Fanfics Brasil - XV A casa caiu

Fanfic: A casa caiu | Tema: Vondy, Trendy, Barken, RBD


Capítulo: XV

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Segundos antes de dormir, Christopher ainda não conseguia livrar-se dos pensamentos que permeavam toda a sua vida desde que conhecera Maria. Era um fato que seus dias foram inegavelmente preenchidos por uma alegria que ele não havia experimentado antes de conhecê-la. Era como se, quando estava na presença dela, se sentisse completo. Ela unia todas as coisas em uma só ao passo que tudo parecia muito bem separado. Paradoxalmente complexo. Ao mesmo tempo em que gostava da amizade de Maria, que adorava passar o tempo ao lado dela como amigos, adorava ainda mais o modo como ela conseguia envolvê-lo de forma íntima e sensual.


Jamais falaria aquilo em voz alta, soaria patético... Entretanto... Não conseguia mais negar pra si mesmo que estava num estado de encantamento pela garota. Tampouco admitiria para si mesmo que estava apaixonado, aquilo era mais do que poderia lidar. Pelo menos se ela se mostrasse tão receptiva a ideia quanto ele, mas não... Dulce Maria parecia completamente segura ao separar a amizade de algo mais. Até mesmo parecia desapontada ou triste ao saber que não havia mais qualquer esperança entre ele e Anahí... E não que ele aguardasse qualquer reação adversa... Ou então aguardava e não queria admitir para que a sensação de decepção ou desapontamento não fosse tão grande.


Precisava se tranqüilizar, não criar expectativas, dar um passo de cada vez, embora fosse difícil admitir que necessitava mais dela que vice-versa. E quando Maria se cansasse dele como havia sido com Alfonso? O que poderia fazer para se tornar mais interessante? Para atraí-la a ponto de vencer os muros que ela própria criara em volta de si? Não queria assustá-la, mas, era difícil conceber que, da parte dele, havia algo mais, enquanto ela continuasse a maestralmente sustentar sua indiferença.


Christopher sabia que se demonstrasse a ela o que de fato sentia, iria afastá-la de si e isso ele não podia permitir que acontecesse. Então, decidiu que deixaria o barco correr livremente. Não a pressionaria de forma alguma, tudo aconteceria da maneira que ela achasse melhor... Estava funcionando até agora, não precisava complicar mais as coisas para ambos. Se o espírito de Maria era livre, não seria ele quem iria prendê-lo... Só queria a oportunidade de voar ao lado dela.



Toda a confusão que Dulce havia reprimido enquanto estava na presença de Christopher voltaram com a mesma força, como uma cascata em queda livre. Sabia o que tinha que fazer... E era se afastar de Christopher antes que aquilo fosse longe de mais. No entanto, não conseguia, não queria e não poderia mais afastá-lo. Havia trazido Christopher para sua vida, contra todas as regras que ela própria criara. Ele agora fazia parte do seu grupo de amigos, e mesmo que resolvesse terminar qualquer coisa que existia entre eles, sabia que para ela seria impossível estar perto dele sem poder tocá-lo.


O apartamento já não estava mais vazio. Queria se trancar em seu quarto e pensar, sozinha, no entanto, Maite que estava assistindo a um filme na sala, impediu que ela o fizesse. A morena começou a tagarelar sobre sua viagem de modo que tudo o que Dulce pode fazer foi sentar ao lado dela e ouvi-la.


Depois de falar sem pausas durante quase meia hora foi que Maite parou alguns segundos e encarou Dulce, como quem a analisava.


― O que você tem? – Mai perguntou. – O que aconteceu?


― Não aconteceu nada. – Ela suspirou. – Acho que estou cansada da viagem, ainda.


― Como Alfonso se comportou? – A morena perguntou, imaginando logo a origem do comportamento estranho da amiga.


― Tudo normal, eu cheguei aqui hoje pela manhã, acho que por fim o Poncho entendeu que eu e ele não temos nada a ver.


