Fanfic: [EXCLUIDA]

Os dias passavam e o namoro de Dulce e Alphonso esfriava cada vez mais. Quase não saíam. Pareciam mais amigos do que namorados. Poncho passava a maior parte do tempo com Anahí que havia se tornado sua grande amiga.
Os boatos corriam soltos pela imprensa. Apostava-se alto que Alphonso e Dulce já não estavam mais juntos. Afirmava-se mesmo que Anahí era o novo affair de Poncho, já que sempre eram vistos juntos.
Poncho ria-se de tais histórias, Anahí, por sua vez, sentia-se inexplicavelmente perturbada e em algumas ocasiões se pegou a desejar que tais boatos pudessem se tornar realidade.
As férias chegaram depressa e com ela, a viagem para o Havaí. E eis que lá estavam Maite, Alphonso, Dulce, Anahí, Christian e Christopher prontos para se divertir muito.
Mal chegaram no hotel, e Chris pegou sua prancha de surf e fora pegar umas ondas...
Dulce caminhava sozinha a beira do mar, estava confusa... precisava pensar. De repente, parou. Seu coração deu um salto dentro do peito: Chris saia da água... Lindo e loiro, todo bronzeado, com sua prancha debaixo do braço... Ele colocou a prancha na areia e Dulce o observava boquiaberta " Como ele era lindo!" Dulce não conseguia desviar s olhos dele e ficou a observá-lo de longe, estranhamente atraída por ele. Era como se o visse pela primeira vez. Ele sorriu e ela sentiu seu coração disparar.

_____________NO HOTEL_________________

Poncho: Vamos Anny. Estou com fome sabia?
Anahí: já estou pronta... mas cade os outros?
Poncho: o Chris tá na praia, a Dulce foi dar uma volta e a Maite e o Christian querem ficar descansando no hotel... Portanto prepare-se... vai ter que me aguentar a tarde toda...
Anahí riu, mal sabia ele o quanto aquela idéia a agradava.

_______________NA PRAIA_________________

O coração de Dulce batia acelerado. Ele continuava sorrindo. Ela ia se aproximar quando percebeu que não era para ela que ele sorria... Ele sorria para uma morena curvilínea que vinha chegando e ao mesmo tempo abria os braços para ela até recebe-la num abraço apertado e beijá-la com intensidade (e que beijo)
Dulce sentiu-se mal, teve vontade de ir lá e separá-los. Depois voltou a si.
Dulce: (pensando) Que isso Dulce Maria, está maluca? Vc não tem nada a ver com isso... Mas então... Porque estou tão triste? Não não... O Chris não é nada seu, está ouvindo bem? Vc está é de miolo mole!!! Mas... peraí... Aquela menina não me é estranha...
Neste momento a tal morena virou-se e Dulce teve o maior choque da sua vida...

Poncho e Anahí observavam o mar, sentados na areia... Quem os visse julgaria que fossem um jovem casal em lua de mel...
Eles riam... Poncho era muito engraçado... Anahí riu de algo que ele disse e ele ficou sério observand-a. Ao perceber isso ela foi parando de rir aos poucos e sentiu-se levemente nervosa.
Anahí: (super sem graça) O que foi? nunca me viu?
Poncho: Na verdade é que nunca tinha percebido que vc é tão linda... (ele a olha como que hipnotizado)
Como que por instinto seus rostos se aproximam, seus olhos se fecham e quando finalmene suas bocas se tocaram, Anahí teve certeza de que havia encontrado o que tanto procurava.
O beijo começou lento e suave, gradualmente tornou-se mais forte e rápido. Perderam a noção do tempo e do espaço. O mundo não existia para eles naquele instante... Existiam apenas seus corações acelerados, marcando um mesmo compasso...
Aquele beijo acabou, sendo então sucedido por outro, e outro, e outro...

