Fanfic: [EXCLUIDA]

Nataly estava empoleirada na cama da prima. Bem acomodada entre seus bichos de pelúcia.
Nataly: Falei pra minha mãe que eu queria passar a noite aqui... Pra te fazer companhia. Que que vc acha? Eu sei que vc está mal. Daí eu vim aqui pra te animar.
Dulce: Que bom... mas eu..
Nataly: Ai prima... Eu também tenho umas coisas sérias pra te contar. Acho que vão te interessar.
Dulce:Ah é? (senta-se numa poltrona) E o que é?
Nataly: Ai Dul... É bem grave.
Dulce: Nataly... vc está me assustando.
Nataly: Eu falei com a Anahí hoje, depois da entrevista.
Dulce: (revirando os olhos) Então deve ter sido bobeira.
Nataly: Ai Dul... Vc sabe que mais do que primas nós somos amigas, não sabe?
Dulce: Sim. Mas o que isso tem a ver?
Nataly: É que quando eu fiquei sabendo da entrevisata eu fiquei muito mal. E eu sabia que era verdade as reportagens. Até porque aquela desculpa que o Chris deu foi muito esfarrapada né? Eu sei... Ele é meu namorado,é fofo e a gente se ama muito, mas tenho que reconhecer que para inventar desculpas... Bem, voltando ao assunto, fiquei de cara. Tava muito mal contada a história. Não é do feitio do Poncho fazer uma coisa assim.
Dulce: (sarcástica) Eu sei bem como não é. Minha testa viu isso de perto. Tá cheia de enfeitinhos para provar isso... coitada...
Nataly: Fala sério Dulce.. Para de fazer isso e presta atenção. Então... como eu ia dizendo eu decidi passar essa história a limpo. Começei a ganhar a confiança da cobra da Anahí. Na verdade a gente já estava bem amiga desde o Havaí, quando eu ainda não sabia do que ela era capaz. Então... daí eu fingi pra ela que eu te detestava.
Dulce: (curiosa) E?
Nataly:Ela falou que vc era uma metida... Que era boba. Disse que dava em cima do Poncho há séculos e vc nem percebia. Falou que ele só cortava ela por causa de vc. E que ela foi ficando de cara, até que aqule dia no Havaí ela encheu ele de bebida durante o almoço. Daí na praia ele tava muito alto e ela agarrou ele, que não conseguiu resistir.
Dulce: Nataly... Não é por nada.. mas essa história está meio mal contada... Me desculpa... mas eu conheço a Anahí... Ela pode ser tudo mas não é assim. Jamais faria isso...
Nataly: (quase chorando) Puxa!!! Olha por quanta coisa a gente passou juntas... Acha que eu mentiria pra vc? Acha? Se vc acha me fala agora... Que eu vou embora agora mesmo...
Dulce: Desculpa... Eu sei que vc não mentiria. Mas... A Anny?
Nataly: Essa menina é uma fingida. Vc também não achava que ela era capaz de ficar com o seu namorado.
Dulce: Bem... Lá isso é verdade... Mas mesmo assim...
Nataly: Eu juro! (coloca a mão no peito) Juro que é verdade.
Dulce: Mas que eu saiba o Poncho não ficou bêbado lá no Havaí.
Nataly: Vc não soube pq tinha sumido. Foi no dia em que a gente chegou. Ninguém te viu naquele dia.
Dulce ficou pensativa. Realmente naquele dia não vira Poncho em lugar algum. Pegou as mãos da prima entre as suas
Dulce: Eu confio em vc. Se vc está dizendo isso eu acredito.
Nataly: (abraçanco-a) pode contar comigo sempre...
Dulce: Eu sei... Seremos sempre amigas...
Dulce faz menção de sair do quarto, mas pára.
Dulce: Nataly... Preciso te contar uma coisa. Sobre o Chris... eu...
Nataly: (gelando) Sobre o Chris? Ai meu Deus... Eu sou louca por ele.. Se eu perder ele sou capaz de me matar... Ainda mais agora, depois que eu perdi minha virgindade com ele. Mas fala Dul.... (começa a chorar) Ele me traiu? Quer me deixar? Ai... eu morro!!!
Dulce: (sem jeito) Não... não é nada disso... Na verdade não era nada.
Nataly: Agora pode falar...
Dulce: não é nada... Só que vcs combinam muito... (dá um sorriso amarelo) Estou contente por vcs.
Dulce sai do quarto. Atrás dela, Nataly respira fundo e dá um sorrisinho de vitória.

Chris estava no seu apartamento. Sentia-se só. Estava preocupado com Dulce. Mandara várias mensagens, mas ela não respondera.
Sentia raiva de Anahí e Poncho... Sentia raiva de qualquer um que fizesse Dulce sofrer. Alfonso tivera a coisa que ele, Chris, mais desejava nas mãos e jogara fora.
Ah Dulce... Dulce! Quando ela dinalmente entenderia que ele sim era o homem certo pra ela? Se é que ela entenderia algum dia. Ouviu barulho da campainha, que tocava insistente.
Mal pode acreditar quando abriu a porta e viu Dulce sorrindo para ele do outro lado.