― Então por que está com essa cara de cachorro que caiu da mudança? – Maite inquiriu. – Já sei! – Exclamou, iluminada. – O Christopher voltou com a namorada? Sabia! Sabia que você iria ficar mal quando isso acontecesse!


― Não é nada disso, Mai. – Dulce respirou fundo. Talvez era isso o que precisava, desabafar com alguém. – Ele disse que tudo acabou definitivamente com ela. Não tem jeito de voltarem.


― E isso não é bom? – Mai presumiu, roendo as unhas.


― Não, não é bom. – Dulce encolheu os ombros. – Eu embarquei nessa de amizade com sexo porque me senti segura ao saber que ele voltaria logo para a namorada. E agora que não tenho mais essa segurança, sei que não vai dar certo, e que vai acabar mal. Acho que preciso me afastar dele. – Constatou, a voz repleta de pesar.


― Dul, amiga... Por que você é assim? – Maite perguntou amavelmente.


― Assim como? – Dulce perguntou embaraçada.


― Fechada como uma ostra, acha que nunca vai se apaixonar por ninguém... Só você não vê, mas eu percebi desde o primeiro momento que o que sente pelo Christopher é mais do que atração. Você arriscou suas próprias regras por ele. Isso significa muito, pelo pouco que te conheço eu sei. Não é a hora de reconhecer que você é um ser humano comum e não está imune a qualquer tipo de sentimento romântico?


― O que você está querendo insinuar? – Dulce fez uma careta. – Eu não sou nenhuma adolescentezinha apaixonada, Mai, por favor! – Ela irritou-se. – Quando eu digo que não vou me apaixonar, é porque eu não vou mesmo. Sem chances. Eu quero me afastar do Christopher justamente por isso, para não correr o risco que isso aconteça, e que destrua nossa amizade. O que eu sinto por ele, eu sinto por qualquer amigo. Isso inclui você. Acha que eu estou apaixonada por você também?


― Se você prefere pensar assim... – Maite murmurou. – Você não é burra, Dulce. Encare a situação, você não quer se afastar dele. Isso já não é um indício?


― Não quero me afastar dele porque o sexo com ele é maravilhoso. Só por isso! – Exclamou evasiva, levantando-se do sofá, irritada. Queria por logo um fim naquele diálogo. – Eu consigo perfeitamente separar as coisas.


― Sentimentos não têm controle, Dulce Maria! Você pode se achar a rainha da racionalidade e da sensatez, mas não pense que pode mandar no seu coração! Ninguém escolhe quem vai amar! – Maite argumentou, seguindo Dulce que agora caminhava com passos firmes para seu quarto.


“Amar”? “Coração”? Dulce estava consternada. Entrou em seu quarto para fugir das acusações infames de Maite. Durante algum tempo aquelas palavras martelavam sua mente. E se Maite estivesse certa? E se ela estivesse mesmo apaixonada por Christopher? Todos aqueles anos preparando-se mentalmente contra aquele tipo de coisa simplesmente detonados em uma semana? Não, não podia ser.


Eles não se falaram até o meio daquela semana. Dulce ainda estava reflexiva, mas já havia chegado, por fim, a uma conclusão do que poderia fazer para o eminente problema que estava diante de si, e isso, de forma alguma, incluía afastar-se imediatamente de Christopher. Queria manter-se otimista quanto a tudo, mas, internamente, já sabia que de algum jeito seria afetada pelo que viria a acontecer, isso porque a separação dali a um tempo seria inevitável e improrrogável. Por isso mesmo, queria aproveitar todo o momento que restava com ele. Christopher, por sua vez, estava controlando a vontade que tinha de estar cada vez mais próximo de Maria. Sua vontade era de ligar para ela e convidá-la para fazer alguma coisa, porém, achou melhor aguardar até que ela o procurasse, assim não corriam quaisquer riscos.


Estava saindo de seu trabalho, na quinta-feira, quando finalmente o seu telefone tocou e era ela. Em um monólogo rápido, a morena disse que estava indo para a casa dele com alguns de seus jogos de videogame e, mal dando tempo para que ele pudesse contestar, desligou.


