Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

-Agora não há corrente -aproximou-se a ele sem apartar o olhar. -E sigo sentindo calafrios. -Ele sentiu um estremecimento de necessidade por todo o corpo. -E você? Sente calafrios? -perguntou-lhe ela brandamente.
Chris não foi consciente de tirar as mãos dos bolsos, mas de repente se encontrou abraçando-a, apertando-a contra ele tanto como o permitia o grosso casaco.
-Sim -sussurrou, e inclinou a cabeça.
Dulce jogou os braços ao pescoço e o recebeu nas pontas dos pés. Não lhe ocorria outra forma melhor de entrar em Nova Iorque que beijar a um homem tão bonito como Chris no meio do Teme Square.
Queria que o beijo fora espetacular, de modo que derrubou todo seu entusiasmo. Chris soltou um gemido e introduziu a língua em sua boca. Fez-o sem perda de tempo, para lhe demonstrar o que queria dela. E ela afrouxou a mandíbula para lhe fazer saber que podia tomá-lo.
Disse-se a si mesmo que era a emoção por estar em Teme Square o que a fazia tremer. Qualquer outro homem arrumado de cidade lhe teria provocado a mesma reação, assim não tinha do que preocupar-se. Podia relaxar-se e desfrutar.
Mas «desfrutar» não bastava para descrever o que lhe estava passando. Quanto mais intenso e profundo se para o beijo, mais úmida ficava sua roupa interior. O ruído das buzinas não era nada comparado aos batimentos do coração de seu coração.
Ele entrelaçou os dedos em seus cabelos e lhe fez inclinar a cabeça para provar com um ângulo melhor. Ela gemeu e o abraçou pela cintura. Queria sentir sua ereção, mas havia muita roupa entre eles.
Sem que soubesse como, notou que seu casaco se afrouxava e que ele colocava a mão no interior. Não lhe importou que seus dedos estivessem frios quando os deslizou por debaixo do pulôver e lhe acariciou a pele nua. Quando os dedos chegaram ao fechamento traseiro do sutiã, um forte tremor a sacudiu.

Mas então ele retirou a mão e se apartou para olhá-la com perplexidade.
-O que estou fazendo?
-Construindo uma lembrança? -perguntou ela com dificuldade.
Lentamente, lhe soltou o cabelo e voltou a lhe grampear o casaco.
-Eu... esqueci onde estávamos.
-Eu não.
Ele tragou saliva.
-Pois teria que me haver detido. Não queria te pôr nesta situação tão embaraçosa. Eu...
-Embaraçosa? Para mim foi impressionante.
-O beijo esteve muito bem, mas não acostumo a me comportar assim em público -disse enquanto lhe atava o cinturão do casaco.
-Eu tampouco -encontrou divertida seu desconforto. - Este tipo de coisas não se fazem no Virtue, embora lembrança que uma vez nos pilharam à uma da manhã na praça do povo.
-Em primeiro lugar, não teria que te haver beijado -parecia estar muito preocupado consigo mesmo. - Nem colocar a mão por seu casaco.
-E por debaixo do pulôver... -acrescentou ela. sentia-se orgulhosa do que tinha provocado.
-Sinto-o muito -ficou vermelho como um tomate. - De verdade. Não sei o que me passou.
-Puro desejo.
-Não voltará a ocorrer.
«Quer apostar a que sim?», pensou ela.
Depois de um beijo assim, estava decidida a levar a cabo seus planos. A cidade lhe daria a inspiração necessária. Talvez não fora muito melosa em sua aproximação, mas não passava nada. Chris era o sujeito perfeito com quem praticar.

Depois do incidente do beijo, Chris se mostrou muito mais precavido. Sabia que não podia arriscar-se a uma situação similar, de modo que evitou qualquer possível contato quando foram caminhando por volta da Quinta Avenida.
O gélido ar noturno teria que ter esfriado seus ânimos, mas não foi assim. E Dulce tampouco ajudava, lhe contando a história do beijo na praça do Virtue. Pensou em lhe pedir que não lhe desse detalhes, mas então tivesse parecido muito vulnerável, por isso percorreu várias ruas lutando contra uma ereção.

Finalmente chegaram à Quinta Avenida e seu relato acabou. Chris propôs ver as cristaleiras, com a esperança de que aquilo terminasse de acalmá-lo.
Mas nunca tinha vista cristaleiras com o Dulce. Assim que chegaram à zona comercial, ela enganchou seu braço ao dele e ele pôde sentir a curva de seu seio.
-Oh, olhe isso! -exclamou detendo-se frente a uma cristaleira.
Teria que haver o esperado. Estava assinalando um vistoso camisola.
-Sim, já o vejo -murmurou, tentando pensar em algo que não fora na imagem do Dulce com camisola ou na imagem do Dulce nua em seu quarto.
-É exatamente o que necessito
Chris duvidava que se estivesse refiriendo à camisola que levava um alto manequim junto à janela. Não, seguro que tinha o olho posto em um mais curto de cetim negro.
-Certo -murmurou, decidido a não imaginar-lhe com aquele objeto.
-Arrumado a que não sabe do que estou falando.
Ele a olhou brevemente aos olhos. Não era conveniente manter o contato visual.
-Suponho que necessita uma camisola.
-Não. Bom, sim, necessito vários. Mas o que realmente preciso é esse biombo. Ou um biombo qualquer, já que não acredito que me enfaixam o da cristaleira.
-Oh –era cada vez mais consciente do modo em que lhe sustentava o braço pego a seu seio. E se perguntava por que demônios tinha que cheirar tão condenadamente bem.
-Não vais perguntar me por que necessito um biombo?
Temia perguntá-lo, mas devia mostrar-se frio e sereno.
-Por que?
-Questão de logística. Agora que transformei minha sala em um dormitório, necessito um lugar onde me trocar de roupa.
-Não pode fazê-lo no dormitório vazio?
-Sim, mas não seria lhe impactante nem sexy. Imagina se levar a alguém a casa.

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bjix da Naty