Fanfics Brasil - Eternamente {AyA}

Fanfic: Eternamente {AyA}


Capítulo: 19? Capítulo

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CAPITULO DEZOITO


Quando
chego da escola em casa, Alfonso está me esperando nos degraus da entrada,
sorrindo de uma forma que clareia as nuvens no céu e apaga todas as minhas
dúvidas.



“Como foi que você passou pelos guardas?” – lhe pergunto sabendo que ninguém me
ligou para deixá-lo entrar.


– “Charme
e um carro caro funcionam todas às vezes.” – ele ri, limpando a parte de trás
de seu jeans me seguindo para dentro. – “E como foi o seu dia?” –


Dou
de ombros, sabendo que estou quebrando a regra mais importante de todas: nunca deixar
entrar em casa um estranho, mesmo que esse estranho supostamente seja meu namorado.



“Você sabe, a rotina habitual.” – digo finalmente. – “A professora substituta
jurou nunca mais voltar, a Srta. Machado me pediu pra nunca mais voltar...” –
eu olho pra ele, tentada a continuar contando-lhe coisas, mas é claro que ele
não está me escutando, porque enquanto ele está confirmando com a cabeça, seus
olhos estão distantes e preocupados.


Caminho
para a cozinha, enfio a cabeça na geladeira e pergunto, – “E quanto a você? O
que fez?” – pego uma garrafa de água e ofereço, mas ele balança a cabeça
negativamente e toma um gole de sua bebida vermelha.



“Dirigi, pratiquei surf e esperei o sinal bater para te olhar novamente.” – ele
sorri.



“Sabe que poderia ir à escola e não teria de esperar por nada.” – o digo.



“Vou tentar me lembrar amanhã.” Ele ri.


Encosto-me
ao fogão, girando a tampa da minha garrafa de novo e de novo, nervosamente por está
sozinha com ele nesta enorme casa, com tantas perguntas sem respostas e sem
nenhuma idéia de por onde começar.



“Você quer ir lá pra fora e caminhar na área da piscina?” – finalmente digo,
pensando que ar fresco e espaço aberto poderiam me acalmar.


Mas
ele diz que não com a cabeça e pega a minha mão.



“Prefiro ir lá pra cima e conhecer seu quarto.” –



“Como sabe que fica lá em cima?” – lhe pergunto, encarando-o com os olhos
semicerrados.


Mas
ele sorri.



“Não estão sempre lá em cima?” –


Eu
hesito um pouco, decidindo se devo ou não permitir que isso aconteça, ou
encontrar uma maneira de desencorajá-lo educadamente.


Mas
quando ele segura a minha mão e diz,



“Vamos, prometo que não mordo,” – seu sorriso é tão irresistível, seu toque é
tão quente e convidativo, que meu único desejo, enquanto eu o conduzo pela
escada, é que Riley não esteja ali.


No
momento em que chegamos no alto da escada, ela corre do quarto e diz,


 – “Ó Deus, eu sinto muito! Não quero brigar
mais com... oops!” – Ela para bruscamente e nos olha boquiaberta com os olhos
enormes, como Frisbees.


Mas
eu só continuo andando até meu quarto, como se não a tivesse visto, esperando
que ela tenha a sensatez de desaparecer e só voltar mais tarde. Bem mais tarde.



“Parece que deixou sua TV ligada,” – Alfonso disse, entrando no quarto,
enquanto eu olho para Riley, que está andando ao lado dele, olhando de cima a
baixo, e levantando seus polegares, muito entusiasmada e mesmo que eu implore
com meus olhos para ela ir, ela cai esticada no sofá colocando os pés nos
joelhos dele.


Dirijo-me
ao banheiro apressada, zangada com ela por não pegar a indireta, por prolongar
a visita e se recusar a sair. Sabendo que é só uma questão de tempo até que
faça alguma loucura que eu não possa explicar. Então me livro do meu casaco e
faço minha rotina habitual: escovar meus dentes com uma mão, passando o desodorante
com a outra, e cuspindo na pia antes de


colocar
uma camisa branca. Então eu solto o cabelo, passo um pouco de bálsamo labial, perfume
e apresso-me para a porta, só para descobrir que Riley ainda está lá, olhando atentamente
para as orelhas de Alfonso.



“Deixe-me te mostrar a varanda, a vista é incrível.” – Eu digo, ansiosa para
separá-lo de Riley.


Mas
ele só balança a cabeça e diz,



“Mais tarde.” – dando um tapinha na almofada ao lado dele, convidando a
sentar-me junto a ele, enquanto Riley saltava e aplaudia.


Eu
vejo como ele está sentado ali, completamente inocente, inconsciente, confiando
que tem o sofá só para ele, quando na verdade esse formigamento em seu ouvido,
essa coceira no seu joelho, o frio em seu pescoço, é cortesia da minha irmãzinha
morta.



