Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

-O que te faz pensar que eu quero algo sério?
Dulce conteve a respiração.
Tinha estado segura de que ele também estava apaixonado. Talvez se tivesse equivocado em suas hipóteses.
-Passei-o muito bem contigo, Dulce-sua voz era tão gélida como o frio exterior. - E também me gostou de muito conhecer seu povo. Foi muito educativo.
Educativo? Tivesse jurado que Chris tinha ficado encantado com a vida rural. Ela mesma tinha descoberto que amava seu povo por cima de tudo.
-Suponho que... interpretei mal seus sentimentos.
-Disse-te que não queria nada sério, e assim é -disse ele. - Se quer deixar de me ver, de acordo. Mas acredito que é uma lástima que desperdicemos a oportunidade de seguir compartilhando um sexo tão incrível - sua expressão era inescrutável. - A menos que não possa controlá-lo.
Ao Dulce deu um tombo o coração. Sabia que uma relação meramente sexual já não era possível. Não depois de haver apresentado a seus pais e lhe haver ensinado o povo de sua infância. Não depois de havê-lo visto lavando os pratos com seus irmãos.
-Sinto muito, Chris -disse-lhe tentando não chorar. -Não posso controlá-lo.
Ao Chris os olhos brilharam com algo que podia ser fúria ou dor. Manteve a vista à frente, sem dizer nada. Não falou nem quando ela saiu frente a seu bloco e lhe disse adeus.
Mas quando ela tentou pagar a corrida, ele a agarrou fortemente pela munheca.
-Não -disse-lhe.
Ela foi incapaz de discutir. Soltou-se e correu para o portal.
Foi-se. Chris se recostou no assento e tratou de não derrubar-se. Não podia acreditar que Dulce partiu de sua vida. Aquilo tinha que ser um horrível pesadelo.
Havia tentando não lhe mostrar seus verdadeiros sentimentos, inclusive lhe tinha proposto seguir só com o sexo, mas ela o tinha descoberto tudo.

Deus... Por que não se teria mordido a língua a tempo?
Seus pais lhe tinham ensinado a não mostrar suas emoções. Como tinham podido falhar tantos anos de treinamento?
A resposta era muito fácil: porque nunca tinha tido que esconder algo tão forte. Não tinha sido capaz. E por isso ela partiu.
Durante as duas semanas seguintes, Chris jogou mais partidas de tênis que em toda sua vida. Logo ficou sem rivais, porque a ninguém gostava de jogar com alguém que tentava aniquilar ao competidor. Inclusive a paciência de Poncho tinha seus limites.
O que não esperava era que Anny irrompesse em seu escritório uma segunda-feira pela manhã.
-Vais matar a meu marido e pode que a ti mesmo! Como pode ser tão egoísta? É seu melhor amigo.
-Alegra-me verte, Anny -disse ele levantando-se.
-Pode-se saber o que te passa? Acredita que fazer de macho em uma pista de tênis te vai levar a algum lado?
-Não tento ir a nenhuma parte -repôs ele -Só intento fazer um pouco de exercício.
-Não diga tolices. Sei o que te passa; o que não compreendo é por que não tentaste falar com Dulce.
-Por que deveria fazê-lo? Ela não quer. Foi muito clara a resseio!
-E você acreditou, como não... Posso me sentar?
-Claro que acreditei! Ela quer ser livre!
-Sentarei-me com ou sem sua permissão -sentou-se frente a sua mesa. - E te aconselho que faça o mesmo. Temos que falar.

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bjix da Naty