Fanfics Brasil - Eternamente {AyA}

Fanfic: Eternamente {AyA}


Capítulo: 20? Capítulo

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CAPITULO DEZENOVE


No
dia seguinte, quando entro no estacionamento, Alfonso não está lá, e enquanto
saio do meu carro, coloco minha mochila no ombro e me dirijo para a aula, digo
a mim mesma, palavras de encorajamento e me preparo para o pior.


Mas
quando chego à sala de aula, fico completamente imóvel olhando estupidamente a
porta pintada de verde e incapaz de abri-la. Como minhas habilidades psíquicas
se evaporam em todos os assuntos relacionados à Alfonso, a única coisa que
posso ver realmente é o pesadelo que eu criei na minha mente. Esse onde Alfonso
está empoleirado na borda da mesa de Stacia, rindo e flertando, tirando rosas
por todas as partes, enquanto eu entro e caminho para a minha mesa, a
cintilação doce e quente de seu olhar para mim por alguns segundos e, em seguida,
dar-me as costas e concentra-se novamente em Stacia.


E
eu simplesmente não posso entrar e presenciar isso. Eu realmente não posso
suportar isso, porque embora Stacia seja cruel, grosseira, horrível e sádica,
ela é assim de uma forma direta, sem segredos, sem mistérios. Sua crueldade
está ali, claramente exposta.


Enquanto
eu sou totalmente o oposto: paranóica, cheia de segredos, escondendo-me atrás óculos
escuros e capuz e guardando uma carga tão pesada, que não há nada simples sobre
mim.


Alcanço
a maçaneta novamente, recriminando-me: "isto é ridículo. O que você vai
fazer, sair da escola? Você tem que lidar com isso durante um ano e meio. Então
se acostume e entre logo de uma vez!"


Mas
minha mão começa a tremer, recusando-se a obedecer, e quando estou prestes a
correr, um garoto vem por trás, limpa sua garganta e diz,



“Ei, você vai abrir isso?” – completando a pergunta em sua cabeça com um não
dito sua "maldita anormal!"


Assim
eu respiro profundamente, abro a porta, e me esquivo para dentro. Sentindo-me
pior do que havia imaginado quando vejo que Alfonso não está ali.


No
segundo que entro na área do almoço, faço uma varredura nas mesas buscando
Alfonso, mas quando não o vejo, dirijo-me ao meu lugar habitual, chegando ao
mesmo tempo em que Dulce.



“Dia seis e nenhuma notícia sobre Evangeline,” – ela disse deixando cair sua
caixa de bolinhos em cima da mesa antes de se sentar em frente a mim.



“Você perguntou no grupo dos anônimos?” – Christian senta-se ao meu lado e tira
a tampa de sua vitamina.


Dulce
revira os olhos.



“Eles são anônimos, Christian.” –


Christian
revisa os olhos.



“Me refiro ao seu mentor.” –



“Eles se chamam patrocinadores e sim, eu já perguntei e não foi de muita ajuda,
não ouviu nada. Embora Drina pense que estou exagerando, disse que estou
fazendo muito alvoroço por nada.” –



“Ela ainda está aqui?” – Christian a encara fixamente.


Meus
olhos vagam entre eles, alertada pela alteração em sua voz e esperando por
mais. Como quase tudo que tem haver com Alfonso e Drina está fisicamente fora
dos limites, estou igualmente curiosa para escutar a resposta.



“É sim Christian, ela agora vive aqui. Por quê? Isso é um problema?” – ela
estreita seus olhos.


Christian
dá de ombros e toma de sua bebida.



“Nenhum problema.” – Embora seus pensamentos digam o contrário e sua aura
amarela torna-se escura e opaca enquanto se esforça em decidir o que dizer ou
não dizer nada. – “É só...” – ele começa.



“É só o quê? – ela o olha com os olhos semicerrados e lábios tensos.



