Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA
-Viu-me fazer o ridículo com as ferramentas -disse Chris ao Poncho.
Nunca se havia sentido tão torpe diante de uma mulher. E o pior era que se supunha que não devia lhe importar.
-Não é tão grave -disse Poncho enquanto terminava de fixar as peças do cabecero.
-Para mim não pode ser mais grave. Demônios, é a primeira mulher que conheço que tem sua própria caixa de ferramentas.
-Bom, você deve ser o primeiro homem com pastas que ela conhece. Além disso, o que te importa o que pense de ti?
-Tem razão -não ficava mais opção que mentir. - Não me importa.
-Estupendo. Por um momento, parecia te importar muito. Agora, agüenta isto enquanto termino de fixar a estrutura.
-De acordo -Chris se moveu para o extremo da armadura. - Mas se for ser eu quem a proteja na grande cidade, não acredito que me de uma boa imagem sendo tão inútil com as ferramentas.
-Se preocupa muito. Não acredito que pense mal de ti por isso.
-Sim, seguro que tem razão. Além disso, não importa se pensar mal ou não -a conversa começava a incomodá-lo. Era melhor falar da cama, com aqueles postes esculpidos que se elevavam mais de dois metros. Havia algo fálico neles. - Esta cama é imensa.
-Como já hei dito, não sei por que teve que comprar esta monstruosidade.
-Para celebrar orgias? -perguntou sem pensar.
-Deus, espero que não. Anny perderia os estribos se soubesse que Dulce tem pensado algo assim.
-Então esperemos que não -Chris era muito conservador para pensar em casais múltiplos, e entretanto se perguntava que segredos esconderiam aqueles cabelos vermelhos.
-Suponho que terá que compreendê-la -disse Poncho. - Viveu toda sua vida compartilhando o mesmo dormitório com suas irmãs. Que classe de vida é essa para uma adolescente?
-Frustrante -reconheceu Chris.
Pensar no Dulce como em uma besta sexual o punha nervoso.
-O povo do Virtue não oferece muitas oportunidades para praticar o sexo fora do matrimônio -seguiu Poncho. - Só estão os caminhos desertos e pouco mais. Não há pensões, nem motéis, nem sequer um camping. E embora o houvesse, ninguém poderia hospedar-se neles sem que soubesse todo o povo.
-Soa a algo terrível. Não se parece em nada a nenhum povo que tenha visto.
-Não, mas assim são os povos do interior, amigo. Anny e eu passamos nossa noite de bodas no velho dormitório de Dulce. Havia tanto ruído, com madeiras rangendo, gatos, cães e armadilhas para ratos, que acabamos em uma estrada deserta no meio do campo.
-Incrível -no mundo dos ricos não existiam semelhantes controles. Assim que Chris teve idade suficiente para conduzir, lhe proveu de um carro e de toda a liberdade possível. Seus pais estavam muito ocupados para lhe emprestar atenção.
-É gracioso pensar que nosso primeiro filho foi concebido no assento traseiro de um Dodge - disse Poncho. - É como voltar para os dias do instituto, ou melhor dizendo, às noites. As sextas-feiras de noite, depois do jogo de futebol, era o melhor momento. Suponho que igual a para ti.
Chris olhou pela porta para assegurar-se de que as mulheres seguiam no dormitório.
-Nunca me deitei com uma garota em um carro -confessou.
-Vamos, não brinque.
-Digo-o a sério.
-Nem sequer em uma limusine?
-Por Deus, claro que não. Com Cecil e o chofer diante?
-Céus, não me tivesse acreditado isso de ti, com Cecil ou sem ela -Poncho seguiu trabalhando. - Anny e eu havemos pensando muitas vezes em alugar uma limusine. Seria muito mais espaçosa que o velho Dodge.
-Nunca saí com ninguém a quem gostasse da idéia -era melhor desculpar-se com isso, em vez de reconhecer que nunca tinha considerado a possibilidade.
-Machuca, embora agora que o diz, eu tampouco até que apareceu Anny. Talvez, por ter vivido em um povo, tinha uma imaginação sexual transbordada.
-Sim, talvez -voltou a pensar em Dulce.
Certamente estaria encantada de fazê-lo em uma limusine, mas não ia ser ele quem o comprovasse.
-Em qualquer caso, dou-lhe graças a Deus por haver dado ao Anny. Sei que você não gosta de pensar no matrimônio, mas é fantástico, amigo. Realmente fantástico.
