Fanfic: Eternamente {AyA}
CAPITULO VINTE E DOIS
Mesmo
Dulce se negando a responder nossas ligações, conseguimos ligar para Christian.
E depois
de
convencê-lo a passar depois do ensaio, ele pareceu com Eric, e nós quatro
passamos uma
noite
realmente divertida comendo, nadando e vendo filmes de terror ruins, e foi tão
bom
ficar
com meus amigos de uma maneira tão relaxada, que quase me fez esquecer de
Riley,
Dulce,
Evangeline, Drina, a praia e todo o drama desta tarde.
Quase
me fez inconsciente do olhar distante que Alfonso tinha cada vez que pensava
que
ninguém
o olhava.
Quase
me fez ignorar a corrente de preocupação borbulhando embaixo da superfície.
Quase.
Mas não completamente.
E
mesmo que eu fizesse entender perfeitamente claro que Sabine estava fora da
cidade e que
Alfonso
era mais que bem vindo para ficar, ele permaneceu só o suficiente até eu cair
no sono,
e
depois silenciosamente deixou a casa.
Então,
na manhã seguinte, quando ele chegou à porta com café, bolo, e um sorriso, não
pude
deixar
de sentir-me um pouco aliviada.
Tentamos
ligar para Dulce novamente, e ainda deixamos uma mensagem ou duas, mas não
precisa
de vidente para saber que ela não quer falar com nenhum de nós. E quando
finalmente
ligo
para sua casa e falo com seu irmão menor, Austin, posso dizer que não está
mentindo
quando
disse que não a tinha visto.
Assim,
depois de um dia inteiro de risadas na piscina, estou pronta para pedir uma
pizza
quando
Alfonso tira o telefone da minha mão e diz, – “Pensei em preparar o jantar” –
–
“Você sabe cozinhar?” – pergunto, embora não sei por que me surpreendo, porque
a
verdade
é que eu ainda tenho que encontrar alguma coisa em que ele não possa fazer.
–
“Deixarei que você decida” – ele sorri.
–
“Precisa de ajuda?” – me ofereço, mesmo quando minhas habilidades na cozinha
estão
sAnahíamente
limitadas a ferver água e colocar leite no cereal.
Mas
ele só balança negativamente a cabeça e se dirige para a cozinha, então vou
para cima pra
banhar
e me trocar, e quando ele chama para comer, me surpreendo ao encontrar a mesa
de
jantar
com a porcelana mais fina de Sabine, velas, e um vaso de cristal cheio de
dezenas de –
grande
surpresa – Tulipas Vermelhas.
–
“Madeimoselle.” – ele sorri e afasta minha cadeira, seu sotaque francês
perfeito.
–
“Não posso acreditar que você fez isso.” – olho para todos os pratos alinhados
em minha
frente,
tão cheios de comida que me pergunto se estamos esperando convidados.
–
“É tudo para você.” – ele sorri, respondendo a pergunta que ainda não fiz.
–
“Só eu? E você não vai comer nada?” – eu presto atenção em como ele enche o meu
prato
com
vegetais perfeitamente preparados, carnes finamente grelhadas, e um molho tão
rico e
complexo
que nem sequer posso dizer o eu é.
–
“Naturalmente.” – sorri. – “Mas a maior parte fiz para você. Uma garota não
vive só de pizza,
sabia?”
–
–
“Ficaria surpreso”– eu rio, cortando um pedaço suculento da carne grelhada.
Enquanto
comemos, eu faço perguntas. Aproveitando-me do fato de que ele mal toca em sua
comida,
perguntando todo o que eu estava louca para saber, mas sempre esquecendo no
momento
em que seus olhos cruzavam com os meus. Coisas sobre sua família, sua infância,
as
constantes
mudanças, a emancipação – Essa parte porque estou curiosa, mas principalmente
porque
é estranho estar em um relacionamento com alguém que se conhece tão pouco. E
quanto
mais falamos, mais me surpreendo de que temos muito em comum. Primeiro, ambos
somos
órfãos, embora ele muito mais cedo do que eu, e mesmo que ele não dê muitos
detalhes,
não é como se eu fosse me oferecer para falar sobre a minha situação, por isso
não
insistir
muito.
