Fanfic: O resgate (adaptada) Vondy | Tema: Vondy

                                                       Capitulo 25

- Foi mesmo - disse Christopher com a mao ainda no ombro de Kyle - mas voce é que foi corajoso, rapaizinho.  

Dulce o observou conversar com Kyle. Apesar do calor, Christopher isava jeans e botas de trabalho. As botas estavam bastante gastas e cobertas de uma leve camada de lama seca, provavelmente por serem usadas todos os dias haviam meses. O couro grosso estava arranhado. A camisa branca de mangas curtas revelava musculos fortes nos braços bronzeados - bracos de alguem que trabalhava o dia todo. Quando ele se levantou,pareceu mais alto do que se lembrava.

- Desculpe-me por quase derrubar seu filho agora ha pouco - disse Christopher. - Nao o vi quando entrei. - Ele ficou calado, como se nao soubesse como prosseguir, e Dulce notou uma timidez inesperada.

- Vi o que aconteceu. Voce nao teve culpa. Ele se aproximou quanse sem fazer barulho. - Ela sorriu. - A proposito, sou Dulce Savinon. Nos ja nos conhecemos, mas nao me lembro de muita coisa naquela noite.

Ela estendeu a mao e Christopher a apertou. Dulce sentiu os calos em sua palma.

- Christopher Uckermann - disse ele. - Recebi seu bilhete. Obrigado.

- Omeilo. - disse Kyle de novo, dessa vez mais alto do que antes.

O menino entrelaçou as maos e as torceu quase compulsivamente. Era algo que sempre fazia quando estava empolgado.

- Omeilo Gande - disse o menino, enfatizando o grande.

Christopher franziu as sobrancelhas e estendeu o braço, pondo a mao no capacete de Kyle de modo amistoso e quase fraternal. A cabeca do garoto se moveu junto com a mao dele.

- Voce acha, é?

Kyle fez que sim com a cabeça.

- Gande.

Dulce riu.

- Acho que esse é um caso de adoração a um heroi.

- Bem, o sentimento é mutuo, rapaizinho. Voce foi mais heroi do que eu.

Kyle estava com os olhos arregalados.

- Gande.

Se CHristopher notou que o menino nao havia entendido o que ele acabara de dizer, nao demonstrou. Em vez disso piscou para o garoto.

Dulce pigarreou.

- Nao tive a chance de lhe agradecer pessoalmente pelo que fez naquela noite.

Christopher encolheu os ombros. Em algumas pessoas esse gesto teria parecido arrogante, teria dado a entender que se achavam superiores pelo que tinham feito. Mas em Christopher pareceu diferente, como se ele nao tivesse pensando muito no assunto. 

- Ah, tudo bem - disse ele. - Ja me agradeceu no bilhete. 

Por um instante nenhum dos dois falou. Enquanto isso, Kyle - como se estivesse entediado - começou a andar na direção do corredor de doces. Os dois o observaram parar no meio do caminho, concentrado nas embalagens coloridas. 

- Parece bem - disse Christopher, por fim. - Quero dizer, Kyle. Depois de tudo o que aconteceu, fiquei me perguntando como ele estaria. 

Ela seguiu o olhar de Christopher.

- Acho que ele esta bem. So o tempo dira, imagino, mas neste momento nao estou muito preocupado com ele. O medico garantiu que a saude esta boa.

- E quanto a voce? - Perguntou Christopher.

Ela respondeu automaticamente.

- Estou bem.

- Nao... estou me referindo aos ferimentos. Estava bastante machucada na uktima vez que a vi.

- Ah... acho que tambem estou Ok - falou Dulce.

- SO ok?

A expressao dela se suavizou.

- Mais do que Ok. AInda um pouco dolorida em alguns lugares, mas, de resto, bem. Poderia ter sido pior.

- Quem bom. Fico feliz em saber. Tambem estava preocupado com voce. 

Houve algo em seu modo tranquilo de falar que fez Dulce olhar para ele com mais atenção. AInda que Christopher nao fosse o homem mais bonito que ja vira, algo nele chamou sua atenção - uma suavidade, talvez, apesar de seu tamanho; um jeito de olhar firme de quem observa a fundo sem ser ameacado. Embora dulce tivesse consciencia de que isso era impossivel, era quase como se ele soubesse quanto a vida dela fora dificil nos ultimos anos. Olhando de relance para a mao esquerda de Christopher, notou que nao usava aliança.

Entao desviou rapidamente o olhar, perguntando-se de onde viera essa ideia. Por que isso importaria? Kyle ainda estava absorto no corredor de doces e prestes a abrir um saco de confetes quando Dulce viu o que ele estava fazendo.

- Kyle... nao! -Ela deu rapidamente um passo na direção dele e depois virou para Christopher. - Com licença, ele esta fazendo bagunça.

Christopher deu um passo curto para tras.

- Tudo bem.

Enquanto ela se afastava, Christopher nao pode evitar observa-la. o Rosto bonito e quase misterioso acentuado pelas maças do rosto saliente e pelos olhos exoticos, cabelos escuros compridos preso no rabo de cavalo frouxo que passava dos ombros, um corpo atraente realçado pelo shorts e pela blusa...

- Kyle, largue isso. Ja compramos balas.