Christopher chegou ao apartamento e o encontrou na mesma desordem a qual havia deixado antes de ir para o trabalho, naquela manhã. Já fazia algum tempo que a diarista não aparecia. Ele não se importou, Maria não era nada além de sua amiga, já que era assim que ela gostava de afirmar sempre, então, ela seria recebida exatamente dessa forma.


Ele seguiu direto para o banho, deixou a porta principal da casa sem trancá-la com chaves, e já havia avisado ao porteiro sobre a chegada de Maria. E então, quando saiu do banheiro de toalha, ouviu o barulho da TV na sala e foi até lá, só para constatar que Maria já havia chegado.


― O que está fazendo? – Christopher perguntou, fazendo-se notar.


Ela desviou a atenção do que estava fazendo para olhar na direção dele, e, mesmo que já tivesse pronta para respondê-lo, engoliu todas as palavras a seco ao observá-lo apenas com uma toalha branca enrolada na cintura, algumas gotas de água escorrendo de seus cabelos por seu peitoral definido, seguindo a rota que agora Maria adoraria fazer. Teve de concentrar-se para disfarçar seu desconserto ao vê-lo, mas sua voz falha a denunciou.


― Eu... Estou, é... eu trouxe um jogo, só estou ajeitando aqui no videogame. – Argumentou ela, e Christopher teve de reunir forças para reprimir um sorriso.


― Tá, eu vou me vestir e já volto.


― Melhor. – Ela balbuciou em voz baixa.


― O que disse? – Christopher indagou.


― Não é nada. – Ela assegurou. – Vai lá logo! – E completou impacientemente.


Christopher voltou para o seu quarto e Maria terminou de arrumar o videogame, esticou os tapetes de dança e levou a sacola de supermercado que havia trazido consigo para a cozinha. Havia comprado doritos, molho cheddar, refrigerante e outras porcarias para comerem durante a noite que havia planejado para os dois. Estava certa de que seria extremamente divertido.


Depois de vestir-se com um short confortável e uma camiseta branca, Christopher voltou para a sala onde não encontrou ninguém. Imaginou que Dulce deveria estar na cozinha e foi até lá, onde a encontrou ajeitando algumas coisas na bancada. Com o máximo de discrição possível, aproximou-se dela e a agarrou, distribuindo beijos efusivos em seu pescoço e ombros, que levou um susto.


― Imbecil! – Ela exclamou, virando-se para estapeá-lo. – Quer me matar de susto?


― Desculpa, não pude resistir. – Christopher retrucou, aos risos. – O que você está fazendo?


― Arrumando o nosso jantar! – Dulce afirmou, voltando ao que estava fazendo antes.


― Parece saudável. – Ele ironizou, roubando um doritos da bandeja.


― Cale-se! Nós vamos queimar todas essas calorias, você vai ver. – Ela afirmou e piscou para ele. Pegou os pratinhos com os petiscos e levou-os para a sala, Christopher chegou logo depois com copos e refrigerante. Dulce havia arrastado a mesinha de centro para um canto para terem mais espaço para jogar, e colocaram as comidas por ali mesmo.


Ambos estavam famintos e espalharam-se no chão, para comerem e conversarem um pouco. Christopher não comentou nada sobre todos aqueles dias que ficaram sem se falar, e Dulce, percebendo que ele não o faria, começou a lhe contar como aquela semana havia sido atarefada, tanto que não conseguira nem tempo para ligar para ele. Não queria que nenhuma diferença fosse notada, e ambos pareciam dissimular uma situação comum muito bem.


Depois de satisfeitos, Christopher observou os tapetes e comentou:


― Eu costumava ser bom nisso, quando jogava no shopping.


― Ótimo pra você. – Ela murmurou, com um sorriso travesso.


― O que você está aprontando? – Christopher franziu o cenho, percebendo que a morena tinha alguma ideia além de apenas um jogo comum.


― Estava pensando em algo para tornar tudo mais interessante... Sabe, uma competição. – Justificou.


