Fanfic: É Madrugada em Nice *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Movendo-se silenciosamente até o quarto de dormir! Anahí observou a cama desarrumada, as roupas sujas que se empilhavam sobre uma cadeira, a revista pornográfica que jazia aberta no chão e o frasco de aspirinas que repousava em cima de um console.

Sem dúvida, o Sr. Akhtopol era um grande desmazelado!

Nesse instante, o olhar de Anahí pousou sobre uma maleta preta que estava em pé, perto da cama.

Instintivamente, ela foi até lá e verificou que a pasta estava trancada. Num impulso, vasculhou a gaveta da mesinha dei cabeceira, sentindo-se vitoriosa ao deparar com duas chaves presas a um chaveiro de couro.

Com as mãos trêmulas de emoção, abriu a maleta, cujo conteúdo estava muito bem arrumado.

No compartimento central, havia uma caixa plástica, com cerca de vinte e cinco centímetros, marcada com o logotipo de uma famosa companhia de computadores, dentro da qual repousava um rolo de fita, marcado por um conjunto complicado de números de série.

Com a pulsação acelerada, deduziu que aquela fosse a fita de Alfonso e quase pulou de alegria.

Entretanto, precisava ser prática e não podia ignorar o risco de ser surpreendida ali, cometendo o que, em última instância, não passava de um furto.

Procurando controlar-se tornou a fechar a maleta e a colocá-la em seu antigo lugar, guardando as chaves de novo na gaveta. Em seguida, correu para a porta do terraço, tentando imaginar um meio de retornar à sua suíte.

Ao que tudo indicava, só lhe restava sair pela porta da frente, uma vez que não havia um único ponto onde pudesse se apoiar para saltar o muro de volta.

Depois de várias tentativas vãs de trancar à chave a porta que dava acesso ao terraço, Anahí praguejou baixinho, torcendo para que o búlgaro não se desse conta da invasão tão cedo.

Em seguida, enfiou a fita por sob o suéter e abriu a porta de carvalho, espiando o corredor, que por sorte encontrava-se deserto. Correndo para o elevador, decidiu telefonar a Alfonso de imediato.

Não seria prudente permanecer com a fita em sua suíte. Seus nervos estavam prestes a estourar devido à tensão, e um misto de culpa e excitação fazia com que sua respiração ficasse ofegante.

Ao chegar ao saguão do hotel, entrou numa das cabines telefônicas e discou rapidamente o número de Alfonso, rezando para que ele atendesse logo.

Por sorte, depois do segundo toque, a voz cordial e calma dele soou como uma bênção no outro lado da linha.

- Alfonso! Sou eu. Escute, pode vir ao hotel nesse minuto?

- Há alguma coisa errada?

- Não. Quer dizer, sim. Roubei sua fita de volta do Sr. Akhtopol.

- Você fez o quê? - indagou ele, entre divertido e alarmado. - Como? Não... nem me diga. Você está em sua suíte?

- Não! Vim para o saguão do hotel, no hall das cabines telefônicas.

- Chegarei aí dentro de trinta minutos. Vá para o toalete das senhoras, Anahí, e não saia de lá antes das cinco e quarenta e cinco. Eu a esperarei na recepção, entendeu?

- Sim.

- E Anahí... Por favor, tome cuidado.