–
“Então, que lugar você prefere?” – pergunto, tendo limpado meu prato por
completo e
começando
a sentir-me cheia.
–
“Exatamente aqui.” – sorri, tendo comido quase nada, mas fazendo um bom show de
mover
a
comida em seu prato.
Entrecerro
meus olhos, não acreditando em tudo. Quero dizer, claro, Orange County é lindo,
mas
não se pode comparar com todas essas cidades tão excitantes da Europa, pode?
–
“De verdade, sou muito feliz aqui.” – ele confirma, olhando-me fixamente.
–
“E não é feliz em Roma, Paris, Nova Deli ou Nova York?” –
Ele
se encolhe, seus olhos repentinamente cheios de tristeza enquanto se afastam
dos meus e
toma
um gole de sua estranha e vermelha bebida.
–
“Quer dizer isso?” – sorri, erguendo-a para que eu veja. – “Uma receita secreta
de família.” –
vira
o conteúdo, e eu olho como brilha enquanto roda os lados da garrafa e agita a
parte de
baixo.
Parece uma mistura entre um relâmpago, vinho e sangue, e uma minúscula poeira
de
diamante.
–
“Posso provar?” – pergunto, não tão certa de querer, mas muito curiosa.
Ele
nega com a cabeça. – “Você não vai gostar. Parece remédio. E isso porque
provavelmente é
remédio.”
–
Meu
estômago se embrulhou enquanto olhava para ele, imaginando uma enorme
quantidade
de
enfermidades incuráveis, terríveis – Sabia que era bom demais para ser verdade.
Mas
ele só move a cabeça e sorri enquanto pega minha mão. – “Não se preocupe. Só
preciso
de
um pouco de energia de vez em quando. E isto me ajuda.” –
–
“Onde você conseguiu?” – pergunto, procurando um rótulo, uma impressão, alguma
marca,
mas
a garrafa está lisa e sem marcas.
Ele
sorri. – “Eu te disse, receita familiar” – ele disse, tomando um grande gole e
terminando-o.
Logo
ele se afasta da mesa e de seu prato ainda cheio, enquanto diz, – “Vamos
nadar?” –
–
“Não se supõem que temos que esperar uma hora depois de comer?” –
Mas
ele só sorri e pega minha mão. – “Não se preocupe, não vou deixar que se
afogue.” –
Como
havíamos passado a maior parte do dia na piscina, decidimos ficar na jacuzzi. E
quando
nossos
dedos começaram a parecer ameixas secas, nos envolvemos em toalhas e fomos ao
meu
quarto.
Ele
me seguiu até o banheiro. E atirou minha toalha molhada no chão, então vem por
trás de
mim,
me puxa para ele, me mantém tão próxima que nossos corpos se combinam. E quando
seus
lábios passam pela base do meu pescoço, sei eu é melhor colocar algumas regras
enquanto
meu cérebro ainda funciona.
–
“Hum, você é bem vindo para ficar.” – murmuro, minhas bochechas queimando de
vergonha
quando
eu encontro com o seu olhar divertido. – “Quero dizer, o que eu quis dizer é
que eu
quero
que você fique. De verdade. Mas, bem, não estou certa de que dAnahííamos, você
sabe.”
–
Oh
Deus, o que estou dizendo? Um, olá, como se ele não soubesse o que eu queria
dizer. Como
se
ele não fosse o que estava sendo afastado na caverna e em todo resto. O que
estava
acontecendo?
O que eu estava fazendo? Qualquer garota mataria por um momento assim, um
longo
fim-de-semana sem pais ou nenhuma companhia, e mesmo assim aqui estou eu, pondo
estúpidas
regras por nenhuma boa razão.
Ele
coloca o dedo embaixo do meu do meu queixo e levanta meu rosto até estar na
altura do
seu.
– “Anahí, por favor, já passamos por isso,” – ele sussurra, colocando meu
cabelo atrás da
minha
orelha e pressionando seus lábios em meu pescoço. – “Sei esperar, de verdade.
