Fanfic: O resgate (adaptada) Vondy | Tema: Vondy
Capitulo 3
No carro, ainda a frente da tempestade, Dulce se lembrava da consulta com o médico que acontecera mais cedo, naquele dia. Ela estava sentada e ele lia um laudo sobre Kyle.
Criança do sexo masculino, 4 anos e 8 meses no momento da avaliação... Kyle é uma criança bonita, sem nenhuma deficiência física aparente na cabeça ou na região facial... Nenhum registro de traumatismo craniano... gravidez descrita pela mão normal...
O médico continuou durante os minutos seguintes, descrevendo resultados específicos de vários exames, ate finalmente chegar á conclusão.
Embora o QI esteja dentro da faixa de normalidade, a criança apresenta grande atraso na linguagem, tanto na recepção quanto na expressão... provavelmente se trata de distúrbio de processamento auditivo central (DPAC), embora a causa não possa ser determinada... Estimativa de desenvolvimento geral da linguagem: equivalente ao de uma criança de 24 meses... Capacidades futuras de linguagem e aprendizagem atualmente desconhecidas...
Quase a de um bebe, Dulce não pode evitar de pensar.
Quando o medico terminou, pôs o laudo de lado e olhou para ela de forma solidaria.
- Em outras palavras – disse devagar, como se ela não tivesse entendido o que acabara de ouvir -, Kyle tem problemas de linguagem. Por algum motivo, não sabemos exatamente qual, não consegue falar no nível apropriado para a sua idade, embora seu QI seja normal. Tambem não consegue compreender a linguagem no nível de outras crianças de 4 anos.
- Eu sei.
A segurança da resposta o pegou desprevenido. Para Dulce, o médico parecia esperar uma discussão, uma desculpa ou uma serie de perguntas. Quando ele percebeu que ela não ia dizer mais nada, pigarreou:
- Há uma observação aqui de que já o avaliou em outro lugar.
Dulce assentiu.
- Sim.
Ele procurou entre os papais.
- Os laudos não estão no arquivo de Kyle.
- Eu não os entreguei.
O médico ergueu levemente as sobrancelhas.
- Por que?
Dulce pegou a bolsa e a pôs no colo, pensando.
- Posso ser franca? – Disse, finalmente.
Ele a estudou por um momento antes de se reclinar na cadeira.
- Por favor.
Dulce relanceou os olhos para Kyle antes de olhar novamente para o médico.
- Kyle recebeu muitos diagnósticos errados nos últimos dois anos: surdez, autismo, transtorno invasivos do desenvolvimento e transtorno do déficit de atenção. Com o passar do tempo, nenhum deles se revelou correto. Sabe como é difícil para uma mãe ouvir essas coisas sobre o filho, acreditar nelas durantes meses, aprender tudo a respeito, finalmente aceita-las e depois descobrir que estavam erradas?
O médico não respondeu. Dulce o olhou fixamente antes de prosseguir.
- Sei que Kyle tem problemas de linguagem e, acredite em mim, li tudo sobre problemas do processamento auditivo. Com toda a sinceridade, provavelmente li tanto quanto o senhor. Apesar disso, queria que as habilidades de linguagem de Kyle fossem testadas por uma fonte independente, de forma que eu soubesse exatamente em que área ele precisava de ajuda. No mundo real, Kyle precisa falar com outras pessoas além de mim.
- Então... nada disso é novidade para você.
Dulce balançou a cabeça.
- Não, não é.
- Ele esta fazendo algum tratamento?
- Treino com ele em casa.
O médico fez uma pausa.
0 Kyle esta sendo assistido por um fonoaudiólogo ou terapeuta comportamental, alguém que já trabalhou com crianças como ele?
- Não. Ele fez tratamento três vezes por semana durante mais de um ano, mas não parecia estar evoluindo, Ficou ainda mais atrasado, na verdade, então eu o tirei de lá em outubro. Agora o tratamento é só comigo.
- Entendo. – Pela forma como o médico, era obvio que não concordava com a decisão.
Dulce estreitou os olhos.
- O senhor precisa levar em conta que, embora esta avaliação mostre que Kyle no nível de uma criança de 2 anos, representa uma melhora em relação ao ponto em que estava. Antes de trabalhar comigo, nunca tinha apresentado evolução nenhuma.
