Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

Mas Dulce se precipitava muito frequentemente, e embora Anny aprovava o plano da criada, existia a possibilidade de que ao Chris pudesse assustá-lo reviver suas fantasias juvenis.
Anny pensou em lhe dar uma razão para que ficasse. Quando chegou a casa, os encontrou atirados no sofá, cada um com sua segunda cerveja, e todo o chão coberto de batatas fritas.
-Olá, meninos, quem vai ganhando? -sempre perguntava o mesmo, embora não conhecia nenhuma equipe.
-Olá, carinho -Poncho se levantou em seguida e correu para ela.
-Olá, Anny -Chris também ficou em pé. - Quer que te traga algo?
-Estávamos pensando no almoço -disse Poncho, e estendeu uma mão para a bolsa. - Deixa que leve isto.
-Não, tranqüilo -manteve a bolsa fora de seu alcance. - Sente-se, Chris. E você também, Poncho. Vou tirar os sapatos e logo falaremos da comida.
-Eu convido -disse Chris, e voltou para sofá.
-Deixa que leve a bolsa -insistiu Poncho. - Não deveria carregar peso. O que compraste? Algo para o bebê?
-Algo para ti, neném -murmurou ela. - Veremos mais tarde, parece-te bom? -ficou nas pontas dos pés e lhe deu um beijo.
adorava o sabor da cerveja em seus lábios.
-Oh, sim? -baixou a voz. - Levaste Dulce a essa loja junto ao salão das tatuagens, verdade?
-Talvez -Anny esboçou um sorriso enigmático.
-Temos que falar. Algo está passando -assinalou com a cabeça Chris.
-Sim, eu também acredito. Deixa que me ponha cômoda e que esconda sua surpresa. Voltarei em seguida.
Poncho quis dizer algo mais, mas uma das equipes conseguiu marcar um ponto e correu ao ouvir os gritos de Chris.
Uma vez no dormitório, Anny colocou a bolsa no armário e se tirou os sapatos. Durante meses Poncho e ela tinham brincado com a possibilidade de comprar umas algemas para as munhecas e os tornozelos. Quando as viu na loja, recobertas de pele de mentira, foi incapaz de resistir. Dulce não tinha querido comprar para ela, mas ao menos já sabia onde as encontrar.
Colocou suas sapatilhas favoritas e voltou para a salita.

-Poncho?
-O que, carinho? -perguntou levantando-se de um salto.
Era tão adorável vê-lo tão serviçal, disposto a fazer algo que lhe pedisse. Poncho era um bom homem, e seria igual de doce embora não mantiveram relações sexuais. Mas Anny acreditava que o sexo podia converter a um bom homem em um homem perfeito; assim que souberam que o sexo não era perigoso para o bebê, tinham seguido experimentando posturas e movimentos, cada vez mais difíceis por sua avultada barriga.
-Sabe o que gosta?
-O que?
-Calzoni. Eu adoro como os prepara -era verdade, mas sua intenção era mantê-lo ocupado na cozinha durante um comprido momento.
-Claro -disse ele. - O descanso é dentro de três minutos. Pode esperar?
-Sim, posso esperar -sentou-se em sua poltrona favorita e ficou a folhear o último exemplar do Cosmopolitan. Pensou que poderia dar-lhe ao Dulce,já que estava cheio de conselhos picantes para voltar louco a um homem.
-Não posso acreditar que tenham empatado -disse Poncho quando acabou o primeiro tempo.
-Eu tampouco -disse ela sorrindo.
-Seguro que não tem nem idéia de quem está jogando -disse ele em tom pormenorizado.
-Claro que sim. Alguns tipos fortões com casco e calças ajustadas.
-Não seja sexista -disse Chris com um suspiro. - Poncho, quer que te ajude a preparar os calzoni?
-Não, obrigado. Não gosto de ir a Urgências um domingo.
-Vá, agora me tem feito sentir como um inútil -disse ele com uma careta.
-Né, tranqüilo; ontem esteve incrível com a chave inglesa.
-Fique aqui e me faça companhia, Chris -pediu-lhe Anny.
Sabia que Poncho não lhe permitiria ajudar na cozinha. A última vez quase se fatiou um dedo com a faca.
-Isso -disse Poncho. - E ve se pode lhe explicar a diferença entre um balão de futebol e um melão. Estarei na cozinha se me necessitarem.
Quando Poncho saiu da sala, Anny olhou ao Chris. Não tinha muito tempo, assim devia ir ao grão.

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bjix da Naty