“Hum, eu deixei minha água no banheiro,” – eu digo olhando diretamente para
Riley e virando para sair pensando que é melhor que me siga, se ela sabe o que
é bom pra ela. Mas Alfonso se levanta e diz: – “Permita-me” –


E
presto atenção em como ele manobra entre o sofá e a mesa evitando claramente as
pernas de Riley. Logo ela me olha boquiaberta e a próxima coisa que sei é que
ela havia desaparecido.



“Pronto,” – Alfonso disse, entregando-me a garrafa e movendo-se com muita
liberdade, quando apenas um momento atrás, se movia com muito cuidado e quando
ele percebe que estou pasma, ele sorri e diz, – “O quê?” –.


Mas
eu só balanço a cabeça e olho para a TV, convencendo-me que era só uma
coincidência. Que é impossível que ele a tenha visto.



“Então, por favor, você pode me explicar como faz isso?” – Estamos do lado de
fora, acomodados na cadeira da sala de estar, acabamos de comer uma pizza
inteira, e eu comi a maior parte, porque Alfonso come mais como uma supermodelo
do que como um garoto.


Mordisca,
mordisca, afasta o prato, mordisca de novo... mas na maior parte apenas sorveu
sua bebida.



“Fazer o quê?” – ele pergunta, seus braços envolvendo-me e seu queixo apoiado
no meu ombro.



“Tudo! Sério. Nunca faz as tarefas da escola e mesmo assim sabe todas as
respostas. Coloca um pincel na tinta molhada e voila, e o que sabe-se é que
você criou um Picasso, que é melhor do que o próprio Picasso! Você é mal nos
esportes? Penosamente descoordenado? Vamos,diga-me! Então deve ser a música.
Tem má audição?



“Traga-me uma guitarra e te faço uma melodia. Também toco piano, violino e
saxofone.” –



“Então em quê? Vamos! Todo mundo é ruim em alguma coisa! Diga-me no que você
é.” –



“Por que você quer saber disso?” – ele pergunta, apertando-me mais. – “Por que
você quer destruir a perfeita ilusão que têm de mim?” –



“Porque odeio sentir-me tão pálida e insuficiente, em comparação com você. É
sério, sou tão medíocre em tantas maneiras, e eu apenas quero saber que você
também é ruim em algo. Vamos, me faça sentir melhor.” –



“Você não é medíocre.” – ele diz, seu nariz em meu cabelo, sua voz bem séria.


Mas
recuso-me a desistir, eu preciso de algo para seguir, alguma coisa que humanize
ele, mesmo que seja só um pouco.



“Só uma coisa, por favor. Mesmo que tenha que mentir. É por uma boa causa:
minha auto-estima.” – eu tento me virar pra que ele possa me ver, mas ele me
aperta tão forte e me mantém ali, enquanto beija a ponta da minha orelha e
sussurra,


 – “Você quer realmente saber?” –


Eu
afirmo com a cabeça, meu coração batendo descontroladamente, minha pulsação
ficando elétrica.



“Sou ruim no amor.” –


Eu
olho fixamente para a lareira, imaginando o que isso significa. E mesmo que
sinceramente eu quero que ele responda, isso não significa que eu queira que
ele me responda com tanta sinceridade.



“Eh, se importaria de ser mais específico?” – Eu pergunto, rindo nervosamente, sem
ter certeza se realmente quero ouvir a resposta. Com medo de que tem algo a ver
com Drina, um assunto que prefiro evitar.


Ele
se aperta mais contra mim, suspirando profundamente. E continua assim por tanto
tempo, que me faz duvidar se continuará falando.



“Eu sempre termino... decepcionado.” –


Ele
dá de ombros, recusando-se a explicar mais.


- “Mas
você só tem 17 anos.” – eu me livro de seus braços e o encaro.


Ele
dá de ombros.



“E quantas decepções você teve?” –


Mas
em vez de responder, ele me puxa de volta, aproxima seus lábios em meu ouvido e
sussurra,



“Vamos nadar.” –


Mais
um sinal de como Alfonso é perfeito, ele sempre tem uma roupa de banho no
carro.



“Hey, aqui é a California, você nunca sabe quando vai precisar.” – ele diz,
parando na borda da piscina e sorrindo. – também tenho uma roupa de mergulho no
porta-malas. Deveria usálo?



“Não posso responder isso,” – lhe digo, mergulhando até o fundo da piscina,
enquanto o vapor cobre tudo ao redor. – “Tem que decidir por si mesmo.” –


Ele
avança pela borda e finge que vai colocar seu dedão do pé na água.



“Sem testes, é só pular.” – eu censuro.



“Posso dá um salto?” –



“Bala de canhão, cair de barriga, tanto faz.” – eu rio, prestando atenção em
como ele executa o mergulho fazendo uma perfeita pirueta antes de cair na água
e chegar ao meu lado.



“Perfeito” – ele disse, seu cabelo acetinado para trás, sua pele molhada e
brilhante, as pequenas gotas de água aderem-se a suas sobrancelhas, e justo
quando penso que vai me beijar, ele mergulha na água e nada se afastando.


Então
eu respiro profundamente, engulo meu orgulho, e o sigo.