Três horas depois, dirigindo pela rodovia, Dulce pensava em Brett Cosgrove, o pai de Kyle. Ele era o tipo de homem que chamava atenção, o tipo de que ela sempre havia gostado: alto magro, com olhos escuros e cabelos negros como ébano. Dulce o viro em uma festa, cercado de pessoas, obviamente acostumo a ser o centro das atenções. Na época ela tinha 23 anos, era solteira e estava em seu segundo ano de magistério. Perguntou á amiga Susan quem ele era. Ela disse que Brett ficaria na cidade por algumas semanas, trabalhando para um banco de investimentos cujo nome Dulce já esquecera. Não importava que ele fosse de fora da cidade. Dulce olhou na direção de Brett, ele retribuiu o olhar e eles continuaram flertando durantes os quarenta minutos seguintes, ate que ele finalmente se aproximou para falar com ela.
Quem pode explicar o que aconteceu depois? Hormônios? Solidão? O clima do momento? De qualquer forma eles saíram da festa pouco depois das onze, tomaram alguns drinques no bar do hotel dele enquanto contavam historias divertidas sobre suas vidas, flertaram pensando no que poderia acontecer depois e acabaram na cama. Foi a primeira e ultima vez que Dulce o viu. Brett voltou para Nova York, para a própria vida. Para – mesmo que Dulce suspeitara – uma namorada que se esquecera de mencionar. E Dulce voltou para a vida dela.
Na época, aquilo não parecera significar muito. Um mês depois, em uma manha de terça-feira, sentada no chão do banheiro abraçada ao vaso sanitário, ganhou um grande significado. Dulce foi ao medico, que confirmou o que ela já sabia.
Estava gravida.
Telefonou para Brett e deixou uma mensagem na secretaria eletrônica pedindo que ligasse de volta. Três dias depois, ele por fim ligou. Ouvi-a e depois suspirou de um jeito que soou exasperado. Ofereceu-se para paar um aborto. Dulce era católica e respondeu que não faria isso. Como aquilo tinha acontecido? Perguntou ele irritado. Acho que você já sabe a resposta, respondeu ela. Brett questionou se o bebe era dele. Dulce fechou os olhos, acalmando-se para não reagir a provocação. Sim, era. Mais uma vez ele se ofereceu para pagar um aborto. Mais uma vez ela respondeu que não. Brett lhe perguntou o que ela queria que ele fizesse. Dulce disse que nada, so achava que ele deveria saber. Brett disse que contestaria se ela quisesse pensão, mas precisava saber se ele gostaria de se envolver na vida da criança. Ouviu o som da respiração de Brett do outro lado da linha. Não, disse ele por fim. Estava noivo de outra pessoa.
Dulce nunca mais falou com ele.
Kah_nanda: Continuando.
Eu nao postei ontem pq foi o niver de 23 anos do meu irmao, e a namorada dele quis faze uma festa surpresa que duro ate umas horas... Se der vou postar outro cap para conpensar a falta de ontem.
Prévia do próximo capítulo
Capitulo 4 Na verdade, era mais fácil defender Kyle para um medico do que p ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 72
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stellabarcelos Postado em 23/05/2016 - 15:18:46
Gatinha volta a postar!
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lorac Postado em 06/12/2015 - 11:22:48
continuaaaaaaaa please amando vc arrasssssaaaaaaaaa
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millamorais_ Postado em 09/11/2015 - 23:36:49
Gatinha cade você?
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niih_vondy Postado em 02/11/2015 - 22:39:46
Isso mesmo,fic mais que perfeita,volta a postar,por favor '-' :3
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isa Postado em 30/10/2015 - 20:54:20
Quero capítulos novos , sua web perfeita , posta mais
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stellabarcelos Postado em 27/10/2015 - 12:13:48
Volta a postar! Eu adoro a sua fanfic
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Rebeca Postado em 26/09/2015 - 22:55:35
Kkkk Eh sua barraqueira, louca por uma confusão né u_u Pois eu também sou assim kkk 😂😂 Continua <3
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Rebeca Postado em 26/09/2015 - 22:48:26
Tomará que o Ucker chame a Dulce para sair mesmo, to adorando esses dois <3
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Rebeca Postado em 26/09/2015 - 22:46:55
Seria legal escrever algumas hots kkkk No meu não acontece isso direto, só as vezes, não é a sua internet não? E quando acontecer isso, dá f5 na pagina e volta pela setinha que o capítulo vai estar lá. (Pelo menos é isso que eu faço.)
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Dulce Amargo Postado em 25/09/2015 - 21:36:03
Continuaaaaaaaa, sua fanfic é ótima