Fanfic: Redenção e Submissão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Não sei o que senti ou o que me alertou. Mas então algo veio em minha mente.

A voz dele me dizendo que tinha amado a mulher de seu amigo. Mas que ela estava grávida e os dois tinham voltado.

Lentamente me voltei para Lucas e Marina e para Aninha no carrinho. Senti um baque por dentro. Algo gelado e dolorido latejou dentro de mim e, boquiaberta, dei-me conta que o amor da vida de Poncho tinha sido Marina.

Fitei a mulher linda, a mais bonita que já tinha visto em minha vida. E então um misto de ciúme violento, raiva e angústia me corroeram. Senti-me ofegante, furiosa, traída.

Como Poncho tinha tido a capacidade de me levar ali, sabendo que eu era sua foda atual enquanto seu amor ficava diante de mim?

Mal pisquei. Tentei respirar normalmente, mas a raiva me impedia.

Observei Lucas seguir adiante e Marina vir até a sala, deixando a filha no carrinho, sentando na poltrona ao lado de Poncho e sorrindo para nós, toda simpática, puxando assunto.

Eu me sentia tão transtornada que não consegui entender o que diziam. Tudo o que via eram os dois conversando, ambos altos, lindos e perfeitos um para o outro. Duas pessoas boas, com caráter.

E o que eu estava fazendo ali?

Não pude suportar a agonia que me corroeu.

Me levantei e de imediato Poncho me fitou, indagando:

- Vai aonde?

- Pegar uma bebida. - Disse no automático, seguindo em frente, fugindo daquela visão que me doía, que me fazia latejar e quase convulsionar.

Dei-lhes as costas e fui até a farta mesa com a ceia e petiscos, postas ali ao lado. Havia uma garrafa de vinho aberta e vazia, mas Lucas abria outra e sorriu ao me ver com a taça vazia nas mãos.

- Quer mais um pouco, Anahí?

- Sim. - Parei perto dele e estendi minha taça, sem suportar ficar longe de Poncho, sentimentos ruins se contorcendo na barriga do meu estômago.

Olhei de novo para Marina e Poncho conversando animados, como velhos e queridos amigos. Não consegui tirar os olhos deles e nem piscar, com tanto ódio que minha respiração se alterava, meu corpo reagia.

- Não entre nessa. - A voz de Lucas rompeu minha ira.

Consegui virar o rosto e fitei seus sérios olhos negos.

- Do que está falando?

- Ciúme.