Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

Se finalmente decidia seduzi-lo necessitaria toda a ajuda que pudesse conseguir.
Tinha que falar com Anny, e logo conseguir um uniforme de criada. Não poderia estar pronta antes da segunda-feira.
-Eu adoraria ter a mesa tão logo, mas amanhã tenho muitas coisas que fazer e certamente não esteja em casa.
-Oh -pareceu decepcionado mas se encolheu de ombros. - Quando quiser.
Demônios, tinha que andar-se com cuidado se não queria perdê-lo. Talvez pudesse preparar a sedução para o dia seguinte de noite. Terei que dar-se pressa.
Depois de tudo, aquilo era Nova Iorque, por isso teria que haver alguma loja de disfarces que abrisse os domingos. Anny a ajudaria a encontrá-la.
Não estava convencida de tudo. Temia que à manhã seguinte lhe tivesse passado a excitação e seu projeto lhe parecesse irrealizável. Tinha que comprometer-se já.
-Possivelmente esteja em casa por volta das sete. Resulta-te muito tarde?
-Não, parece-me bem. Ou se quiser posso esperar ao próximo fim de semana -ou tinha perdido todo interesse nela ou era um professor na dissimulação.
O próximo fim de semana seria muito tarde. Seis dias por meio bastariam para que ele se esquecesse que se parecia com Arlete.
Não podia deixá-lo escapar Tinha que deitar-se com ele e assim tachar ao «semental da Wall Street» de sua larga lista de candidatos. E pelo que havia dito Anny, Chris era o tipo perfeito para uma aventura passageira.
-Se pudesse vir às sete poderíamos édir uma pizza ou algo assim.
-Não vais cozinhar nada para servi-lo em sua nova mesa? -perguntou-lhe com um sorriso.
-Não, isso seria um costume próprio do Virtue. Em Nova Iorque há, que pedir a comida -seguia adiante com o plano da criada, estaria muito ocupada para ficar a cozinhar.
Tremeu de antecipação. Suas fantasias na grande cidade estavam a ponto de começar.

Durante o jantar, Chris comeu sem logo que saborear a comida. Não podia deixar de pensar no quão parecidas Dulce e Arlete, e em certo modo o aliviava comprovar que sua excitação estava relacionada com sua antiga obsessão pela criada.
Mas tinha que controlar-se melhor, por isso se esforçou em manter uma conversação inofensiva, falando de seu trabalho e do do Dulce,enquanto seguia comparando-a com a Arlete. Tinha que reconhecer que Dulce era mais bonita. Sua boca era maior, seus olhos mais verdes, seu queixo mais suave e sua voz mais encantadora. Vê-la comer também lhe resultava familiar. De jovem estava acostumado a rondar pela cozinha quando Arlete estava comendo. Nunca foi muito discreto, por isso todos na casa, incluída ela, deviam saber o que sentia. Era um pensamento muito embaraçoso, mas graças à idade e à experiência foi capaz de esconder sua reação às mulheres. Seguro que Dulce percebia a química que havia entre eles, mas não tinha nem idéia do muito que o excitava.
Dulce optou por saltar a sobremesa, e como era sua primeira noite, ele aceitou sua decisão, embora não gostava da idéia de deixar o restaurante. Chegava o momento de lhe ensinar os clubes noturnos e talvez tivesse que dançar com ela. Não só isso; estaria-lhe ensinando onde conseguir aos candidatos para sua carreira sexual.
As ruas estavam lotadas de carros e pedestres. Conseguir um táxi seria uma tarefa complicada, o qual agradava ao Chris.
Tempo atrás tinha aprendido que as mulheres admiravam ao homem que conseguia um táxi quando parecia impossível. Para aquilo Chris equivalia à caça do mamute na Pré-história. Por isso tinha aperfeiçoado a técnica. Não quis pedir um por telefone do restaurante porque tivesse sido um trapaceiro.
-Não é genial? -disse Dulce. - Adoro os atascos. Chris não pôde evitar um sorriso, porque também lhe gostavam.

-Nunca lhe faltarão em Nova Iorque. Agora, se me esperar aqui na porta, onde não faz tão frio, eu irei procurar um táxi -a adrenalina lhe percorreu as veias enquanto se dirigia para o meio-fio. «Eu, Tarzán, conseguir táxi a Jane».
Ela correu a seu lado.
-Quero fazê-lo eu.
-Conseguir um táxi? Dulce,a esta hora é muito difícil...
-Estive praticando.
-Como? Não acredito que haja táxis no Virtue.
-Aprendi a assobiar.
Antes de que pudesse detê-la, adiantou-o, levou-se dois dedos à boca e soltou um estridente assobio. Em seguida, um táxi parou no meio-fio.
-Vê-o? -voltou-se para o Chris com expressão triunfante. - iHe conseguido um!
-Estupendo -disse ele ocultando sua decepção. Teria que haver-se figurado que ela era capaz de assobiar assim de forte. Não em vão, tinha sua própria caixa de ferramentas. - Agora será melhor que entre antes de... -não tinha terminado a frase quando um homem de média idade apareceu detrás do Dulce e abriu a porta do carro.
Chris apartou ao Dulcee agarrou a porta.
-Sinto muito. Este é nosso táxi.
O homem olhou ao Chris com o cenho franzido.
-Eu acredito que não.
Chris voltou a sentir a adrenalina. Dulce tinha conseguido o táxi, mas ele ia lutar por mantê-lo. Lançou-lhe ao homem seu olhar mais ameaçador.
-Sim, é. Assim...
-Aonde vai? -perguntou Dulce metendo-se entre os dois.
-A Teme Square.
-Não me importa ir até ali. Podemos compartilhá-lo,
-Dulce,espera um momento -Chris queria derrotar ao inimigo, não levá-lo com eles. - Não vamos a...
-Chama-te Dulce? -o homem sorriu. - Igual a minha mãe, Dulce Bessellioffer.
-Então seu sobrenome é Bessellioffer?
-Sim, meu nome é Douglas Bessellioffer.
Chris se sentiu transportado a outro universo. No mundo onde vivia a gente não ficava a conversar com quem tentava roubar um táxi. Estava pela metade entre a irritação e a fascinação, mas a fascinação ganhava terreno.

