Fanfic: [EXCLUIDA]

Maite passou o dia todo no hospital, Christian não a largou por um instante sequer. Estava preocupado com ela. Os sintomas do cansaço começavam a se manifestar nele. Surgiram nele olheiras profundas e ele já começava a sentir-se fraco. Não era pra menos... Desde que tinha procurado Maite na noite anterior, não tinha comido nada. Passara o tempo todo a base de muito café, tentando se manter acordado. Por fim, fora vencido pelo cansaço e cochilara na poltrona ao lado da cama dela.
Maite abriu os olhos devagar. Por quanto tempo dormira? Tentou se mexer, mas notou que ainda estava com soro no braço. Sentia o seu estômago totalmente embrulhado. Olhou para a poltrona e por um instante viu Christopher adormecido ali. Foi por um breve momento, mas o suficiente pra sentir seu coração bater acelerado. E então a alucinação passou e ela viu Christian ali. Sentiu uma leve pontada de decepção e recriminou-se por isso. Pobre Christie... não tinha a mínima obrigação de cuidar dela... E estava sendo tão atencioso... Sentiu seu estômago se revoltando novamente e emitiu um leve ruído. Christian abriu os olhos assustado.
Christian: (levantando-se em um pulo) Maite? Vc está bem?
Maite: Só os enjôos. Eles estão cada vez mais fortes. Mas já estou bem melhor.
Christian: Eu vou chamar o médico.
Maite: (segurando a mão dele) Não! Não precisa... Já vai passar.
Christian ficou olhando para a mão dela segurando a sua. Sentia a pele queimar sob o toque dela. Ela, no entanto, não parecia nem um pouco afetada. Sorriu meigamente para ele e soltou-lhe a mão.

Maite: Promete? Hei!! Estou falando com vc... Promete que não vai chamar o médico?
Christian: Ah... Prometo... É claro!
Maite: Ai Christie... Vc está sendo um fofo comigo... Nem sei como agradecer. Juro que eu to tendo outra idéia de vc agora...
Christian: Ah eh? Que idéia?
Maite: Sei lá… Antes eu te achava meio infantil… meio inconseqüente. Mas agora estou vendo que vc é super gente boa... Depois disso tudo, pode ter certeza de que vc se tornou um grande amigo para mim. Um verdadeiro irmão.
Christian sorriu para ela. Por dentro, no entanto, sentia-se destroçado. Amigo? Como assim amigo? Ele a amava e ela o considerava um irmão? Pelo amor de Deus. Tudo o que ele não conseguia ver nela era uma irmã. Sentiu vontade de chorar.
Maite: Vc tá com algum problema? Fez uma carinha tão triste.
Christian: (acariciando distraidamente a mão dela) Não irmãzinha... Não foi nada não.
Maite: Então tá. Agora me ajuda tirar isso aqui (aponta para o soro) Porque eu preciso de um banheiro urgente... Estou totalmente enjoada.

Deborah sentiu-se levemente divertida com a cara que Alfonso olhava para ela. Estava acostumada a causar esse tipo de frisson por onde passava. Tinha plena consciência de como era bonita e desejável. E usava todos esses tributos a seu favor. Com eles, sempre conseguia o que queria. Por baixo das pálpebras semicerradas, analisou o primo. Ele não era de se jogar fora. Arqueou uma sobrancelha ao imaginar o quanto poderiam se divertir juntos. E ele estava tão encantado. Sorriu.
Poncho: Pode deixar que eu carrego as suas malas. Imagina... Uma mulher como vc... Não pode ficar carregando peso por aí.
Deborah: Tem certeza de que não é incomodo? Pode deixar que o meu pai e meu irmão já estão chegando e podem me ajudar a carregar.
Poncho: Eu faço questão.
Deborah: Se é assim... (entrega a bagagem a Alfonso) Vamos então?

