Fanfic: Eternamente {AyA}
VINTE E QUATRO
Quando
eu desperto, estou deitada na cama com Sabine debruçada sobre mim, seu rosto
uma
máscara
de alívio, seus pensamentos um labirinto de preocupação.
–
“Hey,” – ela disse, sorrindo e movendo a cabeça. – “Deve ter tido um bom
fim-de-semana.” –
Eu
dou uma olhada para ela e depois para o relógio. Então dou um salto da cama
quando me
dou
conta da hora.
–
“Você se sente bem?” – pergunta, seguindo-me. – “Você já estava dormindo quando
cheguei
à
noite passada. Você não está doente, está?” –
Dirijo-me
para o chuveiro, sem muita certeza de como responder. Porque mesmo não me
sentindo
doente, não consigo imaginar como fiz para dormir durante tanto tempo e até tão
tarde.
–
“Tem alguma coisa que eu deveria saber? Há algo que precise me contar?” –
pergunta ela,
parada
atrás da porta.
Fecho
meus olhos e rebobino o fim-de-semana, recordando a praia, Evangeline, Alfonso
ficando
para dormir e fazendo o jantar, seguido pelo café da manhã – “Não, não
aconteceu
nada.”
– digo finalmente.
–
“Bem, melhor se apressar se quiser chegar à escola a tempo.” Tem certeza que
está bem?” –
–
“Sim,” – Eu digo, tentando soar definitiva, clara, tão certa quanto posso,
enquanto abro as
torneiras
e me meto embaixo do chuveiro, sem ter certeza se minto ou digo a verdade.
Todo
o caminho da escola Christian falava de Eric. Dando-me os detalhes, passo a
passo, do seu
rompimento
por mensagem de texto na sua noite de sábado. Tentando me convencer de que
não
poderia importar menos, que já está completamente e totalmente superado, o que
muito
prova
que ele não o fez.
– “Você
ao menos está me escutando?” – ele pergunta franzindo as sobrancelhas.
–
“Com certeza.” – murmuro, parando em um sinal, justo a uma quadra da escola,
minha
mente
recordando meu próprio fim-de-semana, e sempre terminando com o café da manhã.
Não
importa o quanto eu tente, não posso lembrar-me de nada depois disso.
–
“Você poderia ter me enganado.” – ele sorri e olha para fora da janela. –
“Quero dizer, se
estou
te aborrecendo, é só dizer. Porque acredite, eu já superei Eric. Já te contei
da vez que
ele...”
–
–
“Christian, tem falado com Dulce?” – pergunto, olhando-o de relance antes do
sinal ficar verde.
Ele
balança a cabeça negativamente. – “Você?” –
–
“Acho que não.” – aperto o acelerador, perguntando-me porque só de dizer o nome
dela já
me
enche de pavor.
–
“Acha que não?” – seus olhos bem abertos enquanto se move no banco.
–
“Não desde sexta.” –
Entro
no estacionamento, meu coração batendo o triplo de vezes mais forte quando vejo
Alfonso
em seu lugar de sempre, apoiado em seu carro, esperando-me.
– “Bem,
pelo menos um de nós pode ter seu: E vivemos felizes para sempre.” – disse Christian,
apontando
para Alfonso, que dá a volta em seu carro, com uma tulipa vermelha em sua mão.
–
“Bom dia.” – sorri, dando-me a flor e beijando minha bochecha, enquanto eu
respondo com
algo
incompreensível e me dirijo para a entrada. O sinal soa e Christian vai para a
aula, enquanto
Alfonso
pega minha mão e me conduz para a Aula de Inglês. – “O Sr. Robins está a
caminho,” –
ele
sussurra, apertando meus dedos enquanto passamos ao lado de Stacia, que franze
a
sobrancelha,
e recusando-se a desviar até o último segundo. – “Está fazendo tudo o que pode
para
trazer a mulher de volta.” – seus lábios curvando-se de encontro a minha orelha
e quando
eu
percebo me afasto.
Deslizo
para minha cadeira e tiro meus livros, perguntando-me porque a presença do meu
namorado
me faz sentir tão incomodada, então procuro em meu bolso o IPod e entro em
pânico
quando me dou conta que o esqueci em casa.
–
“Você não precisa disso,” – diz Alfonso, procurando minha mão e juntando nossos
dedos. –
“Têm
a mim agora.” –
Fecho
meus olhos, sabendo que o Sr. Robins estará aqui em três, dois, um...