-Eu sou Dulce Maria Saviñón -tendeu-lhe a mão. - Prazer em conhecê-lo. Este é Christopher Uckermann. Nós...
-Ei, vocês! -gritou o taxista. - Dentro ou fora?
-Dentro -respondeu Dulce. deslizou-se no assento traseiro. - Vamos, Douglas e Chris. Há muito espaço.
-Por mim de acordo -disse Douglas.
Ao Chris não ficou mais remedeio que aceitar. As coisas não estavam saindo como tinha planejado. Seu plano era Ponchoar um táxi até a Quinta Avenida e de ali passear até o Rockefeller Center para ver a pista de gelo. Depois pensava Teme Square e aos clubes noturnos.
Sua falha tinha sido não explicar o itinerário ao Dulce. Teria que esperar até que se livrassem do estranho, quem estava sentado entre os dois. Ao Chris não gostava de nada que a coxa do Dulce estivesse pego ao de um desconhecido, embora o homem tivesse idade suficiente para ser seu pai e não tivesse o menor interesse em ligar com ela.
-Aonde? -perguntou o taxista.
-Teme Square -respondeu Chris.
Recostou-se no assento com os braços cruzados e ouviu como Dulce fazia um novo amigo. Ia ter que falar seriamente com ela.
O táxi os deixou a uma quadra do centro de Teme Square, e pagaram a carreira entre os três. Chris insistiu em pagar a parte de Dulce, mas ela não aceitou, já que ele tinha pago uma fortuna por ter a um táxi esperando na porta de seu apartamento.
Uma vez que Douglas se despediu, Chris se dispôs a lhe explicar o itinerário, mas Dulce levantou os braços e assinalou os letreiros luminosos da Torre Allied.
-Olhe isso! -exclamou, expulsando uma nuvem de fôlego no gélido ar noturno.
Ele estava olhando, certamente. Dulce parecia tão encantada que teve o amalucado desejo de beijá-la. As luzes se refletiam em seus cabelos frisados, e o vento lhe avermelhava as bochechas, lhe dando um aspecto muito mais inocente do que na verdade era. Chris se perguntou quantos meninos a teriam beijado no povo. Seguro que nenhum a tinha beijado em meio de Teme Square.

Ela estava tão entusiasmada com a vista que não se deu conta de sua intenção. Além disso, não ia beijá-la. Não.
-Tenho que me beliscar para saber que não estou sonhando. O que tivesse dado de estar aqui em Ano Novo! Mas não podia ir do Virtue. Você veio?
-Não -tinha celebrado a Véspera de ano novo em uma elegante festa com uma elegante mulher. Clarise o tivesse convidado a passar as primeiras horas do ano em sua cama, mas ele não acreditava que deitar-se com uma mulher que apenas lhe importava fora uma boa forma de celebrá-lo. Após não se tornaram a ver.
-Pois o ano que vem eu sim que vou estar aqui -disse ela. - Prometo-o.
-Estou seguro -perguntou-se com quem estaria e sentiu uma pontada de ciúmes. - Dulce, há algo do que temos que falar. Nesta cidade tem que ter muito cuidado com a gente.
-Sei -seguiu encantada pelas luzes. -Tranquilo. Se você não tivesse estado para me proteger, não teria convidado ao Douglas a compartilhar o táxi.
-Bom, isso está bem -apertou os punhos nos bolsos para reprimir o desejo de abraçá-la e beijá-la.
-Sabia que não deixaria que nada me ocorresse.
-Sim, mas mesmo assim tem que ser consciente do perigo -disse com mais severidade da que em realidade sentia. Saber que confiava nele era muito adulador, e também muito tentador. Começava a ver que Dulce era especial, e que ser seu protetor era um privilégio.
-Terei mais cuidado com as pessoas -assegurou-lhe ela. - Anny me advertiu isso -seus olhares se encontraram e nesse momento pareceu que o vento e o tráfego se detinham. - De todas formas, eu gostei de muito que tentará lhe impedir que ficasse com o táxi. Fez que me entrassem calafrios.
Ele tragou saliva enquanto o desejo o apressava do interior.
-Certamente te sacudiu uma corrente de ar - tentou brincar com o assunto, mas a idéia de que pudesse havê-la excitado sexualmente lhe acelerava o coração.

Comentem plixxx *-*

bjix da Naty