Anahí sentia-se perdida ao lado de Giovanna. Ela falava tanto e tão rápido, que Anahí já se sentia zonza. E onde estava Poncho? Ótimo namorado que ele era... Deixando-a sozinha numa enrascada daquelas.
Giovanna: Ah!!! Ali vem ela! Olha lá Anahí... ali vem a minha bambina... Olha como ela é linda. Eu falei pra vc...
Anahí olhou na direção em que Giovanna apontava e deu de cara com uma morena alta. Notou que todos em volta viravam-se para vê-la passar. Tinha o corpo muitíssimo bem talhado. Anahí sentiu-se incomodada. Então aquela era a tal prima? Não! Deus não podia estar fazendo aquilo com ela. Olhou com mais atenção. Nem era tão bonita assim. Pensando bem, nem oferecia perigo algum. Estava certo de que ela não fazia o estilo de Poncho. Por falar nele, onde ele estava? Avistou-o atrás dela, perdido no meio de uma infinidade de malas, que ele tentava heroicamente carregar. Olhou bem para ele... Nunca reparara que o namorado tinha aquela cara de bobo... Ele parecia extasiado... Como se estivesse vendo a oitava maravilha do mundo. Seguiu o olhar dele e deu de cara com Deborah. Crispou as mãos de raiva. O que Poncho achava que estava fazendo?
Giovanna: Deborah!!! Deixa eu te apresentar... Essa é a Anahí... Parece que ela é uma amiguinha do seu primo.
Anahí: (com cara de poucos amigos) Amiguinha não. Namorada...
Giovanna: Nessa idade dá tudo na mesma... Os namoros são relâmpagos mesmo... Vcs jovens trocam de namorado como quem troca de roupa...
Deborah: Ah! Mamãe... Está cansando-a deste modo. (vira-se para Anahí) Desculpe os maus modos da mamãe. Muito prazer... eu sou a Deborah...
Anahí: (Forçando um sorriso) O prazer é todo meu... Poncho... Como vc demorou!!! Cadê o resto da família?
Poncho: Ficaram resolvendo uns probleminhas na alfândega e já já eles aparecem...
Deborah: Que droga!!! Por que eu estou com uma fome.
Poncho: (todo solicito) De maneira nenhuma Debby... Eu vou comprar alguma coisa pra vc comer agora mesmo.

Anahí franziu a testa. Não estava gostando nada daquilo. Debby? Que intimidade era aquela? E Poncho parecia tão maravilhado por ela... Estava se desdobrando para fazer tudo o que ela queria. E a tal Deborah também... Era bonita, simpática e educada... Será que não tinha defeito nenhum? Que droga! E sobrava para ela ficar ali agüentando a chata da prima dele, enquanto o namorado ficava pajeando aquela... aquela asinha. Mas ele ia se ver com ela... A se ia.

Christian: Tem certeza de que já pode ficar sozinha?
Maite sorriu para ele e acenou afirmativamente com a cabeça. Sentia-se bem melhor. E apesar de saber que estava sendo um pouco egoísta, tudo o que queria era ficar sozinha, para poder por as idéias no lugar.
Maite: Pode deixar Christie... Eu estou bem.
Christian: Promete que se acontecer alguma coisa me liga?
Maite: Eu prometo...
Christian: Não quer que eu chame a Anny pra ficar aqui contigo?
Maite: A Anny ia sair com o Poncho hoje. Pode deixar...
Christian: Mas e a Dulce? A Dulce...
Maite: (interrompendo) NÃO!!! A Dulce não... quer dizer, ela deve estar muito ocupada... Vc sabe como ela é né? Sempre tem alguma coisa para fazer...
Christian: Vc tá assim com ela por causa do Chris né? Quando vai esquecer ele?
Maite: (gritando) O Chris não tem mais nada a ver... E isso não é dá sua conta.. . (abaixa a voz) Desculpa... Eu não devia ter falado assim... Acho que é melhor vc me deixar sozinha.
Christian: (magoado) Tudo bem então. Eu já estou de saída... Qualquer coisa.. já sabe... Telefona.

Maite ficou olhando enquanto ele se retirava. Que droga!!! Como era estúpida... Ele fazendo de tudo para agradá-la e ela agindo daquela maneira. Mas é que ficava descontrolada quando pensava no Chris. A ferida deixada por ele ainda estava aberta e sangrava. Ah Chris... Chris... Quando ele sairia da sua cabeça e a deixaria em paz? Quando? Lembrou-se dos versos do poeta: “Es tan corto el amor, y tan largo el olvido.” (é tão curto o amor, e tão longo o esquecimento) Era a mais pura verdade... Como lhe custava a esquecer. Lembrou-se de Christian se declarando para ela. Tinha preferido deixá-lo acreditar que ela não se lembrava de nada. Mas ainda podia ouvir cada palavra. E daria tudo para que tivessem sido proferidas por Christopher. Mas tinha que acostumar. Ele era passado. Seria tudo tão mais simples se amasse Christian... Porque não podia escolher? Por que? Fechou os olhos agoniada. Chovia em sua vida... E ela não tinha a menor idéia de quando aquela tempestade passaria.

