Fanfics Brasil - XIII A casa caiu

Fanfic: A casa caiu | Tema: Vondy, Trendy, Barken, RBD


Capítulo: XIII

25 visualizações Denunciar


Christopher deixou que Anahí se afastasse o suficiente até voltar para o calçadão e se direcionar até onde seu carro estava estacionado. Enquanto caminhava, algumas gotas grossas de chuva começaram a despencar do céu, e quanto conseguiu finalmente entrar no seu carro, a chuva havia aumentado considerável e copiosamente.


Sentia-se triste, apoiou-se no volante enquanto deixava os pensamentos bagunçados entrarem em ordem lentamente. O barulho da chuva contra o metal e a pouca luminosidade devida ao tempo fechado formavam um tipo de cenário perfeito para toda a melancolia que sentia.


Os minutos passavam-se depressa, e dez minutos depois que entrou no carro, não havia nenhum sinal de que a chuva iria cessar, ou ainda, diminuir de intensidade. Resolveu que iria para casa, não tinha nada mais a fazer. De repente lembrou-se de como Maria fazia falta. Talvez, se ela estivesse na cidade, toparia ir para sua casa para assistirem filme o dia inteiro. Maria sempre tinha alguma opção sobre o que fazer, e até mesmo fazer nada se tornava interessante ao lado dela.


Christopher ligou o som do carro, antes de dar partida em direção à pista.



Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito


Nem que seja só pra te levar pra casa, depois de um dia normal


Olhar teus olhos de promessas fáceis e te beijar a boca de um jeito que te faça rir.


Parecia uma completa ironia ou uma brincadeira do acaso que justamente aquela música tocasse. Porque era exatamente o que sentia. Tudo o que ele precisava naquele dia era da companhia de Maria, das suas risadas, do seu jeito engraçado, insolente e cativante...


Hoje eu preciso te abraçar, sentir teu cheiro de roupa limpa


Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz


Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua


Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria em estar vivo


Ele não queria ir ao fundo daquele desejo, a origem dele e o porquê exatamente se sentia daquela forma. A presença de Maria por si só já respondia bastante coisa. Ela era cheia de vida, exalava alegria e o animava, mesmo quando estava com um péssimo humor. Quando ela estava irritada, era ainda mais engraçada. Quando dava patadas, não conseguia sentir nenhum sentimento ruim por ela. O fato é que havia se habituado muito mais com o jeito de Maria do que havia suposto. Ele não deveria sentir tanta falta dela, afinal... Ela ficaria longe por somente um fim de semana... No entanto, era justo o fim de semana que ele mais precisava dela!


     (...)


Hoje preciso de você, com qualquer humor, com qualquer sorriso


Hoje só sua presença vai me fazer feliz, só hoje


Christopher chegou em casa ensopado, jogou as chaves do carro e a carteira em cima da mesa e foi tomar um banho quente. Precisava relaxar e tentar tirar aqueles pensamentos da cabeça. Anahí estava completamente certa. Havia acabado, não tinha mais chances para os dois e ele já não se sentia tão culpado como estava no começo do fim do relacionamento. Ele certamente tinha sua parcela de culpa em toda aquela história, todavia, não poderia se culpar por exatamente tudo que havia dado errado. Não era pra ser. Paciência. Anahí era maravilhosa, sentia-se mal por tê-la machucado, mas não se martirizaria mais por isso. Ela encontraria o rumo para sua vida, assim como ele também eventualmente o faria.


Depois de vestir-se, jogou-se no sofá com um dia inteiro a sua frente. Incrivelmente, não sentia sono. Ligou a TV e ficou mudando de canal compulsivamente, mas nada o atraía. Estava completamente entediado e solitário, não havia nada que pudesse fazer. O celular apitou da mesinha de centro e ele o pegou, era uma mensagem da operadora a qual ele não deu atenção, porém, aquilo lhe deu uma ideia. Imediatamente a pôs em prática. Buscou o número de Maria em sua agenda e aguardou a ligação ser completada. Queria ouvir a voz dela, saber se ela estava bem. Era estranho, mas bem... Não tinha com quem desabafar.


Desligado e fora de cobertura. Tentou pelo menos dez vezes, e a resposta era sempre a mesma, automática. Desistiu e foi buscar o notebook. Fazia tempos que não entrava na internet para fins de entretenimento. Passou horas vendo novidades sobre o Flamengo no site do Globo Esporte, depois outro tempo olhando tênis e roupas nos sites de lojas, viu seu email, e por fim, entrou no seu facebook. Não era muito chegado a esse tipo de coisa, sobretudo quando namorava Anahí, já que a página era um constante motivo para brigas por causa de ciúmes. Mas agora, nada mais o impedia. Uma das primeiras coisas que fez foi notar que Anahí ainda não havia mudado o status de relacionamento. Bom, se ela mesma enfatizara que tudo havia acabado definitivamente, então era hora de anunciar aos quatro ventos que estava livre, leve e solto novamente!


