Fanfic: * * * Instinto * * * - adaptada - TERMINADA

Chris tinha o cérebro saturado pelos pensamentos de uma jovem que tinha chegado à cidade em busca de vida sexual. Mas se alguém não cuidava dela, certamente acabaria metida em problemas.
Chris pensou nisso enquanto ele e Poncho se esforçavam com o grosso colchão a prova de sexo. Finalmente, depois de umas quantas maldições bem escolhidas, o colchão esteve colocado. A cama estava preparada.
Chris ficou de pé junto ao Poncho olhando o resultado e perguntando-se o que fazer.
-Eu também tenho uma cama, mas esta parece muito maior.
-Acredito que é por estes postes maciços -disse Poncho. - Além disso, a sala não é muito maior que o dormitório. Dulce teve sorte de que estes apartamentos tenham o teto alto. Esta cama está pensada para a suíte do Ritz.
-Já está! Viva!
Chris se voltou e viu como Dulce se aproximava correndo à cama, tirava-se os sapatos e se atirava sobre o colchão.
-Perfeita! -tombou-se de costas e estirou os braços. - Eu adoro. Sabia que eu adoraria; sabia.
Chris sentiu uma pontada de desejo que se obrigou a reprimir. Se alguém como ele, tão frio e cometido, tinha uma reação semelhante para Dulce; o que seria de alguém mais descontrolado?
-Aqui está muito bem -comentou Anny. - Não é muito convencional, mas, depois de tudo, estamos em Nova Iorque.
-Será motivo de bate-papo, isso seguro -disse Poncho.
Chris não pensava que o bate-papo fora o propósito do Dulce,mas não podia negar que era uma mensagem explícita. Com uma cama assim na sala não podia convidar a um homem a tomar café e esperar que tão só bebessem café.
-Graças aos dois por me montar isso -disse ela sentando-se com as pernas cruzadas. - É preciosa.
-Não há de que -respondeu Chris. - Encantado de poder ajudar.
-Daqui posso ver as árvores de Central Park. E de noite poderei ver as luzes. Dessa maneira me lembrarei de que estou em Nova Iorque cada vez que abra os olhos e justo antes de fechá-los.
-Que era justo o que você queria -disse Anny, e olhou seu relógio.- Vá! Temos que ir, Poncho.

Ao Chris entrou o pânico. Não podia ficar a sós com o Dulce. Ainda não.
-Aonde vamos? -perguntou Poncho surpreso.
-Não te lembra? Vânia, minha colega de trabalho, me vai emprestar um berço, e ficamos de ir recolher antes das três.
-Eu também deveria ir -disse Chris. - Tenho que. ..
-Hoje? -Poncho parecia confuso. - Não sabia que era hoje.
Anny se aproximou e lhe deu um tapinha no braço.
-Não importa. Menos mal que o recordei a tempo. Quer trazer os casacos, carinho? Chris, não se sinta obrigado a partir.
Dulce saltou da cama.
-Faz-lhes falta ajuda com o berço? Posso lhes devolver o favor da cama.
-Claro -disse Chris. - Boa idéia. Vão os três a procurar o berço.
-Já nos arrumaremos isso -disse Anny. - Dulce,sinto que não tenhamos tempo de pôr o dossel. Sei o muito que desejava vê-lo.
Poncho começou a tirar o casaco outra vez.
-Chris e eu podemos fazê-lo em um minuto. Vamos a...
-Não podemos -interrompeu-o Anny. - Se não sair agora mesmo não veremos Vânia, e não podemos lhe fazer isso, já que vai emprestar uma relíquia familiar.
-Não, claro -Poncho voltou a por o casaco. - Mas está segura de que era hoje? Tivesse jurado que...
-É hoje -insistiu sua mulher, e olhou ao Chris. - Seguro que Dulce e você podem pôr o dossel.
-Oh, não -disse Dulce. - Chris já tem feito o bastante. O dossel pode esperar, ou posso pô-lo eu mesma.
Chris imaginou ascensão a umas caixas cambaleantes e caindo ao chão. Podia se machucar. Então pensou no entusiasmada que se mostrou ao ver a cama. Alguém assim merecia ter o resultado completo.
Além disso, era ridículo partir do apartamento como se não pudesse dirigir a situação. E que sim tinha uma coleção de livros eróticos? Isso não significava que fossem estrear a cama.
-Podem ir -disse a Anny e ao Poncho. - Eu ficarei e a ajudarei com o dossel.
-De verdade que não é necessário -disse Dulce.
-Por mim não há nenhum problema.