Dulce não podia acreditar no que via. A garota com Chris era sua prima... Sua prima mais querida. Elas se adoravam. Haviam sido criadas juntas, como irmãs. Mas o que ela fazia ali? Dulce sentiu-se tonta... sua garganta estava seca. Precisava sair dali. Não podia continuar vendo aquela palhaçada. Naquele momento não soube precisar porque a visão de Chris com outra, especificamente com sua prima, lhe fazia tanto mal. Sentia-se ferida. Ela só queria fugir. Fugir dos sentimentos que estava descobrindo naquele instante. Sentimentos despertados por Chris. Saiu correndo. Nem mesmo percebeu quando seus olhos, sempre tão secos, tornaram-se úmidos e as primeiras lágrimas rolaram até multiplicarem-se e converterem-se num choro convulsivo.


Chris abraçava e beijava Nataly. Não esperava vê-la ali. Entre beijos perguntou-lhe o que fazia no Havaí. Não prestou atenção na resposta, pois, por sobre o ombro dela teve a impressão de ter visto Dulce. Tornou a olhar e não viu ninguém. Devia ter se enganado. Que idéia a sua - pensou ele - Dulce devia estar com Poncho naquela hora.
Ao pensar nessa hipótese, Chris sentiu-se subitamente irritado... Tomado por uma raiva que nem ele pode explicar o motivo.

____________À NOITE NO HOTEL_____________

Maite bate na porta do quarto de Christian. Ele abre com cara de sono.
Maite: Ainda dormindo, seu folgado?
Christian: (abrindo espaço para ela entrar no quarto) Sabe como é né? Cheguei cansado.
Maite: Mas chega de preguiça né? Afinal isto é o Havaí. Se fosse para ficar dormindo que ficasse no México.
Christian: Eu estou mesmo afim de sair... agitar... tomar todas... conhecer umas gatinhas daqui.
Maite: (revirando os olhos) Ah! Lá vem você com essas suas infantilidades... Acha bonito isso? Encher a cara e pegar todas?
Christian: Tava bom demais pra ser verdade né? Faça- me o favor! Por que não me deixa em paz? Vá lá passar a noite no telefone com aquele chato do teu namorado que eu vou curtir a vida...
Maite: Seu grosso... estúpido!!!
Christian: (erguendo as mãos em sinal de trégua) Ok ok... Vamos parar com isso. O que acha de irmos no lual que está tendo aí embaixo?
Maite: (fazendo charme) Com você não vou a lugar algum.
Christian: Então quer saber? Dane-se vc Fique aí sozinha, porque eu estou indo... A propósito... PODE CAIR FORA DO MEU QUARTO QUE QUERO ME ARRUMAR?
Maite: (desapontada, pois esperava que ele insistisse) Será um prazer sair de perto de vc!!! IDIOTA...

Maite e Christian eram assim: nunca haviam se dado bem... Alguns minutos juntos e lá vinha discussão. Foi assim desde que se conheceram, numa festa de amigos, em que Christian, extremamente alcooliazado, derrubara bebida no vestido lindo dela. Desde então não se suportavam.

Dulce corria pela praia... seus pés descalços sentiam a areia úmida. Chorava, como nunca havia chorado. Chorava por Chris... mas chorava muito mais por si própria. Chorava e corria, como se assim pudesse fugir do que estava sentindo. Há muito que anoitecera... Ela nem tinha se dado conta... Nem pensar direito conseguia! Era como se um filme em alta rotação passasse por sua cabeça... Ela... o Chris... e a prima!!!
Dulce: não... não... (grita) NÃOOOOOOOOOOO... Eu estou ficando louca... louca...
Parou de correr nesse instante e caiu ajoelhada na areia, as ondas chegavam fracas onde ela estava... Parecia que tudo o que ela não chorara a vida toda, estava chorando nesse momento...
Ajoelhada ali, tendo somente a lua e as estrelas como testemunhas, ela deixou que sua alma se lavasse com suas lágrimas, enquanto seus ombros eram sacudidos por soluços.