Assim que mudou seu status para Solteiro, várias notificações surgiram. Eram amigos do casal que comentavam lamentando o ocorrido e, claro, muitas mulheres curtindo para que ele visse que elas haviam gostado da novidade. Ficou entretido com o facebook durante grande parte daquele dia. Conversou com pessoas que não via há tempos, flertou com algumas ex-ficantes de uns tempos atrás e quando viu, o feriado já havia passado.




 


O tempo em Minas Gerais não estava muito diferente que no Rio de Janeiro. Apesar de não chover, o céu estava nublado e cinzento. Dulce olhava ao redor e só via verde. Árvores, capim, morros à distância... Animais... Cercas, e absolutamente tudo que não gostava. Não entendia como aquele povo conseguia viver num lugar tão monótono. Nem seu celular pegava ali, como é que se sobrevivia sem aparelho celular?


Estava tentando evitar Alfonso a todo o momento. A família dele estava em Belo Horizonte, mas ele insistira em viajar com os tios e Dulce. Os parentes adoravam-no, pois ele fazia um esforço colossal para achar toda aquela baboseira de vida pacata interessante, ao passo que Dulce tentava manter-se distante de tudo e todos, sempre que conseguia.


Dulce estava caminhando pela fazenda, chutando pedras no chão e praguejando por ter de estar ali, completamente entediada, e mal percebeu quando Alfonso se aproximou, seguindo-a a uma distância segura. Ele não falara nada, só a observava atentamente. Algum tempo depois ela o notou, e não se importou, continuou com o que fazia.


― O que está fazendo? – Alfonso perguntou ao vê-la abaixar próximo a um monte de mato.


― Colocando essas dormideiras idiotas para dormir. – Ela deu de ombros, tocando as plantinhas que se fechavam ao seu toque.


― Eu gostava disso quando era criança. – Alfonso abaixou-se ao lado dela. – Não é interessante?


― Tanto faz. – Dulce respondeu, desinteressada. – Seu celular está pegando? – Quis saber.


Alfonso negou com um balançar de cabeça.


― Mesmo que eu tivesse, acha mesmo que eu o emprestaria pra você falar com ele?. – O moreno perguntou retoricamente, num tom sério, no entanto, sem ódio... Talvez houvesse mágoa, ou algo que a morena não conseguiu identificar.


― Ele quem? – Ela arqueou uma das sobrancelhas. – Sério, Alfonso... Você precisa se tratar! Os psiquiatras precisam de pacientes para sobreviver, sabe?


― Eu não sou louco e muito menos idiota. E já entendi o que está acontecendo entre você e Christopher, por mais que tentem disfarçar quando estão perto da galera. – Ele murmurou. – Não quero mais dar murro em ponta de faca, não vou ficar bravo com você, e tampouco vou me afastar ou deixar de te amar. Eu queria muito que meu amor por você fosse recíproco... Mas...


― Por favor, Alfonso. – Dulce o interrompeu, atrapalhada. – Você não vai chorar, vai? Diz que não, por favor!


― Não. – O moreno sorriu, contra sua vontade. Sabia que aquele jeito dela era espontâneo, e que ela não fazia por mal. – Um dia, quando você perceber que eu sou o cara certo pra você, e que eu quero somente amar e cuidar de você, você promete que vai deixar o orgulho de lado e vai me procurar? – Alfonso era extremamente piegas, mas em momentos assim Dulce costumava sentir compaixão dele.


― Não é questão de orgulho...


― Promete! – Ele interrompeu.


― Tudo bem, Alfonso. Eu prometo, ainda que eu tenha quase certeza que isso não vai acontecer! Você é especial, é único, me ama, tem zelo por mim, mas não é isso que eu quero. Você sabe muito bem que eu não nasci para relacionamentos, meu coração está blindado contra esse tipo de sentimento!


― Você não acha que está na hora de superar o passado, Dul? Você sabe que eu jamais faria mal a você.


― Poncho... Não vamos estragar a nossa amizade, tudo bem? Eu sou assim, não é algo remediável, eu não vou mudar.


Durante o restante do final de semana, Alfonso continuou a ser o primo mala apaixonado, no entanto, Dulce conseguia tolerá-lo com mais facilidade. Poncho não tinha culpa por ter se apaixonado por ela, ainda que ela tivesse avisado... Não era algo que ele pudesse controlar. Já havia delimitado uma linha de contatos entre eles e sabia que ele sempre tentaria burlá-las a todo o momento... Quem sabe um dia ele se convencesse de que não iria mais rolar nada entre eles?


