Fanfic: [EXCLUIDA]

Ao perceber que a porta se abria, Nataly escondeu-se depressa. Viu quando Anahí saiu chorando do quarto de Poncho. Ouvira toda a discussão. Sem querer, mas ouvira.
Nataly dirigia-se na verdade para o quarto da prima, mas ao passar em frente ao quarto de Poncho ouvira vozes. Não resistira! E agora sabia de uma coisa gravíssima... Mordeu os lábios... Quer dizer então que os incríveis RBD tinham lá os seus segredinhos? E que segredinhos, hein? Sorriu sarcástica. Pensou em contar tudo para a prima. Ela merecia saber né? Chegou mesmo a se dirigir para o quarto dela. Mas algo a impediu de bater na porta. Sua intuição feminina lhe avisava que aquele segredo era muito valioso... valioso demais para ser disperdiçado assim... Ele podia ser lhe bem útil mais tarde...
Nataly olhou pensativa para a porta e em seguida para o elevador, depois de uma breve hesitação, dirigiu-se ao quarto de Chris.

Anahí trancou-se em seu quarto. Tentou enchugar suas lágrimas, mas elas teimaram em continuar caindo. Poncho não podia ter feito aquilo. Se ele não a queria, não deveria ter lhe dado esperanças. Mas não. Não podia continuar chorando por aquele cachorro miserável... aquele... Respirou fundo. Precisava se controlar. Ele só havia brincado com ela. Ao pensar nisso, uma raiva cega e surda nublou-lhe a visão. Pegou uma escova que estava perto de sua mão e atirou com toda a força no espelho. Sentia-se tão impotente diante de tudo. Doía tanto aquilo nela que a dor chegava a ser física. Olhou então para o espelho, que continuava intacto. Examinou-se com atenção. O que ela tinha de errado? Seria o seu cabelo? A boca? Por que Poncho não a queria? As lágrimas retornaram volumosas e ela jurou a si própria que iria esquecê-lo. Todos iriam ver. Ela sobreviveria a ele!

Ao descer para tomar o desjejum, Dulce teve uma desagradável surpresa: a prima e o Chris estavam sentados em uma mesa. Ele, todo atencioso, dava uma bolachinha na boca dela. Que rídiculo, pensou Dulce levemente enciumada.
Foi nesse instante que Chris a viu... Sentiu-se inexplicavelmente contente. Seu olhar percorreu-a de alto a baixo. Dulce ruborizou, sabia que ele se lembrava do episódio da toalha.
Chris a viu ali, sozinha, toda sem graça. Por uma fração de segundo teve uma vontade louca de atravessar o salão e colocá-la no colo. De protegê-la.
Voltou a si rapidamente. Que idéias malucas eram essas? Devia ter tomado muito sol na cabeça. Só podia ser isso. Ele e Dulce? Era pra rir, né? Entretanto não conseguia achar a idéia de todo absurda. Uma voz estridente trouxe-o de volta a realidade. Era Nataly:
Nataly: Prima... primaaaaaaaaaa... (acenava feito uma louca) Vem sentar aqui com a gente.
Dulce deu um sorriso amarelo. Era só o que faltava. Adorava a prima, mas ter que sentar ali, com ela e o Chris, vendo-os ficar se alisando não era uma boa idéia. Era capaz de ter uma indigestão... Arghhhhhhh. Mas não tinha outro remédio.
Dulce: (sentando) Com licença.
Nataly: Ai prima! O café da manhã está uma delícia. Eu estou aproveitando sabe? Sabe como é né? Preciso repor as energias! (pisca maliciosamente para Dulce) Se é que vc me entende.
Dulce: (fuzilando Nataly) Entendo perfeitamente. Eu é que de repente perdi o apetite. Que coisa não?
Dulce: (pensando) Não fique muito contente Nataly. O Chris não é de ficar com uma mulher por muito tempo... Daqui a pouco ele vai te dar um belo de um pé na bunda... Vai ver só.... Dona Dulce Maria!!! O que é isso? Desejando o mal pra própria prima? Não estou te reconhecendo... Que coisa feia!
Nataly: Ai Dul... Amei essa sua blusinha. Qualquer dia me empresta? Ei amor! O que vc acha da blusa dela?
Chris: (automaticamente) Prefiro a toalha.
Dulce ficou super sem graça. Chris a olhava fixamente, como que para dar mais ênfase ao que dissera. Sorriram um para o outro...

Nataly percebeu que hava algo mais ali e não gostou nem um pouco.
O café transcorreu sem mais incidentes. Chris e Dulce brincavam muito um com o outro, deixando Nataly cada vez mais deslocada e desconfiada.
Depois do almoço, Poncho chamou Christian para malharem. Na verdade o que ele queria era espairecer.. Tirar Anahí da cabeça.
Dulce, quando finalmente livrara-se da prima fora ler no quarto. Estava entretida na leitura quando bateram à sua porta.
Dulce: Entra, está aberta!
Anahí: (entrando) Dulce, precisamos conversar.
Dulce: Claro... Quando quiser...
Anahí: Quero saber como vc está... por ontem... eu..
Dulce: (pensando que Anahí se referia ao fato de ela ter chegado chorando ao hotel) Já estou ótima.... Novinha emfolha. Sei que foi uma bobagem... Enfim... Mas se vc não se importa, eu não queria mais falar sobre isso. Nunca mais.
Anahí: Uma bobagem... mas ... mas...
Dulce: Uma bobagem sim. Por favor Anny. Nem mais uma palavrinha sobre isso.
Anahí: (perdida) Claro.... Tudo bem então... eu já vou indo tá?
Dulce observou a amiga sair do quarto. Por um momento teve a impressão de que havia algo de grave acontecendo. Depois sacudiu a cabeça. Estava ficando paranóica!!!

Chris já estava de saída para a praia quando foi barrado por Nataly.
Nataly: Amor! Precisamos conversar.
Chris: (impaciente) Fala
Nataly: Que história era aquela da toalha?
Chris: (franzindo a testa) Toalha? Ah sim! É uma história entre Dulce e eu.
Nataly: E eu não posso saber?
Chris: Olha... não me leva a mal minha linda. Mas é só entre ela e eu.
Nataly: (enciumada) Tá vendo? Vc prefere a minha prima do que eu!!!
Chris olha pra cima com cara de "dai-me-paciência" e não fala nada.
Nataly: (choramingando) Vc não vai nem negar? Será que eu tenho que te lembrar que vc é o meu namorado? Sabe quantos caras dariam tudo pra estar no seu...
Chris: (irritado) Presta bem atenção Nataly. Eu e a Dulce somos amigos há muito tempo. Vc eu conheço não faz nem um mês. Portanto não me faça escolher que vc vai sair perdendo.
Nataly: Quer dizer que vc prefere mesmo ela?
Chris: Vou te dizer pela última vez. Não há nada, nem ninguém... ninguém, entendeu bem? que me faça abrir mão da amizade da Dulce. Meus amigos são bem mais importantes para mim do que qualquer namorada que eu venha a ter. Agora! Me dá liceça porque eu estou de saída.
Chris se dirige a praia, deixando Nataly sozinha, se engasgando de tanta raiva.

No hotel só estavam Anahí e Nataly. Dulce e Maite haviam ido com Poncho e Christian à praia. Nataly andava de um lado para outro no quarto. Precisava pensar.... Arquitetar algo...
Era mulher, sabia muito bem pressentir o perigo. Ainda mais quando o perigo era outra mulher. No caso, a prima. Não era boba. Havia percebido muito bem... Os olhares entre Chris e Dulce no café, os sorrisos, as brincadeiras... Havia notado até mesmo como ficavam perturbados quando por algum motivo se tocavam.
Nataly roía as unhas... Adorava a prima... mas gostava muito mais de si mesma. Quem mandara Dulce se meter no seu caminho? Agora, ia ter que aguentar as consequencias. Não ia abrir mão do Chris, assim, fácil... E jogaria pesado para continuar com ele. Sujo, se fosse preciso.
Mas as idéias não chegavam. E precisava delas urgentemente!
Olhou para o quarto. Estava sufocando ali... Precisava de ar fresco... Quem sabe assim, conseguisse tramar alguma coisa...

