Fanfics Brasil - Eternamente {AyA}

Fanfic: Eternamente {AyA}


Capítulo: 24? Capítulo

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VINTE E TRÊS


Alfonso
vive em uma comunidade com acesso controlado. Um detalhe que Riley não revelou.


Suponho
que como a presença de barras de ferro e seguranças uniformizados não iria
parar


alguém
como ela, não lhe pareceu de muita importância. Embora eu acredite que não iria


parar
alguém como eu também, porque simplesmente sorri para a guarda e disse,



“Oi, sou Megan Foster. Estou aqui para ver a Jody Howard.” – então observo
enquanto ela


procura
na tela do computador, olhando para o nome que eu sei que está listado como a


entrada
número três.



“Deixe isto na janela do lado do motorista,” – ela disse, entregando-me um
pedaço de papel


amarelo
com a palavra “Visitante” e a data marcada na parte da frente. – “e não
estacione no


lado
esquerdo da rua, só no lado direito.” – ela assente e volta à sua cabine
enquanto eu passo


pela
entrada, desejando que ela não note que eu passei da rua onde vive Jody e me
dirijo para


a
rua de Alfonso.


Quase
chego ao topo da Colina quando vejo a próxima rua no meu mapa, depois viro a


esquerda,
rapidamente seguido por outra passagem à esquerda, paro ao final do bloco onde


ele
vive, desligo o motor e me dou conta de que tinha perdido toda a coragem.


Quer
dizer, que tipo de namorada psicótica eu sou? Quem em sã consciência pensaria
em


recrutar
a sua irmã morta para que ajude a espionar seu namorado? Mas também não é como


se
algo em minha vida fosse remotamente normal, então por que meus relacionamentos


seriam
diferentes?


Sento-me
no meu carro, concentrando em minha respiração, lutando para mantê-la lenta e


regular,
mesmo meu coração batendo como louco e as palmas das minhas mãos estão lisas


com
o suor, enquanto eu olho pela vizinhança limpa, arrumada e próspera, me dou
conta que


não
poderia ter escolhido um pior dia para fazer isso. Primeiro de tudo, é quente,
ensolarado e


glorioso
dia, o que significa que todos estão andando em suas bicicletas, passeando com
seus


cães
ou trabalhando em seus jardins, o que acredito ser a pior condição que posso
imaginar


para
espionar e, enquanto me concentrava pra chegar aqui sem nem sequer considerar
que


uma
vez que estou aqui, não comecei a ter um plano.


Embora
isso provavelmente não importasse muito. Quero dizer, o que de pior poderia


acontecer?
Eu ser apanhada e Alfonso confirmar que estou louca? Ele provavelmente já


pensou
isso depois de eu parecer tão carente e desesperada esta manhã.


Desço
do meu carro e me dirijo para a casa dele, que fica no final da rua sem saída,
plantas


tropicais
e a grama cortada. Mas eu não vou rastejando e nem me escondendo para não fazer


nada
que atraia atenção, eu só caminho tranquilamente, como se tivesse o direito de
estar ali,


até
que me detenho em frente a sua enorme porta dupla, sem saber o que fazer.


Dou
um passo para trás e olho pelas janelas que estão com as cortinas abaixadas e,
mesmo


não
tendo idéia do que vou dizer, mordo meu lábio inferior, pressiono o botão da
campainha,


prendo
a respiração e espero.


Mas
depois de alguns minutos sem resposta, eu pressiono outra vez e quando ele não


responde,
giro a maçaneta e certifico-me de que está trancada. Depois, caminho pela
calçada,


para
ter certeza de que nenhum vizinho esteja olhando, deslizo pela entrada lateral
e


esquivome


para
o quintal.


Eu
fico perto da casa, observando vagamente a piscina, as plantas e a vista
incrível, enquanto


eu
caminho diretamente para a porta deslizante de vidro, que, naturalmente, também
está


fechada.


Então,
quando eu estou prestes a desistir ir para casa, escuto uma voz em minha cabeça


urgentemente
dizendo – “a janela, a que está no dissipador”. E a encontro levemente aberta,


mas
o suficiente para colocar meus dedos e abri-la completamente.


Eu
coloco minhas mãos na borda da janela e uso toda a minha força para puxar-me
para


dentro
e no segundo que meus pés tocaram o chão tive, oficialmente, cruzado a linha.


Não
deveria continuar. Não tenho o direito de fazer isso. Deveria escalar de volta,
sair e correr


até
meu carro. Voltar enquanto eu posso para minha casa tranqüila e segura, mas
essa voz em


minha
cabeça fica me dizendo para apressar-me, e como já cheguei até aqui, acho que é


melhor
ver aonde vai me levar.


