Fanfics Brasil - * * * Vida de princesa * * * adaptada - TERMINADA

Fanfic: * * * Vida de princesa * * * adaptada - TERMINADA


Capítulo: 9? Capítulo

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O prognóstico inicial do médico fora bastante perturbador. Ele pensou que ela sofria de endometriose, mas a única forma de saber realmente era fazer uma laparoscopia. Ela imaginou que poderia lidar bem com isso e aceitou uma prescrição para os remédios para dor até o mês seguinte, quando marcaria uma cirurgia.
Ela recebera o resultado no dia anterior, juntamente com um grande balde de água fria em sua esperança de que seria uma das sortudas que não sofrem tanto o impacto da doença. Aparentemente, sofria da doença há algum tempo, mas as pílulas haviam amenizado o efeito. Havia muito tecido ao redor dos seus dois ovários, e mesmo com a cirurgia para removê-lo, suas chances de engravidar naturalmente seriam inferiores a dez por cento. Mesmo que fizesse fertilização in vitro, não havia garantias.
Esses não eram o tipo de obstáculos com que o príncipe coroado Christopher contava quando a obrigara a fazer os testes de fertilidade antes de anunciar seu noivado. Um futuro rei tinha responsabilidades para com seu trono e uma das mais importantes era fornecer um herdeiro para dar seguimento à linhagem. Ele esperava que ela fosse capaz de fazer isso com cem por cento de sucesso e ela acabara se descobrindo estéril.
Depois de ver a forma como a imprensa e a família Scorsolini haviam reagido diante da suposta esterilidade de Marcello, Dulce sabia que não havia chance de seu orgulhoso marido querer sofrer o mesmo pelo bem dela. E ela não esperava isso dele.
Se ele a amasse, seria diferente, mas muita coisa seria diferente também. Amor não era uma emoção fácil de fingir, nem podia ser substituída pelo senso de dever.
Christopher podia oferecer a continuidade do casamento, mas seu coração não estaria ali e ela não poderia viver com a sensação de que era um fardo para ele... uma fonte de humilhação ao seu orgulho real.
Um soluço escapou de dentro de sua garganta e ela teve de levar a mão aos lábios para impedir que ele fosse ouvido no quarto ao lado. Sentindo-se como uma mulher velha, ela se forçou a ficar de pé.


 


Tomaria um banho... pelo menos no banheiro teria privacidade para chorar.
Depois de fechar a porta e ligar o chuveiro, ela pôde chorar bastante. Ela enterrava a perda do seu casamento, a perda de suas esperanças de ser mãe e parava de lutar contra a dor decorrente de amar um homem que não a amava nem nunca amaria.
Ela reprimiu cruelmente qualquer esperança de que tudo fosse ficar bem. No fundo do seu coração, sabia que não ficaria. Depois da reação de Christopher à sua repentina alteração da programação, não tinha mais a menor esperança de que seu casamento sobrevivesse a este revés.
E isso a destruía. Além de tudo, ela havia nutrido a tola esperança de que estivesse errada, de que, de alguma maneira, eles poderiam resistir ao tratamento de sua doença e dos problemas que ela traria. Ela não admitiu para si mesma porque teria doído muito, mas agora que estava diante do fim do seu casamento, não tinha escolha a não ser reconhecer que a chama da esperança havia se apagado.
Christopher não poderia ter deixado mais claro que não a amava. Todas as suas ações apontavam para as funções cuidadosamente definidas dela em sua vida, nenhuma delas ligada às suas necessidades emocionais. A menos que ele contasse com sexo e, ainda assim... ela não importava para ele.
Dulce tinha muitas esperanças quando eles se casaram. Eles formariam uma família e ela conheceria o amor que nunca conheceu dos seus pais com os filhos que viriam. Também esperava que Christopher eventualmente viesse a amá-la. Ela sempre quis isso, e agora não havia nada além das cinzas de um fogo que a havia consumido por três anos.
Ela queria ser mãe. Queria muito. Por que ele quis esperar? Por quê? Não era justo. Se tivesse engravidado logo no começo, talvez a endometriose não tivesse se manifestado. Mas os "e se" eram inúteis.


 


