Fanfic: * * * Vida de princesa * * * adaptada - TERMINADA
— O que está acontecendo?
— Tentei contar no avião voltando de Nova York, mas você não quis ouvir. — O que era uma acusação, e não uma resposta, mas ainda doía o fato de ele estar tão pronto para abrir mão do casamento que sequer havia se importado com as razões dela.
— Não, eu teria me lembrado.
— Sim, tentei.
— Quando tentou me contar sobre essa horrível hemorragia e toda essa dor? — ele perguntou, ainda parecendo duvidar dela.
— Quando tentei dizer que temos que terminar nosso casamento, mas aí você falou que queria terminar de qualquer forma, e isso não pareceu ter mais importância. — Por mais que tentasse, não conseguia encarar isso com tranqüilidade.
Isso a arrasou, o que estava explícito na sua voz. O forte corpo dele foi tomado de tensão.
— Foi por isso que pediu divórcio? Por causa da dor e da hemorragia?
— De certa forma, sim.
— Explique de que forma.
— Não pareço mais terrível? — ela perguntou com um pouco do seu antigo senso de humor.
— Parece tão cansada que mal consegue ficar acordada e devíamos deixar para amanhã, mas não posso.
— Nem eu — ela admitiu. Queria contar a verdade Queria que ele parasse de olhar para ela como se fossem inimigos. — Tenho endometriose.
— O que é isso?
Ela tentou concentrar a mente confusa para descrever tecnicamente.
— É uma doença ligada ao meu ciclo menstrual.
— Consegui perceber isso.
— Sim, bem... Não sou um médico. Não é fácil para mim explicar doenças.
— Desculpa, eu não devia ter sido sarcástico.
— Certo — ela estava contente por ele não a estar encarando, pois achava que não suportaria se tivesse de ver a reação dele. — Eu... um...
— Comece pelo começo. O que causa a dor?
— Em termos clínicos, é como se houvesse tecido similar ao uterino em outras áreas da minha pélvis... bem, pode ser de outras áreas, mas é pouco provável.
— Che chosa! — ele perguntou, parecendo impressionado.
— Você teve educação sexual na escola?
— Isole dei Re determina que o sistema de ensino público cobre algumas informações nos últimos anos antes da universidade.
— E você estudou em escola pública? — ela perguntou interessada, sem ter atentado para esse ponto antes.
— Si. Claro. Se é boa para as outras pessoas, é boa para nós. Chega de falar de escola, explique sobre esse tecido que mencionou.
— Bem, como eu ia dizendo, você se lembra das fotos na escola sobre o sistema reprodutor feminino?
— Sim.
— Ótimo. Pequenos pontos de tecido na parte externa das trompas de Falópio ou nos ovários... ou nas paredes vaginais.
Os músculos da coxa dele estavam duros de tensão.
— Quer dizer que eles se desenvolveram em todas essas partes em você?
— Sim.
Ele estremeceu. Ela suspirou.
— Podia ser pior. Na realidade, tenho sorte. — Mas não tanta quanto as mulheres que permaneceram férteis.
— Não me parece com sorte. Então essas lesões causam dor?
— Não são cortes... é o desenvolvimento do tecido, mas ele é preenchido com sangue durante o ciclo menstrual. Não tem para onde o tecido ir, e isso causa dor. Muita dor — ela acrescentou.
— Essa dor... dificulta a transa, não?
Ela bateu no lábio e assentiu.
— É por isso que vem se esquivando de mim tantas vezes nos últimos meses? — ele perguntou, com a voz curiosamente neutra.
— Sim — ela falou, suspirando.
— Não entendo por que o divórcio. Certamente sabe que, se tivesse me contado sobre a dor, eu não teria insistido no sexo.
Se fosse assim tão simples...
— Sim, eu sabia disso. — Mas saber disso não mudava o fato de que sem sexo ela não valia nada para ele.
Ele poderia ficar casado com ela sem o problema de infertilidade, mas não ficaria feliz com isso. Ela refletia se não tinha dado uma mancada ao contar. Tinha a ligeira suspeita de que a raiva dele o havia tornado mais honesto do que nunca.
— Então, por que o divórcio?
— Meu médico falou que de trinta a quarenta por cento das mulheres com endometriose se tornam inférteis.
Ele respirou fundo.
— O que quer dizer que sessenta por cento não se tornam.
— Não estou entre elas.
— O que está dizendo?
— O médico me contou que praticamente não há chances de eu engravidar sem uma fertilização in vitro e, mesmo assim, não há garantias.
— Mas você fez exames de fertilidade antes do casamento.
— A endometriose não é previsível. Eles não sabem o que causa a doença. Não há marcas que apareçam nos exames antes da manifestação, portanto os médicos não tinham como saber que eu teria isso, menos ainda sobre o impacto na minha capacidade de engravidar.
— E seu médico está certo sobre o impacto da doença em sua capacidade reprodutiva?
— Sim.
Houve um silêncio entre ambos que ela não podia suportar, então falou:
— Alguns pesquisadores estimam que essa seja a causa de até cinquenta por cento da infertilidade feminina.
Comentem plixxx *-*
bjix da Naty
Autor(a): natyvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2904
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stellabarcelos Postado em 16/04/2016 - 00:29:53
Ownt que fofos! Amei muito
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SweetPink <3 Postado em 27/07/2015 - 19:01:08
owwt ! muito linda amei <3
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larivondy Postado em 04/07/2013 - 21:59:00
ameeei! perfeita *-*
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rahhdyc Postado em 22/12/2009 - 15:18:01
iaê Naty! Mew quanto tempo. Mas agora voltei pro site; a web é perfeita, muito linda mesmo!
Ainda tô lendo, mas tá hiper incrivel.
Onde tá o povo desse site?? :(
parabens, pleas webs incriveis!
bjks -
natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:01:11
Gracias!!!
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natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:01:02
Gracias!!!
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natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:01:00
Gracias!!!
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natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:00:59
Gracias!!!
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anjodoce Postado em 06/12/2009 - 00:52:51
Terminei de ler...fico sem palavras de tão linda que foi...
Mais uma vez, parabéns BB e que os anjinhos continuem te protegendo e Papai do céu te abençoando para que continue escrevendo histórias tão bonitas quanto esta!!!!!!!!!!!!!
Beijos!!!!!!!!!!!! *-* -
anjodoce Postado em 06/12/2009 - 00:52:50
Terminei de ler...fico sem palavras de tão linda que foi...
Mais uma vez, parabéns BB e que os anjinhos continuem te protegendo e Papai do céu te abençoando para que continue escrevendo histórias tão bonitas quanto esta!!!!!!!!!!!!!
Beijos!!!!!!!!!!!! *-*