Fanfics Brasil - Eternamente {AyA}

Fanfic: Eternamente {AyA}


Capítulo: 15? Capítulo

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CAPITULO QUATORZE


Essa
noite, algum tempo depois que a festa terminou e todos os convidados já tinham
saído, estava deitada em minha cama pensando em Ava, pensando no que ela me
disse sobre Riley e de como eu era a culpada. Eu sempre pensei que Riley não
tinha assuntos pendentes, que não havia nada prendendo ela aqui, e que me
visitava porque ela assim queria, porque eu nunca lhe pedi que viesse. Era
simplesmente algo que ela decidiu sozinha, e acredito que o tempo que não esta
comigo, ela passa em algum lugar no céu. E mesmo que eu saiba que Ava só esta querendo
ajudar, oferecendo para ser algo como uma irmã vidente mais velha, só que ela
não entende é que eu não quero nenhuma ajuda. Embora eu queira ser normal de
novo, e voltar a ser do jeito como era antes, sei também que este é o meu
castigo. Esse horrível dom é o que eu mereço por todo o dano que causei, pelas
vidas que destruí e agora tenho que viver com isso e tentar não magoar mais
ninguém.


Quando
eu finalmente adormeço, sonho com Alfonso e em todo o sonho, o sinto tão
poderoso, tão intenso, tão urgente, que penso que é real. Mas pela manhã tudo o
que lembro são partes fragmentadas, imagens deslocadas sem começo ou fim. A
única coisa que lembro claramente é de nós dois correndo em direção a algo que
não posso ver.


– Qual
é o seu problema? Por que está tão mal-humorada? – Riley pergunta, sentada na borda
da minha cama, vestindo uma fantasia de Zorro idêntica ao que o Eric usou na
festa



Halloween terminou – lhe digo, olhando o chicote de couro preto que ela usa
para golpear o chão.



Não me diga – ela faz uma careta e continua a bater no carpete. – Eu gosto da
fantasia, algum problema? Estou pensando em me fantasia todos os dias.


Eu
me inclino até o espelho, coloco meus pequenos brincos de diamantes e prendo o
meu cabelo em uma trança.


– Não
acredito que vai continuar vestindo isso, – ela diz, seu nariz enrugando em
aversão. –Pensei que tinha encontrado um namorado – ela deixa cair o chicote e
agarra o meu iPod, seus dedos deslizando pelos botões inspecionando minha lista
de músicas.


Eu
viro, me perguntando o que exatamente ela viu.


– Olá,
na festa, na piscina. Ou foi somente uma ficada? –


Eu
a encaro, meu rosto tornando-se vermelho carmesim


 – O que você sabe sobre ficar? Só tem 12 anos!
E por que raios estava me espionando?


Ela
revira os olhos


–Por
favor, como se eu fosse perder meu tempo espionando você quando eu posso ver
coisa melhor. Para sua informação, casualmente fui lá fora ao exato momento em que
você metia a língua pela garganta desse tal Alfonso, e acredite, desejaria não
ter visto.


Sacudo
a cabeça e reviro minha gaveta, transferindo minha raiva contra meus suéteres.


Sim, Bem, eu odeio te dar a notícia,
mas ele dificilmente será meu namorado, não tenho falado com ele desde, – eu
digo a ela, odiando a maneira como meu estômago fica embrulhado quando digo isso.
Então pego meu suéter cinza e coloco descuidadamente sobre minha cabeça,
arruinando completamente a trança que tinha acabado de fazer.


– Eu
posso espioná-lo se você quiser, ou assombrá-lo. – ela sorri.


Eu
a olho e suspiro, parte de mim querendo que ela faça isso, e a outra parte
sabendo que eu devo seguir em frente, deixá-lo ir e esquecer que isso
aconteceu.


– Só
fique fora disso. Está bem? – digo finalmente. – Eu só gostaria de passar por
uma experiência normal de colegial, se não se importa.


– Você
que sabe – ela dá de ombros, lançando meu iPod. – Mas quero que saiba, que Brandon
esta disponível novamente.


Pego
uma pilha de livros e coloco na minha mochila, espantada de como essa notícia
não me faz sentir nem um pouco melhor.


– Sim.
Rachel terminou com ele no Halloween quando o pegou aos beijos com uma
coelhinha da playboy. Era a Heather Watson vestida como uma.



É sério? – a encaro boquiaberta. – Heather Watson? Você esta brincando.


