Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

-Tivesse dado o que fora por estar sozinha. Para mim estar neste pequeno apartamento é como estar no Céu. E penso desfrutá-lo muitos anos antes de pensar sequer no matrimônio.
-A meus pais o matrimônio não supôs nenhum problema. Eram tão ricos que podiam me pôr em mãos de babás e tutores, e assim desfrutar de seu tempo. Acredito que ter muito dinheiro acaba com o amor.
-E ter muito pouco pode acabar com seu valor! Sinto muito, mas não tem nem idéia. Teria que ir ao Virtue e ficar na casa de meus pais para compreender o que estou dizendo -pôs-se a tremer. - Voltaria-te louco.
-Não me voltaria louco.
-Oh, sim, claro que sim. Aqui convexo pode acreditar que não, mas isso é porque nunca terá que fazê-lo.
-Espera um momento -colocou um travesseiro sob a cabeça para poder olhá-la aos olhos. - Quero que saiba que não sou um menino mimado que monte um escândalo quando fica sem caviar.
-Ha! Duvido que pudesse conseguir caviar no Virtue.
-Vê-me como a um tipo de cidade que não sabe o que é o campo?
-Acredite, se lhe obrigassem a passar uma temporada no Virtue, sairia fugindo a menor oportunidade.
-Não o faria.
-Sim o faria.
Lhe sustentou o olhar durante um comprido momento.
-O que vais fazer este fim de semana? -perguntou-lhe finalmente.
-Eu... ainda não o tinha pensado. Tenho que montar algumas prateleiras e...
-Nada importante, verdade?
-Não, acredito que não.
-Então vamos ao Virtue.
Ela sorriu, penando que era uma brincadeira.
-Tem senso de humor, sabia?
-Digo-o a sério -disse ele sem sorrir.
-Claro que não. Não podemos ir assim ao Virtue, sem mais.
-Por que não? Passaremos o fim de semana em casa de seus pais, e assim poderei te demonstrar que posso sobreviver e me adaptar.
-Sigo acreditando que vá arrancar os cabelos.
-Não... -sorriu e lhe acariciou o pêlo púbico. - O cabelo precisamente não.

Seu corpo reagiu ao tato. Aquele era o problema de estar abraçados. Sempre acabavam em sexo e em mais complicações.
-E bem? Vamos ao Virtue?
-Está louco.
-Sim, estou-o. Vamos, Dulce,diz que é espontânea. Demonstra-o.
Dulce sabia que iam acabar fazendo o amor outra vez. E isso significava cruzar um perigoso limite. Tinha que manter-se em sua postura, e talvez para isso precisasse aceitar esse desafio.
-De acordo -disse com um suspiro, e se tombou de costas para lhe facilitar o acesso. - Vamos ao Virtue.
-Genial -disse ele.
Baixou a cabeça até seu ventre e a beijou no ponto adequado, fazendo que se esquecesse de tudo exceto da terceira ronda em uma só noite.

-Foi incrível -sussurrou Poncho ao ouvido de Anny quando se recompuseram a roupa nos assentos da limusine. - Seguro que está bem?
-Perfeitamente. As grávidas também podem fazer coisas divertidas -sorriu-lhe na escuridão, enquanto a limusine circulava pelas ruas de Nova Iorque. Uma tela os separava do chofer, quem tinha instruções precisas de conduzir pela cidade sem apartar os olhos da estrada.
-Deveríamos repeti-lo alguma vez -disse-lhe Poncho.
-Resultará-nos mais caro quando tivermos que contratar a uma babá -morria de impaciência por ver seu bebê, mas sabia que ia supor uma mudança drástica em seu estilo de vida. –Dulce diz que está disposto a fazê-lo grátis, mas sei quanto necessita o dinheiro.
-Falando de Dulce,o que acontece essa viagem que vai fazer com o Chris ao Virtue? Não te parece algo estranho.
Anny se recostou relaxada no luxuoso assento. Entre o maravilhoso orgasmo e as excelentes perspectivas de seu plano, sentia-se muito satisfeita.
-Não me parece estranho -mais rápido do que ela esperava, mas não estranho.
-Bom, pois a mim sim. Chris insiste em que não é mais que uma aventura passageira, de modo que essa viagem não tem sentido.

-Certamente sinta curiosidade pelo lugar, depois de nos ouvir falar tanto.
-Não acredito. Algo está passando... E você parece ser o gato que se comeu ao canário.
-Ao canário? -Anny pôs-se a rir.
-Sabe ao que me refiro. Acredita que Dulce e Chris vão a sério, verdade?
-Pode guardar um segredo? -Anny pensou que já podia lhe contar seu plano.
-Claro.
-Não o conte a ninguém, e muito menos ao Chris.
-Não, mas não vás dizer que Dulce está procurando marido, e que quer jogar a luva ao Chris.
-Não. Dulce ainda está convencida de não querer um marido.
-Tiraste-me um peso de cima -disse Poncho com um suspiro de alívio.
-E quanto ao Chris, acredito que trocou que ideia resseio ao matrimônio.
-Estou de acordo, embora se nega a admiti-lo -olhou a sua mulher. - Acha que vai ao Virtue com a intenção de que Dulce troque de idéia?
Anny negou com a cabeça.
-Chris acredita que vai ganhar uma aposta absurda. Mas estou convencida de que em seu subconsciente está o desejo de conhecer os pais da mulher que quer como esposa.
-Mas Dulce não quer nem ouvir falar do tema, e por isso temo que Chris possa sofrer.
-Falarei com ela quando for o momento. Por agora as coisas vão melhor do que tinha imaginado.
-Já vejo que está satisfeita com esta armadilha que preparaste.
-É mais que uma armadilha -apertou-lhe a coxa com a mão e sentiu a reação de seu marido.
Talvez pudessem fazê-lo duas vezes antes de devolver a limusine.
-O que quer dizer? É ou não é uma armadilha?
-Para mim uma armadilha é algo como um encontro às cegas -subiu a mão até o vulto da coxa. - Meu plano é muito mais ambicioso. Quero lhe economizar a Dulce muito tempo e dor, e lhe dar ao homem que necessita como marido.
-Oh, meu Deus. Está pensando em casá-los!
-Por que não? A vida de solteiro não é para tanto, verdade? -deu-lhe um suave apertão.
-Sabe que vou estar de acordo contigo se segue me tocando assim...
-Você adora.

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bjix da Naty