Fanfics Brasil - I A casa caiu

Fanfic: A casa caiu | Tema: Vondy, Trendy, Barken, RBD


Capítulo: I

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Anahí não dispunha de nada mais para arremessar contra Christopher. Também não tinha mais forças para fazê-lo. Já estava esgotada, e ver o namorado na cama com outra havia sido o estopim para o fim daquele relacionamento que já não andava bem das pernas há algum tempo. Não queria chorar na frente dele e demonstrar sua fragilidade, embora fosse inevitável. Lágrimas grossas e abundantes rolavam por seu rosto, num choro compulsivo e cheio de soluços e grunhidos.


Christopher a olhava aflito. Não tinha intenção de machucá-la, mas a crise do relacionamento dos dois chegara a um extremo, que mal conseguiam conversar civilizadamente. Estava cansado de tanto ciúmes, de tanta perseguição, e resolvera sair e curtir uma noite com os amigos, como não fazia há tempos. Sem dar satisfações, sem precisar pedir permissão. Apenas saiu e desligou o celular. Esqueceu-se completamente que Anahí tinha a chave de seu apartamento, porém não imaginava que traria alguém para sua casa. Estava tão bêbado que não lembrava-se com exatidão o que havia acontecido. Realmente não havia saído no intuito de trair Anahí.


Levantou-se com a intenção de alentá-la, e ela o repeliu abruptamente. Os olhos azuis selvagens o encararam e aquilo doeu profundamente nele. Misturados a raiva, podia ver no olhar marejado uma tristeza genuína e dilacerante. Tantas vezes havia prometido que não faria nada que pudesse machucá-la novamente, mas quebrara a promessa mais uma vez. Sentia-se péssimo.


― Não toque em mim. – A loira berrou, e secou suas próprias lágrimas. – Eu te odeio, Christopher Uckermann. Eu odeio você! – Ela vociferou e tornou a chorar. Chorava porque queria urgentemente que aquelas palavras fossem verdades. Por mais que soubesse o quão idiota Christopher era, não conseguia odiá-lo. Mas precisava disso. Precisava se afastar dele. Depois daquilo, não restavam mais chances, não havia mais perdão.


― Annie, eu...


― Cala a boca. – Emendou ela, descontrolada. – Você acha que eu sou idiota ou o quê? Dessa vez ninguém me contou, Christopher! Eu estou vendo! Vai dizer que é intriga das minhas amigas agora? Foram elas que trouxeram essa vagabunda pra cá e a colocaram na sua cama? – Perguntou retórica e mordazmente.


― Não é nada disso, eu...


― Já chega, não dá mais! – Ela disse sustentando olhar marejado no dele. – Não me procura mais, não me liga, não aparece mais na minha frente. Eu não quero mais te ver, não quero ter de olhar pra sua cara nunca mais. – Anahí pronunciou vagarosamente e Christopher apenas observava. Sabia que estava errado e se falasse mais alguma coisa poderia piorar sua situação.


Quando Anahí saiu, batendo os pés no piso e fechando a porta com toda a força que possuía, Christopher sentou-se em sua cama, ainda digerindo o que havia acabado de acontecer. Passou as mãos pelo cabelo, desolado. Havia perdido a mulher que o amava. Havia magoado a pessoa que mais queria vê-lo bem. Estava tão absorto em seu inferno astral que mal percebeu que a morena também havia se sentado, e agora o observava, curiosa e atentamente.


Assim como Christopher, tampouco Dulce Maria lembrava-se de muitas coisas sobre a noite passada. Recordava-se vagamente de ter Alfonso  seguindo-a por toda a balada, até o momento em que estressou-se com ele, e perdeu-se no meio da multidão de pessoas. Passando pelo bar, seus olhos foram de encontro a um Deus grego de sorriso hipnotizador. Fingiu esbarrar-se nele e então com uma simpatia exagerada, começaram uma conversa animadamente casual. O homem já não estava tão sóbrio, e ela foi apresentada aos amigos dele e assim começaram a beber e curtir a noite como se fossem amigos de longa data.


Uma mão aqui, outra dança ali, e logo estava nos braços dele, e dali em diante tudo eram vultos e lembranças embaçadas. Não precisava lembrar-se de tudo para saber que a noite havia sido espetacular. Havia acordado num lugar estranho, com uma loura insana lhe chamando de vagabunda. Continuou deitada, ignorando tudo a sua volta. Aquilo não era de sua conta e pouco se importava com o prejuízo que o loiro teria, já que a louca havia devastado toda a casa dele.


Posteriormente, engatinhou até ele, e colocou as mãos em seus ombros de modo acalentador. Uma lágrima solitária ameaçava desprender-se do acastanhado dos olhos dele. Como se chamava? Carlos? Christian? Ela não era capaz de lembrar. Mas sentiu pena. Ele parecia realmente triste pelo fim do namoro.


― Não fica assim, não, fofo, aposto que ela vai te perdoar. – Ela sussurrou amigavelmente.


― Aposto que não. – Respondeu ele, só então notando que sua visitante desconhecida havia acordado. – Desculpe por isso. Não... Não estava no meu juízo normal ontem à noite.


― Não tem pelo quê. – Dulce deu de ombros. – Entendo um pouco de relacionamentos complexos. – Concluiu com um sorriso alvo.


― Entende é? – Indagou ele, num tom quase duvidoso.