“Bem...” –


Eu
o olho pensando: "Faça isso, Christian, diga a ela. Drina é arrogante,
horrível, uma má influência, puro problema. Você não é o único que vê isso, eu
também vejo, então vá em frente e diga, ela é a pior."


Ele
vacila, as palavras formando-se em sua língua, enquanto eu seguro a respiração,
antecipando sua saída. Ele inspira alto, balança a cabeça e diz,


 – “Não, esqueça.” –


Eu
olho para Dulce, observando seu rosto enfurecido, sua aura alargando-se, as
bordas faiscando e inflamando, prevendo uma grande explosão em três-dois-um



“Me desculpe Christian, mas eu não acredito nisso. Se tem algo a dizer então
que o diga.” – ela lança um olhar fulminante pra ele, seu bolinho completamente
esquecido enquanto bati seus dedos de encontro à mesa e como ele não responde,
ela continua. – “Como quiser Christian. Você também Anahí. Só porque não disse
nada, não te torna menos cúmplice.” –


Christian
me olha cuidadosamente com seus olhos enormes e sobrancelhas arqueadas, e eu
sei que deveria dizer algo, fazer alguma coisa, fingir e perguntar de quê
exatamente sou culpada.


Mas
a verdade é que eu já sei. Sou culpada porque não gosto da Drina. Porque não
confio nela. Sou culpada porque sinto algo suspeito, até mesmo sinistro, e não
faço o bastante para esconder essas suspeitas.


Ela
balança a cabeça negativamente, revira seus olhos e está tão zangada que
praticamente cospe suas palavras,



“Vocês nem sequer a conhecem e não tem direito de julgá-la! Para a sua


informação,
eu gosto de Drina e no curto período de tempo que a conheço, tem sido melhor amiga
do que qualquer um de vocês dois!” –



“Isso não é verdade!” – grita Christian com os olhos em chamas. – “Isso é uma grande
besteira!”


- “Desculpa
Christian, mas é verdade. Vocês me toleram, andam comigo, mas vocês não me entendem
com ela me entende. A Drina e eu gostamos da mesma coisa, compartilhamos os mesmos
interesses. Ela não quer secretamente que eu mude como vocês querem. Ela me
aceita como eu sou.”



“Ah, então foi por isso que mudou sua aparência? Porque ela te aceita como você
é?


Eu
observo como Dulce fecha os olhos, respira lentamente e depois olha para Christian
enquanto se levanta da cadeira, recolhe suas coisas e diz,



“Tanto faz Christian. Não me importa o que pensa nenhum de vocês” –



“E agora, Senhoras e Senhores, preparem-se para a grande saída dramática!” – Christian
franzi as sobrancelhas – “O quê? Você está brincando? Todo o que fiz foi
perguntar se ela ainda estava aqui! Isso foi tudo e você transformou tudo nesse
calvário! Deus! Senta, pensa em algo


feliz
e relaxa, certo?” –


Ela
diz que não com a cabeça e se apóia na mesa e eu posso ver a pequena e
elaborada tatuagem em seu pulso já terminada, mais ainda vermelha e inflamada.



“O que significa isso?” – lhe pergunto, vendo a tinta representar uma cobra
comendo sua própria cauda, sabendo que existe um nome para isso, que é um tipo
de cultura mística, mas não lembro qual é.



“Ouroboros” – e quando ela fricciona com seu dedo, juro que vi a língua da
serpente se mover.



“O que significa?” –



“É um antigo símbolo alquimista para a vida eterna, criação pela destruição,
vida pela morte, imortalidade, algo assim,” – disse Christian.


Dulce
e eu o encaramos, mas ele simplesmente dá de ombros.



“O quê? Eu leio.” –


Então
eu olho para Dulce e digo,



“Parece infeccionado. Talvez devesse dá uma olhada nisso.


Mas
assim que eu digo, eu sei que foi a coisa errada a dizer, e vejo como ela
ajeita a manga da blusa e sua aura acendendo e inflamando.