–
“Anahí,” – sussurra Alfonso, seus dedos tocando as veias do meu pulso. – “Está
se sentindo
bem?”
–
Pressiono
meus lábios e aceno com a cabeça.
–
“Bom.” – fez uma pausa. – “Eu tive um ótimo fim-de-semana, espero que você
também.” –
Abro
meus olhos no momento em que o Sr. Robins entra na sala, notando como seus
olhos
estão
inchados, seu rosto um pouco pálido e suas mãos continuam tremendo um pouco.
“Ontem
foi divertido, você não acha?” –
Me
viro para Alfonso, olhando em seus olhos, minha pele quente formigando só
porque sua
mão
está sobre a minha. Então confirmo, sabendo que é a resposta que ele quer,
embora não
esteja
muito certa de que seja verdade.
As
horas seguintes foram um borrão de aulas e confusão, e não é até que eu chegue
à mesa do
almoço
que eu descubro a verdade sobre ontem.
–
“Não posso acreditar que vocês entraram na água,” – disse Christian, sacudindo
seu yorgut e
olhando-me.
– “Tem alguma idéia de como é fria?” –
–
“Ela usou uma roupa de mergulho.” – Alfonso dá de ombros. – “Na verdade, você
deixou na
minha
casa.” –
Eu
desenrolo meu sanduíche sem lembrar nada disso. Nem ao menos tenho uma roupa de
mergulho.
Ou tenho? – “Hum, isso aconteceu na sexta-feira?” – pergunto, corando quando
todos
os eventos deste dia embaraçoso retornam a mim.
Alfonso
balança a cabeça negativamente. – “Você não surfou na sexta, Eu surfei. Domingo
foi
quando
te deu aulas.” –
Tiro
a casca do meu sanduíche, tentando me lembrar, mas continuo sem conseguir.
–
“Então, ela foi bem?” – pergunta Christian, lambendo sua colher e olhando de
Alfonso para mim.
–
“Bem, estava bastante calma, considerando que não tinha muito o quê surfar. Na
maior
parte
ficamos deitados na praia, sobre alguns cobertores. E sim, ela esteve muito
bem.” – ele
ri.
Eu
olho para Alfonso perguntando-me se minha roupa de mergulho estava dentro ou
fora
daqueles
cobertores, e que, se alguma coisa aconteceu embaixo deles.
É
possível que eu tenha tentado compensá-lo pela sexta-feira, e em seguida
bloqueado para
não
lembrar?
Christian
me encara, levantando as sobrancelhas, mas eu só dou de ombros e mordo meu
sanduíche.
–
“Em que praia foram?” – pergunta.
Mas
como não consigo lembrar olho para Alfonso.
–
“Crystal Cove.” – disse, tomando um gole de sua bebida.
Christian
balança a cabeça e revira os olhos. – “Por favor, me diga que não estão se
tornando
aqueles
casais em que o cara diz tudo. Quero dizer, Ele pede por você no restaurante
também?”
–
Olho
para Alfonso, mas antes que ele responda, Christian diz, – “Não, estou
perguntando pra você
Anahí.”
–
Penso
sobre nossas duas saídas a restaurantes, uma esse dia maravilhoso na
Disneylândia que
terminou
tão estranho, e a outra vez nas corridas quando ganhamos todo esse dinheiro. –
“Pedi
minha própria comida.” – falo. Então o olho e digo, – “Pode me emprestar seu
telefone?”
–
Ele
tira do bolso e passa para mim. – “Por quê? Esqueceu do seu?” –
–
“Sim, e quero mandar uma mensagem de texto a Dulce para saber por onde anda.
Tenho
um
pressentimento estranho sobre ela.” – balanço a cabeça, sem sequer saber como
explicar a
mim
mesma, muito menos a eles. – “Não consigo deixar de pensar nela.” – digo, meus
dedos
batendo
no minúsculo teclado.
–
“Está em casa, doente,” – me disse Christian. – “Algum tipo de gripe. Além do
mais está triste
pelo
o que aconteceu com Evangeline, embora jure que já não nos odeia.” –
–
“Achei que tinha dito que não tinha falado com ela.” – faço uma pausa e o olho
de relance,
certa
do que ele disse no carro.