― E o que eu ganho se vencer? – Quis saber.


― Um passo de cada vez. – Ela sorriu. – Nós escolhemos as músicas e vamos aumentando o nível e o ritmo. A cada música, quem tiver a pontuação menor, perde uma peça de roupa. – Ela explicou. – E aí, você topa?


Christopher pareceu refletir por dez segundos e depois abriu um sorriso.


― Genial! Isso de fato será divertidíssimo. – Ele replicou. – Prepare-se para ficar peladona, Srta. Dulce Maria!


― Isso é o que veremos, querido! – Ela afirmou convictamente.


A primeira música fora lenta e tediosa, o nível de iniciante era simplesmente odioso. Acertaram a todos os passes, portanto, receberam a mesma pontuação e não retiraram roupa nenhuma. Christopher escolheu a segunda música, a gama de opções não era muito satisfatória, era repleta de músicas desconhecidas e muitas delas eram orientais. No entanto, o ritmo era melhor e a batida mais rápida requeria movimentos velozes e mais perspicazes.


― Agora eu quero ver! – Christopher a mirou de esguelha, provocando-a. Dulce apenas sorriu e concentrou-se na grande televisão a sua frente.


A música começara tranquila, com poucos movimentos a serem seguidos, todavia, de súbito as batidas aumentaram implicando em maiores movimentos em menor espaço de tempo. Os pés enrolavam-se ao seguir as setas do tapete e Christopher errou duas séries seguidas. Olhou para o lado e para sua surpresa, Dulce acompanhava a televisão atentamente e seu corpo passeava por cima do tapete com maestria e rapidez.


Ao final, a máquina anunciou a pontuação, e Christopher recebeu com perplexidade sua nota que era inferior a de Dulce Maria por um montante de duzentos pontos!


― Pode tirar a roupa, queridinho. – Dulce disse com sarcasmo, rindo à socapa da cara dele. Ele obedeceu e tirou a camiseta, jogando-a em cima do sofá.


― Agora eu vou jogar sério. Dessa última vez eu deixei você ganhar. – Christopher afirmou, aquecendo-se no centro do tapete.


― Deixou que eu ganhasse? Cara de pau! – Dulce exclamou, ainda rindo dele.


O jogo recomeçou, o ritmo continuava intenso, mas dessa vez Christopher estava concentrado. Obedecia a toda ordem da máquina, executando em segundos os passos no tapete. Sequer parou para olhar Dulce, que agora tinha se enrolado num momento complicado da música e errara alguns passes. Já estavam começando a suar, e Christopher entendeu o que Dulce havia dito sobre “queimar calorias”. E ele, feliz, comemorou a sua vitória naquela música. Dulce retirou a blusa que vestia sem mais delongas, permanecendo agora apenas de bermuda e sutiã.


Houve mais um empate, e ambos tornavam-se cada vez mais competitivos. As músicas aumentavam o nível de dificuldade ao passo que as roupas iam sumindo de seus corpos. Em pouco tempo Christopher estava apenas de cueca, e não poderia mais perder, se não Dulce venceria o jogo, já que ainda estava de calcinha e sutiã. (Uma peça roxa rendada muito sensual, aliás.) Conseguiu empatar mais uma vez, mas Dulce parecia de outro mundo com seus movimentos quase premeditados, e, na música seguinte, reconheceu sua fraqueza diante dela.


― Tudo bem... Tudo bem! – Disse, tentando controlar a respiração cansada. – Você venceu, você é a melhor!


A morena sorriu com aquela afirmação involuntária, e observou o corpo alto e musculoso dele de frente para si, suado, másculo... Extremamente viril. Não sabia explicar o porquê se sentia tão atraída por Christopher, se havia conhecido homens tão ou mais bonitos quanto ele. No entanto, havia algo especial em Christopher, talvez fosse algo além de seu físico, talvez fosse algo brilhoso naquele olhar acastanhado que a fizesse se sentir daquela maneira.


― Ainda não acabou. – Ela o olhou estoicamente.


