Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

Quando os passos se afastaram, Chris abriu os olhos e olhou ao Dulce. Parecia um homem que tivesse estado ao bordo da morte.
-Podemos sair enquanto vão procurar ao encarregado -propôs ela.
Ele abriu a boca para dizer algo, mas a voltou a fechar e assentiu.
-Para isso terá que te afastar.
-Oh... -murmurou ele, e se separou da porta. Dulcerecolheu sua bolsa e abriu a porta com cuidado. O corredor estava vazio.
-Não há ninguém. Vamos.
Saiu e Chris a seguiu. Conseguiram retornar a sua mesa sem o menor incidente, mas como ele não se sentou, ela tampouco o fez.
Nenhum dos dois disse nada quando colocaram os casacos nem quando tomaram um táxi de volta a casa. Enquanto os efeitos do champagne se dissipavam, Dulcese perguntou se teria cometido em engano fatal ao seguir seus impulsos dessa maneira. Talvez o tivesse quebrado tudo.
-Temo que agora terá uma má opinião de mim -sussurrou-lhe quando o táxi se deteve diante de seu edifício.
-É você quem deve pensar mal de mim. Não posso acreditar que isto tenha ocorrido.
-Mas fui eu quem começou -e se sentia orgulhosa por isso. - Além disso, se me permite dizê-lo, sou muito boa na sedu...
-E eu sou muito bom no autocontrole -se inclinou sobre o assento dianteiro. - Espere aqui -disse-lhe ao condutor, e abriu a porta do táxi. - Em seguida volto.
-Chris, não tem por que me acompanhar à porta.
-Sim -ajudou-a a sair do carro. -Todo homem com o que saia deve te acompanhar à porta e assegurar-se de que chega a casa sã e salva.
-Alguma vez te há dito alguém que é muito mandão?
-Sim, Poncho sempre me diz isso -seguiu-a ao portal e entrou com ela no elevador.
-Pois tem razão. É muito mandão. Muito mais que Anny.
-Falando de Anny... -esclareceu-se garganta e se arranhou a nuca. - Maldita seja, Dulce,sinto-me desprezível por me haver aproveitado de ti. Poncho e Anny me pediram que...
-Te aproveitar? -interrompeu-o com irritação. - Como demônios te aproveitaste que mim?

-Tinha tomado muito champagne! E fui eu quem o encarregou!
-Não tomei tanto! Sabia exatamente o que estava fazendo.
-Mas era eu quem tinha que cuidar de ti, e por minha culpa estiveram a ponto de nos prender.
-Mas não aconteceu assim -gostava que não a visse como a uma fulana, mas não que lhe atribuísse o papel de vítima.
-Não teria que ter permitido que acontecesse.
Ela se perguntou de onde teria tirado a idéia de que tinha sido ele o responsável.
-Olhe, não sei como me descreveu Anny quando te pediu que cuidasse de mim, mas já sou grandinha e...
-Advertiu-me que foi muito, impulsiva, de modo que teria que ter estado preparado para algo assim. Mas fui incapaz.
«Impulsiva»... Teria que falar com o Anny sobre isso. Era o mesmo que chamá-la «irresponsável».
-Sabe que não nos tivessem detido.
-Como que não? Seguro que há, leis contra o sexo em público.
-Não nos tivessem descoberto -o elevador chegou à quarta andar e os dois saíram. - Estava apoiado contra a porta. Para quando alguém tivesse entrado, já teríamos estado recompostos, e eu poderia ter dado uma explicação acreditável.
-Não imagino como poderia explicar minha presença em um lavabo de senhoras.
-Isso é fácil. Haveria dito que ouviu um barulho e que entrou para comprovar se estava bem. Ou que não podia fechar o grifo do lavabo. Ou que vi um inseto e me pus a gritar...
-Está bem, está bem -soltou um suspiro. - Já vejo que é melhor que eu inventando histórias. Mas não estou acostumado a perder o controle, e me põe... nervoso.
Oh, não teria que haver dito isso, pensou Dulce. Porque para ela era o desafio que necessitava. Não podia esperar a pô-lo nervoso de novo. Uma e outra vez. Serviria-lhe de prática para suas futuras aventuras na grande cidade.
-Mas agora tornaste a recuperar o controle, verdade? -perguntou-lhe com voz inocente.
-Sim.

Ela colocou a chave na fechadura e abriu a porta.
-Quer passar? -sabia que não o faria, mas era divertido tentá-lo.
-É... talvez em outra ocasião -disse ele dando um passo atrás.
-Não há nada que temer se tiver recuperado o controle. eu adoraria te preparar uma taça.
-Obrigado, mas... né... o táxi! -exclamou com alívio. - Está esperando abaixo.
-De acordo -fingiu sentir-se decepcionada. meteu-se a chave no bolso do casaco que lhe tinha deixado e encontrou um pedaço de papel. - O que é isto?
-O itinerário de esta noite.
-Sério? -desdobrou-o e leu a lista de atividades. Era comovedor, mas um pouco infantil. - Não o temos feito por ordem, verdade?
-Não.
-E há ao menos uma coisa que não figura aqui e que temos feito -disse-lhe com um sorriso lhe sugiram.
Ele ficou avermelhado.
-Dulce,podemos esquecê-lo? Pretender que alguma vez aconteceu?
-Podemos tentá-lo -murmurou ela, pensando na lista que ia fazer. - Verei-te amanhã?
-Sim. Trarei a mesa e as cadeiras, e uma pizza.
-Genial.
-Como você gosta da pizza? -perguntou-lhe de caminho ao elevador.
-Me surpreenda. Eu adorarei algo que me ofereça.

Comentem plixxx *-*

bjix da Naty