Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

-Foi um prazer -disse ela ruborizando-se. - Aqui está o banheiro. Só temos dois na casa, assim terá que correr se quer ser o primeiro. Fernando, meu marido, ameaçou instalar uma dessas máquinas para tirar números.
-O melhor é levantar-se antes que ninguém -disse Dulce. - Mas os meninos têm vantagem, já que se levantam às cinco e meia para ajudar a papai no celeiro. E também Mariah se levanta muito cedo.
-Talvez desafie ao Jack e ao Josh a uma partida de cartas -disse Chris sonriendo. - O ganhador terá direito a ser o primeiro em usar o banho.
-OH, adorarão jogar às cartas contigo - disse Blanca. - Estão desejando conhecer um homem que tenha estado no Madison Square Garden. Espero que seja fã dos Knicks.
-Sim, sou-o -sustentou o olhar ao Dulce,lhe fazendo saber que se adaptava às mil maravilhas a essa classe de vida.
«Espera e verá», disse-lhe ela com os lábios.
Chris sentiu o desejo de beijá-la. Excetuando o dia que se conheceram, não tinha passado tanto tempo com ela sem fazê-lo.
-Deixarei-te para que fique cômodo -disse Blanca. - Vêem a salita quando estiver preparado.
Seguiu com sua filha pelo corredor cheio de fotos familiares. Não paravam de falar animadamente, e Chris pensou no encontro anual de seus pais. Nunca tinham nada que contar-se, salvo assuntos referentes ao dinheiro. Mas quando apresentou a Dulce, pareceu que os acabasse de conhecer. Tinha sido uma influência muito positiva no jantar... até que sua mãe a acusou de ser uma caça fortunas. Ao Chris ainda lhe fervia o sangue ao pensá-lo.
Pôs a pequena mala em um canto da habitação e deixou o casaco sobre a cama. Tinha que reconhecer que tinha feito essa viagem para conhecê-la melhor.
Poncho tinha razão. Christopher Uckermann começava a ir a sério com uma mulher pela primeira vez em sua vida. E lhe dava um medo terrível.

Dulce tinha esperado que Chris se acovardasse na diminuta casa de seus pais, entre aqueles móveis desvencilhados e com o alvoroço dos pirralhos. Mas não foi assim.
Não havia dúvida de que era a principal atração do jantar. Todo mundo, salvo Mariah, o fazia pergunta sobre Nova Iorque. Ninguém considerava que Dulce tivesse passado ali o tempo suficiente para conhecer bem a cidade.
Graças a isso, ela pôde observar com atenção a outros. surpreendeu-se de notar quão bonita era sua família. A seus quatorze anos Deenna começava a ser uma autêntica beleza, e as outras meninas também foram por esse caminho. Jack tinha noiva, e Josh já começava a receber chamadas de garotas.
Também seus pais eram muito atrativos. Seu pai tinha cinqüenta anos, mas os largos ombros e as cãs lhe davam um aspecto muito interessante.
Pensou que também ao Chris sentariam muito bem as cãs. Mas para então ela não o veria. De repente sentiu uma dolorosa pontada no peito. Oxalá aquela viagem não dificultasse sua decisão.
Depois do jantar, Linda, de dez anos e muito aficionada aos jogos, levantou-se e voltou com o tabuleiro de damas.
-Façamos um torneio! -sugeriu muito entusiasmada.
-Primeiro os pratos -recordou-lhe Chris. Blanca insistiu em que se ocuparia ela. -Você tem feito a comida. Os meninos e eu recolheremos a mesa. Quem quer me ajudar?
Dulce observou boquiaberta como todos o seguiam entusiasmados à cozinha.
-Oh, eu adoro este menino -disse-lhe sua mãe.
-É um bom homem -disse seu pai. - Não acreditava que fosses encontrar a alguém assim tão logo, mas suponho que é normal, sendo o melhor amigo do Poncho.
-Só somos amigos -apressou-se a esclarecer Dulce. - Chris nos ouviu o Anny e a mim falar tanto do Virtue, que sugeriu...
-É algo mais que um amigo- interrompeu-a docemente Blanca. - E não veio para ver o povo. Veio para nos conhecer.
Dulce começou a pensar em algum outro tema de conversação.

Não sabia como lhe explicar a sua mãe que Chris só tinha ido comprovar a penosa vida quo levavam no Virtue. E o pior de tudo era que ao Chris parecia lhe encantar.
-Não, sério -disse ao fim. - Só somos amigos. Chris quis me trazer porque me via muito nostálgica.
-Não tem por que reconhecê-lo até que não esteja preparada -disse-lhe sua mãe com um sorriso de cumplicidade.
Estava claro que não acreditava.
-Isso -corroborou seu pai. - Não é nosso assunto, mas não acredito que nenhum homem, por muito rico que seja, gaste-se o dinheiro nesses bilhetes de avião a menos que tenha um interesse especial em vir.
-Mamãe! -gritou Marcie, a pequena de oito anos. - Fazem-nos falta mais panos!
-lré eu -disse Dulce levantando-se.
Correu ao armário e tirou uns quantos panos.
Quando entrou na cozinha ficou perplexa ao ver o Chris, o semental da Wall Street, com os braços talheres de sabão até os cotovelos. A seu lado, de pé em uma cadeira, Mariah lhe dava os pratos.
Jack se encarregava da secagem e Deenna de guardá-los.
-Quanto antes acabemos, antes começaremos com as damas -exclamou Chris.
Dulce estava tão assombrada de vê-lo ali, que não se deu conta de que Marcie lhe tirava os panos da mão e os passava a Linda.
-Cuidado quebrando algo! -gritou Jack.
-Tranquilo -disse Chris. - Se quebrarmos algo teremos que tirar nossas economias para comprar uma baixela nova a sua mãe.
-Eu tenho um cofre de moedas! -anunciou Mariah.
-Estupendo -Chris assentiu. - Quando tiver economizado o suficiente, ajudarei-te a investi-lo.
Dulce saiu da cozinha enquanto todos ficavam a gritar para convencer o de seu melhor investimento. Pelo visto, não conhecia tão bem a esse homem, depois de tudo.
À medida que passava a tarde, Chris se ia envolvendo mais nos assuntos domésticos. Entre partida e partida de damas, os meninos lhe ensinavam seus brinquedos e bonecas, até que Blanca anunciou que era hora de ir-se à cama. Naturalmente, nenhum aceitou.

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bjix da Naty