Tentoimaginar
mais não consigo.


– Palavra
de escoteiro. Você devia vê-la, perdeu vinte quilos, se livrou do aparelho,
alisou o cabelo, e agora parece uma pessoa completamente diferente.
Infelizmente ela age como uma pessoa completamente diferente também. Ela agora
é, você sabe, como uma PU com um T e um A. – ela sussurra, voltando a bater no
chão com seu chicote, enquanto eu absorvo as


novas
notícias.


– Sabe,
você não deveria espionar as pessoas, – lhe digo, mais preocupada com que ela espione
a mim, do que a meus velhos amigos. – É muito grosseiro, sabia? – ponho a
mochila no ombro e me dirijo para a porta.


Riley
ri.



Não seja ridícula. É bom manter contato com seus antigos vizinhos.


Você vem? – lhe pergunto, girando
impacientemente.


– Sim,
vamos ver quem chega primeiro! – ela disse, passando pela direita e
escorregando pelo corrimão. Sua capa preta de Zorro flutuava enquanto ela
deslizava para baixo.


Quando
chego à casa de Christian, ele já estava esperando do lado de fora, seus
polegares pressionando os botões do celular.


– Só
um segundo, está bem? Feito! – Ele se senta no banco do passageiro e me encara.
– Agora me conte tudo do começo ao fim. Eu quero todos os detalhes sujos, sem
deixar nada de fora!



Do que você está falando? – eu dou a ré na entrada da garagem e sigo pela rua,
disparando um olhar de advertência para Riley, que esta sentada no colo de Christian,
soprando em seu rosto e rindo quando ele tenta ajustar o ar.


Christian
me olha e sacode a cabeça


– Oi?
Alfonso? Ouvi dizer o que vocês estavam fazendo a luz da Lua, se beijando na
piscina, fazendo coisas em baixo da luz prateada da Lua.


– Aonde
você quer chegar com tudo isso? – eu pergunto, mesmo já sabendo, mas desejando que
exista alguma maneira de pará-lo.


– Escute,
a notícia já se espalhou, por isso não trate de negar. Eu ia te ligar ontem,
mas meu pai confiscou o telefone e me arrastou para um treino de rebatidas,
para me ver rebater como uma garota – ele ri – Deveria ter visto, agi
totalmente afeminado e ele ficou horrorizado. Isso é pra ele aprender. Enfim,
vamos voltar ao que interessa. Vamos, a revelação começa agora. Conte-me tudo.
– ele disse, virando-se para mim e esperando impaciente.
Foi tão
incrível quanto sonhávamos que seria?


Eu
dou de ombro, olhando brevemente para Riley e aviso com meus olhos para ela
parar de chatear e desaparecer.



Lamento te decepcionar, – finalmente digo, – Mas não há nada para contar.


– Não
foi isso o que eu escutei. Dulce me disse...


Pressiono
meus lábios e sacudo a cabeça, só porque eu sabia o que a Dulce disse, não
significa que eu queira escutá-lo em voz alta. Assim eu o corto secamente
quando digo,


– Ok,
nos beijamos. Mas foi só uma vez. – Posso senti-lo me olhando, suas
sobrancelhas levantadas, seus lábios com um sorriso suspeito. – Talvez, duas
vezes, não sei, não contei. – Eu resmungo, mentindo como uma principiante com o
rosto vermelho, as mãos suadas, evitando encará-lo, e desejando que ele não
note. Porque a verdade é que em minha mente eu repito esse beijo tantas vezes,
que já esta tatuado no meu cérebro.



E? – Ele disse, esperando por mais.


– E
nada. – lhe digo, aliviada quando eu olho e vejo que Riley já tinha ido embora.


– Não
te ligou? Não te mandou uma mensagem ou um email? Não foi te visitar? – Christian
sibila, visivelmente chateado, perguntando-se o que isso significa não só para
mim, mas para o futuro do nosso grupo.


Eu
balanço a cabeça, e olho direto para frente, irritada comigo mesma por não
saber lidar melhor com as coisas, odiando a maneira como minha garganta se
aperta e meus olhos começam a arder.


– Mas
o que ele disse? Digo, quando ele foi à festa? Quais foram suas últimas palavras?


Christian
pergunta, determinado a encontrar algum raio de esperança nesta deprimente e
amarga paisagem.


Eu
busco na memória, relembrando nosso estranho e precipitado adeus à porta. Então
encaro Christian, respiro profundamente, e digo,



Ele disse “souvenir”.