Exploro
a grande e vazia cozinha, a sala vazia, a sala de jantar desprovida de mesa e
cadeiras, o


banheiro
com apenas uma barra de sabão preto e uma toalha, e fico pensando que Riley
tinha


razão,
este lugar está vazio de uma maneira que parece abandonado e assustador, sem


memórias
pessoais, sem fotos, sem livros. Nada exceto pelo chão de madeira escura,
paredes


brancas,
armários vazios, uma geladeira cheia com uma quantidade de incontáveis garrafas


desse
estranho líquido vermelho, e nada mais. E quando chego à sala, vejo a TV de
tela plana


que
Riley mencionou, uma poltrona reclinável, a qual não mencionou, e uma grande
pilha de


DVDs
de língua estrangeira cujo os títulos não pude traduzir. Então eu paro ao pé da
escada


sabendo
que eu deveria sair, já tinha visto mais que o suficiente, mas algo que eu não
posso


definir
me força a continuar.


Seguro
o corrimão, encolhendo-me quando a escada geme sob meus pés, de uma maneira


alarmantemente
alta neste espaço vazio, e quando chego ao fim, fico frente a frente com a


porta
que Riley encontrou fechada. Só que desta vez está entreaberta.


Eu
continuo lentamente, chamando a voz em minha cabeça, desesperado por alguma


orientação.
Mas a única resposta que consigo é o som do meu coração palpitante enquanto


pressiono
a palma da minha mão contra a porta, abrindo-a, e diante de mim vejo um quarto


tão
ornamentado, tão formal, tão magnífico que parece tirado de Versailles.


Eu
paro na entrada, tentando captar tudo. As tapeçarias finamente tecidas, os
tapetes antigos,


os
lustres de cristal, os candelabros dourados, as cortinas de seda, o sofá de
veludo, a mesa de


mármore
coberta de volumes. Mesmo as paredes, todas cobertas por pinturas em molduradas


de
ouro, todas elas capturando Alfonso em trajes que abrange vários séculos,
incluindo uma


dele
montado em um cavalo branco, com uma espada de prata ao seu lado e usando


exatamente
o mesmo casaco que usou na noite de Halloween.


Me
aproximo dessa pintura, meus olhos procurando o furo no ombro, a área
desgastada com a


qual
ele tinha brincado dizendo que havia sido caudado por fogo de artilharia.


Surpreendendome


por
encontrar o furo ali, na pintura, enquanto meus dedos traçam enfeitiçada,
fascinada,


perguntando-me
que tipo de truque usou enquanto meus dedos percorrem até o fim da


pintura,
até a parte inferior onde encontra-se uma pequena placa de bronze que diz:


ALFONSO
HERRERA ESPOSITO, MAIO 1775


Viro-me
até a pintura que está ao lado, meu coração disparando enquanto observo um
retrato


de
um Alfonso sério, vestido com um sAnahío traje escuro, rodeado de azul, sua
placa


carregando
as palavras:


ALFONSO
HERRERA PINTADO POR PABLO PICASSO EM 1902


A
pintura que está ao lado desta, tem uma textura pesada e cheia de espirais,
semelhante às


de...


ALFONSO
ESPOSITO PINTADO POR VINCENT VAN GOGH


E
ainda, todas as quatro paredes mostrando o rosto de Alfonso pintada por todos
os grandes


mestres.


Deixo-me
cair no próprio sofá de veludo com os olhos lacrimejando, joelhos fracos, a
minha


mente
disparando com mil possibilidades, cada uma delas igualmente ridículas. Então
eu pego


um
livro mais próximo, busco o título, pagino e leio:


Para
Alfonso Herrera Esposito.


Assinado
por William Shakespeare.


Eu
deixo-o cair no chão e alcanço o livro seguinte, O Morro dos Ventos Uivantes,
para Alfonso


Herrera
assinado por Emily Brontë.


Todos
os livros dedicados para Alfonso Herrera Esposito, ou Alfonso Herrera, ou só
Alfonso.


Todos
eles assinados por autores que morreram a mais de um século.


Fecho
meus olhos, tentando concentrar-me na minha respiração enquanto meu coração


acelera
e minhas mãos tremem, convencendo-me de que tudo é uma piada, que Alfonso é um


aficionado
por história, um colecionador, um falsificador que passou dos limites. Talvez
tenha


sido
uma herança familiar, deixados por uma longa linha de tataravós, todos
carregando o


mesmo
nome e uma estranha semelhança.


Mas
quando olho outra vez ao meu redor, o frio que percorre minha espinha me diz a
inegável


verdade:
estas não são meras antiguidades e muito menos são heranças. Estes são os bens


pessoais
de Alfonso, seus tesouros favoritos que têm sido colecionados através de anos.


