Fanfic: É Madrugada em Nice *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- São números de vendas. - explicou Alfonso, afinal. - Essa fita é uma espécie de análise, semelhante à dos livros de contabilidade.

De repente, uma série de diagramas complicados começou a aparecer, e Anahí entusiasmou-se.

- Aí está!

- Infelizmente, não os meus. Pertencem a algum projeto muito menor do que o Churchill... Talvez correspondam a um satélite, ou a um míssil teleguiado.

Desapontada, Anahí recostou-se no sofá, desconfiando de que todo seu esforço não dera em nada.

- Não é a sua fita, é? - perguntou finalmente.

- Ao que tudo indica, não. A maioria desses dados referem-se a negócios que o Sr. Akhtopol fechou no ano passado... ou espera concluir enquanto permanecer na feira de aviação. Aqui, por exemplo, ele vende alguns aviões de transporte a uma companhia saudita de petróleo. A seguir vem o texto de um acordo com a RKM, outra grande empresa aérea. Depois, as bases de uma negociação com a British Petroleum para fornecimento de helicópteros destinados a uma plataforma marítima...

Alfonso apertou mais alguns botões no controle, e os números começaram a se suceder rapidamente.

- Vamos ver mais para o fim da fita... Pronto! Aí são pedidos que ele espera conseguir: componentes para a Alitalia, helicópteros para a polícia belga... Hum, o Sr. Akhtopol parece ser um vendedor viajante de alta classe, e este é o livro de pedidos dele... Está muito desapontada?

- Sim. - respondeu ela, com a voz engasgada pelas lágrimas.

Levantando-se, ele desligou o computador e aproximou-se, tomando-a nos braços.

- Não faz mal, minha querida. Você foi maravilhosa por ter tentado me ajudar.

Aninhando-a contra o peito, Alfonso pôs-se a acariciar-lhe os cabelos, falando num tom suave:

- Vou devolver a fita a Akhtopol amanhã, por isso não se preocupe mais com o assunto. Lamento realmente que você tenha se dado a todo esse trabalho em vão... Ficou com muito medo na hora?

- Fiquei apavorada. Mas então já era tarde demais. Não sei o que deu em mim. Acho que foi uma espécie de loucura temporária.

- Você imaginou que poderia se safar com a mesma facilidade que eu, não?

- Mais ou menos... Oh, Alfonso, eu queria ajudar, fazer alguma coisa por você...

- Você fez! Independente dos resultados, sua atitude foi maravilhosa. Significo tanto assim para você, Anahí?

- S... sim. - murmurou ela, o coração acelerado no peito.

- Você também significa muito para mim.

Como que para provar suas palavras, beijou-a com avidez, as mãos explorando-lhe o corpo em carícias apaixonadas.

Excitada, Anahí aconchegou-se mais ao calor do peito musculoso, incapaz de impedir que seu próprio corpo se arqueasse contra o dele, insinuante.

Sabia que devia parar antes que fosse tarde demais, mas o domínio ardente dos lábios dele era irresistível, aumentando-lhe o desejo de entregar-se totalmente ao contato daquelas mãos experientes.

De repente, nada mais lhe importava, além das ondas de prazer que os dedos de Alfonso, deslizando sobre seu corpo bem-feito, lhe provocavam.

- Ma chérie, se você soubesse como é linda... E sua boca é tão macia, como se nunca tivesse sido beijada antes...

- Essa é uma maneira educada de dizer que sou uma amadora? - brincou Anahí, tentando disfarçar o tremor que a invadira.

- Não! É uma maneira sincera de dizer que você é muito desejável. Abrace-me, querida...

Com uma falta de timidez que nunca imaginara possuir, Anahí enfiou as mãos por dentro da camisa de Alfonso e acariciou-lhe as costas musculosas, deliciando-se com as reações de prazer que provocava nele.

Deixando escapar um gemido abafado, sentiu-o despir-lhe o suéter e inclinar-se para tocar com lábios ardentes seus mamilos enrijecidos.

No auge do prazer, Anahí tinha a impressão de que seu corpo inteiro ardia, buscando desesperado o calor daquele homem sensual, que a abraçava e beijava com uma intensidade crescente.

- Você é maravilhosa demais para ser real. - sussurrou Alfonso, a voz rouca de desejo.

- Talvez você nunca descubra o quanto significa para mim...

- Por que não procura me mostrar?

Sem responder, Anahí sorriu, perguntando-se de maneira sonhadora como iria acabar aquela loucura maravilhosa.

- Você provoca reações fantásticas em mim, querida ...

- Comigo acontece o mesmo...

- Alegro-me de ouvir isso. Acredita agora que existe alguma coisa especial entre "nós?

- No começo, eu tive medo de reconhecer isso. Mas agora sei que é impossível fugir da magia que se cria quando nos tocamos.