Anahí estava sentada em um banco, dentro dos jardins do hotel. Ainda chorava. Além da decepção com Poncho incomodava-a a indiferença com que Dulce tratara o assunto. Esperava algo mais da amiga. Preferia que ela tivesse gritado, brigado... Mas não aquele silêncio. Precisava do perdão da amiga... Porém, não contava que a amiga fosse se recusar a falar. Doía-lhe fundo aquilo.

Nataly andava pelo jardim quando avistou Anahí. Percebeu que ela chorava. Chegou a sentir pena.... Pobrezinha, devia ser triste ser apaixonada pelo namorado da melhor amiga. Mas... calma aí... Se ela era apaixonada por Alphonso oferecia um risco real para ela. Se Poncho ficasse cm Anahí, Dulce ficaria livre para Christopher... Coisa que não podia acontecer...
Um plano maquiavélico já se formava na cabeça dela quando se aproximou de Anahí.
Nataly: Anahí? O que aconteceu?
Anahí: (erguendo a cabeça e secando as lágrimas) Nataly? O que faz aqui no Havaí?
Nataly: Ah! Eu vim só porque o Chris pediu muito pra eu vir... A gente tá namorando sabe? Mas vc está com uma cara de que precisa conversar com alguém... Pode ser comigo?
Anahí: (sorrindo levemente) Já vou avisando que não estou uma boa companhia hoje.
Nataly: Imagina! Tenho certeza de que vou me divertir muito...
As duas riram. Nataly começava a conquistar a simpatia de Anahí. Passaram a tarde toda conversando sobre amenidades. Enfim, Anahí estava conseguindo se alegrar um pouco.
Nataly: Nossa Anny... posso te chamar assim né? (Anahí acenou afirmativamente) Vc é tão legal... Pelo que a Dulce falava eu achava que vc era bem diferente...
Anahí:(intrigada) Diferente? Como?
Nataly: Ah... eu não quero fazer fofoca... deixa pra lá. Longe de mim fazer vcs brigarem....
Anahí: Agora que começou, pode terminar. Não quero saber! Fala... se é minha amiga de verdade pode me contar...
Nataly: Ai... só vou contar porque vc é muito legal. Ela e o Poncho falam o maior mal de vc... Hoje, por exemplo, a Dulce tava dizendo que vc se jogou pra cima do Poncho... porque era uma galinha... por isso que ele tinha acabado ficando com vc... O Poncho também falou horrores de vc... A Dulce vive dizendo que vc é uma invejosa, que se acha.... essas coisas...
Anahí estava perplexa... Tinha plena convicção de que tudo era verdade. Nataly não teria como saber sobre ela e Alphonso se não fosse por eles. Sentia-se traída... Como não percebera? Mas agora entendia a atitude de Poncho e a indiferença de Dulce... Eram uns falsos... Mas eles iam pagar caro por isso. Ah se iam!

Dulce chegou feliz da praia. Havia sido uma tarde maravilhosa. Os cinco lá.. aprontando a valer... Faltara Anny. onde ela se metera? Estava preocupada com ela... Decidiu ir atrás da amiga. Quando preparava-se para bater na porta, Anahí a abriu de supetão. Dulce sorriu para a amiga. Anny lançou-lhe um olhar de raiva.
Foi muito rápido. Quando Anahí se deu conta do que fazia já estava com a palma da mão estalando no rosto de Dulce. A amiga olhou-a assustada. O que dera em Anny?
Dulce: (gritando) Tá maluca? Por que fez isso?
Anahí: Sua falsa... Amiga da onça...
Dulce: Vc está passando dos limites. Quem vc pensa que é pra falar assim comigo?
As duas se agarram nos tapas. Chris e Poncho que vinham chegando tentam separa-las.
Dulce: Me solta...
Anahí: Eu vou entrar pq não vale a pena ficar aqui discutindo com essa... essa asinha.... (bate a porta)