Chris: (sorrindo) Sabia que vc viria.
Dulce: (sorrindo) Posso entrar?
Chris: Claro!!! Vai entrando... Não repara na bagunça.
Dulce olhou para ele. Estava satisfeita por ter vindo. Durante o caminho, pensara diversas vezes em desistir. Mas agora, ao olhar para ele, sabia que tinha feito a coisa certa.
Chris: E como vc está? Depois de tudo o que... bem, você sabe...
Dulce: Estou bem melhor. Doeu muito, mas agora já me sinto mais leve.
Chris: Que bom. Eu estava muito preocupado.
Dulce: Também queria te agradecer.. Vc foi um fofo hoje, lá no programa.
Chris: (sem graça) Que isso...
Dulce: A Nataly me falou umas coisas bem chatas da Anahí hoje.
Chris: Da Anny? Que coisas?
Dulce: Deixa pra lá... Só queria mesmo saber se vc viu elas conversando depois da entrevista.
Chris: (franzindo a testa) Hum... Vi sim. Elas estavam juntas num camarim depois do programa. Por que?
Dulce: Por nada. Não vim aqui pra falar delas. Vim aqui pra falarmos de nós.
Chris sorriu e se aproximou. Aquela proximidade deixou-a tonta. A camisa dele estava entreaberta e ela precisou de todo o seu auto-controle para não colocar a mão naquele tórax e... Mas tinha que ser forte. Muito forte.
Dulce: Eu vim pra te dizer que (respira fundo e junta coragem) que precisamos ficar longe um do outro e que eu não quero ficar com vc e... e...
Chris aproximou-se ainda mais. Ela não conseguia pensar assim. Ele segurou o queixo dela e forçou-a a olhar para ele.
Chris: E?
Dulce: ... e o beijo de ontem foi o pior de toda a minha vida e...
Chris olhou para ela e sacudiu a cabeça.
Chris: Não foi nada convincente Candy... Para uma atriz, podia ter saído bem melhor. Não acreditei em uma só palavra do que disse...
Dulce: Mas é verdade! Verdadeiríssima.
Chris: Não é não.
Dulce: (em dúvida, sem conseguir raciocinar) Não é não?
Chris: Quer que eu te diga a verdade? Vc gostou daquele beijo tanto quanto eu... Me quer tanto quanto eu te quero... E nesse exato momento, está louquinha pra que eu te beije.
Dulce: (levantando-se) Vc não sabe o que está dizendo. Eu não quero... Eu não posso... Tem a...
Chris: Já sei... Tem a Nataly. Mas Dulce... Não consegue entender que mesmo que eu não fique com vc eu não vou ficar com ela? A gente até já terminou...
Dulce: (surpresa) Terminaram?
Chris: Sim... Ela veio aqui hoje a tarde... Ela não te disse nada?
Dulce: (espantada) Não...
Chris: Eu não podia ficar com uma pessoa pensando em outra. E eu só penso em vc.
Chris atravessa a sala e vai até onde ela está.
Chris: E quer saber de uma coisa? (passa um braço pela cintura de Dulce) acho que já perdemos muito tempo com palavras. (passa a mão livre pelo rosto dela)
Dulce fechou os olhos. Não podia mais resistir. Não queria. Mentalmente mandou todos para o inferno. Só Chris lhe importava. Cansara de ser tão altruísta. Agora iria pensar na sua felicidade. Quando os lábios de Chris finalmente pousaram sobre os seus, ela se sentiu completa... se sentiu mulher.
Passou os braços em torno do pescoço dele, tentando trazê-lo para mais perto ainda.
A cabeça de Chris girava. A paixão a tanto tempo reprimida aflorava agora. Ela era dele. Somente dele. Suas mãos começaram a se tornar atrevidas. Seu coração batia em um ritmo alucinante.
Foram interrompidos por um celular que tocava insistente. Era o de Dulce. Chris olhou com raiva para o aparelho. Ela pegou o telefone e atirou longe. Voltou a beijá-lo.
O telefone continuou a tocar, mas nenhum dos dois ouvia mais. Pegavam fogo novamente. Só lhes importava eles. O mundo que se explodisse.
Dulce se sentia no paraíso. De repente, Chris se afastou..,
Chris: Acho melhor a gente parar, se não...
Dulce: (olhando-o profundamente) Eu quero continuar. Até o fim.
Chris: (incrédulo) Vc tem certeza? Não quero que se sinta pressionada. Eu te esperarei o tempo que for preciso.
Dulce: Eu tenho certeza. Eu sempre esperei pelo homem da minha vida. Esse homem é vc. Não há porque esperar mais.
Chris: Eu te amo.
Dulce: Eu também te amo.
Sorriram. Chris a segurou no colo e caminhou em direção ao quarto. Mal acabou de colocá-la na cama e suas bocas já se buscaram novamente.
Lá fora, o vento soprava gélido. A noite avançava, com todos os seus mistérios. Os carros passavam velozes na avenida. Mas lá, dentro do quarto, o tempo não existia. Ali o mundo era só deles.
E eles se amaram.