-De acordo, pois nesse caso iremos -disse Poncho. Agarrou as chaves da caminhonete e se encaminhou para a porta- Dulce,por favor, se necessitar algo, me chame. O telefone funciona, verdade?
-Sim, comprovei-o ontem, quando vim recolher as chaves.
-Até segunda-feira, Poncho -despediu-se Chris.
-Até segunda-feira, Anny -despediu-se Dulce.
-Até segunda-feira -repetiu Anny, e fechou a porta.
-Está tramando algo -disse Poncho a Anny quando as portas do elevador se fecharam.
-O que te faz pensar isso? -Anny se jogou o cabelo para trás e pôs uma expressão inocente.
-Porque parece muito satisfeita de ti mesma, e sigo acreditando que devíamos recolher o berço amanhã. Está tentando juntar ao Chris e ao Dulce? Quero dizer... juntá-los?
-Oh, talvez... Um poquinho -decidiu lhe contar a verdade pela metade.
-Anny! Sabe que Chris não quer nem ouvir falar de uma relação. E além disso, sabe que ele e eu tínhamos acordado que nunca...
-Oh, já sei qual é seu ridículo acordo. E não importa, porque não é você quem vai fazer, e sim eu.
Poncho a olhou com o cenho franzido.
-Não posso acreditar que vás fazer algo assim.
-OH, vamos, não é o fim do mundo. Além disso, Chris é o tipo perfeito para uma relação. É encantador, rico e muito bonito.
-Nunca me disse que te parecesse bonito.
-Porque não é tão bonito como você -tomou a cara entre as mãos e o olhou aos olhos. - Você é mais bonito que um cachorrito de dálmata.
Ao Poncho adorava aquelas expressões de garota de campo. Não pôde manter o cenho franzido.
-Não cria que me falando com esse tom me vais desviar do tema -disse-lhe sem muita convicção. - O que vais fazer lhe a meu amigo?
-Nada que não goste -passou-lhe os dedos pelo cabelo, sabendo que também gostava. - Ouça, Dulce está procurando um homem que seja como ele, assim que o que tem que mau em lhe apresentar a alguém de confiança?
-Leva muito tempo lhe dando voltas a isto, verdade?

-Mais ou menos -não disse que tinha a esperança de emparelhá-los desde dia de suas bodas.
Poncho negou com a cabeça.
-Teria que haver imaginado. De fato, já me cheirei algo estranho quando propôs que Chris fizesse companhia a Dulce. O poderia ter pedido a Doris ou a Ellen, mas não. Tinha que ser Chris. Pareceu-me suspeito desde o começo, mas não fiz caso de meu instinto.
-Oh, Poncho -acariciou-lhe brandamente a bochecha. - O que tem que mau?
-Que está rompendo nosso acordo -soltou um suspiro de resignação. - Na segunda-feira terei que contar-lhe tudo.
Anny sorriu.
-Seguro que já sabe e não lhe importa. Não te fixaste em como a olhava?
-Como? Como a olhava?
-Homens... Nunca lhes fixam no que importa - disse ela enquanto saíam do elevador.
-Não acredito que a estivesse olhando de maneira nenhuma -insistiu Poncho. - E tenho que lhe advertir sobre a armadilha -abriu a porta do portal para que Anny passasse.
-Não acredito que seja necessário.
-Sim que o é -rodeou-a com um braço enquanto se dirigiam para o estacionamento subterrâneo. - Isto é coisa de homens. Uma questão de honra.
-Está bem, vê e o conte que violaste seu precioso código. Mas me responda com sinceridade, não crie que ele e Dulce poderiam acontecê-lo muito bem juntos?
Poncho duvidou um momento antes de responder.
-Não acredito. Por isso nunca nos tendemos esta classe de armadilhas. Nunca se sabe sea gente se levará bem ou não.
-Claro que sim! Pensa nisso. Chris sempre está saindo com essas mulheres tão sofisticadas que gozariam da aprovação de seus pais. Não sei você, mas eu as encontro a todas igual de aborrecidas. E acredito que Chris pensa o mesmo.
-Suponho que sim. Está claro que Chris nunca se desfeito em louvores sobre alguém.
-Então, por que lhe danificar agora a oportunidade de divertir-se um pouco?
Poncho franziu o cenho, pensativo.
-Tenho que pensar nisto. Eu não gosto da idéia de trair a meu amigo.

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bjix da Naty