Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

-Possivelmente você ainda não me ame -continuou ele. - Anny diz o contrário, mas...
-Anny te há dito isso? -ia matar a... Ou talvez não. Não havia dúvida de que Anny era a responsável por aquele disfarce de couro. - Anny é uma charlatã.
-Então está equivocada... -o brilho de seus olhos se apagou.
Dulcel he sujeitou a cara entre as mãos. O coração lhe pulsava de amor por aquele homem tão doce e tão sexy.
-Não -sussurrou-lhe. - Tem razão.
-Tem razão?
-Sim, mas me lhe teria gostado de dizer isso eu mesma e...
-Tem razão? -o sorriso do Chris iluminou a habitação em penumbra. - Em tudo?
-É... A que te refere?
-A que te quer casar comigo.
-Mas como é possível que Anny saiba isso? Eu nem sequer sabia até um par de horas!
-Então sim que quer.
-Sim -rendeu-se ao inevitável. Anny se desfrutaria do lindo, e ela o permitiria. Quão único importava era que ia passar toda sua vida com aquele homem. - Chris, por favor... Me ame.
-Não posso evitá-lo -disse ao tempo que a penetrava. -Quero-te muito.
-E eu a ti -sentiu o tato do couro contra a coxa. -Ainda tem postos as calças.
-Sim. Quando abre a braguilha o resto permanece em seu lugar. Você gosta?
-Voltam-me louca.
-O que te hei dito ia a sério, Dulce-incrementou o ritmo de suas investidas. - Posso ser qualquer homem que queira. Qualquer fantasia.
Ela sentiu a iminência de outro orgasmo.
-Acredito que... Oh, Deus, assim... Quero que seja meu... Marido... Minha fantasia -jogou os braços ao pescoço e se aferrou com força enquanto o clímax estalava em seu interior.

Dulce agarrou uma taça de champagne e olhou para a pista de baile, onde seu marido dançava com sua irmã Deenna. Jamais se tivesse imaginado que aos seis meses de mudar-se a Nova Iorque estaria bebendo champagne rosado no Grange Hall, o dia de suas bodas.
E nunca se imaginou que poderia ser tão feliz.
Surpreendentemente, seus aristocráticos sogros tinham aceito o convite. De fato, relaxaram-se bastante do jantar da noite anterior, em que Chris tinha desafiado a seu pai a ver quem bebia mais cerveja, e Alexandra tinha animado a seu marido à vitória.
Naquele momento os dois dançavam pegos, e não precisamente para dar a imagem de um casal convencional.
-Seus sogros parecem estar divertindo-se -disse Anny ao Dulce.
-Sei –Dulce tomou outro sorvo de champagne e decidiu que não sabia tão mal, depois de tudo. - Não é maravilhoso?
-Graças a ti. Parece que obraste um milagre.
-Chris me advertiu que não me faça ilusões. Anny lhe colocou um braço pela cintura e lhe deu um forte apertão.
-Tem razão, mas nunca se sabe.
Dulce olhou a sua dama de honra.
-Eu digo que dentro de nada estarão beijando-se.
-Já veremos... Ah, há algo que queria te dizer. O que era...? Ah, já me lembro: Eu te disse.
Dulce pôs uma careta.
-Sim, acredito que só me há isso dito quinhentas vezes.
-Lhe estava procurando isso ao te burlar de meu matrimônio com o Poncho. E falando de meu escravo de amor, olhe como dança com Elisa. Está louco por essa menina.
-Como se você não o estivesse -a Dulce lhe encolhia o coração cada vez que olhava à filha do Anny. - Nem sequer deixa que Chris e eu façamos de babás.
Anny sorriu.
-Tenham um filho próprio.
-Ei, espera um momento. Acaba de conseguir que nos casemos. Não tente agora que tenhamos um filho tão logo. Antes quero passar algum tempo desfrutando de minha vida de casada.

-Se você o disser... -Anny sorriu maliciosamente.
-Advirto-lhe isso. Nem te ocorra lhe falar com o Chris do tema.
-Não direi nenhuma palavra. Mas olhe como está olhando a Elisa.
Dulce olhou a seu marido. Parecia comer-se com os olhos à pequena filha do Poncho e Anny.
E, postos a pensar nisso, quando fizeram o amor no assento traseiro de um carro duas noites atrás, Chris havia dito que estava começando a cansar-se dos preservativos.
-Tranqüila -disse-lhe Anny. - Com um homem como ele, tem a diversão garantida e as loucuras para o resto de sua vida.
-Sobre tudo se segue lhe dando conselhos. Ainda não posso acreditar que bolou aquele retiro da máscara.
-Mas funcionou, não é assim?
-Sim, mas acredito que...
-Hora de que os noivos dancem juntos -Chris apareceu nesse momento e a arrastou à pista de baile.
Ela o olhou aos olhos. Seguia-lhe parecendo incrível que estivessem casados. Adorava pensar nisso, porque lhe parecia um sonho.
-Não sente como sim fosses despertar de um momento a outro e descobrisse que nada disto é real? -perguntou-lhe enquanto começavam a dançar.
-Espero que não -disse-lhe olhando-a com ternura. - Esta é minha fantasia particular.
-E também a minha -jogou-lhe os braços ao redor do pescoço. - Está Anny tentando te convencer para que tenhamos filhos já?
Ele sorriu.
-Sim. Pelo visto também gostava das séries familiares de televisão.
Dulce teve o pressentimento de que tinha perdido a batalha.
-Então... convenceu-te?
-Sim -respondeu-lhe com um sorriso ainda mais largo.
-Chris! Sabe que quero esperar -mas seu corpo vibrava com a emoção de fazer o amor com ele e conceber a seu filho.
-Sei. Seguiremos usando contraceptivos, se assim o preferir.
-Prefiro-o -ao menos uma parte dela o preferia. Talvez. Ou possivelmente...
-A menos... -sussurrou-lhe ele ao ouvido.
-A menos o que?
-A menos que durante a lua de mel... Sinta o irrefreável impulso de fazê-lo.
E ela soube, enquanto se estreitava entre seus braços, que aquilo era exatamente o que desejava.

                            Fim...