Já
esperei
todo esse tempo para encontrar você, eu posso esperar ainda mais.” –
Com
o corpo quente de Alfonso enrolado no meu, e sua reconfortante respiração em meu
ouvido,
eu adormeci. E mesmo quando penso que vou estar muito desconfortável com a sua
presença
para descansar, é o sentimento aquecido de segurança de tê-lo junto a mim que
me
ajuda
a dormir.
Mas
quando eu acordo às 3:45 da manhã, só para descobrir que ele já não está mais
ali, jogo o
cobertor
para o lado e corro para a janela, revivendo o momento na caverna de novo,
quando
procuro
por seu carro surpreendida ao ver que está ali.
–
“Está me procurando?” –
Eu
giro para encontrá-lo parado na porta, meu coração batendo loucamente, meu
rosto
enrubescendo.
– “Oh, eu me virei e você não estava aqui e...” – pressiono meus lábios,
sentindo-me
ridícula, pequena, estupidamente carente.
–
“Fui lá embaixo pegar um pouco de água.” – ele sorri, pegando minha mão e conduzindo-me
de
novo para cama.
Mas
quando me deito ao lado dele, minha mão passando pelo seu lado, varrendo o
lençol frio
e
abandonado, que parece que ele tinha saído por muito mais tempo.
Na
segunda vez que me levanto, estou só novamente. Mas quando escuto Alfonso na
cozinha,
coloco
meu robe e desço para investigar.
–
“Há quanto tempo você levantou?” – pergunto, olhando a cozinha perfeita, a
bagunça de
ontem
a noite havia desaparecido, substituída por uma torre de Donuts, cereais e
beagels que
não
estavam no armário.
–
“Sou de levantar cedo.” – se encolhe. – “Então pensei em limpar um pouco antes
de ir ao
mercado.
Posso ter me excedido um pouco, mas não sei o que você iria querer.” – ele
sorri,
enquanto
dá a volta na mesa e me beija na bochecha.
Tomo
um gole de um copo de suco de laranja recentemente exprimido que ele coloca na
minha
frente e pergunto, – “Você quer? Ou você ainda está em jejum?” –
–
“Jejum?” – ele levanta a sobrancelha e me olha.
Reviro
os olhos. – “Por favor. Você come menos do que qualquer um que conheço. Você só
toma
seu... remédio e empurra sua comida. Me sinto um completo porco ao seu lado.” –
–
“Assim está melhor?” – sorri, pegando um donut e mordendo até a metade, seu
maxilar
trabalhando
para morder a massa com glacê.
Encolho-me
e olho pela janela, ainda sem me acostumar com o clima da California, o que
parece
ser uma sucessão interminável de dias ensolarados, ao mesmo tempo em que é
oficialmente
inverno. – “Então, O que deveríamos fazer hoje?” – Pergunto, girando para
olhálo.
Ele
olha seu relógio e depois me olha. – “Preciso ir agora.” –
–
“Mas Sabine não voltará até tarde,” – digo, odiando como minha voz soa tão
estridente e
necessitada,
e como meu estômago revira quando ele pega a chave.
–
“Preciso ir para casa e arrumar algumas coisas. Especialmente se quiser me ver
na escola
amanhã.”
– ele disse, seus lábios tocando minha bochecha, minha orelha, a base do meu
pescoço.
–
“Oh, escola. Nós ainda vamos lá?” – eu rio, fingindo esquecido satisfatoriamente
de pensar
sobre
minha recente ausência escolar e a repercussão que teria.
–
“Você é que acha isso importante.” – se encolhe. – “Se fosse por mim, todos os
dias seriam
sábado.”
–
–
“Mas então os sábados não seriam especiais. Seriam todos os mesmos,” – digo,
pegando um
pedaço
de donut com glacê. – “Um fluxo interminável de dias preguiçosos e longos, nada
pelo
o
que trabalhar, nada pelo o que esperar, apenas um hedonista atrás do outro.
Depois de um
tempo,
já não seria tão grandioso.” –
–
“Não esteja assim tão certa.” – ele sorri.
–
“Então, exatamente o que são essas tarefas misteriosas?” – pergunto, esperando
ter um
vislumbre
de sua vida, das coisas menores que ocupam seu tempo quando não está comigo.
Ele
se encolhe. – “Já sabe. Coisas.” – e embora ele esteja sorrindo quando diz, é
bastante óbvio
que
está pronto para ir.