― Como não? Eu não tenho mais o que perder!


― Eu venci, e agora... Eu escolho o meu prêmio final. – Murmurou muito calmamente.


Ela avançava em passos lentos, como uma onça caminha para sua presa, sem pretensão de assustá-lo, o olhar impassível sobre ele, de maneira a fasciná-lo e perturbá-lo simultaneamente. Logo ela o envolvia em seus braços, fazendo-o curvar-se para alcançar o pescoço dela e sentir aquele cheiro inconfundível do perfume doce que ela usava. Ela, por sua vez, direcionou os lábios ao ouvido dele, e depois de dar-lhe uma leve mordida no lóbulo de sua orelha, sussurrou:


― O meu prêmio é você.


 O mínimo dela já o fazia sentir que ira explodir de desejo, mas quando Dulce Maria esforçava-se ainda mais para ser sensual, Christopher sentia que não poderia suportar. Não podia ficar um segundo sequer distante dela, o máximo que podia estar próximo a ela já não era suficiente, e queria sempre mais. Segurou-a firme e delicadamente pelos cabelos na base da nuca e então seus olhares se encontraram numa comunicação silenciosa que era capaz de dizer mais que qualquer discurso. A mão de Christopher que antes a segurava, desceu a acariciá-la pelas costas e suas testas colaram-se. Ouviam a respiração descompassada um do outro, na medida em que desfrutavam daquelas sensações antes nunca vivenciadas. Viram nos olhos um do outro tudo o que omitiam até de si mesmos, e que apresentado dessa forma, não assustou a nenhum dos dois. Os lábios encontraram-se de forma natural, sôfrega, porém calmamente. Os corpos seminus tocavam-se provocando sensações que os faziam gradualmente aumentar a intensidade daquele beijo que havia iniciado muito castamente. Estavam presos àquele contato, totalmente concentrados um no outro. Não havia nada que pudesse atrapalhá-los, nem pensamentos negativos, não havia sequer um mundo exterior a eles naquele momento.


As mãos de Dulce repousavam sobre o peitoral de Christopher, e em dado momento, ele a ergueu pelas coxas trazendo-a para seu colo, que envolveu suas pernas ao redor da cintura dele. Ele a depositou cuidadosamente sobre o sofá sem perder o mínimo de contato, e sobre ela, tornou a beijá-la até perderem o fôlego novamente.


Havia mais que química entre eles, ia além do físico, os corpos encaixavam-se matematicamente, sabiam geograficamente cada ponto sensível um do outro e entre eles havia uma linguagem superior à humana. Estavam irrevogavelmente envolvidos.


Dulce ainda mantinha suas pernas em volta de Christopher, puxando-o para si, roçando seus corpos cada vez que sentia seus beijos em seu pescoço e colo. A pele eriçava-se, sentia uma onda de calor perpassar seu corpo e não podia conter suspiros e leves gemidos a cada contato. A cada vez que pressionava sua intimidade contra ele, sentia seu membro com evidentes sinais de excitação contra si, e tentava aumentar a sensação, pressionando-se ainda mais enquanto fazia movimentos com o quadril contra o dele.