Chris e Nataly dançavam a valer no tal lual. Ele estava contente por ela estar ali, mas incomodava-o o fato de que ela tinha vindo atras dele. Sentia-se vigiado. Odiava sentir-se preso. Ainda não conhecera a mulher que o faria mudar de idéia. Ao pensar nisso, a imagem de Dulce passou vagamente pela sua cabeça. Ele sacudiu a cabeça como que para espantá-la. Olhou em volta, procurando-a, mas não a viu em parte alguma... também não viu Poncho.
Chris: (pensando em voz alta) Óbvio que eles estão juntos!!!
Nataly: Mo-or!!! Vc tá bem? Pirou foi? Então te pergunto se quer uma bebida e vc me responde "óbvio que eles estão juntos?"
Chris: (caindo na real) Puxa minha linda... Eu estava distraído... Pensei alto foi isso.
Nataly: Chris-to-pher!!! Quer dizer que eu fico aqui falando, falando e falando e vc não presta a mínima atenção?
Chris: Já pedi desculpas minha fofura... isso não basta?
Nataly: Eu acho muito bom vc (aponta o dedo indicador para ele) começar a me dar valor. Vc sabe quants caras queriam ter o privilégio de estar aqui comigo, nesse instante?
Chris: Perdão, minha linda! (Chris a abraçou e por sobre o ombro dela piscou para uma garota que o encarava já a algum tempo.

Anahí mal podia acreditar no que estava se passando. Ela e Poncho juntos. Como nunca havia se dado conta? Não havia mesmo? ou ela tinha se feito de cega para não ver o que estava sentindo?
A verdade é que ali, naquele momento, a realidade de seus sentimentos abateram-se sobre ela com força total. Não podia mais esconder: era apaixonada por Poncho. Perdidamente!
Anahí: (sem conseguir se conter, sussurra junto aos lábios de Poncho) Eu te amo!
Na cabeça de poncho, tudo passava velozmente. Sem que ele pudesse refletir. Estava sendo guiado pelo instinto. Parecia não ter controle sobre si próprio. Até que ele a ouviu... Aquele "eu te amo" quase inaudivel que ela proferiu penetrou tal qual um dardo na névoa que o envolvia e só então ele se deu conta do que estava fazendo.
Afastou-se rapidamente e levantou-se.
Anahí: (estranhando e com medo) O que foi Ponchito?
Poncho: (nervoso) A gente não devia ter feito isso!
Anahí: (triste) Você está arrependido?
Poncho: (pensando) o que vou dizer a ela agora? Que estou arrependido? Não posso falar uma coisa dessas...
Poncho: não Anny... não é isso! É que tem a Dulce!
Anahí: Céus... é mesmo... (arregala os olhos) A Dulce... Meu Deus... o que fomos fazer...
Poncho limitou-se a dar de ombros, totalmente culpado.
Anahí: (decidida) Não tem jeito. Vamos ter que falar com ela. Ela vai ter que entender... eu sei que ela vai entender... Falo eu com ela ou fala vc?
Poncho: (assustado) não não!!! Pode deixar que eu mesmo falo.
E a culpa o corroía por dentro.

Dulce saiu do elevador e dirigiu-se apressada para o seu quarto. Não queria que ninguém a visse naquele estado. Seu rosto ainda guardava as marcas das lágrimas...
Maite: Dulce? Aconteceu algo, Candy?
Dulce: (olhando rapidamente para ela) Deixa-me em paz.... por favor... (e vendo que recomeçava a chorar entrou no quarto e trancou-se).
Maite não sabia o que pensar. Dulce chorando? Algo havia acontecido... e grave! Bateu na porta do quarto dela, implorou, esmurrou, brigou, mas não houve o que fizesse Dulce abri-la.

Poncho saiu sozinho do elevador. Anahí ficara no andar de baixo, no quarto dela. Poncho se sentia mal. A tarde fora maravilhosa, mas...
Maite: Poncho.... até que enfim!
Poncho: Maite... Maite vc viu a Dulce por aí? Viu?
Maite: É sobre isso que eu quero te falar. A Dul se trancou, chorando, no quarto e não há o que faça ela abrir a porta.
Poncho empalideceu. Teve certeza de que Dulce o vira aos beijos com Anahí. Não havia outra explicação... Fechou os olhos... a culpa surgia cada vez mais forte. Sem falar mais nada, Poncho virou-se e entrou em seu quarto, deixando uma Maite confusa e perplexa no corredor.