–
“Bem, talvez eu possa...” – mas antes que eu termine a frase ele já está
negando com a
cabeça.
–
“Esqueça. Você não vai lavar minha roupa.” – ele muda o peso de um pé para o
outro como
se
estivesse se aquecendo para uma corrida.
–
“Mas eu quero ver onde você vive. Nunca estive na casa de alguém emancipado e
tenho
curiosidade.”
– e embora trate de soar despreocupada, minha voz soa ainda menor e
desesperada.
Ele
move a cabeça e olha para a porta como se fosse um potencial amante que não
pudesse
esperar
para vê-la.
E
embora seja óbvio que esteja na hora de levantar minha bandeira branca e
render-me, não
posso
deixar de tentar mais uma vez quando digo, – “Mas por quê?” – enquanto o
encaro,
esperando
uma razão.
Ele
me olha, seu maxilar tenso quando diz, – “Porque está uma desordem. Um desastre
horrível.
E não quero que veja assim e tenha uma idéia errada de mim. Além do mais, nunca
poderei
colocar em ordem se você estiver lá; só conseguirá me distrair.” – Sorri, mas
seus
lábios
estão forçados e seus olhos impacientes, e é claro que suas palavras são só
para
preencher
o espaço entre agora e quando ele finalmente vai embora. – “Ligarei pra você
está
noite.”
– disse, virando e se dirigindo para a porta.
–
“E o que acontece se eu decidir seguir você? O que você faria?” – pergunto,
minha risada
nervosa
detendo-se quando ele se vira.
–
“Não me siga, Anahí.” –
E
a maneira como ele disse isso me fez perguntar se ele disse, não me siga,
nunca; ou não me
siga,
Anahí. Mas de qualquer maneira, significa o mesmo.
Quando
Alfonso sai, pego o telefone e tento ligar para Dulce, mas quando cai no
correio de
voz
não me incomodo de deixar uma mensagem. Porque a verdade é que já deixei várias
mensagens
e agora é a vez dela me ligar. Depois de eu ir para cima e tomar um banho,
sento
em
minha escrivaninha, determinada a acabar minhas tarefas, mas não chego a ir
muito longe
quando
meus pensamentos voltam para Alfonso, e todas suas estranhas, misteriosas
peculiaridades
que não posso mais ignorar.
Coisas
como: Como é que sempre parece saber o que estou pensando quando eu não posso
ler
nada do que ele pensa? E como, em seus curtos 17 anos, encontrou tempo para
viver em
todos
esses exóticos lugares, dominando arte, futebol, surf, cozinhar, literatura,
história
mundial
e sobre cada outro assunto que eu não posso pensar? E tem a maneira como ele se
move,
tão rápido que parece um borrão? E com as rosas, tulipas e a caneta mágica? Sem
mencionar
que em um momento fala como uma pessoa normal e no outro soa como
Heathcliff,
ou Darcy, ou algum outro personagem de um livro das irmãs Bronte. Adicione a
isso
o
modo como agiu com se pudesse ver a Riley, o fato dele não ter aura, de Drina
também não
ter
aura, o fato de eu saber que ele esconde algo relacionado a como ele realmente
a
conheceu.
E agora não quer que eu veja aonde ele vive?
Depois
de que dormimos juntos?
Ok,
talvez a única coisa que fizemos foi dormir, mas mesmo assim, acho que eu
mereço
respostas
de algumas (se não todas) das minhas perguntas. E embora eu não esteja muito
preparada
para ir até a escola e procurar seus arquivos, sei de alguém que esta.
Só
que eu não sei se posso envolver Riley nisso. Sem mencionar que não sei como
chamá-la já
que
nunca fiz isso antes. Quero dizer, chamo o seu nome em voz alta? Acendo uma
vela?
Fecho
meus olhos e faço um desejo?
Como
acender uma vela me parece um pouco bobo, me conformo em parar no meio do
quarto,
com os olhos bem fechados, enquanto digo – “Riley? Riley se puder me ouvir de
verdade
preciso falar com você. Bem, para dizer a verdade preciso de um favor. Mas se
não
quiser
fazer, eu vou compreender totalmente, e não haverá nenhum ressentimento. E Hum,
me
sinto um pouco tonta agora, parada aqui falando sozinha, então se estiver me
escutando,
talvez
você pudesse me dar um sinal?” –
E
quando meu som toca de repente a canção de Kelly Clarkson que ela sempre canta,
abro
meus
olhos e a vejo na minha frente, rindo histericamente.