-Me alegro por ti -disse-lhe com sinceridade, mas não estava seguro de que Poncho seguisse pensando igual ao cabo de um ano.
Chris ficou pensando na farsa de seus pais enquanto via Poncho trabalhar. Ao cabo de um momento acreditou saber como se fazia e lhe pediu que lhe deixasse usar a chave inglesa.
-Adiante -respondeu Poncho, e lhe tendeu a ferramenta.
Chris imitou os movimentos que tinha visto e comprovou com satisfação que os parafusos giravam na direção desejada.
-Quem tivesse pensado que fazer isto fora tão divertido?
Poncho se pôs-se a rir.
-Agora temos que subir o dossel e fixar as tabuletas superiores. Quer fazê-lo você?
-Como vou subir tão alto? -perguntou Chris.
Poncho assinalou um par de caixas.
-Por isso pesam devem conter livros.
-De acordo -Chris empilhou as caixas e subiu com cuidado. - Me passe uma das tabuletas -desejou que Dulce aparecesse nesses momentos e visse que era ele quem tinha a chave inglesa na mão. - Agora que vi como se faz não parece tão complicado, mas é muito, embaraçoso para um homem de trinta e um anos não ter feito antes nada parecido.
-Por que? -Poncho o observou com os braços cruzados. - A gente aprende por necessidade e não te fez falta. Estou seguro de que se Dulce tiver uma caixa de ferramentas é por ser a filha mais velha. Seu pai teve que lhe ensinar para que pudesse ajudar em casa, igual a fez meu pai comigo.
Chris moveu as caixas de lugar e voltou a subir.
-Meu pai só me ensinou a ler os valores da Bolsa.
-O que te tem feito ganhar muito mais dinheiro que se te houvesse ensinado a distinguir entre umas tenazes e uma chave inglesa, me acredite.
-Sim, mas não sei nem trocar uma tomada.
-Quando conduz um Mercedes não se supõe que tenha que trocar você mesmo as tomadas. Nem sequer que tenha que abrir o capô. Imagina a quantos engenheiros alemães arruinaria se aprendesse a fazer porcarias.
-Pode que me faça com uma Harley e ponto - Chris começou a fixar a última esquina da cama.
-Vamos deixar o tema, quer? Parece-me que a cerveja e a chave inglesa lhe subiram à cabeça.
-Se preocupa lombriga com uma Harley? -perguntou-lhe Chris com um sorriso.
-Preocupa-me que te parta a cabeça tentando emular ao Sylvester Stallone em uma Harley. Essas coisas são mais perigosos do que parecem.
-Pode -quando Chris baixou ao chão, uma das caixas se derrubou e deixou escapar vários livros. - Vá, tinha razão com o conteúdo destas caixas.
Agachou-se para recolhê-los e então se fixou nos títulos: As fantasias eróticas da mulher moderna; Prazeres orgiásmicos e aventuras sexuais para a mulher atrevida.
-Chris? -chamou-o Poncho. - Vais pôr te a ler ou pensa me ajudar a colocar o colchão?
Chris voltou a guardar os livros e fechou a caixa.
-Não são só livros -disse em voz baixa.
-O que quer dizer?
-São livros de sexo.
-Então os tem na habitação adequada - disse Poncho rindo.
-Suponho que sim -Chris tentou mostrar-se tão despreocupado como Poncho, mas não pôde apartar esses livros de sua cabeça.
Além do Play boy, nunca tinha lido nada sobre sexo. E tampouco suas namoradas. Comprar um livro desses era o mesmo que admitir que não se sabia nada do tema. E ele sim que sabia.
-Vamos -animou-o Poncho. - Me ajude a colocar este colchão.
-Alguma vez tem lido livros desses?
-Folheei um par deles que tem Anny.
-E aprendeste algo novo?
Poncho se encolheu de ombros.
-Algumas coisas.
-Só perguntava -Chris não era tolo, e sabia que Poncho os tinha lido até a última página. -Acabemos com isto de uma vez.
-De acordo -por sorte a colocação do colchão requeria mais força que cérebro.
Comentem plixxx *-*
bjix da Naty
Autor(a): natyvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1367
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stellabarcelos Postado em 07/09/2015 - 11:53:56
Que lindos! Amei! Parabéns
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larivondy Postado em 29/10/2013 - 15:32:01
AMEEEI A WEB!!
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:34
amei
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:34
amei
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:33
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:32
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:31
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:30
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:30
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luan Postado em 06/12/2009 - 01:49:28
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