Poncho estava paralizado. Por um momento achou que Dulce descobriria tudo. Precisava resolver aquilo... Teria uma conversa séria com Anahí.
Dulce: (brava) Ela está louca... totalmente... Me atacou do nada...
Chris: Calma... Vc está muito nervosa... Respira fundo vai...
Dulce: Eu preciso dar uma volta pra espairecer.
Poncho: Sozinha é que vc não vai. Eu vou com vc...
Chris: Olha cara... Eu acho melhor vc que se dá melhor com a Anny, dar um jeito de falar com ela.... Pode deixar que eu acompanho a Dulce.
Poncho: (indeciso como sempre olha para a porta do quarto de Anahí e em seguida para Dulce) então tá cara... Cuida bem dela hein?

Chris e Dulce caminhavam pela praia. Ela custara a se acalmar e agora, horas depois, ainda não se conformava com o que acontecera. Chris andava um pouco atrás dela. Olhava para o céu... Estava estrelado, mas as nuvens já se avolumavam aos poucos. Era sem dúvida uma bela noite...Viu Dulce agachada perto do mar e aproximou-se
Chris: Dulce... vc está bem?
Dulce: (olhou para ele com um sorriso quase infantil) Olha o que eu achei.
Chris agachou-se ao lado dela, ela lhe mostrava uma conchinha de formado irregular, e sem dúvida bem interessante. Sorriu enternecido.
Chris: O que? Quem diria! Dulce Maria catando conchinhas?
Dulce: (saudosa) Quando eu era pequena aforava catá-las... Mas nunca encontrei uma igual a essa... Ah! Bons tempos aqueles... eu não tinha problema algum... (sorri entristecida)
Chris: (passando a mão no rosto dela) Ah Candy! Sabe que eu ainda consigo ver a menina que vc foi um dia aí, em algum lugar dentro de você? Tão terna... tão doce... tão frágil ás vezes....
Dulce sorriu.. Como ele a fazia sentir-se bem!
Chris: Deixa eu te proteger Candy! Deixa...
Ela colocou um dedo na boca dele como quem pede silêncio. Em seguida o beijou. Com ardor... Há muito que desejava aquilo... Os lábios dele pareciam fogo sobre os dela... Não havia outro lugar no mundo em que desejasse estar que não ali, nos braços dele...
O peito de Chris parecia que ia explodir de tanta emoção. Queria que o tempo parasse naquele instante. Não queria que ela fosse embora nunca. Pôs toda a sua alma naquele beijo. Entregava-se por inteiro para ela naquela hora.
Beijavam-se como duas almas que se perderam e enfm se encontraram. Beijavam-se com paixão, mas sobretudo, com amor. Estavam alheios a tudo... Alheios até mesmo à Nataly que a poucos metros de distância assistia a tudo, com o rosto transfigurado pelo ódio.

