Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

 Depois de oito encontros com oito homens diferentes, Dulce se perguntou o que tinha passado com a beleza masculina de Nova Iorque.
De cara eram todos bastante atrativos, mas bastava uma hora em sua companhia para ver que deixavam muito que desejar.
Nenhum tinha os olhos como do Chris, nem os ombros tão largos. E nenhum tinha sentido de humor nem podia manter uma conversação de mais de dez palavras.
Não chegou a beijar a nenhum, e muito a menos a convidá-los a seu apartamento. Seu plano não estava resultando tão divertido como pensava.
Anny tinha tentado convencê-la para que chamasse o Chris, mas o orgulho o impedia. Por nada do mundo queria pensar no matrimônio... Embora alguma que outra vez se surpreendeu sonhando acordada com anéis e vestidos de noiva. E teve que reconhecer que Chris seria o candidato ideal.
Quando o telefone soou na segunda-feira de noite, esperou que não fora nenhum dos homens com os que se encontrou ultimamente. Só lhe interessava um... E ele não queria saber nada de um compromisso permanente.
Respondeu à chamada e ouviu a voz desse homem tão especial. O coração lhe deu um tombo. Tentou manter um tom tranqüilo, mas lhe resultou impossível.
-Olá, Chris.
No breve silêncio que seguiu, imaginou um milhão de razões que explicassem sua chamada.
Se lhe propunha retomar sua relação sexual, ela aceitaria sem duvidá-lo. Estava desesperada por voltar com ele, incondicionalmente.

-Eu... -balbuciou ele, e se esclareceu garganta. - Queria saber se vai me devolver o casaco.
A decepção lhe atravessou o peito. Só queria recuperar seu casaco, enquanto que ela fantasiava com finais felizes e tudo isso.
-E o que passa com a mesa e as cadeiras? -perguntou sem poder conter o sarcasmo. - Suponho que também quererá as recuperar.
-Não, pode ficar com elas. Não me fazem falta, mas o casaco sim.
-De acordo. O darei ao Anny, e ela pode dar-lhe ao Poncho, e Poncho pode...
-Não quero esperar tanto. Quero que me traga isso esta noite.
-Esta noite?
-Sim. Esta noite -repetiu com firmeza.
Ela franziu o cenho com irritação. Traste ditador... Depois de tudo, talvez não fora o marido perfeito. Menos mal que não ia comprometer se com ele.
-De acordo. O levo para ti -reprimiu-se para não acrescentar: «majestade». - Adeus.
Depois de desligar foi ao armário e tirou o casaco. Chris tinha outros, assim não podia estar tão interessado nesse. Só ficava uma explicação: queria vê-la.
Bom, não era tão estranho. Havia-lhe dito que poderiam seguir com a relação sexual.
De modo que podiam deitar-se aquela noite, fazê-lo outra vez aos dois dias, logo esperar três, e assim sucessivamente até que pudesse superar sua ausência.
Enquanto isso lhe tiraria o maior partido possível em seu luxuoso apartamento. Começou a tremer da excitação. Mas recordou que tinha que apresentar-se fria e serena. Não podia lhe mostrar que estava apaixonada.
Colocou sua jaqueta e aos poucos minutos estava em um táxi.
Não deixava de tremer. Respirou fundo e tratou de adotar uma atitude mais despreocupada. «Finge até que o consiga». Aquela seria a última prova de seu lema.
Quando bateu na porta de Chris, tinha respirado tanto que devia estar hiperoxigenada.
A porta se abriu, mas não viu ninguém.
-Chris?
-Entre.

Era sua voz, mas não podia vê-lo.

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bjix da Naty