― Sou basicamente a conselheira amorosa de todas as minhas amigas. Eu entendo como funciona toda essa porcaria e é exatamente por isso que eu prefiro ficar de fora. – Argumentou sustentando o sorriso. Christopher franziu o cenho. Estava diante de uma garota muito singular, pensou ele.


― Anahí nunca vai me perdoar, é extremamente ciumenta e nunca aceitaria uma traição. – Concluiu cabisbaixo. – Como você se chama?


― Não lembra o meu nome? Dormiu comigo e sequer sabe o meu nome? – Ela colocou a mão sobre o peito, teatralmente ofendida. A face de Christopher empalideceu e ela gargalhou sonoramente. – É brincadeira. Meu nome é Maria. – Replicou descontraída.


― Maria... – Repetiu, saboreando o nome, como se tentasse identificá-lo com a mulher ao seu lado. Era um nome sugestivo, concluiu. - Maria, você perdoaria uma traição? – Quis saber.


― Não. – Ela respondeu, taxativa.


― Então por que acha que Anahí perdoaria?


― Porque estamos falando dela e não de mim. E pelo que vi, ela ama você, esse é o diferencial. - Argumentou. - Está realmente arrependido? – Indagou com ar de seriedade.


― Muito. – Christopher murmurou. - você não tem noção do quanto. – Completou com sinceridade. Apesar dos pesares, Anahí não merecia aquela humilhação.


Dulce não sofria da síndrome de Poliana, muito pelo contrário. Desconfiava de tudo e de todos, sobretudo dos homens. Mas algo em Christopher lhe fizera acreditar que estava sendo sincero. Captara pelo olhar dele, e raramente o seu sexto sentido lhe enganava.


 A morena não era exatamente uma pessoa bondosa, e talvez estivesse na hora de conquistar um diamante para a sua coroa celeste. Ela sorriu com o pensamento e o encarou, prosseguindo:


― Eu vou ajudar você,  -― Pausou, tentando lembrar o nome dele. – hm, qual o seu nome mesmo?


Christopher riu. Maria era completamente pirada. Mas havia gostado da linha de pensamento que ela seguia, até então.


― Christopher. Christopher Uckermann. – Estendeu a mão para ela, que a apertou, selando assim um contrato implícito.


― Vou ajudá-lo a reconquistar a Anabela. – Afirmou a morena com um sorriso iluminador.


― Anahí. – Christopher corrigiu. – Poderia começar gravando nossos nomes, o que acha? – E ironizou, sorrindo também.


― Não abusa da minha boa vontade. – Dulce retrucou. – Agora, me diz, não tem nada o que comer nessa casa?


― Desculpe, vossa excelência, mas moro sozinho e não esperava visitas. – Respondeu zombeteiro. – Não está de ressaca? – Arqueou uma sobrancelha de um modo inquisitivo. Sentia sua cabeça doer e seu estômago revirar, no entanto, Maria parecia completamente normal.


― Quem bebeu como um porco foi você, e de mais a mais, já estou acostumada. – Deu de ombros despreocupadamente. – Te dou dez minutos para aparecer com meu café da manhã, enquanto isso, eu vou usar o seu banheiro e a sua toalha de banho. – Concluiu insolentemente fazendo Christopher balançar a cabeça negativamente. De que planeta aquela figura surgira, afinal? Havia simpatizado com ela, apesar de excêntrica, ela parecia ser uma pessoa fácil de lidar, diferentemente das mulheres que conhecia.


 



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Autor(a): beatrizrrangel

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Assim que retornou da padaria com o café da manhã dos dois, Christopher encontrou Maria assistindo TV, largada em seu sofá. Os cabelos molhados evidenciavam que acabara de sair do banho, e notou que a blusa que ela usava era sua. Baixou os olhos e notou que ela usava uma de suas cuecas boxes. Que folgada! Ele pensou. Uma completa estranha ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



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  • stellabarcelos Postado em 03/08/2016 - 17:57:16

    Que lindos!!!! Amei muito

  • beatrizrrangel Postado em 09/08/2015 - 15:38:57

    Eu tô postando uma nova web numa nova plataforma. Não sei se vocês conhecem, é o Yoble, bem parecido com o finado (que Deus o tenha!) orkut. Aqui o link pra quem quiser acompanhar: http://yoble.com.br/Community/3252 O nome é "La vida es sueño"

  • beatrizrrangel Postado em 08/08/2015 - 20:49:03

    Vou tentar agilizar a segunda temporada logo! Vou avisar por aqui, ok?

  • vondyfforever Postado em 08/08/2015 - 19:27:37

    Aaaaah que lindooo o finall! Ansiosaa paraa a 2 temporadaa! Postaaaaa maiss *-*-*-*-**-*-*-

  • ipcrbdvondy Postado em 06/08/2015 - 13:20:59

    Ah, estou a espera da 2 temporada viu?!

  • ipcrbdvondy Postado em 06/08/2015 - 13:19:33

    Aah q lindos Amei Fic perfeita Parabéns

  • yasmim.b Postado em 01/08/2015 - 18:44:43

    Que perfeito ! Quero segunda temporada *_*_*_*_*

  • ipcrbdvondy Postado em 31/07/2015 - 14:38:15

    Que lindos Ok! Quando dé vc começa Cont...

  • yasmim.b Postado em 31/07/2015 - 13:31:59

    Continua *_*_*_*

  • beatrizrrangel Postado em 29/07/2015 - 15:33:51

    Tenho que escrever pelo menos a primeira parte pra começar a postar... Eu não tenho muito tempo pra escrever, por isso é complicado. Mas vou me esforçar ao máximo!


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