Dulce nem acreditou quando seu pai a liberou para voltar para casa, no sábado à noite. Nem se importava de ter de voltar de ônibus. Só de saber que no domingo estaria de volta a tão amada cidade maravilhosa, já ficava completamente animada. Até despediu-se com efusividade dos parentes antes de ir para a rodoviária com Alfonso em seu encalço.


Assim que o ônibus foi aproximando-se da cidade, seu celular começou a apitar loucamente. Havia várias mensagens da operadora avisando de suas ligações perdidas. Mais da metade delas era de Christopher, algo que naturalmente a preocupou. Era metade da madrugada quando retornou as ligações. Christopher atendeu com a voz sonolenta.


― Maria? O que aconteceu? – Ele perguntou aturdido. Sua voz estava rouca pelo sono.


― Eu que pergunto! O que houve? Você me ligou várias vezes, meu celular estava sem rede naquele fim de mundo!


― Ah. – Christopher recordou-se das ligações que fizera. – Não aconteceu nada, só queria saber se você havia chegado bem, essas coisas, nada demais.


― Você me ligou uma dezena de vezes só para saber se eu estava bem? – Dulce indagou ceticamente. – Conta outra, Chris!


― Não é nada de importante. E você, por que está me ligando às três da madrugada?


― Fiquei preocupada com esse monte de ligações, sei lá... – Ela disse. – Está tudo bem mesmo?


― Sim, está tudo bem. E como está por aí?


― Estou voltando para o Rio, devo chegar de manhã bem cedo! – Dulce exclamou com animação.


― Já? Pensei que só voltasse na segunda!


― Sim, mas meu pai ficou com pena de mim e me deixou voltar antes. – Ela riu soando levemente infantil, fazendo Christopher sorrir do outro lado da linha. – O que vai fazer hoje?


― Sei lá, estava pensando em ir ao Engenhão assistir o FlaxFlu. – Christopher comentou. O sono já havia desaparecido novamente.


― Beleza, leke, nos encontramos na central do Brasil? – Ela disse, dando ênfase nas gírias.


― Fechou então aí, bom! – Christopher retrucou, sem conter o riso. Dulce Maria era de fato completamente singular. Ninguém mais que ela poderia fazê-lo conversar de uma maneira tão cômica no meio da madrugada. Despediram-se e ele teve um pouco de dificuldade para voltar a dormir. Sentia-se ansioso em encontrá-la novamente e completamente confuso diante dessa situação.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): beatrizrrangel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Alfonso presenciou a conversa, estava sentado no assento ao lado do de Dulce, mas continuou em um silêncio quase melancólico. A morena preferiu não começar qualquer tipo de diálogo com ele, para não ter de se confrontar novamente com o mesmo assunto que vinha evitando sempre que podia. Apenas recostou-se da forma mais confortáv ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 03/08/2016 - 17:57:16

    Que lindos!!!! Amei muito

  • beatrizrrangel Postado em 09/08/2015 - 15:38:57

    Eu tô postando uma nova web numa nova plataforma. Não sei se vocês conhecem, é o Yoble, bem parecido com o finado (que Deus o tenha!) orkut. Aqui o link pra quem quiser acompanhar: http://yoble.com.br/Community/3252 O nome é "La vida es sueño"

  • beatrizrrangel Postado em 08/08/2015 - 20:49:03

    Vou tentar agilizar a segunda temporada logo! Vou avisar por aqui, ok?

  • vondyfforever Postado em 08/08/2015 - 19:27:37

    Aaaaah que lindooo o finall! Ansiosaa paraa a 2 temporadaa! Postaaaaa maiss *-*-*-*-**-*-*-

  • ipcrbdvondy Postado em 06/08/2015 - 13:20:59

    Ah, estou a espera da 2 temporada viu?!

  • ipcrbdvondy Postado em 06/08/2015 - 13:19:33

    Aah q lindos Amei Fic perfeita Parabéns

  • yasmim.b Postado em 01/08/2015 - 18:44:43

    Que perfeito ! Quero segunda temporada *_*_*_*_*

  • ipcrbdvondy Postado em 31/07/2015 - 14:38:15

    Que lindos Ok! Quando dé vc começa Cont...

  • yasmim.b Postado em 31/07/2015 - 13:31:59

    Continua *_*_*_*

  • beatrizrrangel Postado em 29/07/2015 - 15:33:51

    Tenho que escrever pelo menos a primeira parte pra começar a postar... Eu não tenho muito tempo pra escrever, por isso é complicado. Mas vou me esforçar ao máximo!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais