim. Ainda lembra de mim? Nossa! A última vez que eu te vi vc era um tiquinho de gente... Desse tamanhinho e olha agora... Já tá um homem! Vem cá me dar um abraço vem. (abraça Poncho) E essa belezura aqui quem é?
Poncho: Ah... É a minha namorada Anahí.
Anahí: Prazer em conhecê-la.
Giovanna: O prazer é todo meu minha querida. (sufoca Anny em um abraço) Que linda que vc é... Só um pouco magrinha né? Mas eu tenho umas receitas ótimas... Em pouco tempo, vc vai estar com um corpo que é uma beleza...
Anahí: (dando um sorriso amarelo) Tenho certeza que sim.
Giovanna: O Francesco foi com a Deborah e com o Mateos buscar a bagagem... Como estão demorando. Será que pode ir lá ver o que aconteceu Alfonso?
Poncho acenou com a cabeça e foi. Anahí o olhava desesperada... Teria que ficar sozinha com a tal prima? Poncho deu de ombros e seguiu em frente. Ele não tinha escolha. E o pior é que não tinha a mínima idéia de quem tinha ido procurar. Estava um transtorno só por ali. Esbarrou-se com alguém. Virou-se pra ver quem era e abriu a boca admirado. Que mulher linda!!! Tinha um corpo escultural, uma boca fenomenal... Era tão linda que ele não conseguiu desviar os olhos. Ela sorriu. E estendeu a mão para ele.
***: Oi... Eu sou Deborah Chiuchetta... E vc quem é?