Poncho ligou o chuveiro e deixou que a água fria caísse sobre o seu corpo. Sentia-se mal. o que fizera com Dulce? E o que acontecera com ele? Não era afeito à traições. Mas ele não resistira. Anahí havia mexido com ele.
Estava confuso. Ele amava Dulce, não amava? Então como pudera ter feito aquilo? E o pior... como pudera ter gostado daquilo? Anny havia despertado algo que há muito estava adormecido dentro dele. Sentia-se vivo.
Sabia que ela estava esperando algo mais dele. Era tentadora a vontade de largar tudo para viver as emoções que ela lhe provocava. Mas a perspectiva de perder Dulce lhe era pr demais aterradora. Não podia se imaginar vivendo sem ela, embora também não quisesse abrir mão de Anahí.
A água gelada caía sobre ele, e ele lembrou-se de tantos momentos felizes que tivera com Dulce. Entretanto, a imagem de Anahí e dos beijos daquela tarde teimavam em invadir seus pensamentos.
E se Dulce tivesse mesmo presenciado a traição dele? Não! Isso não podia aguentar. Ele não podia se arriscar a perde-la. Não podia deixar Dulce por Anahí para que depois esta o abandonasse. Sabia muito bem que Anny não parava com namorado nenhum. Ele seria só mais um. Não! Ficaria com Dulce. Ela sim era mulher pra ele. E se preciso fosse imploraria para que ela o perdoasse.

Anahí observava as estrelas, na sacada. A música do lual chegava aos seus ouvidos. Sentia-se num sonho. Repassou milhões de vezes os acontecimentos daquela tarde. Lembrava de cada detalhe. Sorriu. Poncho era maravilhoso. Ficou séria ao pensar em Dulce. Sentia-se mal por ela. Eram grandes amigas. E a conhecia bem, sabia muito bem que embora Dulce não admitisse, já não era apaixonada por Poncho. Sabia que a amiga abriria mão dele para que fossem felizes. Dulce entenderia, ela sabia.
Olhou para o céu. Nunca antes as estrelas lhe pareceram tão brilhantes.

Dulce acordou num sobressalto. Seus olhos ardiam. Nem vira a hora em que pegara no sono. Olhou-se no espelho, estava com um aspecto horrível. precisava de um banho. Começou a encher a banheira. Sentia sua boca amarga. Lembrou-se da véspera. Que papelão ela havia feito! Ela devia estar louca, isso sim... Chegara mesmo a pensar que estava apaixonada pelo Chris. Riu-se disso. Mas até para ela a risada soou falsa.
Dulce: (pensando) Pois é Dulce Maria... Pare de enfiar essas idéias na sua cabeça. O Chris que fique com a Nataly. Eu gosto é do Poncho... Al-phon-so. Ouviu sua louquinha?
Mas Dulce não estava totalmente convencida. Algo dentro dela dizia que ela estava mentindo para si mesma. Ela não deu importância a isso e quando entrou na banheira já tinha decidido que seria a melhor namorada do mundo. Para Poncho!!! Inconscientemente, agarrava-se a ele como um náufrago se agarra a uma tábua de salvação...