Alfonso não precisou insistir muito para que os parentes aceitassem hospedar-se em sua casa durante aquela noite. Afinal, seu apartamento era enorme e tinha espaço para todos. Anahí é que não gostou nada da história, mas tratou de esconder o seu desagrado.
Deborah: Tem certeza que a gente não está incomodando? A gente pode muito bem ir pra um hotel e...
Poncho: De modo algum... São todos bem vindos. Podem ir se acomodando.
Poncho ainda estava embasbacado por ela. Sorvia cada palavra dela como se fosse um líquido precioso... Anahí estava possessa com toda aquela atenção e não via a hora de por tudo em pratos limpos com ele. Ela não era palhaça... Ele tinha que pelo menos respeitá-la.
Poncho: Fiquem a vontade. Eu vou só levar a minha namorada em casa e já volto ok?
Francesco: Vá sim meu filho.
Anahí: (indignada) Como assim me levar em casa?
Poncho: (puxando Anny para um quarto) Poxa amor... Que escândalo é esse agora?
Anahí: A gente não tinha combinado que eu ia passar a noite aqui, com vc?
Poncho: Eu sei... Mas vc está com uma cara... eu achei que estava doida pra ir embora daqui.
Anahí: Impressão sua. Eu falei que ia dormir com vc e vou. Acabou... A menos que vc não queira, é claro!
Poncho: E por que eu não ia querer minha linda? Eu adoro quando vc dorme aqui...
Anahí: Não sei... Porque agora está tão preocupado em agradar essa sua priminha, que eu posso estar te incomodando.
Poncho: Vc está com ciúmes?
Anahí: E não era pra estar? Vc fica o tempo todo olhando pra ela com um cara de idiota... Até esquece que eu estou por perto... aliás... respeito é bom e eu gosto.
Poncho: Foi mal amor... Desculpa... Realmente ela é muito bonita...
Anahí: (colérica) O que? Ainda vem dizer isso pra mim?
Poncho: Calma... Deixa eu terminar... Ela é bonita... e eu estava olhando porque ela é uma novidade... Mas vc é muito mais linda pra mim. Eu nunca te trocaria por mulher nenhuma nesse planeta... Nem pela Angelina Jolie. E sabe porque? Porque eu te amo! Não importa pra quantas mulheres eu olhe... Eu sempre só vou ver vc...
Anahí: Eu sei bem... Nasci ontem...
Poncho: Anny... Eu sei que eu vacilei... mas se vc quiser eu coloco uma venda... Expulso-os daqui agora... É isso que vc quer? Vou pedir pra irem embora...
Anahí: Não é preciso fazer isso. Vou te dar mais uma chance... Mas agora vê lá hein? Vou ficar de olho em vc.
Poncho sorriu e a beijou. Anahí, no entanto continuava preocupada. Estava insegura e odiava se sentir assim. Respirou fundo. Tinha que se controlar. Era a ela que ele amava... Tinha que acreditar nisso. Sorriu para o namorado... Entretanto, a imagem de Deborah não saia da sua cabeça. Sentiu vontade de gritar... Devia estar ficando louca... E sabia muito bem, que não conseguiria dormir tranqüilo enquanto a tal italianinha estivesse por perto.

O final de semana passou voando para Dulce e Chris. E quando desembarcaram em solo mexicano, ostentavam uma aparência saudável e feliz. Nem mesmo se importaram com os fotógrafos que insistiram em clicá-los no desembarque. É claro, que procuravam parecer apenas amigos, mas os olhares apaixonados que trocavam, evidenciavam que havia algo mais entre eles. Foram direto para o apartamento de Chris. Estavam sentidos por terem vindo embora da Argentina, entretanto, no dia seguinte tinham que trabalhar logo pela manhã.
O clima entre eles era o melhor possível. Eles nem mesmo conseguiam ficar perto sem se encostar... Havia sempre um toque de mão aqui, um beijinho lá. Abraçavam-se o tempo todo. Foram deitar cedo, mas dormiram tarde. No dia seguinte, acordaram atrasados, mas extremamente bem humorados.
As gravações de Dulce terminaram muito antes das de Chris. Dulce resolveu então ir pra casa tomar um banho e se vestir. Combinaram de se ver mais tarde no apartamento dele. E mal podiam esperar por isso.
Ao entrar no camarim, no final das gravações, Chris deu de cara com Poncho.
Chris: Ei Poncho... Suas gravações não terminaram faz tempo? O que ainda está fazendo aqui?
Poncho: Ah cara!!! Estou esperando a Anny. Ela tá meio assim comigo... Daí já sabe né? Melhor agradar a patroa.
Chris: E o que vc aprontou dessa vez?
Poncho: Eu? Nada! É ela que está paranóica... Uma prima minha chegou da Itália... Mas é a prima... não tem como não ficar olhando... E ela tá furiosa com isso.
Chris: Mas essa sua prima tá mesmo com toda essa bola? Por que a Anny tá podendo hein? Ela é muito gostosa.
Poncho: (dando um pedala de leve em Chris) Olha lá como fala da minha namorada!!! Quer que eu comece a dizer tudo o que acho sobre o corpo da Dulce? Porque a Dulce também é a...
Chris: Nem termine!!! Mas respeito com a minha namorada...

