Fanfic: [EXCLUIDA]

Chris esperava impaciente que Alfonso o atendesse. Precisava muito conversar. E não havia ninguém em que confiasse mais do que em Poncho. Será que ele estava em casa? Pelo visto não. Já estava desistindo de esperar, quando a porta foi aberta de supetão. Do outro lado, Deborah o olhava languidamente.
Deborah: Christopher? Vc por aqui? Desculpa ter demorado pra atender, mas é que eu estava no banho. Daí até me arrumar demora né?
Chris: Mas valeu a pena a demora. Está simplesmente linda. Mas eu vim falar com o Poncho. Ele está?
Deborah: Ele ainda não chegou. Deve ter saído com aquela namorada ciumenta dele. Quando saí lá da Televisa eles ficaram conversando.
Chris: (triste) Ah! Então tá. Vou embora e volto outra hora.
Deborah: Tem certeza de que está bem?
Chris: (passando a mão pela cabeça, desanimado) Tenho. Tenho sim. Pode deixar.
Deborah: Vc não me convenceu. Entra aqui e me conta o que aconteceu. (puxa Chris pela mão para dentro do apartamento)
Chris: É que na verdade eu não quero te chatear com os meus problemas. Na verdade, a gente nem se conhece direito e...
Deborah: Pois eu acho uma ótima oportunidade pra gente se conhecer. Senta aí vamos. Quer algo para beber?
Chris: Uma tequila, por favor.
Deborah se aproximou do bar e preparou a bebida. Chris olhou para ela e sorriu. Deborah ficou observando-o disfarçadamente. Ele parecia tão frágil... como se estivesse acabado de sofrer uma grande decepção. Dava até vontade de consolá-lo. Olhou para ele provocantemente e entregou-lhe a bebida.
Deborah: Agora me conta. O que está te incomodando?
Chris: Deixa pra lá.
Deborah: Ih! Pelo jeito é mulher. Por acaso é algo com aquela ruivinha com quem anda saindo?
Chris: (surpreso) A Dulce? Vc a conhece?

Deborah: Na verdade não. Mas leio revistas. (estende para ele uma revista com a foto dele e de Dulce chegando ao aeroporto) E vejo que acertei bem na mosca hein?
Chris: Eu e a Dulce... não tem mais nada a ver... Ela... Ah... Deixa pra lá.
Deborah: (desabotoando “acidentalmente” um botão da blusa e deixando uma parte do seio a mostra) Conta pra mim. Às vezes um parecer feminino sobre a situação pode te ajudar.
Chris: (tentando desviar os olhos do decote dela) Ela tem namorado e não me ama. Só estava se divertindo um pouco. E eu, trouxa, caí direitinho.
Deborah: (aproximando-se dele) É horrível não ser correspondido por quem a gente ama, não é mesmo?
Chris: (surpreso) Vc também não é correspondida?
Deborah: Não. Ou pelo menos, ainda não. Mas sei que logo logo ele estará aqui, nos meus pés.
Chris: Eu também queria ter essa sua certeza. Mas sei que nem em sonho eu e ela vamos ficar novamente.
Deborah: Eu posso te ajudar com ela. (contorna os lábios dele com o indicador) Mas é claro... Em troca vc me dá uma mãozinha também.
Chris: (perturbado) Mãozinha? O que quer que eu faça?
Deborah: É simples... Eu te ajudo com a Dulce e vc me ajuda com o Alfonso. Uma mão lava a outra. (coloca a mão por dentro da camisa dele e acaricia o tórax dele) E de quebra, podemos nos divertir muito juntos.
Aquela proximidade afetou Christopher. Ele não conseguia raciocinar. Tudo que conseguia era sentir o perfume dela... o toque. Tornou-se consciente demais das mãos dela em seu peito. Sabia que devia resistir. Devia? Mas por que? Não havia motivo nenhum que o obrigasse a isso. Fechou os olhos. Quando os lábios de Deborah tocaram os seus, correspondeu faminto. Explorou a boca dela suavemente. Depois de alguns momentos o beijo tornou-se mais quente e sensual. Era impossível pensar perto daquela mulher.

A cabeça de Chris girava... Tudo passava rapidamente. Estava sendo guiado pelo instinto. E então ouviu a voz dela sussurrando ao seu ouvido.
Deborah: Vai ser um prazer fazer negócios com vc.
Essas palavras quebraram imediatamente o clima de Chris. O que ele estava fazendo? Aquela proposta que ela lhe fazia era asquerosa. Nunca se rebaixaria a tanto. Afastou-a firmemente. Ela o olhou surpresa.
Deborah: O que foi? Não tá gostando?
Chris: Na boa... Eu não vou topar essa parada não. A Anny é minha amiga... é quase uma irmã pra mim. Eu adoro ela. E não vou ajudar vc a ficar com o namorado dela. Além do mais, o Poncho já é bem grandinho pra escolher com quem ele quer ficar. Não acha?
Deborah: É vc quem sabe. O Poncho vai acabar ficando comigo de qualquer maneira. Só estava tentando aliviar as coisas pra vc.
Chris: (levantando-se) Se vc está tão segura assim... Boa sorte pra vc. Mas eu acho que não vale a pena. O Alfonso é doido pela Anny. Quanto a mim, eu não quero mais nada com a Dulce mesmo. Já tive a minha cota e foi suficiente.
Deborah: Eu ainda acho que vc vai sair perdendo.
Chris: Acho melhor eu ir então. Pode me fazer o favor de dizer para o Poncho que eu estive por aqui?
Deborah: É claro. Mas já vai? Tão cedo? Apesar de tudo a gente ainda pode se divertir.
Chris: Olha gatinha... Hoje eu não estou no clima. Talvez qualquer dia desses eu te ligue. Tchau.
Chris inclinou-se para beijar-lhe a bochecha. Ela virou-se fazendo com que o beijo se tornasse um selinho. Sorriu para Chris e ficou na porta, até ver ele sumir dentro do elevador. Era uma pena que ele não quisesse ajudá-la. Mas ia ser um prazer divertir-se com ele.

Christian estava sentado na recepção. Por sorte, não havia contraído a meningite. Estava ansioso por um bom banho e uma cama vazia. No entanto, precisava de notícias de Maite. A família dela já havia chegado e estava toda por ali também. Estavam todos aflitos, desejando que tudo acabasse da melhor maneira possível. E então o médico entrou ali.
Médico: Quem está com a srta Maite Perroni?
Christian levantou de um pulo. Juntou-se com a família dela e ficou ouvindo as notícias que o médico trouxera.
Médico: Quero informar que a paciente já se encontra fora de perigo. Ela ainda está muito frágil, mas o pior já passou. Daqui a alguns momentos já poderão visitá-la. Ela está repousando agora.
Todos respiraram aliviados. Enfim uma boa notícia. Christian teve vontade de pular de felicidade. Ao invés disso apenas deu um leve sorriso. Finalmente os momentos de terror haviam passado. Voltou a sentar-se. Mal podia esperar para vê-la. Sentia-se leve. Parecia inacreditável que ela fosse ficar bem. Agora era só agüentar até a hora de visitas. Acabou cochilando enquanto esperava. E pelo sorriso que estampava, devia estar tendo ótimos sonhos.