Fanfic: Redenção e Submissão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Em minha mente, Marina sofreria, Lucas seguiria sua vida de devassidão e eu estaria lá, trazendo-a para mim, fazendo-a me amar, até me mostrar aos poucos e torná-la minha, completa e irremediavelmente.

Confiava em mim mesmo para fazê-la aceitar meu lado mais escuro e sombrio, meus prazeres perversos. E então eu teria o que sempre quis.

A mulher e a submissa perfeita.

No entanto, tudo fugiu ao meu controle. E mesmo quando ela se jogou em meus braços, pronta para me beijar e se entregar, eu soube que seria em vão.

Era uma ação baseada em desespero e eu não queria ser suporte para ninguém. Seus olhos me falavam de seu amor por Lucas e não por mim. E foi ali que vi que eu havia perdido.

Foi um misto de aceitação e revolta. Minha amizade antiga com Lucas me travou o tempo todo. Eu podia ter ido para cima dela com tudo, entrado de verdade na briga, tinha meus próprios truques.

E o teria feito, se ele fosse um estranho. Se eu não tivesse visto seu desespero e arrependimento e o quanto a amava de verdade, pela primeira vez na vida.

Foi isso que me deixou de mãos atadas. E eu apenas aguardei. Até o desfecho final. Até aquele telefonema, quando ouvi a notícia fatídica. Que eles haviam retornado.

Lembro que pus o fone no gancho, muito quieto, apenas constatando um fato que eu mesmo já havia percebido. Que Marina não seria minha.

No início, veio primeiro a dor. Apesar de tudo, eu tinha tido uma esperança. Eu a assumiria com filho e tudo. Naqueles meses em que saímos, jantamos juntos e eu a acompanhei ao médico, eu me apaixonei mais.

Por sua doçura e sua força, por seu olhar e seu sorriso. Muitas vezes imaginei-a como minha, o que seria beijá-la, tudo o que queria fazer com ela.

Marina tinha algumas características que despertavam o que havia e melhor em mim. Sabia que daria uma submissa perfeita e, quando sua força interior viesse à tona, seria uma delícia dobrá-la.

Eu já me via prendendo-a, ensinando-a a se ajoelhar e a se oferecer em castigo. Tinha sonhos eróticos com ela. A gravidez naquele ponto foi boa, também ajudou a manter o controle.

Um controle que mantive por um fio. Pois quando estava ao meu lado era difícil conter meus instintos de macho dominante e exigir que fosse minha. Lucas nem podia imaginar o quanto tive que lutar para deixar apenas o meu lado mais civilizado vir à tona.

Mas depois da dor e da raiva, de ter pensado que vacilei quando não investi com tudo, veio a aceitação.

Algumas coisas realmente não tinham que ser. E talvez eu soubesse disso o tempo todo, por isso fui tão contido. Marina e Lucas se amavam, iam ter uma filha e mereciam uma nova chance.