Poncho: Foi vc quem começou....
Chris: Foi mal cara... Mas continue falando... como é a sua prima?
Poncho: Cara... Vira pra trás... Essa é Deborah, a minha prima.
Chris virou-se e estacou boquiaberto. Ela era simplesmente incrível. Poncho não exagerara nem um pouco. Sorriu para ela e estendeu a mão.

Dulce saíra do banho cantarolando. Estava muito contente... Colocou várias peças de roupa sobre a cama, sem saber por qual se decidir. Queria estar linda para o Chris. Enquanto olhava indecisa para os modelitos, ouviu o toque da campainha. Colocou um vestidinho simples e correu para atender a porta. Parou chocada.
Memo estava com um aspecto horrível do outro lado da porta. Parecia que havia chorado a noite toda. Aparentava estar muito cansado.
Dulce: Memo? Pode entrar... Que bom que veio... Faz dias que eu estou tentando falar com vc.
Memo: (sentando-se) Dulce... Senta aqui do meu lado... (ela se senta) Antes de mais nada, eu quero reafirmar que eu amo você... Eu andei lendo algumas coisas sobre vc e aquele seu coleguinha em algumas revistas e...
Dulce: Olha Memo... Aquilo é...
Memo: (interrompendo) Olha Dulce... Depois de muito pensar eu concluí que nada daquilo é verdade. Eu sei como é a imprensa... Sei que vc nunca teria coragem de me trair assim.
Dulce: Mas eu...
Memo: Por favor... Deixa eu continuar... Eu tenho uma coisa muito séria pra falar contigo. (estende um envelope para ela) Olha só o que tem aí dentro.
Dulce não estava gostando nada daquilo. Todavia achou melhor não discutir. Abriu o envelope e retirou umas folhas de dentro. Olhou para elas com atenção e ficou pálida. Não! Aquilo não podia ser. Não devia ser verdade... Tratava-se de um equivoco. Olhou para Memo com os olhos marejados de lágrimas. Sentia-se sem chão.
Dulce: Memo... O que significa isso?

olhando para o chão. Quando a ergueu, por fim, uma lágrima solitária descia silenciosa por sua face. Dulce sentiu seu coração se apertar.
Memo: É isso mesmo que acabou de ler.
Dulce: Mas não pode ser... Deve ter algum equívoco... Deve ter algo que possamos fazer...
Memo: Não Dul... Não tem nada... É isso mesmo... Eu tenho estenose mitral. Meu coração está condenado. Fui a vários médicos e todos me disseram a mesma coisa... Eu tenho pouco tempo de vida.
Dulce: (passando a mão pelo cabelo dele) Não pode ser... Vamos procurar outro médico... Eu tenho certeza de que deva ter algo que possamos fazer.
Memo: Não adianta!!! Fui aos melhores médicos da Europa. Porque acha que eu viajei do nada? Não há nada que se possa fazer.
Dulce: Mas Memo... Você ainda é tão jovem... tão cheio de vida!!!
Memo: (chorando) Eu estou morrendo Dulce... Estou morrendo...
Essas palavras pronunciadas quase que inaudivelmente calaram fundo em Dulce. Morte era uma coisa que sempre passara longe dela. E agora alguém de quem ela tanto gostava estava fatalmente condenado. E não havia a menor possibilidade de driblá-la. De repente sentiu uma vontade enorme de rir. Não de felicidade ou alegria, mas sim de histerismo. O destino pregava mais uma peça. E dessa vez, pegara pesado. Sentiu-se impotente.
Dulce: Não fala assim... Me explica melhor sobre essa doença...
Memo: É um problema de nascença... mas que só agora se manifestou. É uma deficiência nas coronárias. Não posso sofrer nenhuma emoção forte... sob o risco de cair morto imediatamente... Deram-me apenas mais um ano de vida... Um ano e meio, no máximo.
Dulce: Eu devo estar sonhando... Isso não pode estar acontecendo... É tudo tão horrível...
Memo: Dulce... (segura as mãos dela entre as suas) Eu te amo... E vc sabe como é importante pra mim, não sabe? Principalmente agora, nesse momento tão difícil... no fim.
Dulce: Não fala isso... Não fale que é o fim.