Alguém batia insistentemente na porta. Dulce saiu da banheira e enrolou-se na toalha. Devia ser o Poncho. Abriu a porta e deparou-se com Chris. Deu um berro. Levou um susto tão grande que chegou a soltar a toalha, que caiu a seus pés.
Chris ficou a olhá-la com os olhos arregalados, medindo cada palmo daquele corpo.
Chris: (gaguejando) Dul... é... Du... Du... é... pois é... Dul... eu...
Dulce refez-se do susto e rapidamente enrolou-se novamente na toalha. "Que vergonha" pensava ela.
Dulce: (fingindo que não havia acontecido nada de mais) Pois não Christopher, o que quer aqui?
Chris continuava gaguejando.
Chris: Eu... eu... é... Ah! Dulce não consigo me concentrar com vc vestida assim (conseguiu falar com muito custo)
Dulce: Mas o que foi? Já recoloquei a toalha.
Chris: Infelizmente... quer dizer... é... já percebi... mas mesmo com essa toalha... sabe como é né? Posso não me aguentar... Essa toalha estimula e muito a minha imaginação.
Dulce: (ruborizando) Tá... então vou me trocar.
Dulce entra no banheiro e sai de lá vestida. Chris a espera sentado na cama dela.
Dulce: (meio ríspida) E então? O que quer?
Chris: Sabe o que é Candy? Estou com uma dúvida que não me deixa em paz.
Dulce: Dúvida?
Chris: Por acaso, vc estava na praia ontem?
Dulce levou um susto. Arregalou os olhos e engoliu em seco.
Chris: Estava ou não?
Dulce: (nervosa) Eu? Euzinha? Claro que não. Fui pro lado oposto ao da praia ontem. E porque é que eu iria ficar te olhando surfar?
Chris: (sorrindo desconfiado) Mas Dulce... Eu não disse que vc estava me olhando, e se não estava mesmo lá, o que eu duvido, como sabia que eu estava surfando?
Chris falava e andava na direção de Dulce, que por sua vez ia andando de costas, até bater em uma parece. Ficou então presa entre o Chris e a parede. Dulce sentia cada músculo do corpo dele, o que fazia seu corpo vibrar e impedia seu cérebro de raciocinar direito.
Chris: (provocante) Tem certeza?
Dulce: Se eu tenho certeza? É... bem... certeza? Tipo assim... certeza? Ah! Certeza... É claro...

Dulce: Claro que tenho certeza... Certezissima. Absoluta...
Dulce sentia-se fraca, ele estava cm a boca perigosamente perto da dela. Não estava mais se responsabilizando por seus atos. Foi então que ele se afastou, deixando-a aliviada e ao mesmo tempo frustrada (pois no fundo ela queria que tivesse acontecido algo mais).
Chris: Então tá Dulcesita!!! Era só isso. Vou indo então... Mas não esqueça de pensar numa resposta sobre como sabia que eu estava surfando se vc não estava lá tá?
Joga então um beijo para ela e faz uma mesura zombeteira e sai.
Dulce só conseguiu voltar a respirar normalmente quando ouviu o barulho da porta se fechando. Estava seriamente balançada. Ainda podia sentir os olhos dele percorrendo-a, como se fossem chamas. Precisava se acalmar... Tomou então um copo de água. Novamente batiam à porta de seu quarto.
Dulce: (abrindo a porta) O que vc ainda quer? (disse achando que era o Chris)
Poncho: Nossa! Está tão zangada assim comigo?
Dulce: (abraçando-o bem forte) Desculpa... Achei que era outra pessoa... Mas, eu zangada com vc?
Poncho: É... por ontem sabe? A Maite me contou que vc chegou chorando e eu pensei que...
Dulce: (interrompendo) Pois pensou errado. Não se preocupe Ponchito, eu não estava chorando porque vc não passou nosso primeiro dia no Havaí comigo. Estava chorando por bobagens. TPM sabe?
Poncho: (sem acreditar no que ouvia) Então vc não...
Dulce: Não. Eu não fiquei brava. A menos que vc esteja falando de outra coisa... Por acaso, tem algo pra me contar?
Poncho: Não... não tenho nada pra te contar! Só o que vc já está cansada de saber: que eu te amo muiiiiiiiiiito.
Dulce: (sorrindo) Eu também te amo.
Abraçam-se. Poncho fecha os olhos. Sabia que deveria ter contado tudo... Mas não tivera coragem... Simplesmente não podia... Dulce puxou-o pela mão...
Dulce: Vem cá amor!!! Precisamos ter uma conversa séria...
Poncho: (rindo) Ihhhhhhh!!! Já vi que vou ter que discutir a relação...