“Minha tatuagem está bem. Eu estou bem. E me desculpe por dizer mas, não posso
evitar de notar como nenhum de vocês estão preocupados com Alfonso, que, aliás,
não vem para a escola. Quero dizer, o que está acontecendo?”


Christian
olha o seu celular e eu só dou de ombros. Não posso dizer que ela está errada e
vemos como ela balança a cabeça, pega sua caixa de bolo e sai.



“Pode me dizer o que acabou de acontecer aqui?” – Christian diz, observando com
ela ziguezagueia entre o labirinto de mesas, com grande pressa de ir para algum
lugar.


Mas
eu só dou de ombros, incapaz de esquecer a imagem da serpente em seu pulso e
como virou sua cabeça, fixando seus olhos diretamente em mim.


No
momento em que entro em minha rua, vejo Alfonso encostado em seu carro
sorrindo.



“Como foi à escola?” – ele pergunta, circulando o carro e abrindo a minha
porta.


Eu
dou de ombros e pego meus livros.



“Vejo que continua irritada,” – ele disse, seguindo-me até a porta da minha
casa e, mesmo que não esteja me tocando, posso sentir o calor que emana do seu
corpo.



“Não estou irritada.” – digo entre dentes, abrindo a porta e deixando cair
minha mochila no chão.



“Bem, isso é um alívio porque eu fiz reservas para dois, e se você está
irritada, então eu suponho que você virá comigo.” –


Eu
o encaro, meus olhos viajando por seus jeans escuros, botas e suéter negro
claro que só pode ser caxemira, tentando adivinhar o que ele estaria inventando
agora.


Ele
remove meus óculos escuros e meus fones de ouvidos e os coloca sobre a mesinha
da entrada.



“Confie em mim, você realmente não precisa de todas essas defesas,” – ele
disse, baixando meu capuz, mantendo seu braço ao redor do meu e me levando para
fora de casa, até seu carro.



“Aonde vamos?” – lhe pergunto, acomodando-me complacentemente no assento do passageiro,
sempre tão disposta a seguir qualquer que seja seu plano. – “Quero dizer, e
quanto ao meu dever de casa? Eu tenho uma tonelada de tarefas para por em dia.”


Mas
ele só balança a cabeça e se senta ao meu lado.



“Relaxe, você pode fazer mais tarde, eu prometo.” –



“Quanto mais tarde?” – eu o olho atentamente, me perguntando se alguma vez
poderei me acostumar com a sua incrível e obscura beleza, o calor do seu olhar
e a sua capacidade de me convencer de qualquer coisa.


Ele
sorri, ligando o carro sem nem sequer girar a chave.



“Antes da meia-noite, eu prometo. Agora coloque o cinto, daremos um passeio.” –


Alfonso
conduz rápido. Muito rápido. Assim, quando ele entra no estacionamento e deixa
seu carro com o manobrista, parece que só se passaram alguns minutos.



“Onde estamos?” – lhe pergunto, olhando os edifícios verdes e o letreiro que
diz Entrada Leste. – “Entrada Leste pra onde?” –



“Bem, isso deve explicar.” – ele ri, puxando-me para ele quando quatro
brilhantes e suados cavalos puro sangue passam por nos. Seguidos por um
cavaleiro com uma jaqueta verde e rosa, a calça branca e apertada e um par de
botas pretas sujas de lama.



“Um Hipódromo?” – digo boquiaberta. Assim com foi na Disneylândia, isto era completamente
inesperado.



“Não é qualquer hipódromo, é o Santa Anita,” – ele afirma. – “Um dos melhores.
Agora vem, temos uma reserva para as três e quinze no Favorito.”



“Quem?” – eu digo, engolindo em seco.



“Relaxe, é só um restaurante.” – ele ri. – “Agora, vamos, não quero perde as
apostas.” –



“Isso não é ilegal?” – digo sabendo que pareço mais uma santa-do-pau-oco, mais
ainda, ele é tão desenfreado, tão imprudente, tão aleatório.



“Comer é ilegal?” – ele sorri, mas posso ver que sua paciência está chegando ao
limite.


Eu
digo que não com a cabeça.



“É apostar, jogar, ou o que seja. Você sabe”


Mas
ele apenas sorri e diz que não com a cabeça.



“É uma corrida de cavalos, Anahí, não uma rinha de galos. Agora vamos.” – ele
aperta a minha mão e se dirige ao elevador.



“Mas você não tem que ter vinte e um anos para poder entrar em lugares como
este?” –



“Dezoito.” – ele diz entre os dentes, entrando no elevador e pressionando o
número cinco.



“Exato. E tenho dezesseis e meio.” –


Ele
balança a cabeça e se inclina para beijar-me.



“As regras devem sempre ser dobradas, ou então quebradas. É a única forma de
ter algum divertimento. Agora venha” – ele disse, encaminhando-me por um
corredor e, em seguida, em um grande salão decorado com várias


tonalidades
de verde, parando em frente ao pódio frontal e cumprimentando o maitre como se
fosse amigos há muito tempo.



“Ah! Sr. Herrera, que maravilhoso vê-lo! Sua mesa está pronta, siga-me."–


Alfonso
confirma com a cabeça e pega minha mão, guiando-me por uma sala cheia de
jovens, aposentados, solteiros, um pai e seu filho... não havia nenhum lugar
vazio na casa.


Eventualmente
paramos em uma mesa no final com uma bela vista para a pista de corrida e para
as colinas verdes mais no alto.



“Tony virá em seguida para pegar seus pedidos. Devo lhe trazer o champanhe?” –


Alfonso
me olha e logo move a cabeça. Seu rosto levemente corado quando disse,


 – “Hoje não.”



“Muito bem então, só faltam cinco minutos para começar as apostas.” –



“Champanhe?” – eu sussurro levantando minhas sobrancelhas, mas ele só dá de
ombros e abre seu itinerário de corridas.



“O que você acha do Spanish Fly?” – ele me olha sorrindo quando diz, – “O
cavalo, não o afrodisíaco.” –


Mas
estou muito ocupada para responder, enquanto observo ao meu redor, tentando
captar tudo. Este lugar não só é enorme, como está completamente cheio – no
meio da semana – e no meio do dia. Toda essa gente deixando suas
responsabilidades e apostando. É como um mundo completamente novo, e o qual eu
não sabia que existia e não posso evitar me


perguntar
se é aqui que Alfonso passa todo seu tempo livre.



“E o que me diz? Querer apostar?” – ele me olha brevemente antes de fazer uma
série de notas com a sua caneta.


Eu
digo que não com a cabeça,



“Nem sequer sei por onde começar.” –



“Bem, eu poderia te dar uma lista completa de probabilidades, porcentagens, de
quem procriou quem. Mas estamos com pouco tempo, por que você apenas não olha
isto e me diz o que você sente, qual nome atrai sua atenção. Isso sempre
funciona comigo.” – ele sorri.


Ele
me passa a lista de corridas e eu dou uma olhada, surpreendida de encontrar
três nomes distintos que me chamaram atenção em uma ordem de um a três.



“Que tal Spanish Fly em primeiro, Acapulco Lucy em segundo e Sono f Buddha em
terceiro?” – lhe digo, sem ter idéia de como cheguei a essa conclusão, mas
sentindo-me muito segura com as escolhas que fiz.



“Lucy é constante, Buddha é um espetáculo...” – ele fala enquanto rabisca. – “E
quanto queres apostar por isso? A aposta mínima é de dois, mas pode apostar
mais se quiser.” –



“Dois está bem” – lhe digo, perdendo subitamente a confiança e sem querer
esvaziar minha carteira por um capricho.



“Tem certeza?” – ele pergunta, olhando-me desapontado.


Eu
digo que sim com a cabeça.



“Bem, eu acho que você escolheu cavalos muito bons, assim vou apostar cinco.
Não, melhor que sejam dez.” –



“Não aposte dez,” – lhe digo, pressionando meus lábios. – “Eu só escolhi e nem
sei por quê.”


 “Parece que saberemos em breve.” – ele disse,
levantando-se de sua cadeira enquanto eu pego minha carteira, mas ele a rejeita
com a mão.



“Poderá me reembolsar quando ganhar. Vou apostar, se o garçom vier, peça o que
quiser.” –



“O que peço pra você?” – lhe pergunto, mas ele se move tão rápido que nem
sequer me escutou.


Quando
volta, e todos os cavalos estão em suas posições e soa o disparo, saem todos os
cavalos. A princípio parecem como manchas escuras, quando chegam a curva e
começam a reta final, eu me levanto de minha cadeira olhando os meus três
favoritos e logo começando a pular e a gritar com alegria, ao ver que todos
eles chegaram ao final ao mesmo tempo e na mesma ordem que eu havia apostado.



“Oh meu Deus, ganhamos! Ganhamos!” – digo sorrindo, enquanto Alfonso se inclina
para beijar-me. – “É sempre assim tão excitante?” – olho para pista e observo
como Spanish Fly trota no círculo do vencedor, é coberto com flores e preparado
para tirar fotos.



“Sim.” – Alfonso confirma com a cabeça. – “Mas não há nada como a primeira vez
que se ganha uma grande aposta com muito dinheiro, essa é sempre a melhor.” –



“Bem, não sei o quão grande é essa aposta,” – lhe digo, desejando ter tido mais
fé em minhas habilidades, ao menos o suficiente para ter ampliado a aposta.


Alfonso
franze o cenho.



“Bom, como só apostou dois, você ganhou mais ou menos oito.” –



“Oito dólares?” – entrecerro os olhos, bastante decepcionada.



“Oitocentos dólares.” – ele ri. – “Uns oitocentos e oitenta dólares e sessenta
centavos, para ser exato. Ganhou uma trifecta, o que significa que você acertou
os três na ordem exata.” –



“E tudo isso com apenas dois dólares?” – digo, subitamente sabendo por que ele
tem uma mesa elegante.


Ele
confirma com a cabeça.



“E você? Quanto ganhou?” – lhe pergunto. – “Apostou o mesmo que eu?” –


Ele
sorri.



“Na verdade eu perdi e bem feio. Fui um pouco ganancioso e apostei uma


superfecta,
o que significa que acrescentei um cavalo e ele não conseguiu. Mas não se preocupe,
planejo corrigir isso na próxima corrida.


E
sei que o fez porque fomos para a janela, depois da oitava e última corrida, eu
já havia ganhado um total de mil e seiscentos e cinqüenta e cinco dólares e
oitenta centavos, enquanto que Alfonso encheu o bolso muito mais porque ganhou
o Super High Five, o que significa que acertou cinco cavalos na ordem exata em
que terminaram, e como ele foi o único a fazer isso – em vários dias acumulados
– ganhou quinhentos e trinta e seis mil dólares e quarenta e um centavos, todo
em uma aposta de dez dólares.



“E o que você acha das corridas?” – ele perguntou, seu braço ao redor de mim,
enquanto me levava para fora.



“Bom, agora sei por que não está interessado na escola. Suponho que não pode
competir com isso, pode?” – eu rio, ainda sentindo-me excitada com o meu lucro,
pensando que encontrei finalmente uma vantagem rentável para o meu dom
psíquico.



“Vamos, quero te comprar algo para comemorar minha grande vitória.” – ele
disse, levandome para a loja de presentes.



“Não, você não tem q...” – eu começo.


Mas
ele aperta minha mão, coloca seus lábios em minha orelha e diz,



“Eu insisto. Além do mais, acho que posso pagar. Mas tem uma condição.” –


Eu
o encaro.



“Absolutamente nada de casaco ou capuz.” – ele ri. – “Mas qualquer outra coisa,
é só dizer.”