Coloco-me
de pé tropeçando e me dirigindo para o corredor, sentindo-me insegura,
instável,


desesperada
para fugir deste quarto assustador, este mausoléu medonho, esta casa mais


parecida
com uma cripta. Querendo colocar entre nós uma distância enorme, o tanto quanto


possível,
e nunca, sob nenhuma circunstância, voltar aqui.


Acabo
de chegar ao degrau inferior quando ouço um grito alto, seguido de um longo e
baixo


gemido,
e sem sequer pensar, eu me viro e corro em direção a ele, seguindo o som até o
final


do
corredor e correndo para a porta, encontrando Alfonso no chão, sua roupa
rasgada, do seu


rosto
sangue escorrendo, enquanto Dulce se contorce e geme embaixo do corpo dele.



“Anahí!” – ele grita, colocando-se de pé em um salto e parando-me enquanto eu
avanço, e


luto
desesperada para chegar até ela.



“O que você está fazendo com ela?” – lhe grito, olhando para eles, observando
sua pele


pálida,
os olhos dela ficando branco e sabendo que não a tempo a perder.



“Anahí, por favor, pare,” – ele disse, sua voz soando muito segura, muito
proporcional para as


circunstancias
incriminadoras em que se encontra.



“O QUE VOCÊ FEZ COM ELA?” – eu grito, chutando, mordendo, esperneando,
arranhando,


usando
toda a minha força, mas mesmo assim não posso competir com a dele. Ele só


permanece
lá, segurando-me com uma mão, enquanto suporta meus golpes com apenas uma


mão.



“Anahí, por favor, deixe-me explicar,” – ele disse, esquivando-se do pontapé
furioso que está


apontado
para ele.


Enquanto
olho a minha amiga que está sangrando profunAlfonsote, com uma cara de dor, e
me


dou
conta da terrível verdade. “Por isso que ele tentou me manter afastada.”



“Não! Não é isso. Você entendeu tudo errado. Sim, não queria que visse isso,
mas não é o


que
você está pensando.” –


Ele
me mantém no alto, minhas pernas balançando como uma boneca de trapo, e apesar
de


todos
os meus golpes e lutas, ele nem sequer derramou uma gota de suor.


Mas
eu não me importo com Alfonso. Nem estou preocupada comigo mesma. O único que
me


importa
é a Dulce, que seus lábios tornaram-se azuis e sua respiração havia
enfraquecido


alarmantemente.



“O que você fez a ela?” – eu o encaro com todo o ódio que posso demonstrar. “O
que você


fez
a ela, seu monstro?”



“Anahí, por favor, preciso que me escute,” – ele me pede, seus olhos suplicando
pelos meus.


E
apesar de toda a minha raiva, apesar de toda a minha adrenalina, eu ainda posso
sentir o


calor
de suas mãos que causam formigamentos em minha pele e faço o possível para
ignorá-lo.


Gritando
e chutando, tentando chupar suas partes mais vulneráveis, mas sempre falhando


porque
ele é muito mais rápido que eu.



“Você não pode ajudá-la, acredite em mim, eu sou o único que posso.” –



“Você não está ajudando-a, está matando-a!” – lhe grito.


Ele
move sua cabeça e me olha, seu rosto parecendo cansado quando sussurra, –


“Dificilmente.”


E
outra vez tento soltar-me, mas não consigo, não posso vencê-lo. Então eu paro,
relaxando


meus
músculos enquanto fecho meus olhos em rendição.


Pensando:
Então é assim que acontece. Assim é como desapareço.


E
quando ele relaxa, chuto o mais forte que eu posso, minha bota acertando o alvo
enquanto


ele
afrouxa seu aperto e caio no chão.


Vou
rapidamente ao encontro de Dulce, meus dedos procurando sua ensangüentada mão


para
verificar seu pulso, meus olhos fixos nos dois pequenos furos no centro de sua
horrível


tatuagem,
enquanto suplico que continue respirando, que resista.


E
quando alcanço meu celular, tentando ligar para 911, Alfonso se aproxima por
trás, agarra o


celular
de minhas mãos e disse, – “Eu esperava não fazer isso.” –




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Autor(a): theangelanni

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Comentários da Fanfic 287



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  • ligia Postado em 26/10/2013 - 21:22:02

    Continua postando, não vejo a hora de ver a Any e o Poncho juntos, sinceramente estou adorando a web.

  • bruubuna Postado em 28/01/2013 - 02:57:51

    haaa li a sua historia e eh linda demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais..e a continuaçao?

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:53

    Acabei o/ ~pula~
    AAAAAAAAAA esse livro é perfeito e adaptado Anahi e Alfonso ficou mil vezes melhor *--*
    Obrigada por me viciar em mais uma saga de misterios e emoções *--*
    Quero a segunda temporada agora u.u

  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:49

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:45

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:38

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:35

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:29

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  • jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:25

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