Antes que Dulce o pegasse olhando para ela, Christopher balancou a cabeca e virou o rosto para o outro lado, perguntando-se de novo como sua beleza passara despercebida naquela noite. Um momento depois, Dulce estava de novo na frente dele, agora com kyle ao lado. O garoto tinha uma expressao aborrecida de quem fora pego com a mao na massa.

- SInto muito. Ele sabe que nao deve fazer isso - disse ela, desculpando-se.

- Estou certo disso, mas as criancas sempre testam limites.

- Voce parece falar por experiência.

Ele sorriu.

- Nao, nao. So a experiencia da minha infancia mesmo. Nao tenho filhos.

Houve uma pausa embaraçosa antes que Christopher voltasse a falar.

- Bem, imagino que tenha vindo ate o centro para resolver algumas coisas...

Christopher sabia que isso era conversa fiada, vazia, mas por algum motivo relutava em deixa-la ir.

Dulce passou a mao pelo rabo de cavalo em desalinho.

- SIm, precisavamos fazer compras. O armario da cozinha estava ficando vazia. E voce?

- So vim comprar refrigerantes para os rapazes.

- Os bombeiros?

- Nao, sou so voluntario la. Os rapazes que trabalha, para mim. Sou empreiteiro. Faço reformas em casas, coisas desse tipo.

Por um instante, Dulce ficou confusa.

- Voce é bonbeiro voluntarii? Penseu que isso nao existia a anos.  

- Nao, aqui existe. Na verdade, acho que existe na maioria das cidades pequenas. Geralmente nao ha movimento suficiente para justificar uma equipe em tempo integral, por isso eles dependem do pessoas como eu quando surgem emergencias. 

- Eu nao sabia. 

A descoberta tornou ainda mais importante o que Christopher fizera por eles, embora Dulce nao achasse que isso fosse possivel. 

Kyle ergueu os olhos para a mae. 

- Ei ta fome - disse, 

- Esta com fome, querido?

- Sim. 

- Bem, logo estaremos em casa. Vou fazer um queijo quente quando chegarmos. Que tal?

Kyle assentiu. 

- Sim, é bo. 

Só que Dulce nao saiu imediatamente - ou pelo menos nao rapido o suficiente para Kyle. Em vez disso olhou de novo para Christopher. O garoto estendeu o braço e puxou a bainha do shorts da mae, e as maos dela desceram para fazê-lo parar. 

- Vam - acrescentou Kyle.

- Estamos indo, querido. 

As maos de Kyle e Dulce começaram uma pequena batalha enquanto ela soltava os dedos dele e ele tantava agarrar a bainha de novo. Ela o pegou pela mao para faze-lo parar.

Christopher pigarreou para conter uma risada.

- Bem, é melhor eu nao atrasa-la. Um garoto em idade de crescimento precisa comer.

- Sim, acho que sim.

Ela olhou para Christopher com uma expressao de cansaço conhecida por todas as maes e sentiu um estranho alivio ao perceber que ele nao parecia se importar com o fato de Kyle estar se cimportando de modo incoveniente.

- Foi um prazer reve-lo - acrescentou Dulce e, embora isso de "Oi, como vai? Que bom. Prazer em ve-lo!" parecesse mecanico aos seus ouvidos, ela torceu para que ele entendesse que estava sendo sincera.

 - O prazer foi meu - respondeu Christopher. Ele pos a mao no capacete de kyle como fizera antes e o balancou - E tambem foi um prazer reve-lo, rapaizinho.

O menino acenou com sua mao livre.

- Tchau. Chritoper - disse alegremente. 

- Tchau. 

Christopher sorriu antes de se dirigiu aos refrigeradores ao longo da parede para pegar os refrigerantes que fora buscar. 

Dulce se virou para o balcão, suspirando sozinha. O dono estava absorto na revista, com os labios mexendo levemente enquanto lia o artigo. Quando Dulce ameaçou ir na direção dele, Kyle falou de novo.

- Ei ta fome. 

- Eu sei que voce esta. Ja vamos, esta bem? 

O dono a viu se aproximar, esperou para ver se precisava dele ou se só pegaria as comrpas entao pos sua revista de lado. 

O senhor se importaria se deixarmos isto aqui por algum instante. temos de arranjar sacolas para pendurar na bicicleta.

Apesar de ja estar do outro lado da loja, Christopher tentou prestar atenção na conversa.

- Viemos de bicicleta e acho que nao conseguirei levar isto tudo para casa.

- Ah, calro tudo bem. Vou deixar atras do balcão.

Com os refrigerantes na mao Christopher se dirigiu para a frente da loja. Dulce estava consuzindo Kyle para fora, com a mao empurrando gentilmente as costas dele. Christopher deu alguns passos, pensando no que acabara de ouvir, e imediatamente chegou a uma decisão.

- Ei dulce espere.

Ela se virou e parou enquanto Christopher se aproximava.

- Aquelas duas bicilcetas la fora sao suas?

Dulce fez que sim com a cabeça.

- Uhum porque?

- Nao pude deixar de ouvir o que voce estava dizendo e bem... Posso ajuda-la a levar as suas coisas para casa? Vou passar por la e ficaria feliz em levar tudo para voce.