Depois
de fazer gozação e insistindo em um capacete de jóquei, uma estatua de cavalo e
uma enorme ferradura de bronze para pendurar na parede do meu quarto, nós
decidimos por uma pulseira de prata com uma ponta de um cavalo,
preferivelmente. Mas somente depois de me certificar que a parte é de cristal,
e não de diamante, porque isso seria demais, não importa a


quantidade
de dinheiro que ele ganhou.



“Desse jeito, não importa o que aconteça, você nunca esquecerá este dia,” – ele
disse, colocando a pulseira e fechando o fecho em meu pulso enquanto nós
esperávamos o manobrista trazer o carro.



“Como poderia esquecer?” – lhe pergunto, olhando minha pulseira e depois a ele.


Mas
ele só dá de ombros enquanto se senta ao meu lado no carro e em seus olhos há
algo tão triste, tão particular, que espero que isso sim eu esqueça.


Infelizmente,
a volta para casa parecer ser ainda mais rápido do que quando fomos para o hipódromo
e quando ele entra na minha rua, relutantemente me dou conta que o dia terminou.



“Veja,” – ele disse, apontando o relógio do carro. – “Bem antes da meia-noite,
como havia prometido.” – e quando ele se inclina para me beijar, eu o beijo com
tanto entusiasmo, que praticamente o puxo para o meu assento.



“Posso entrar?” – ele sussurra, tentando-me com seus lábios enquanto percorre a
minha orelha, meu pescoço e minha clavícula.


Mas
surpreendendo a mim mesma afastando-o e dizendo não com a cabeça. Não só porque
Sabine está lá dentro e tenho trabalho pra fazer, mas porque eu preciso manter
minha coluna reta e não ceder tão facilmente aos seus encantos.



“Te vejo na escola,” – lhe digo, descendo de seu carro antes de que ele me faça
mudar de idéia. – “Você recorda, Bay View? A escola que freqüentamos?” –


Ele
afasta o olhar e suspira.



“Não me diga que você ai faltar outra vez?” –



“A escola é tão terrivelmente chata. Não sei como você faz isso.” –



“Você não sabe como eu faço?” – eu balanço minha cabeça, olho de relance para a
casa, vendo Sabine se espreitar através das cortinas e afastando-se então olho
novamente para Alfonso e digo,



“Bem, digamos que eu faça o mesmo que você deve fazer. Você sabe,


acordar,
se vestir e apenas sair, e às vezes, prestar atenção, aprender uma ou duas
coisas enquanto estiver lá.” – E no momento que digo isso, sei que é mentira
porque a verdade é que não aprendi droga nenhuma o ano todo. Quero dizer, é
realmente difícil aprender alguma coisa quando, por sorte, você já sabe de
tudo. Embora eu não possa compartilhar isso com ele.



“Deve haver uma maneira melhor,” – ele geme, seus olhos enormes e suplicantes encontrando
os meus.



“Bem, apenas para registro, absenteísmo não é uma boa idéia. Não se quiser ir
para a Universidade e fazer algo de sua vida.” – Mais mentiras, com mais dias
assim como o que tivemos no hipódromo, poder-se-ia viver bem. Melhor que bem.


Mas
ele apenas sorri,



Tudo bem, faremos do seu jeito. Por agora. Te vejo amanhã, Anahí.” –


E
mal atravesso a porta quando ele já está se afastando com o carro.




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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 287



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  • ligia Postado em 26/10/2013 - 21:22:02

    Continua postando, não vejo a hora de ver a Any e o Poncho juntos, sinceramente estou adorando a web.

  • bruubuna Postado em 28/01/2013 - 02:57:51

    haaa li a sua historia e eh linda demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais..e a continuaçao?

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:53

    Acabei o/ ~pula~
    AAAAAAAAAA esse livro é perfeito e adaptado Anahi e Alfonso ficou mil vezes melhor *--*
    Obrigada por me viciar em mais uma saga de misterios e emoções *--*
    Quero a segunda temporada agora u.u

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:49

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:29

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