Quando os primeiros pingos de chuva caíram no rosto de Dulce ela voltou a realidade. O que estava fazendo era uma loucura... sem tamanho!!! Notou que Chris se aproximava para beijá-la novamente. Juntou todas as suas forças e o repeliu. Chris a olhou aturdido...
Dulce: Isso é loucura.. Nunca mais pode acontecer!
Chris: Mas por que não? Candy...
Dulce: Não diga nada... Não podemos... Tem a Nataly... o Poncho.
Chris: não importa!!! Eu largo tudo... Tudo... Mas fica comigo... Eu demorei pra perceber o que queria, mas agora eu sei... Eu quero só vc...
Dulce: (segurando o choro) não faça isso Chris... Não me torture ainda mais.
Chris: (quase chorando) Mas Dulce... Minha Dulce... Não precisa fazer isso... Vamos ficar juntos... Por você eu enfrento quem for preciso... Por você eu faço qualquer coisa... menos deixar vc ir... Isso eu não posso... Não posso ficar longe de vc...
Dulce: (quase gritando) Mas vai ter que ficar (suas lágrimas começaram a se misturar com a chuva) Sinto muito...
Chris: Eu não vou conseguir... Como posso ficar ao seu lado sem te tocar? Como?
Dulce: Nesse caso, nem amigos poderemos ser... (ajoelha-se ao lado de Chris e passa a mão pelo rosto dele) Sinto muito... Mas de agora em diante não somos nada mais do que colegas de trabalho. Só isso... (respira fundo pra juntar coragem) Só conversaremos o essencial... Manteremos distância um do outro...
Chris: Mas por que?
Dulce: Há pessoas demais envolvidas... eu não quero machucar ninguém...
Chris: Mas assim está me machucando, não percebe?
Dulce: Eu não posso... não posso...
Chris: Não... não faz isso... Fica...
A chuva tornara-se mais forte. Chris continuou ali ajoelhado vendo Dulce partir. Não! Não podia deixá-la ir... Não agora... Agora que descobrira o quanto a amava... Demorara a admitir para si próprio... mas já não tinha dúvidas. E agora ela estava indo. Olhou para a areia e segurou a conchinha que ela havia deixado cair. Chorava. Sentia-se num abismo assustador. A perspectiva de uma vida sem ela lhe parecia por demais aterradora... Precisava dela...
Chris: (gritando a plenos pulmões) DULLLLLLCEEEEEEEEE
Mas já era tarde... Ela já havia ido. Sentiu um aperto no peito. Sabia que ela não voltaria atrás. Mas esquecê-la... Ah! Isso não podia... Seria impossível... Se fechasse os olhos ainda podia vê-la alí... sentir o seu cheiro. Levantou-se e abriu os braços... Deixou que a chuva o molhasse por inteiro.
Nataly já voltara ao hotel. Sentia-se ferida. Aquela sonsa sa prima... Ficara lá vendo ela com seu namorado... Viu quando ela o deixou... Chegara mesmo a suspirar aliviada, afinal, não precisaria fazer nada para separá-los, já que a própria prima estava se encarregando disso.
Mas então o ouvira gritar... Chamando por ela... Viu ele jurar amor a a ela... Sofrer por ela. Aquilo lhe doeu fundo. De repente sentiu um ódio descomunal pela prima. Desejou que ela sumisse... que morresse...
Era por ela que Chris deveria estar chorando naquele momento e não pela idiota da Dulce... Não conseguia suportar a idéia de Chris apaixonado por outra. Pela prima... Mas Dulce haveria de pagar por tudo aquilo. Centavo por centavo. A briga estava apenas começando.

A manhã mal começara e Nataly saiu ao encalço de Dulce. A prima estava com um aspecto horrível. Devia ter chorado a noite toda... Bem feito... Quem mandou se meter um namorado alheio? Queria mais é que ela sofresse...
Nataly: Ai priminha querida!!! Não via a hora de falar com vc...
Dulce: Nossa!!! Quanta empolgação... Pelo jeito as novidades são boas...
Nataly: (suspirando) Ai... É o Chris... Ele é tão maravilhoso! (notou que Dulce empalidecia e continuou) Essa noite ele foi tão especial comigo... Foi até o meu quarto e disse que me amava... Foi lindo... Nem preciso dizer que rolou de tudo... Ai ai
Era uma mentira deslavada... Mas sabia que a prima acreditaria... A prima confiava nela acima de tudo... Pior pra ela né? Nataly vira quando Chris, molhado e bêbado chegara ao amanhecer e se trancara no quarto. Mas ver Dulce sofrer não tinha preço.
Dulce queria tapar os ouvidos, mas não podia... Tinha que ficar ali sorrindo, como se nada daquilo a afetasse. Tinha vontade de partir o Chris pelo meio... Como ele pudera jurar amor a ela e a prima? Como pudera passar a noite com a prima depois daquele beijo?
Nataly: Sabe né? A minha primeira vez foi com ele... Foi tão bom... Prima? Vc está bem? Está pálida...
Dulce: Desculpa! Mas é que... é que tenho uma coisa urgente para fazer.
Nataly: (com cara de inocente) Posso te ajudar em alguma coisa?
Dulce olhou para ela mas não respondeu... Não podia continuar ali... Se não confessaria tudo... Confessaria que estava perdidamente apaixonada pelo namorado dela. Pediria que calasse a boca... Saiu correndo dalí... Foi a procura de Poncho... Queria ir pra casa e iria suplicar a ele que voltassem para o México...