E
no momento que falo, sei que isso realmente é um mau sinal. Ninguém leva uma
lembrança de um lugar que planeja visitar. Christian me olha, seus olhos
expressando as palavras que seus lábios se recusam a pronunciar.



Conte-me sobre... – eu digo, sacudindo minha cabeça enquanto eu entro no
estacionamento.


Mesmo
estando totalmente comprometida em não pensar em Alfonso, não posso evitar me decepcionar
quando chego à Classe de Inglês e vejo que ele não está ali. Isso,
naturalmente, me faz pensar ainda mais, até que isso se torne uma obsessão.


Quer
dizer, pra mim, nosso beijo parecia algo mais do que um simples beijo, mas isso
não significa que ele se sinta da mesma maneira.


E,
só porque pra mim foi tão forte, tão verdadeiro, e tão transcendental, não
significa que para ele tenha sido assim. Porque não importa o quanto eu tente,
não consigo esquecer a imagem dele e Drina juntos, um perfeito Conde Fersen com
uma idílica Maria, enquanto eu me acomodo na margem com muito brilho e cancã,
como a pior imitadora do mundo.


Estou
a ponto de ligar meu iPod quando Stacia e Alfonso entram juntos pela porta,
alegres e sorridentes, seus ombros quase se tocando, dois botões de rosas
brancas na mão dela. E quando ele a deixa em sua mesa e se dirigi a mim, eu
rapidamente me ocupo com alguns papéis e finjo que não o vejo.



Oi – ele disse, sentando-se em sua cadeira. Agindo como se tudo fosse
perfeitamente normal. Como se não houvesse passado menos de quarenta e oito
horas desde que ele me pegou e depois largou. Eu pressiono minha bochecha
contra minha mão e me forço a bocejar, esperando parecer entediada, cansada e
sobrecarregada por atividades que ele nem pode


imaginar,
rabisco em um pedaço de papel do meu livro com os dedos tremendos que a caneta desliza
pela minha mão. Me inclino para pega-la e quando e volto a minha mesa encontro
uma tulipa vermelha no topo.


– O
que aconteceu? Acabaram as rosas brancas? – Eu pergunto, olhando livros e
papéis como se tivesse algo importante para fazer.



Jamais te daria uma rosa branca – ele disse, seus olhos buscando os meus.


Mais
eu me recuso a encará-lo, me recuso a envolver-me em seu jogo sádico. Eu só
pego minha mochila e finjo esta procurando algo, maldizendo em voz baixa quando
vejo que está cheia de tulipas.


– Você
é estritamente uma garota de tulipas; tulipas vermelhas – ele sorri.



Como é excitante pra mim, – murmuro, deixando cair minha mochila no chão e me ajeitando
para a parte mais distante da minha cadeira, sem ter a menor idéia do que tudo
isso significa.


Quando
chego a nossa mesa do almoço, estou suando frio, me perguntando se Alfonso
estaria lá, se Dulce estaria lá, porque embora eu não tenha falado com ela
desde a noite de sábado, apostaria qualquer coisa como ela ainda continua
aborrecida comigo. Mas mesmo passando toda a aula de Química pensando em um
discurso, no momento que a vejo esqueço todas as palavras.



Bem, olha quem está aqui. – Dulce diz, olhando-me.


Me
sento junto a Christian no banco, que está muito ocupado enviando mensagens
para notar minha presença, e não posso evitar de me perguntar se deveria
arrumar novos amigos. Ainda duvido que alguém me queira.


– Estava
contando a Christian tudo o que aconteceu no Nocturne. Só que ele está
determinado a ignorar-me. – Ela franze o cenho.


– Só
porque fui forçado a escutá-la durante toda a aula de História, e ainda sim não
havia terminado e me fez chegar tarde a aula de Espanhol – ele sacode a cabeça
e continua com seu celular.


Dulce
dá de ombros


– O
que acontece é que está com ciúmes – Então, olhando-me, ela tenta corrigir-se.
– Não é que a sua festa não foi boa, porque ela foi. É só que esta era mais o meu
ambiente. Você entende, não é?


Eu
limpo minha maçã com minha manga e dou de ombros, sem querer escutar mais sobre
Nocturne, seu ambiente, ou Drina. Mas quando finalmente a encaro, fico
assustada de ver como suas habituais lentes de contato amarelas foram
substituídas por um distinto verde.


