Fanfic: A casa caiu | Tema: Vondy, Trendy, Barken, RBD

Depois de enjoarem de jogar videogame, os meninos subiram para arrumarem suas coisas, para então seguir viagem de volta para o Rio de Janeiro. Ao entrarem no quarto, encontraram Christopher arrumando algumas roupas dentro de sua mala. Já havia tomado banho e agora só ajeitava alguns últimos detalhes. Os meninos entraram e o quarto antes silencioso virara uma tremenda farra, Christopher apenas ficou atento ao assunto. 

― Poncho, você devia acreditar menos naquele ditado: Água mole e pedra dura, tanto bate até que fura. – Christian zombou.

― Que ditado mais imbecil. – Noah disse. – No caso da Dulce, eu acho mais fácil a água se transformar em vinho e ela tomar um porre, do que aquele coração de pedra se apaixonar por alguém.

― Vocês falem o que quiserem. – Alfonso respondeu. – Por mais que negue, é pra mim que ela acaba voltando, sempre. - Nesse momento, ele olhou diretamente para Christopher, que ignorou e continuou arrumando suas coisas.

Quando por fim conseguiram deixar tudo ajeitado, tanto na casa como no porta-malas dos carros, já era metade da noite. Todos estavam exaustos e ansiosos por chegarem logo em suas respectivas casas, e então, depois de reverificado que estava tudo certo e devidamente fechado, Poncho e Christopher foram tirar os carros da garagem. 

― Você vai comigo, não é? – Poncho perguntou, de pé ao lado do seu carro, onde os meninos já estavam devidamente acomodados.

― Vai começar tudo de novo? – Dulce respondeu com ares de irritação. – Se começar com a infantilidade, eu me afasto de você de uma vez por todas. – Ameaçou ela, franzindo o cenho numa expressão zangada.

― Mas, Dulce...

― Eu já disse a você, Alfonso. Eu vim com o Christopher e eu vou voltar com ele. – Articulou Dulce. As meninas também já estavam acomodadas em seus lugares, no carro de Christopher, do outro lado da rua.

― Tudo bem, tudo bem... – Suspirou ele, vencido. – Podemos nos ver hoje à noite?

Dulce o encarou, cética. Não era possível tanta chatice num corpo tão bonito como aquele.

― Está brincando, não é? – Indagou retórica. - É óbvio que não! – Exclamou, já perdendo a paciência. - Eu tenho trabalhos da faculdade para fazer e mesmo que não tivesse, já passamos todo um fim de semana juntos, não quero ter de olhar para sua cara nesse domingo à noite. Estamos entendidos? – Alfonso assentiu. – Ok, maravilha, agora entra no seu carro e vá embora. – Ordenou, empurrando-o de volta para o Honda Fit.

Christopher começou a buzinar incessantemente.

― Vamos logo ou você prefere ficar aí? – Gritou ele, já dentro de seu veículo.

― Ah, vá se catar! – Retrucou Dulce, encaminhando-se até o carro dele. Deu a volta até a porta do carona e se acomodou, e finalmente puderam seguir viagem.

A estrada no percurso de volta estava ligeiramente mais tranquila do que na ida. Provavelmente por ser domingo à noite e num horário um pouco já avançado. Chegaram ao Rio no começo da madrugada e Christopher seguiu direto para o mesmo endereço que as havia buscado alguns dias antes. As meninas dormiam tranquilamente, quando ele chegou à entrada do condomínio. Christopher as acordou e se ofereceu a ajudar a carregar suas malas até lá em cima, ajuda que Dulce protestou em aceitar, mas que por unanimidade das meninas, foi persuadida a apenas assentir. 

Só então Christopher veio a saber que o condomínio onde elas moravam era alguns números acima, e não aquele o qual havia parado. Ele não entendeu muito bem e logo elas mudaram de assunto, sugerindo a ele que estacionasse na garagem do prédio, de onde ficaria melhor carregar todas as tralhas que elas levaram para a praia.

Com a ajuda dele, em poucos minutos conseguiram subir todas as malas. E então, Maite e Natasha entraram para seus quartos deixando Dulce e Christopher sozinhos na pequena sala do apartamento.

― Então é aqui que você mora. – Comentou ele, olhando a sua volta. – Uma espécie de república?

― Sim. – Concordou. – Agora, se não se importa... Estou com um pouco de sono.

― Maria... – Murmurou Christopher reticentemente. – Eu acho que precisamos conversar. Concorda?

― Agora? – Disparou ela, atônita. – Nem pensar.

― Não agora, podemos marcar alguma coisa durante essa semana.

― Se você acha que é tão importante. – Ela disse com um dar de ombros.

― Sim, eu acho que é. Agora deixa eu ir que está ficando tarde e amanhã eu trabalho. – Respondeu, e então Dulce o acompanhou até a porta, despediram-se com um desajeitado beijo no rosto e Christopher foi embora.

Ela já imaginava o que ele queria conversar. Certamente era sobre a noite de sábado e sobre o que havia rolado entre eles – se é que havia rolado algo de qual houvesse assunto a ser conversado. Ou talvez, ele ainda estivesse zangado pela atitude dela de ter largado ele na praia daquele jeito, ou talvez ainda, quisesse se vingar dela. Aquilo a animou um pouco, com certeza seria um jogo sexual muito divertido para ambos.

Fosse o que fosse, a certeza que tinha era de que iria tornar a vê-lo. E parecia tão errado sentir-se, ainda que minimamente, animada com essa perspectiva. Imaginou que talvez tivesse sido um erro tê-lo convidado para passar o final de semana com eles, aquilo o havia aproximado perigosamente, tornando as coisas mais difíceis quando por fim desejasse dispensá-lo de sua vida. Todavia, já não sabia se seria necessário se afastar dele. Quem sabe Christopher viria a ser um amigo, ou parte do grupo, assim como Christian e Noah. Afinal, ainda estava ajudando Christopher a reconquistar a namorada e aquilo de alguma forma deixava-a segura do surgimento de qualquer tipo de relação – que não física e passageira – entre eles. Então, absolutamente, não havia riscos a correr com Christopher, assim como havia corrido com Alfonso. Christopher era totalmente diferente de Alfonso, e a situação dele em relação a ela também. Brevemente ele voltaria com a loira magrela, e ela teria muito pouco com o que se preocupar.