Memo: Deixa-me terminar de falar. Não adianta fingir... Eu sei que é o fim. O meu fim. Vc é a pessoa mais importante pra mim... e sua presença é importantíssima pra mim. Mas eu entendo que essa é uma barra difícil demais. Eu entendo se vc não estiver disposta a continuar comigo. Vc é linda e tem a vida toda pela frente... não tem porque continuar com um moribundo. É por isso que vc tem o caminho livre. Não quero que continue comigo por pena.
Dulce: (chocada) Acha mesmo que eu te abandonaria em uma hora dessas? Quando vc mais precisa de mim?
Memo: Eu entendo se quiser acabar tudo. Que futuro vai ter ao meu lado?
Dulce: Não me importa o futuro... Só o presente... E no presente vc ainda está aqui... E eu quero que seja feliz nesse... nesse período. Farei tudo que estiver ao meu alcance pra que isso aconteça. Vc não está sozinho.
Memo: Vc é a garota mais incrível que eu conheci. Não sei o que faria se vc me pusesse pra fora da sua vida... Só tem mais uma coisa que eu te peço. Não comenta com ninguém sobre essa doença. Eu não quero que ninguém saiba. Se não vou ser dispensado do clube e minha família vai me tratar como um anormal o tempo todo. E eu quero continuar levando a vida como sempre... Não quero que nada mude... Não quero ter que ficar lembrando dessa doença o tempo todo.
Dulce: Eu te prometo. Ninguém vai saber. Mas eu queria saber melhor sobre essa doença...
Memo: Eu vou marcar uma consulta com o meu médico e a gente fala com ele sobre isso.

Dulce abaixou a cabeça. Estava desolada. As lágrimas caíam fortes de seus olhos. Estava triste por ele. Demais. Mas chorava também por ela... por ela e pelo Chris. Mais uma vez a vida os separara. Mas não podia abandonar Memo agora... Ele não merecia isso. Porém saber que teria que se separar de Christopher fazia com que ela sentisse que a condenada a morte era ela e não Memo. Mas não podia ser egoísta agora. Memo ergueu-lhe o queixo a beijou suavemente. As lágrimas de ambos se misturaram. Separam-se para em seguida tornarem a se unir em um abraço apertado. Dulce chorou no ombro dele, enquanto ele disfarçava um sorriso de satisfação por sobre o dela.

Chris ficou realmente encantado com Deborah. Ela era linda e muito simpática. Lembrou-se de Poncho comentando sobre os ciúmes de Anahí e achou melhor ficar longe da prima de Alfonso. Vai que Dulce não gostasse? E o que ele menos queria no momento era problemas com ela. Estavam tão felizes. E sabia que dessa vez, nada poderia separá-los. Sentiu um arrepio percorrê-lo nesse instante... Como um mau presságio. Afastou depressa tal pensamento e despediu-se de Poncho e da prima dele. Era melhor ir logo pra casa. Arrumar-se para a única mulher que realmente importava. Sorriu ao pensar nela.
Deborah ficou olhando Christopher sair do camarim. Ele era um pedaço de mal caminho. Uau!!! Se soubesse que encontraria tantos caras lindos no México, teria vindo antes. Olhou para Poncho por baixo das sobrancelhas semicerradas. Ele também era maravilhoso. E mal conseguia esconder o encanto. É claro que havia a tal namorada. Super bonita afinal. Mas sabia que ele não resistiria. Era homem e isso dizia tudo. Além do mais, estava acostumada a conseguir tudo o que queria. E agora queria ele. Decidira isso desde que o vira no aeroporto.
Deborah: (aproximando-se de Poncho) E aí? Gostou da surpresa que eu te fiz?
Poncho: (tentando se esquivar) Adorei, Mas achei que já estivessem em Puebla uma hora dessas.
Deborah: Na verdade era mesmo pra eu estar lá. Mas o Mateos e eu decidimos ficar mais uns dias... Conhecer a cidade.
Poncho: Mais uns dias é? Tenho certeza de que irão adorar...
Deborah: Tenho certeza de que iremos nos divertir muito... Muito mesmo... (passa os braços insinuante pelo pescoço de Poncho) Tenho umas idéias bem interessantes do que podemos fazer.
Poncho: (sem conseguir desviar os olhos da boca dela) Idéias interessantes é? Mas acho que não vai dar porque eu... a Anny...
Deborah: Ora não seja bobinho... A Anahí não precisa ficar sabendo de nada e...
Anahí: Do que eu não preciso saber? Incomodam-se em me dizer?