–
“Oh meu Deus, Parecia como se estivesse a dois segundos de fechar as cortinas,
acender
uma
vela e puxar o tabuleiro de Ouija debaixo de sua cama!” – ela balança a cabeça
negativamente
e me olha.
–
“Oh, me sinto como uma idiota,” – digo, meu rosto se tornando vermelho.
–
“Você está com um olhar de idiota.” – ela ri. – “Ok, deixa-me ver se isso está claro,
quer
corromper
a sua pequena irmã para espiar seu namorado?” –
–
“Como você sabia?” – olho-a surpreendida.
–
“Por favor.” – ela revira seus olhos e se atira na minha cama. – “Acha que a
única por aqui
que
pode ler mentes?” –
–
“E como sabe disso?” – pergunto, querendo saber o que mais ela pode saber.
–
“Ava me disse. Mas, por favor, não fique louca, porque realmente explica alguns
de seus
novos
hábitos de vestir.” –
–
“E o que há sobre seu novo hábito de se vestir?” – digo, sinalizando seu
disfarce de Star
Wars.
Mas
ela só se encolhe. – “Então quer saber aonde encontrar seu namorado ou não?” –
Vou
até a cama e me sento ao lado dela. – “Honestamente? Não estou certa. Quero
dizer, sim
eu
quero saber, mas não me sinto bem em envolver você.” –
–
“Mas e se eu já fiz? O que acontece se eu sei?” – ela disse, levantando suas
sobrancelhas.
–
“Você invadiu a escola?” – pergunto, pensando em que mais ela estaria fazendo
desde a
última
vez que falamos.
Mas
ela apenas ri. – “Ainda melhor, eu o segui até sua casa.” –
Encaro-a
boquiaberta. – “Mas, Quando? E como?” –
Ela
move a cabeça. – “Vamos Anahí, não é como se eu precisasse de rodas para ir
aonde quero.
Além
disso, sei que está toda apaixonada por ele, e não culpo você, ele é bastante
encantador.
Mas
se lembra aquele dia quando agiu como se me visse?” –
Eu
confirmo. Quero dizer, como poderia esquecer?
–
“Bem, me assustou bastante. Então decidi fazer um pouco de investigação.” –
–
“E, bem, não estou certa de como dizer isso, e espero que você não me leve a
mal, mas –
“tem
algo estranho,” – ela se encolhe. – “Quero dizer, vive em uma casa enorme na
Newport
Coast,
o que é estranho, considerando sua idade e tudo. Então, de onde ele tira
dinheiro?
Porque
ele não trabalha.” –
Recordo
aquele dia nas corridas. Mas decidi não mencioná-lo.
–
“Mas isso nem sequer é a parte mais estranha,” – continua. – “Porque o que é
realmente
estranho
é que a casa dele está completamente vazia. Isso é nenhuma mobília.” –
–
“Bem, é homem,” – digo, perguntando-me porque sinto a necessidade de
defendê-lo.
Ela
move a cabeça. – “Sim, mas estou falando de estranho de verdade. Quero dizer,
as únicas
coisas
lá dentro são uma base para IPod e uma TV de tela plana. É sério, isso é tudo.
E acredite,
eu
já verifique a casa inteira. Bem, com exceção desse quarto que estava
trancado.” –
–
“Desde quando um quarto trancado te detém?” – digo, já tendo a visto ela passar
por
paredes
muitas vezes nos últimos tempos.
–
“Acredite, não foi a porta trancada que me deteve. Fui eu que me detive. Quero
dizer, Deus,
só
porque estou morta não quer dizer que não posso ter medo.” – ela balança a
cabeça e me
encara.
–
“Mas ele ainda não vive muito tempo aqui.” – digo, apressando-me para dar mais
desculpas,
como
o pior tipo de idiota dependente.