Ela havia aprendido que eles tinham muitas limitações. Ela queria dar à luz um herdeiro Scorsolini e educá-lo sabendo que o amor iluminava o caminho, e não os deveres, que havia mais na vida do que sua posição. Ela queria retificar os erros que seus pais haviam cometido com ela. Queria uma chance de amar, sabendo que as crianças a amariam, mesmo que seu pai nunca conseguisse fazê-lo.
Caindo de joelhos, ela chorou.
— Meu Deus, isso não é justo! — As palavras ecoaram no box e não havia ninguém para responder... ou, se Ele tivesse respondido, ela não ouvia a voz que vinha do paraíso.
Ela cobriu o rosto e chorou, mas, em algum momento, as lágrimas teriam de cessar. Ela chorou até secar. Desligou o chuveiro, com a garganta dolorida e os olhos quase embaçados. Não havia possibilidade de alguém olhar para ela sem perceber como havia passado a última hora, mas ela não se importava. Christopher não voltaria tão cedo e, quando chegasse, ela planejava estar dormindo. Estava cansada demais, esgotada emocionalmente.
Ela não havia notado o quanto era exaustivo fingir contentamento até permitir que tudo fosse embora. Com os membros doloridos, ela vestiu uma camisola e se deitou, sem se importar com o horário — apenas sete da noite.
Sem pensar, sua mão automaticamente procurou o outro lado da cama, mas é claro que estava vazio. Como havia ficado em tantas noites durante o casamento e ficaria todas as noites quando ela saísse de Nova York. Um soluço seco parou em sua garganta e ela o engoliu novamente, mas ensopou o travesseiro com lágrimas silenciosas antes de cair no sono. Ela pensou que as lágrimas jamais fossem acabar...
Ela acordou mais tarde, com o som do chuveiro e a luz vinda pela porta entreaberta do quarto. Eram nove horas. Ela piscou, tentando imaginar o que aquilo significava. Era mais cedo do que ela supunha que ele voltaria, mas não tão cedo para ela pensar que ele havia voltado por causa dela.


 


O chuveiro foi desligado e, um minuto depois, Christopher entrou no quarto totalmente nu e secando os cabelos. Ele se inclinou para acender o abajur do seu lado, iluminando seu corpo bronzeado com a meia-luz.
Ela sentiu a boca seca ao perceber desejo e necessidade emocional apertarem em sua barriga. Não havia mais lugar para desgaste dentro dela, mas, ainda assim, ele crescia, como se seu coração já não estivesse dizimado.
Ele jogou a toalha para o lado e olhou para ela. E então parou ao perceber o olhar dela.
— Está acordada.
— Você voltou.
— É claro.
Ela estremeceu diante do sarcasmo.
— Como foi a reunião?
Ela não se importava, mas nada mais veio à sua mente e o silêncio absoluto não funcionaria. Além disso, ela não tinha dúvidas de que a reunião fora exatamente como ele havia previsto. Ele era esse tipo de homem. Era necessário um forte desejo como a inteligência de Sócrates e Einstein combinadas para derrubar os planos de Christopher.
"Ou um sistema reprodutivo rebelde de uma mulher", zombava uma voz em sua mente. Ele não poderia lutar contra isso, independentemente do quanto fosse teimoso e inteligente, poderia? E mesmo que pudesse, não iria querer. Ela teria de fazer tratamentos que poderiam ou não ser bem-sucedidos para gravidez, e a imprensa aproveitaria tudo isso.
Ela não podia suportar o pensamento do que isso significava e sabia que ele não toleraria tamanha intrusão em sua vida.
— Foi como eu esperava. Roberto falou que você não jantou.
— Comi no avião.
— Uma xícara de café com dois biscoitos não é jantar.
— Foi o que eu quis.
— Está doente? — ele perguntou de uma forma tão direta, sem o menor traço de compaixão e preocupação, que ela estremeceu novamente. — Se está, não deveria estar viajando.
— Não se preocupe, não vou passar gripe nem nada para você. Não estou doente.
— Esperava que estivesse acordada quando eu voltasse, mas não estava.
— Eu não tinha como saber a que horas você voltaria.



Comentem plixxx *-*



bjix da Naty



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Autor(a): natyvondy

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— Passa um pouco das nove horas — ele afirmou isso como se não pudesse acreditar que ela fosse para cama tão cedo.Se ele soubesse que ela tinha ido se deitar por volta das sete horas, teria certeza de que estava doente. Ela não via razão para esclarecer nada.— Estava cansada.— Está grávida? — ele pergunt ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2904



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  • stellabarcelos Postado em 16/04/2016 - 00:29:53

    Ownt que fofos! Amei muito

  • SweetPink <3 Postado em 27/07/2015 - 19:01:08

    owwt ! muito linda amei <3

  • larivondy Postado em 04/07/2013 - 21:59:00

    ameeei! perfeita *-*

  • rahhdyc Postado em 22/12/2009 - 15:18:01

    iaê Naty! Mew quanto tempo. Mas agora voltei pro site; a web é perfeita, muito linda mesmo!
    Ainda tô lendo, mas tá hiper incrivel.
    Onde tá o povo desse site?? :(
    parabens, pleas webs incriveis!
    bjks

  • natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:01:11

    Gracias!!!

  • natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:01:02

    Gracias!!!

  • natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:01:00

    Gracias!!!

  • natyvondy Postado em 06/12/2009 - 01:00:59

    Gracias!!!

  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 00:52:51

    Terminei de ler...fico sem palavras de tão linda que foi...
    Mais uma vez, parabéns BB e que os anjinhos continuem te protegendo e Papai do céu te abençoando para que continue escrevendo histórias tão bonitas quanto esta!!!!!!!!!!!!!
    Beijos!!!!!!!!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 06/12/2009 - 00:52:50

    Terminei de ler...fico sem palavras de tão linda que foi...
    Mais uma vez, parabéns BB e que os anjinhos continuem te protegendo e Papai do céu te abençoando para que continue escrevendo histórias tão bonitas quanto esta!!!!!!!!!!!!!
    Beijos!!!!!!!!!!!! *-*


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