Ávido por mais contato com a pele quente de Dulce Maria, Christopher começou a se livrar das últimas peças que haviam restado nela ao longo do jogo. Soltou e livrou-se do sutiã, e na medida em que a dança que ela fazia embaixo de si aumentava o calor entre seus centros, passou a dedicar-lhe carícias aos seios, a rodear um dos mamilos com a língua e alternar com leves chupões. Dulce estava enlouquecida embaixo dele, impaciente, não queria aguardar nem só mais um segundo até se unirem. Já havia aguardado muito mais que uma semana. Suas mãos buscaram o cós da cueca dele para enfim abaixá-la da maneira que pode, com ajuda dos pés. E assim que ele estava totalmente nu, ela o puxou para um beijo, ao mesmo tempo em que uma de suas mãos descia até o ponto mais sensível do corpo dele, para massageá-lo num vai e vem ritmado e preciso. Agora, Dulce só pensava em dar prazer a ele, enlouquecê-lo como ele fazia com ela, e, com um pouco de dificuldade conseguiu sair da posição de comandada para a de comandante. E já sobre ele, desceu os beijos por seu pescoço, à medida que suas mãos acariciavam seu peitoral e desciam para a barriga, suas unhas brincaram naquela região, e os beijos desciam na mesma velocidade. Ele sabia muito bem onde ela iria parar e aguardava ansiosamente por aquilo. Ele fechou os olhos ao senti-la tocar os lábios em sua glande, e mover a língua lentamente por ali, e em seguida, deslizá-lo todo para dentro de sua boca. Instintivamente uma de suas mãos a segurou pelo cabelo, enquanto seus olhos continuavam fortemente fechados, como se assim fosse capaz de desfrutar melhor cada sensação causada pela boca dela em si, ele ia ditando sutilmente o ritmo com sua mão que a segurava levemente pelos cabelos. Ela, sem reservas, buscava por dar ainda mais prazer a ele, tanto que ele sabia que não iria suportar se ela continuasse. Trouxe-a novamente pra si e tornou a beijá-la nos lábios sem qualquer cerimônia.


Com a sensação de que deveria retribuir o “favor”, Christopher voltou a conduzir Dulce para debaixo de si, e ela relaxou, entregue ao prazer de senti-lo beijá-la desde o pescoço, ombros, colo, distribuir beijos e uma atenção especial e mais demorada aos seus seios, e então, continuar descendo por sua barriga. Mesmo que soubesse, assim como ele, o que iria acontecer, não havia como prever como se sentiria quando ele retirou sua calcinha e a tocou, ainda com os dedos, em seu clitóris, iniciando uma massagem instigante enquanto beijava a parte interna de suas coxas, aproximando-se de sua intimidade lenta e torturantemente. O prazer era indescritível e ela dava vazão a ele com gemidos agudos e guturais que não conseguia reprimir. Achou que iria derreter-se no mesmo momento em que os dedos dele foram substituídos por sua língua, que a explorava sem reservas. Os dedos que antes a massageavam, agora passavam a penetrá-la de forma ritmada, ao passo que ele continuava a mover sua língua maestralmente contra ela. Não havia maneiras de procrastinar o que viria. Dulce sentia a cada segundo o prazer aumentar a níveis absurdos até que entrou em outra dimensão, ao extremo do que poderia sentir. Christopher parou por um momento para observar, maravilhado, as feições da morena naquele momento de êxtase profundo. Aquelas ondas devastadoras de prazer intenso foram diminuindo em alguns momentos, e Dulce ainda tinha sua respiração ofegante e seus batimentos cardíacos alterados.


Ela demorou algum tempo até se recuperar. Seu corpo relaxara, e sua respiração acalmava-se aos poucos. Christopher aguardou pacientemente até que a morena voltasse à consciência, e então, depositou seu corpo sobre o dela gentilmente e voltou a distribuir beijos pelo pescoço dela, enquanto suas mãos desciam pelo contorno do corpo dela, acariciando-a. Ela havia atingido seu ápice e agora ele estava livre para alcançar o seu. A respiração dela voltou a se agitar em resposta as carícias, e então, ele aproximou-se do ouvido dela, deu-lhe uma mordida de leve na orelha, e disse roucamente: 


― Fica de quatro pra mim, fica?


Aquela experiência, para ambos, era totalmente nova, já haviam estado juntos de maneiras extremamente satisfatórias antes, todavia, dessa vez era diferente. Haviam rompido todas as barreiras numa busca incessante de dar prazer um ao outro. Antes, receosos, não tinham coragem suficiente para desfrutar de todo o prazer juntos, porém agora era completamente diferente, haviam atingido um nível de intimidade que lhes dava o direito de deixar o pudor de lado para fazerem tudo o que desse prazer um ao outro.