“Muito melhor,” – ele diz, abraçando-me.



“Você tem medo da profundidade?” – eu sorrio, meus dedos do pé quase tocando o
fundo.



“Me referia a sua roupa. Deveria se vestir assim mais vezes.” –


Eu
olho para o meu pálido corpo em meu biquíni branco e tento não me sentir muito
insegura diante do seu bronzeado, perfeito e escultural corpo.



“Definitivamente muito melhor do que o casaco com capuz e o jeans.” –


Eu
pressiono meus lábios, sem saber o que dizer.



“Mas eu suponho que tem que fazer o que tem que fazer, certo?” –


Eu
estudo o seu rosto. Algo na forma como ele disse isso, me fez sentir como se
ele tivesse se referindo a algo mais, como se ele soubesse a verdadeira razão
pela qual eu me visto assim. Ele sorri.


 – “Obviamente protege-se da ira de Stacia e
Honor. Elas não gostam de competição.” – ele coloca meu cabelo atrás da minha
orelha e acaricia o lado do meu rosto.



“Estamos competindo?” – lhe pergunto, lembrando o flerte, as rosas, a briga que
tivemos hoje na escola, a ameaça, que não tenho a menor dúvida que não acabará
bem. Observando-o enquanto ele me olha por um longo tempo, por tanto tempo que
meu humor muda e me afasto.



“Anahí, nunca houver nenhuma competição,” – ele diz, seguindo-me.


Mas
eu mergulho na água e nado até a borda, agarrando-me e saindo, sabendo que
preciso agir rápido se vou dizer o que quero, porque no momento que ele se
aproximar, as palavras evaporarão.



“Como eu posso saber de alguma coisa, quando você está quente e frio?” Eu digo,
minhas mãos tremendo, minha voz instável, desejando poder apenas parar e deixar
recuperar a tarde agradável e romântica que nós tínhamos. Mas sabendo que devo
dizer isso, não importando as conseqüências que traga. – “Quero dizer, um
minuto está me olhando dessa maneira que você


fez,
e no minuto seguinte, que eu saiba, você está por aí com a Stacia.” – pressiono
meu lábios e espero que ele responda, observando como ele sai da piscina
movendo-se até mim, tão lindo, molhado e brilhante, que tenho que me esforçar
para manter a respiração.



“Anahí, eu...” – Ele fecha os olhos e suspira. E quando os abre outra vez, dá
mais um passo para mim e diz, – “Nunca tive a intenção de machucá-la. De
verdade. Nunca.” – desliza seus braços em volta de mim e fazer-me olhar
diretamente para ele. E quando eu faço, quando finalmente rendo-me, ele olha em
meus olhos e diz, – “Nada do que fiz foi para feri-la e sinto muito se a fiz
sentir que estava jogando com seus sentimentos. Te disse que não sou muito bom com
essas coisas.” – Sorri, enterrando seus dedos em meu cabelo molhado, e tirando
uma tulipa vermelha.


Eu
olho fixamente para ele, fitando seus ombros fortes, seu peito definido, seu
abdômen como tábua de lavar, e as mãos. Nenhuma luva com coisas escondidas
dentro, nenhum bolso para armazenar qualquer coisa. Apenas seu corpo glorioso
semi-nu, seu molhado traje de banho, e essa estúpida tulipa vermelha na mão.



“Como você faz isso?” – eu pergunto, prendendo a respiração, sabendo muito bem
que não veio da minha orelha.



“Faço o quê?” – ele ri, seus braços cercando minha cintura, puxando-me para
mais perto.



“As tulipas, as rosas, todo isso.” – Eu sussurro, tentando ignorar a sensação
de suas mãos em minha pele, como seu toque me faz sentir morna, sonolenta e
tonta.



“É Mágica.” – ele sorri.


Afasto-me
e alcanço uma toalha, envolvendo-a firmemente em mim.



“Por que nunca pode falar sério?” – lhe digo, perguntando-me como fui me meter
nisso e se ainda há tempo para recuar.



“Estou falando sério,” – murmura, puxando sua camisa e alcançando suas chaves,
enquanto estou tremendo de frio em minha toalha úmida. Observando
silenciosamente como ele se dirige até a porta, me olha sobre os ombros e me
diz,



“Sabine chegou.” – antes de se perder na noite.




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 287



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  • ligia Postado em 26/10/2013 - 21:22:02

    Continua postando, não vejo a hora de ver a Any e o Poncho juntos, sinceramente estou adorando a web.

  • bruubuna Postado em 28/01/2013 - 02:57:51

    haaa li a sua historia e eh linda demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais..e a continuaçao?

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:53

    Acabei o/ ~pula~
    AAAAAAAAAA esse livro é perfeito e adaptado Anahi e Alfonso ficou mil vezes melhor *--*
    Obrigada por me viciar em mais uma saga de misterios e emoções *--*
    Quero a segunda temporada agora u.u

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:49

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:45

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:41

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:38

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:35

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:29

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:25

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