–
“Ela me mandou uma mensagem de texto na aula de história.” –
–
“Então, ela está bem?” – Olho para Christian, meu estômago uma desordem de
nervos sem
poder
adivinhar o por quê.
–
“Vomitando até as tripas, lamentando a perda de sua amiga, mas sim, basicamente
bem.” –
Devolvo
o telefone a Christian, pensando que não há porque incomodá-la se não está se
sentindo
bem.
Então Alfonso coloca sua mão em minha perna, Christian começa a falar de Eric,
e eu retomo
meu
almoço, assentindo e sorrindo, mas sem deixar de sentir-me desconfortável.
Quem
diria, justo o dia em que Alfonso decidiu passar o dia inteiro na escola vem a
ser o dia
em
que eu desejo que ele se vá. Porque cada vez que saio de uma aula, o encontro
parado do
lado
de fora da porta, esperando ansioso e me perguntando se me sinto bem. E
realmente
está
começando a me irritar.
Portanto,
depois da Aula de Arte, quanto estávamos caminhando para o estacionamento e ele
se
ofereceu para me seguir até em casa, eu só o olho e digo, – “Um, se estiver
tudo bem pra
você,
eu preferiria ficar a sós por um tempo.” –
–
“Está tudo bem?” – pergunta pela milionésima vez. Mas eu só entro no carro,
ansiosa por
fechar
a porta e colocar alguma distância entre nós. – “Só preciso fazer algumas
coisas, mas te
vejo
amanhã, Ok?” – e sem dá-lhe tempo de responder, dou a ré e vou.
Quando
chego em casa, estou incrivelmente cansada, e me dirijo para a cama, planejando
tirar
um
pequeno cochilo antes que Sabine chegue e começar a preocupar-se novamente. Mas
quando
me levanto no meio da noite, meu coração batendo forte e minha roupa encharcada
de
suor, tenho este sentimento incontestável de que não estou sozinha em meu
quarto.
Pego
minha almofada, agarro-a fortemente como se essas suaves plumas pudessem servir
como
algum tipo de escudo, então olho para o espaço escuro diante de mim e sussurro,
–
“Riley?”
– mesmo estando certa de que não é ela.
Seguro
a respiração, escutando um ruído macio, como sapatos no tapete, perto da porta,
e
surpreendendo-me
sussurrando, – “Alfonso?” – enquanto olho com atenção para a escuridão,
sem
conseguir identificar nada além de um ruído suave e abafado.
Estico-me
para ligar o interruptor, ficando cega pela repentina luz, e procurando o
intruso, tão
certa
de que tinha companhia, certa de que não estava só, que me sinto quase
decepcionada
quando
encontro o quarto vazio.
Saio
da cama, ainda abraçando a almofada, enquanto tranco as portas da varanda.
Então
verifico
o armário e olho e embaixo da cama, como meu pai costumava fazer a muito tempo
atrás
naquelas noites quando falava do homem do saco. Mas sem encontrar nada, volto
para a
cama,
perguntando-me se talvez meu sonho tivesse despertado todos esses medos.
Foi
semelhante ao que havia tido antes, onde me encontrava correndo por um abismo
escuro
e
exposto ao vento, meu vestido branco uma pobre defesa contra o vento,
convidando ao
vento
para chicotear minha pele, arrepiando até meus ossos. E ainda assim eu pouco
via, tão
concentrada
em correr, meus pés descalços na terra molhada e enlameada, dirigindo-me para
um
confuso refugio que nem conseguia ver.
Tudo
o que sei é que eu corria para uma pequena e brilhante luz.
E
para longe de Alfonso.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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VINTE E CINCO No dia seguinte, eu estacionei no meu lugar de sempre, pulei para fora do carro, e corri passando por Alfonso,indo em direção a Dulce que estava esperando no portão. E embora eu normalmente faça todo possível para evitar contato físico, eu agarro o ombro dela e a abraço. “Ok, ok, eu també ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 287
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ligia Postado em 26/10/2013 - 21:22:02
Continua postando, não vejo a hora de ver a Any e o Poncho juntos, sinceramente estou adorando a web.
-
bruubuna Postado em 28/01/2013 - 02:57:51
haaa li a sua historia e eh linda demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais..e a continuaçao?
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:53
Acabei o/ ~pula~
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jl Postado em 03/06/2011 - 16:12:25
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