Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

-Não temos por que ir -deslizou uma mão no interior de seu casaco e lhe acariciou o seio. - Posso chamar o restaurante e pôr uma desculpa.
-Chris, esta ocasião é uma vez ao ano. Tem que ir -o tato de sua mão debilitava sua firmeza. - Contuma ir acompanhado a estas reuniões familiares?
Chris pareceu um pouco sobressaltado pela pergunta. Sua mão ficou imóvel.
-Não -disse depois de uns momentos de dúvida.
Dulce sentiu uma sensação estranha no estômago, e se aventurou a formular a seguinte pergunta lógica.
-Alguma vez o tem feito?
-Não, mas...
-Está bem -interrompeu-o ela. - Não passa nada. Só perguntava -não queria obrigá-lo a dar explicações.
-Minha mãe nunca me convidou para jantar quando eu tinha um encontro -disse-o a modo de desculpa.
-Arrumado a que quer surpreendê-los levando a uma garota de campo -disse ela para aliviá-lo. Gostava da idéia de ser a primeira mulher que jantava com seus pais.
-Sim... -a tensão de seu rosto desapareceu, e voltou a lhe apertar o seio. - Mas tenho que te advertir uma coisa: contei a minha mãe que você cultivava pepinos em Kansas.
Dulce soltou uma gargalhada.
-Isso fez? Espero que não lhe descrevesse o uso que dão aos pepinos as garotas do Virtue.
-Ainda não, mas não me resultaria estranho dizê-lo durante o jantar. Corrompeste-me.
-Não foi tão duro.
-Agora sim o está -agarrou-lhe a mão e começou a desabotoar o casaco. - Quer comprová-lo?
-Sim -uma onda de desejo a percorreu, e pensou que talvez poderiam chegar um pouco tarde.
-Disse que queria provar o sexo em um elevador -desatou-se o cinturão do casaco. - Este é o momento.
-Mas não podemos nos beijar...
-Tentarei não fazê-lo -sua voz soava áspera pelo desejo. - Te levante a saia Y...
-Antes terá que parar o elevador para que ninguém...
Nesse momento o elevador chegou à planta baixa e as comporta se abriram. Uma mulher anciã esperava a entrar.
Chris soltou rapidamente Dulce e fechou o casaco.

-Olá! -saudou Dulce enquanto saía do elevador. - Sou Dulce Maria Saviñón, do 406. Este é Christopher Uckermann.
Chris se adiantou e com um braço impediu que as comporta se fechassem.
-Adiante, senhora.
-Obrigado, jovem -disse a anciã.
-E você quem é? -perguntou Dulce.
-Ane D’luca -respondeu a mulher, um pouco surpreendida pela pergunta. - Do 306. Há dito que vive no 406?
Naquele momento Dulcese deu conta de que não teria que ter mencionado o número de seu apartamento. Olhou a Chris, quem retirou o braço das portas.
-Porque se for assim -continuou a anciã- Talvez possa me explicar o que são esses ruídos tão estranhos que ouço cada noite e... -as portas do elevador se fecharam.
Dulce soltou uma risada e se apressaram a sair do edifício.
-Não estou acostumada a viver em um bloco de apartamentos.
-Já o notei.
-Mas é que estava tão emocionada com minha nova casa que não me precavi de que podiam nos ouvir. Você pensou nisso?
-Para te ser justifico... Esqueci-me por completo.
-Eu também. É a idéia que tenho de uma fantasia -seu corpo ainda estava úmido pelo que tinha passado. - Estivemos a ponto de fazê-lo no elevador.
-Sim... -seus olhos ardiam com paixão.
-Quanto dura o trajeto em táxi?
-Não muito, por desgraça -disse-lhe com um sorriso. - E agora, quer chamar você a um táxi ou me deixa fazê-lo ?
Aquela pergunta a enterneceu. Até então só se preocupou da reação sexual que Chris lhe provocava, mas ao notar a nota de vulnerabilidade em sua sugestão, deu-se conta de que o que havia entre eles ia mais à frente do sexo. Gostasse ou não, seu coração também estava comprometido. Muito comprometido. E não podia trocá-lo.
-Eu adoraria que fosse você quem o chame - disse, e ao ver seu sorriso decidiu que o melhor seria ajudá-lo com essa reunião familiar. Por isso empregaria o trajeto em averiguar mais costure sobre seus pais, em vez de insinuar-se ao Chris.

Assim que subiram ao táxi lhe perguntou quais eram seus nomes.
-Alexandra e Alexander, Alexander III. Todo mundo o chama AL.
-Assim que você é Alexander IV?
-Isso me temo.
-Nunca conheci a ninguém com números em seu nome. O que significa a AL?
-Luis. Alexander Luis Cassilas Von Uckermann III
-Então... Você é Alexander Luis Cassilas Von Uckermann IV?
-Sonha muito pomposo, verdade? -disse com um sorriso.
-Absolutamente. Parece-me um nome muito sexy.
-Sério? Não crie que é muito petulante e antiquado?
-Não. O meu sim que é antiquado e aborrecido. Dulce Maria Saviñón.
-Não, para nada -tomou a mão e lhe acariciou a palma. -Tem um nome muito divertido e alegre. Igual a você.
-Eu quero ser sensual e sexy.
-Também o é -sussurrou, lhe passando a língua pela mão.
-Pare... -pediu-lhe com voz rouca. - Prometi-me mesma que solo falaríamos de seus pais.
-Não quero falar de meus pais -baixou a voz.- Preferiria te esquentar...
-Muito fácil -retirou a mão. - Te desafie a ti mesmo e me fale de seus pais.
-Se insistir -soltou um suspiro. - Vejamos. Papai recebeu a fortuna familiar e a triplicou. Mamãe gasta tanto como pode, mas lhe faria falta mais de uma vida para gastar-lhe tudo. Que eu saiba, só se vêem uma vez ao ano. Suponho que se não se divorciam é para evitar lutas legais que com certeza seriam muito caras.
-Devem te querer muito para organizar este jantar contigo.
-Não acredito que o façam por mim.
-Não? Então por que o fazem?
-Por dever. Acreditam que com um jantar ao ano se dá a impressão de ter uma família.
-Mas você tem uma família -recalçou ela com suavidade. - Não importa como eles estejam. Seguem casados e são seus pais. Os três seguem mantendo um vínculo. Se tanto odiassem seu matrimônio se teriam divorciado sem lhes importar o dinheiro.

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bjix da Naty