Um
verde tão familiar que me tira a respiração.


Um
verde que só pode ser descrito como o verde dos olhos de Drina.


– Deveria
ter visto, havia uma fila enorme na entrada, mas nós deixaram entrar no segundo
que viram Drina. Nem sequer tivemos que pagar! Não tivemos que pagar por nada.
Toda a noite tinha sido paga. Então eu fiquei no quarto dela. Ela está
instalada nesta incrível suíte no Hotel St. Regis até conseguir um lugar
permanente para viver. Deveria ver: vista para o mar,


jacuzzi,
um mini-bar! Tudo!
Ela me olha, seus grandes olhos esmeraldas, cheios de emoção, esperando
por uma resposta entusiasmada que eu simplesmente não posso dar.


Pressiono
meus lábios e olho para o resto de sua aparência, notando como o seu delineador
é mais suave, mais parecido ao estilo de Drina, e seu batom vermelho-sangue foi
substituído por um rosado mais leve, como o que Drina usa. Mesmo o seu cabelo,
que sempre foi alisado desde que a conheço, agora está ondulado e o penteado é
igual ao de Drina. E quanto ao seu vestido, é feito sobre medida, sedoso e
clássico, como algo que Drina usaria.


– E
onde está Alfonso? – Dulce me olha como se eu deveria saber.


Eu
dou uma mordida na maçã e me encolho de ombros.


– O
que aconteceu? Pensei que agora andavam agarrados – ela pergunta sem querer abandonar
o assunto.


Mas
antes que eu pudesse responder, Christian larga seu celular e olha Dulce de uma
maneira que deixa uma tradução direta de: Cuidado com o que vai dizer.


Ela
tira os olhos de Christian e volta a me encarar, logo sacode a cabeça e
suspira.


– Que
seja. Eu só quero que saiba que não me incomoda você está com Alfonso, por isso
não se preocupe, está bem? – ela encolhe seus ombros. – Já está completamente
superado. É sério. Promessa de dedo mindinho.


Eu
sem muito ânimo enrosco meu dedo mindinho ao redor do dela e também me envolvo
em toda a sua energia e fico completamente surpreendida de ver que ela esta
sendo sincera. Quer dizer, a apenas este fim de semana ela me descreveu como
inimiga pública número um, e agora ela não se importa, mas eu posso ver o por
quê.


– Dulce
– eu começo, perguntando-me se de verdade deveria fazer isso, mas eu penso logo”
Que diabos, não tenho nada a perder.”


Ela
me olha sorrindo, esperando.


– É...
quando vocês foram ao Nocturne, por acaso viram o Alfonso?


Pressiono
meus lábios e espero, sentindo o olhar afiado de Christian, enquanto Dulce só
me olha claramente confusa. – É que, o que aconteceu é que ele foi pouco tempo
depois que vocês saíram, então pensei que


talvez...


Ela
sacode a cabeça e encolhe os ombros


– Não,
nunca o vi por lá. – Ela disse, removendo com a língua um pouco de glacê de seu
lábio.


Mesmo
sabendo o que verei, escolho esse momento para dar uma olhada em todo o sistema
social do refeitório, hierarquização por ordem alfabética, começando com nossa
pobre mesa Z e caminhando para a mesa A. perguntando-me se encontraria Alfonso
e Stacia brincando em um leito de rosas brancas, ou envolvidos em qualquer
atividade sórdida que preferiria não ver.


Mas
enquanto eu ainda estava à mesa fazendo as mesmas atividades de sempre, com as mesmas
pessoas de sempre, ao menos por hoje a mesa estava livre de flores.


Acho
que é porque Alfonso não está aqui.




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 287



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  • ligia Postado em 26/10/2013 - 21:22:02

    Continua postando, não vejo a hora de ver a Any e o Poncho juntos, sinceramente estou adorando a web.

  • bruubuna Postado em 28/01/2013 - 02:57:51

    haaa li a sua historia e eh linda demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais..e a continuaçao?

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:53

    Acabei o/ ~pula~
    AAAAAAAAAA esse livro é perfeito e adaptado Anahi e Alfonso ficou mil vezes melhor *--*
    Obrigada por me viciar em mais uma saga de misterios e emoções *--*
    Quero a segunda temporada agora u.u

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:49

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:45

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:38

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:35

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:29

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    Obrigada por me viciar em mais uma saga de misterios e emoções *--*
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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:25

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