A voz de Christopher soara sexy e doce simultaneamente, e Dulce de maneira alguma poderia negar a ele qualquer pedido. Jamais havia sentido tanto prazer em suas (não tão vastas) experiências sexuais com outros caras. Apenas ergueu-se do sofá, Christopher agora estava ajoelhado de frente para ela no sofá, ela aproximou-se dele, e deu-lhe um breve beijo na boca antes de virar-se de costas para ele, colando seu dorso ao corpo viril e suado, que instantaneamente percorreu as mãos pela cintura delineada dela numa carícia enquanto ela se colocava na posição em que ele lhe havia pedido de modo tão persuasivo.


Sem mais delongas, Christopher uniu-se a ela, arrancando-lhe mais um gemido, o qual ele dessa vez se viu obrigado a acompanhá-la. Ele sabia que tê-la daquela forma o faria perder o controle em pouco tempo, e foi exatamente o que aconteceu. Assim como havia sido com ela anteriormente, agora ele experimentava também uma maneira plena de prazer. Estava no comando, puxando o quadril dela contra si ao passo que lançava seu corpo contra o dela sem qualquer gentileza, o choque entre os corpos causava um barulho que se perdia entre os gemidos de ambos. Ele a apertava, puxava-a contra si, num vaivém de  velocidade exorbitante.


Dulce estava impressionada, e não de maneira negativa. Estavam totalmente entregues um ao outro, sem pudores, sem receios, sem nada que pudesse impedi-los de, naquele momento, serem dois seres em busca de tornarem-se um só. Em plena concordância, consentimento e sintonia.


O clímax dele não tardou em chegar, e fora tão intenso, pleno e prazeroso quanto o dela. A morena estava exausta e logo caiu sobre o sofá, deitando-se de lado, e ele, igualmente exausto, aninhou-se a ela. Permaneceram assim por um longo tempo, desfrutando de um silêncio confortável, até que Christopher chamou-a para tomar banho.


― Se eu conseguir levantar daqui. – Dulce murmurou manhosamente e Christopher riu.


― Sei como é, sempre me compararam com o Latrell! – Respondeu o loiro transbordante de bom humor..


― Nossa, sério? – Ela virou-se para encará-lo. – Eu estava dizendo isso justamente pelo caso contrário. Não iria conseguir levantar por pura decepção. – Rebateu ela ao “convencimento” dele.


― Decepção? – Christopher apoiou-se no cotovelo e a encarou, arqueando uma das sobrancelhas. – Não era bem o que me pareceu.


― Você é muito idiota. – A morena replicou virando o rosto para que ele não notasse o tom róseo que de repente tomara conta de suas bochechas.


― Está com vergonhazinha, é neném? – Christopher zombou, começando a fazer cócegas nela, que se contorcia para se proteger dos ataques dele.


Aquela noite terminara naquele clima divertido e agradável, porém, pairava alguma coisa no ar que deixava a ambos pensativos. Algo que transmitiram um ao outro não necessariamente com palavras, mas que havia ficado marcado. Por hora, Dulce permitiu não se incomodar, tomaram banho juntos recomeçando toda a loucura de momentos atrás  e depois, por fim, dormiram de conchinha, ambos safisfeitos e cansados. 


O sol forte invadiu o quarto pela manhã, atingindo em cheio o rosto da morena que dormia preguiçosamente com metade de seu corpo por cima do de Christopher. Ela acordou com a recordação da noite passada e sorriu, realizada. Ela observou Christopher dormindo serenamente, e deixou se envolver por um emaranhado de pensamentos que até então ela coibia. Além de lindo, Christopher a havia driblado, derrubando todas as suas defesas. Era engraçado, divertido, companheiro, responsável... Que tipo de mulher rejeitaria um homem como aquele?


Ela tinha a resposta para aquela a pergunta: Ela era o tipo de mulher que o rejeitaria, e não só a ele, mas qualquer outro homem que quisesse ter qualquer tipo de relacionamento sério com ela. E ela não era boba nem ingênua, já tinha notado em Christopher algo mais que só amizade. A noite passada só havia comprovado ainda mais daquilo que ela já sabia. Agora ela precisava mais que nunca pôr em prática os seus planos, que consistiam em convencê-lo que ele precisava voltar para Anahí. Somente não sabia como executaria esse plano, ainda.