_______________MINUTOS DEPOIS________________
Poncho ainda pensava em Dulce e na conversa, enquanto esperava o elevador. Estava contente...
... Mas fechou o sorriso que exibia quando as portas do elevador se abriram e ele deparou-se com Anahí....
Anahí: Poncho... Eu estava mesmo te procurando. Conseguiu falar com a Dulce?
Poncho age rápido... Faz sinal para que ela fique quieta e a puxa para seu quarto.
Poncho: Agora sim. Falei com a Dulce sim...
Anahí: (aflita) E ela? Ficou muito brava?
Poncho: (embaraçado) Não... quer dizer... ela me perdoou.
Anahí: E a mim ela também perdoou?
Poncho: (engasgando sem saber o que responder) Vc? Acho que sim... Acho que sim... (toma coragem) Na verdade perdoou sim.
Anahí: (abraça-o) Ai vc não sabe como isso me deixa aliviada.
Anny percebe então que Poncho não corresponde ao seu abraço. Continua estático, frio. Algo dentro dela a avisa que as notícias não são boas. Olha para ele e esforça-se para sorrir.
Anahí: Poncho... Está me escondendo algo, não está? Fala... Ela não me perdoou. Foi isso?
Poncho: Não. Não é isso (constrangido) é que eueadulcedecidimoscontinuarjuntos...
Anahí: O que? Fala mais devagar! Não entendi nada.
Poncho suava frio... Custara-lhe muito pronunciar aquelas palavras e agora teria que repeti-las. Antes de terminar de pronunciá-las já sabia que estava cometendo um grande erro. Mas agora era tarde... Não podia voltar atrás.
Poncho: Eu e a Dulce decidimos continuar juntos!!
Anahí ficou em choque. Não... não podia ser.. Tratava-se de uma brincadeira, sem dúvida. Aquilo não estava acontecendo. Uma lágrima solitária desceu por sua face. Ainda ouvia a voz de Poncho, distante, tentando se justificar. Mas ela não queria oouvir nada... Não queria saber de nada... Só queria ele... Mas não era possível... Ele havia brincado com ela. As lágrimas tornaram-se numerosas.
Ao vê-la chorando, Poncho teve vontade de jogar tudo para o alto e de ficar com ela. Aproximou-se para tentar enchugar suas lágrimas...
Anahí: (afastando as mãos dele) Não me toque!!! Fique longe.
Poncho: (triste) Anny... não faça isso!!! Não podemos estragar nossa amizade por um erro!!!
Anahí: (descontrolada) Um erro? Então pra vc tudo não passou de um erro? Eu não acredito nisso. Ontem lá no bem bom não me pareceu que vc achava que era um erro!!!
Poncho teve vontade de bater com a cabeça na parede. Como fora dizer uma coisa dessas? Sentia-se o pior homem do mundo. Mas precisava afastá-la dele... Se não...
Poncho: Não foi isso que eu quis dizer Anny.
Anahí: Anny? Pra vc é Anahí! Sempre... (andou desesperada pelo quarto) Vc me usou, brincou com o que eu estava sentindo.
Poncho: Não fale como se vc fosse vítima porque vc bem que quis tudo o que aconteceu ontem.
Anahí: Mas não fui eu quem foi atrás de vc... Vc é quem veio com aquelas historinhas de vc é linda e blá blá blá. O que foi? Olha pra mim Alphonso! Me diga? O que pensa que eu sou?
Poncho: Anahí, olha.. não é bem assim...
Anahí: É assim sim! Mas quer saber? (limpa suas lágrimas) Vc tem razão. Foi tudo um erro. Um erro enorme. Um erro gigante. Um erro, pq ontem naquela praia eu acreditei que havia encontrado o cara certo... Mas hoje estou vendo que esse cara só existia na minha fantasia... Vc não presta Alphonso Herrera... Vc me dá... me dá... nojo!!! (sai, batendo a porta)
Poncho dá um soco na escrivaninha. Droga! Não era pra ser assim... Teve vontade correr atrás dela, de esquecer o mundo por ela. Quis lhe implorar para que ficasse. Ao invés disso, sentou-se na cama e deixou que as lágrimas viessem...