Dulce Narrando
Sentei no chão do banheiro. Estava tão cansada daquilo tudo! A quimioterapia estava acabando comigo... Meu cabelo estava começando a cair e sei que daqui uns dias terei que cortá-lo, mas não vou raspar. Pelo menos não agora....
Minhas roupas não serviam mais em mim. Nesses dois ultimos meses emagreci, 5 kilos e por esse motivo passava mais tempo no hospital do que em casa.
Não tem sido nada fácil, mas nada que o apoio dos amigos não ajude, e também tem dona Ale e Luis, que me tratavam como uma filha e sempre me visitavam.
Creio que Christopher não saiba ainda da minha doença, não por ele não ter vindo me visitar, mesmo porque, não quero nem lhe receber, mas porque ele está viajando em uma nova turnê. Apesar de tudo, fico feliz por ele! O mesmo sempre amou cantar e o desejo que seja muito feliz!
Me levantei, escovei meus dentes e voltei pro "meu quarto". Deitei na cama e encarei o teto branco, até ouvir uma batida na porta.
– Entre. – Falei. Deve ser dona Ale, ela sempre me visita nesse horário. Ontem ela estava meia estranha e nem conversamos direito.
Fechei os olhos e um perfume delicioso invadiu o quarto,olhei para o lado e arregalei os olhos. Me sentei na cama.
– O que faz aqui? – Perguntei sentindo o ar me faltar.
Ele me olhava com um olhar estranho... Pena, talvez.
– Eu-eu vi-vim te ver... – Ele gaguejou.
– Não quero lhe ver, não preciso da sua piedade! – Falei fraco. – Eu não preciso de você. – Me virei na cama com um pouco de dificuldade, ficando de costas para o mesmo. – Vá embora! – Minha voz falhou um pouco e no mesmo instante senti meus olhos marejarem e um nó na garganta se formar.
"Caramba porque ele fazia isso comigo?!"
– Dulce, eu... É... me desculpe... Eu só... – O interrompi.
– Se eu te desculpar, você vai sair? Se sim, eu te desculpo! Pode dar meia volta e ir embora. – Falei rude. Eu não iria chorar.
– Olha, – Senti ele se aproximar e segurar a minha mão. Tentei me soltar, mas ele apertou um pouco a mesma. – Eu sei que eu fui um tremendo idiota, e, sinceramente, desejo que você me perdoe. – Senti as lágrimas nos cantos dos olhos.
– Não faça isso comigo! – Murmurei. Porquê eu ficava tao frágil perto dele?!
Ele tocou meu rosto e eu me virei para encará-lo. Ele acariciou meu rosto e eu me sentei na cama, cruzando os braços.
– Eu... Poxa, eu não consigo aceitar te ver assim. – Ele falou e me puxou, me abraçando. – A última pessoa que merece passar por isso, é você.
Naquele momento, não consegui mais segurar as lágrimas! Ele me apertou mais em seus braços, me afastou um pouco, colocou as mãos no meu rosto e secou as lágrimas com as pontas do seu dedo.
– Por favor, não chore! Você tem um sorriso tão lindo. – Ele disse. Era impressão minha ou sua voz estava embargada?
Fuguei e ele me abraçou forte novamente. Eu deveria afastá-lo, mandá-lo embora, gritar com ele, mas eu não podia, não conseguia... Eu o queria ali perto de mim, não sei por quanto tempo vou viver, sendo assim, eu aproveitaria cada instante com quem eu amava, independente se as pessoas me amam ou não.
– Me deixe cuidar de você. – Ele murmurou. – Não me afaste nesse momento, me deixe ajudá-la da mesma forma que você me ajudou, por favor?! Não me expulse da sua vida, eu não sei se suportaria.
Engoli em seco. Eu deveria aceitar isso ou não? Como posso saber se ele não estava brincando comigo novamente?
Ola, nenas! Aqui quem fala é a inandamaia... A ray pediu para eu vir postar pra ela e dar un recadinho pra vocês:
"Meninas, fiz um grupo da fic no waths. Quem quiser entrar, me chama lá.
073 9196-0819"