–
“Então talvez ele ainda não tivesse tempo de arrumar tudo. Quero dizer, talvez
seja por isso
que
ele não quer que eu vá até lá, não quer que eu o veja assim.” – e quando
analiso o que
acabo
de dizer não posso deixar de pensar: “Oh, Deus, estou pior do que pensei.”
Riley
balança a cabeça e me olha como se estivesse a ponto de dizer-me a verdade
sobre a
Fada
dos Dentes, o Coelhinho da Páscoa e o Papai Noel, tudo de uma vez. Mas logo ela
se
encolhe
de ombros e apenas disse, – “Talvez devesse ver por si mesma.” –
–
“O que quer dizer?” – pergunto, sabendo que está escondendo algo.
Mas
ela se levanta da cama e se dirige para o espelho, olhando seu reflexo e
ajeitando seu
disfarce.
–
“Riley?” – digo, perguntando-me porque age de maneira tão misteriosa.
–
“Escuta,” – disse ela, finalmente virando-se para me encarar. – “Talvez eu
esteja errada.
Quero
dizer, eu sou apenas uma garota.” – ela se encolhe. – “E provavelmente não sei
nada,
mas...”
–
–
“Mas...” –
Ela
respira fundo. – “Mas acho que deveria ver por si mesma.” –
–
“Então como chegamos lá?” – pergunto, já levantando e alcançando as chaves.
Ela
nega com a cabeça. – “De maneira nenhuma. Esqueça. Estou convencida de que ele
pode
me
ver.” –
–
“Bem, sabemos que ele pode me ver,” – eu a lembro.
Mas
ela se mantém firme. – “Isso não vai acontecer. Mas eu posso te desenhar um
mapa.” –
Como
Riley não é muito boa desenhando mapas, ela se conforma fazendo uma lista de
ruas
indicando
quando dobrar a direita ou à esquerda, desde que norte, sul, leste e oeste me
confunde
sempre.
–
“Tem certeza de que não quer vir?” – eu ofereço, pegando minha carteira e
saindo do
quarto.
Ela
assente e me segue pelas escadas. – “Ei, Anahí?” –
Eu
me viro.
–
“Poderia ter me dito todo esse lance de ser psíquica. Me sinto mal por ter
zombado de sua
roupa.”
–
Abro
a porta principal e me encolho de ombros. – “Você realmente pode ler minha
mente?” –
Ela
nega com a cabeça e sorri. – “Só quando está tentando se comunicar comigo.
Achei que era
só
uma questão de tempo até me pedir que o espionasse.” – ela ri. – “Mas, Anahí?”
–
Eu
viro e a encaro novamente.
–
“Se não apareço por um tempo, não é porque estou zangada com você e nem porque
estou
tentando
te castigar ou algo assim, Ok? Prometo que vou continuar te observando e vou me
certificar
que esteja bem, mas, bem, pode ser que eu vá por um tempo. Eu posso ficar um
pouco
ocupada.” –
Eu
congelei, a primeira sensação de pânico começando a surgir. – “Você vai voltar,
não vai?” –
Ela
assente. – “É só que, bem...” – se encolhe. – “Prometo voltar, só que não sei
quando.” – e
embora
ela esteja sorrindo, é obvio que está forçando.
–
“Não está me deixando, está?” – mantenho a respiração, exalando somente quando
ela
balança
a cabeça.
–
“Ok, bem, boa sorte então.” – digo, desejando poder abraçá-la, convencê-la a
ficar, mas
sabendo
que não é possível, então me dirijo ao meu carro dando a partida no motor.
Autor(a): theangelanni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 287
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-
ligia Postado em 26/10/2013 - 21:22:02
Continua postando, não vejo a hora de ver a Any e o Poncho juntos, sinceramente estou adorando a web.
-
bruubuna Postado em 28/01/2013 - 02:57:51
haaa li a sua historia e eh linda demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais..e a continuaçao?
-
jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:53
Acabei o/ ~pula~
AAAAAAAAAA esse livro é perfeito e adaptado Anahi e Alfonso ficou mil vezes melhor *--*
Obrigada por me viciar em mais uma saga de misterios e emoções *--*
Quero a segunda temporada agora u.u -
jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:49
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:45
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:41
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:38
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:35
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:29
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:25
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