Notou que Christopher dormia pesadamente e levantou-se na ponta dos pés para não correr o risco de acordá-lo. Estava faminta, e iria até a cozinha procurar algo para comer. Ao passar pela sala, notou a bagunça que estava naquele apartamento. Seguiu em frente com um dar de ombros, dirigiu-se a cozinha e sem dificuldades encontrou o que seria necessário para fazer um café. Depois de terminar, serviu-se de uma xícara e foi para a sala, deixou a xícara sobre a mesa, foi até sua bolsa que estava jogada entre a bagunça no carpete da sala e pegou um maço de cigarros e o isqueiro. Abriu a janela de frente para a mesa e acendeu seu cigarro. Ficou por um instante refletindo enquanto tragava seu cigarro e alternava com goles no café, até que notou uma presença muito significante em cima da mesa: O notebook de Christopher.


Não titubeou antes de ligá-lo, e assim que o computador inicializou, o mesmo pediu a senha de entrada. Geralmente aquelas senhas não costumavam ser as mais elaboradas e torceu para que Christopher fosse tão tosco para criar senhas o quanto ela era, digitou o próprio nome dele e deu enter, e para sua surpresa, o computador inicializou.


Logo lhe apareceu o sinal de conexão e ela abriu o navegador da internet, digitou o endereço do facebook e, descobriu, triunfante, que o computador conectava automaticamente na conta de Christopher. Agora ela teria acesso a todas as suas conversas, suas amizades, e o melhor de tudo: Teria um modo eficaz de colocar seu plano em prática. Não demorou até que as ideias fossem aparecendo, e, com o cuidado para checar se Christopher não havia acordado, ela começou a agir.



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Autor(a): beatrizrrangel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

 Quando Christopher acordou, notou que Maria não estava mais ao seu lado. Sentou-se na cama, espreguiçando-se. O relógio marcava quase onze da manhã. Ele foi até o banheiro, onde fez sua higiene matinal e depois foi atrás de Maria. Assim que saiu no curto corredor, já sentiu o aroma do café e o cheiro do cigarro de ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



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  • stellabarcelos Postado em 03/08/2016 - 17:57:16

    Que lindos!!!! Amei muito

  • beatrizrrangel Postado em 09/08/2015 - 15:38:57

    Eu tô postando uma nova web numa nova plataforma. Não sei se vocês conhecem, é o Yoble, bem parecido com o finado (que Deus o tenha!) orkut. Aqui o link pra quem quiser acompanhar: http://yoble.com.br/Community/3252 O nome é "La vida es sueño"

  • beatrizrrangel Postado em 08/08/2015 - 20:49:03

    Vou tentar agilizar a segunda temporada logo! Vou avisar por aqui, ok?

  • vondyfforever Postado em 08/08/2015 - 19:27:37

    Aaaaah que lindooo o finall! Ansiosaa paraa a 2 temporadaa! Postaaaaa maiss *-*-*-*-**-*-*-

  • ipcrbdvondy Postado em 06/08/2015 - 13:20:59

    Ah, estou a espera da 2 temporada viu?!

  • ipcrbdvondy Postado em 06/08/2015 - 13:19:33

    Aah q lindos Amei Fic perfeita Parabéns

  • yasmim.b Postado em 01/08/2015 - 18:44:43

    Que perfeito ! Quero segunda temporada *_*_*_*_*

  • ipcrbdvondy Postado em 31/07/2015 - 14:38:15

    Que lindos Ok! Quando dé vc começa Cont...

  • yasmim.b Postado em 31/07/2015 - 13:31:59

    Continua *_*_*_*

  • beatrizrrangel Postado em 29/07/2015 - 15:33:51

    Tenho que escrever pelo menos a primeira parte pra começar a postar... Eu não tenho muito tempo pra escrever, por isso é complicado. Mas vou me esforçar ao máximo!


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